Universidade estadual de campinas



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Instituto de Geociências

E0361

INTEGRAÇÃO DE DADOS PARA MAPEAMENTO DE ROCHAS MÁFICAS E ULTRAMÁFICAS NA REGIÃO ITAGUARA - CLÁUDIO, PORÇÃO SUL DO CRÁTON SÃO FRANCISCO.


Andréia Cristina Ruy (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dra. Adalene Moreira Silva (Orientadora), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
Este trabalho demonstrou que a integração de dados aerogeofísicos de alta densidade (gamaespetrometria e magnetometria) permitem uma ampla visualização da distribuição e configuração espacial das unidades litológicas e estruturas tectônicas, minimizando as dificuldades de obtenção de dados geológicos de campo em regiões fortemente intemperizadas. A região de Cláudio, porção sul do Cráton São Francisco constituída por terrenos gnáissicos arqueanos (TTG), unidade anfibolítica e unidade supracrustal composta de rochas ultramáficas, anfibolitos, xistos, granada-silimanita quartzito e formações ferríferas bandadas. A interpretação qualitativa conjunta de todas as imagens gamaespectrométricas e magnetométricas geradas foi efetuada em ambiente Sistema de Informações Geográficas (SIG), utilizando-se a extensão habitat digitizer (do ESRI-ArcView™ 3.2), o que resultou na confecção de um mapa litogeofisico e um mapa de estruturas magnéticas. O trabalho foi complementado pelo uso de Modelagem em 2,5 D, produzidas no software Envi 4.0. A utilização destes produtos e sua integração com dados geológicos e produtos derivados dos sensores ETM+/Landsat 07 e SRTM, favoreceram a produção de mapas com informações geológicas e estruturais mais detalhadas, implementando substancialmente a melhoria da qualidade do mapeamento geológico para a região.

Integração de dados - Aerogeofísica e sensoriamento remoto - Rochas máficas e ultramáficas


E0362

MAPEAMENTO GEOLÓGICO DO CORPO GRANÍTICO DA REGIÃO DE SÃO TIAGO, PORÇÃO SUL DO CRÁTON SÃO FRANCISCO


Camila Andrade Passarella (Bolsista SAE/UNICAMP) e Profa. Dra. Adalene Moreira Silva (Orientadora), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
A região de São Tiago, objeto de estudo deste trabalho, está inserida no limite entre o Cinturão Mineiro (CM) e um conjunto de rochas arqueanas deformadas (RAD) no paleoproterozóico, na qual observa-se um corpo granítico deformado que foi datado em 2,05 Ga (U/Pb/Shrimp, Silva et al. 2002). O principal objetivo deste trabalho foi a geração de um mapa litogeofísico na escala 1:100.000 a partir de dados aerogeofísicos com o objetivo de detalhar este corpo de dimensões batolíticas delineado por Uchoa et al. 2005 a e b, bem como sua estruturação interna. Para tanto foram utilizados os dados aerogeofísicos do Projeto Pitangui – São João Del Rey - Ipatinga, realizado pela Secretaria de Minas e Energia (SEME), estado de Minas Gerais. A interpretação qualitativa conjunta de todas as imagens gamaespectrométricas, foi efetuada em ambiente SIG, utilizando-se a extensão habitat digitizer (do ESRI-ArcView™ 3.2) e ArcGIS 9.1 (ESRI). A partir da interpretação dos dados aerogeofísicos foi possível individualizar as feições litogeofísicas e os domínios estruturais que caracterizam a natureza deste corpo granítico. Além disso, os resultados obtidos mostram como a geração de mapas litogeofísicos auxiliam no mapeamento geológico, tornando-o mais eficiente.

Aerogeofísica - SIG - Cinturão mineiro


E0363

ESTUDO DE CASO UTILIZANDO DADOS AEROGEOFÍSICOS E SENSORIAMENTO REMOTO PARA O MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ENTENDIMENTO DAS ANOMALIAS ELÍPTICAS DA REGIÃO DE ITAPECERICA, SUDOESTE MINEIRO


Érico Natal Pedro Zacchi (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Adalene Moreira Silva (Orientadora), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
Este trabalho busca desenvolver novas metodologias que auxiliem o mapeamento geológico em terrenos tropicais, tarefa dificultada pelo intemperismo e pela cobertura vegetal. A área alvo foi escolhida em função do escasso conhecimento geológico e pelo fato de estar inserida em um dos levantamentos aerogeofísicos mais abrangentes já realizados no Brasil, que revelou nas proximidades do município de Itapecerica três anomalias elípticas ainda não individualizadas nos mapeamentos tradicionais. Em uma primeira etapa se buscou a análise integrada desses dados geofísicos com dados geológicos em um Sistema de Informações Geográficas (SIG), objetivando o mapeamento e primeiro entendimento destas estruturas. A etapa seguinte consistiu em expandir a área de estudo para além da cobertura aerogeofísica, tentando delimitar estruturas similares. Para isso foram empregados dados de sensoriamento remoto obtidos pelo sensor ETM+/ Landsat7 e SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), associados com registros de ocorrência mineral em formato digital obtidos junto à CPRM. A análise integrada desses dados busca, além de auxiliar o mapeamento geológico, indicar possíveis alvos de interesse para prospecção mineral na região.

Geofísica - Mapeamento geológico - SIG


E0364

APLICAÇÃO DA MODELAGEM SÍSMICA CONVOLUCIONAL 1D NA INTERPRETAÇÃO DO TOPO E BASE DO RESERVATÓRIO TURBIDÍTICO DE NAMORADO.


Caetano Pontes Costanzo (Bolsista ANP) e Prof. Dr. Alexandre Campane Vidal (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
O método sísmico é atualmente a ferramenta mais utilizada em estudos de reservatórios, o objetivo principal da interpretação sísmica é gerar mapas que forneçam um significado geológico, ou seja, que possam ser relacionados com a profundidade das estruturas que constituem o reservatório, além de serem relacionados com as propriedades petrofísicas do mesmo. Contudo, mesmo sendo adquirido e processado de maneira correta o dado sísmico fornece apenas uma imagem aproximada das estruturas em subsuperfície. Desse modo, relacionar o dado sísmico com as informações de poço é uma tarefa importante para auxiliar no processo de interpretação. Assim a geração de sismogramas sintéticos 1D fornece essa integração, transformando as propriedades de rocha observadas nos perfis de poços em traços sísmicos sintéticos. Este trabalho tem como objetivo a aplicação da modelagem sísmica convolucional em dados de poços do reservatório turbidítico do Campo de Namorado avaliando, por meio de quatro wavelets diferentes a resposta sísmica para as heterogeneidades geológicas do reservatório.O resultado da modelagem convolucional permite identificar a reflexão de eventos nas interfaces, possibilitando avaliar como os contrastes litológicos são registrados pela sísmica.

Campo de namorado - Perfis geofísicos - Modelagem sísmica convolucional


E0365

Análise de Perfis GEOFÍSICOS DE POÇOS para a CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA DA BACIA DE TAUBATÉ


Magali Dubas Gurgueira (Bolsista FAPESP) e Prof. Dr. Alexandre Campane Vidal (Orientador), Instituto de Geociências – IG, UNICAMP
A Bacia de Taubaté localiza-se entre a Serra do Mar e da Mantiqueira, pertencendo ao Rifte Continental do Sudeste do Brasil relacionado à tectônica distensiva de idade terciária. Baseado em informações de superfície, a bacia é caracterizada pela heterogeneidade geológica. O objetivo deste trabalho é o uso das informações referentes a perfis geofísicos, obtidos na perfuração de poços para captação de água subterrânea, visando melhor conhecimento em subsuperfície. O trabalho foi baseado na digitalização e interpretação de sessenta e sete perfis. A metodologia de análise ocorreu através da interpretação dos dados da Ferramenta Raios Gama, que é constituída basicamente por um detector para medir a radioatividade natural das rochas. A interpretação identificou os intervalos de maior valor de radioatividade medida como correspondentes a “folhelhos” proporcionando a determinação da argilosidade (Vsh), através de três cenários para Vsh60, Vsh65 e Vsh70. Apesar da indeterminação de qual dos valores de Vsh seria mais adequado para a bacia, os mapas da razão arenito/folhelho para os valores utilizados foram semelhantes, sendo as maiores razões indicadas nos mesmos locais para os três casos. O percentual médio de arenitos no pacote de sedimentos de toda a bacia foi de 81,9% para o cenário de Vsh60, 84,8% para Vsh65 e 89,3% para Vsh70.

Bacia de Taubaté - Perfis raios gama – Fácies arenito


E0366

ANÁLISE DE IMAGENS NO ESTUDO POROSO DE ARENITOS


Maurício Fachini (Bolsista SAE/UNICAMP) e Prof. Dr. Alexandre Campane Vidal (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
As propriedades petrofísicas das rochas-reservatório são fortemente controladas pela geometria do espaço poroso. Variáveis petrofísicas medidas em laboratório como porosidade, permeabilidade e distribuição do tamanho das gargantas dos poros, não explicam completamente a complexidade do sistema poroso, uma vez que não expressam apropriadamente as informações sobre a geometria dos poros. A maioria dos métodos aplicados às medidas de parâmetros texturais demandam de tempo significativo para a sua execução e, muitas vezes, para um número limitado de amostras. Assim, sistemas computadorizados de análise de imagens estão sendo utilizados, pois permitem rápida avaliação quantitativa da geometria e distribuição do espaço poroso das rochas-reservatório, a partir da análise de lâminas delgadas. Neste trabalho, foram desenvolvidos algoritmos capazes de prever índices de esfericidade e arredondamento em intervalos onde a ausência de testemunho e/ou plugues impeça a realização de medidas petrofísicas. Toda a implementação computacional do projeto foi realizada utilizando recursos do MATLAB. As rotinas obtidas da pesquisa bibliográfica sobre o tema forneceram as fórmulas e os parâmetros a serem detectados pelo software para o cálculo dos índices desejados. O software desenvolvido fornece os índices de esfericidade e arredondamento através da análise de imagens dos grãos. Tais índices são propriedades básicas para a classificação de arenitos.

Análise de imagens - Forma dos grãos - Textura


E0367

CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA DOS LITOTIPOS DA SERRA DO VUM VUM E MORRO DA GLÓRIA, GREENSTONE BELT RIO DAS VELHAS, QUADRILÁTERO FERRÍFERO-MG


Michelsen Quintana da Silva Wurdig (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Alfonso Schrank (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
A caracterização mineralógica, com base na análise petrográfica, e a interpretação em detalhe da pilha estratigráfica são relevantes pois seus resultados devem fornecer atributos básicos que auxiliem na caracterização de um modelo metalogenético para o depósito aurífero. Neste projeto de pesquisa foram analisadas, por métodos convencionais em petrografia, 16 lâminas delgadas obtidas a partir dos testemunhos de sondagem FVV-19, locado na Serra do Vum Vum. A análise petrográfica permitiu o reconhecimento de uma área onde a alteração hidrotermal agiu de maneira intensa e tornou muito árduo o trabalho de reconhecimento dos protólitos, no entanto, a identificação da composição das zonas de alteração também pode permitir interpretações a respeito dos mesmos tal como proposto em bibliografia. Foi possível reconhecer nestas rochas fácies xisto verde, diferentes fases minerais em função da profundidade amostrada, com ocorrências de zonas de seritização, de carbonatação e de cloritização. As zonas de alteração hidrotermal formam um zoneamento concêntrico ao entorno de corpos mineralizados e, portanto a localização espacial das mesmas é importante no direcionamento de pesquisas de prospecção.

Serra do vum vum - Zonas de alteração hidrotermal - Petrografia


E0368

ESTUDO PETROGRÁFICO COMPARATIVO DE AMOSTRAS DE BRECHAS DE IMPACTO


Fernanda Silva Lourenço (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Álvaro Penteado Crósta (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
Através da análise de amostras de rochas formadas/deformadas por processos de impacto de corpos celestes contra a superfície da Terra, de crateras como o Domo de Araguainha-MT (Brasil), Carswell (Canadá), Manson (EUA), Ries (Alemanha), Rochechouart (França), Saaksjarvi (Finlândia), Siljan Lake (Suécia) e Köfels (Áustria) foi realizado um estudo comparativo, com o objetivo de elaborar uma base de dados com as feições de metamorfismo e deformação por impacto encontradas. A identificação de feições de impacto envolve o reconhecimento de características únicas de deformação (shock metamorphic effects), decorrentes da interação das ondas choque liberadas pelo impacto com as rochas afetadas (brechas de impacto), que são os principais elementos usados na identificação dos efeitos de choque. Feições microscópicas de deformação por impacto foram identificadas nas amostras, entre elas: microestruturas planares de deformação (PDFs) em minerais como quartzo e feldspato; vidros minerais isotrópicos (diaplectic /thetomorphic glasses); e kink bands em micas ou, mais raramente, em olivinas e piroxênios. Com esses resultados é possível estabelecer analogias entre amostras de brechas de crateras brasileiras com suas equivalentes de outros países, auxiliando nos estudos das crateras de impacto já comprovadas e de futuras crateras que venham a ser descobertas no Brasil.

Petrografia - Brechas de impacto - Metamorfismo de impacto


E0369

CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA, LITOLÓGICA E PETROGRÁFICA DA CRATERA DE IMPACTO DE VISTA ALEGRE


Rafael de Aguiar Furuie (Bolsista CNPq) e Prof. Dr. Álvaro Penteado Crósta (Orientador), Instituto de Geociências IG, UNICAMP
São aqui apresentados os resultados dos estudos conduzidos na cratera de impacto de Vista Alegre, localizada no sudoeste do Paraná, a quinta das crateras formadas por impacto de corpo extraterrestre descoberta no Brasil. Tais estudos abrangeram a constituição e características geológicas da estrutura como um todo, com ênfase no entendimento de sua morfologia e dos litotipos a ela associados.A metodologia utilizada envolveu a coleta de informações a partir das imagens de sensoriamento remoto de diversas fontes disponíveis para a área, o que permitiu delimitar a estrutura e compreender a sua distribuição espacial. Além disto foi realizado levantamento em campo da distribuição das rochas ali presentes, junto com a coleta de material, como basaltos e brechas de impacto, que foram analisados através de microscopia óptica.O desenvolvimento do projeto permitiu a identificação de feições diagnósticas da origem da estrutura circular por impacto, além de supor uma área para ocorrência destas feições, em especial as feições de deformação por impacto encontradas nas brechas polimíticas. Nesse sentido os resultados do projeto contribuem para o avanço no conhecimento desta cratera de impacto, cuja descoberta é recente e que ainda carece de estudos de detalhe.

Vista Alegre - Cratera de impacto - Formação serra geral


E0370

EVOLUÇÃO TEMPORAL DA CONTAMINAÇÃO POR CHUMBO DE SEDIMENTOS NO VALE DO RIBEIRA (SP)


David Shepherd (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Bernardino Figueredo (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
A atividade de mineração e refino de chumbo e outros metais que ocorreu no Vale do Ribeira (SP) até 1995 foi responsável pela contaminação dos sedimentos do Rio Ribeira de Iguape conforme apontado por estudos realizados desde a década de 1970. Este trabalho foi orientado para verificar a evolução temporal das concentrações de chumbo e outros metais nos sedimentos depositados em meandros abandonados do Rio Ribeira de Iguape na planície de inundação da região de Sete Barras (SP). Para este fim, foram coletadas duas colunas de sedimento, com espessura de 1m cada uma. As colunas foram secionadas em 4 amostras de 5 cm no topo, 4 de 10 cm na parte intermediária e 2 de 20 cm na base. Estas amostras foram secadas em bandejas plásticas, peneiradas para a obtenção da fração menor que 180 mm e moídas em moinho de bolas com potes de ágata para a confecção de pastilhas, utilizadas para análise por fluorescência de raios-X. Foram obtidas concentrações de 10 óxidos maiores e de 21 elementos menores e traços além da perda ao fogo. As concentrações de chumbo apresentaram variação de 44 a 33 mg.g-1 com diminuição dos teores em direção a base do perfil, consistente com resultados de estudos anteriores. As concentrações de zinco, cobre e arsênio também apresentaram diminuição em profundidade. Uma tentativa de datar essas amostras, fazendo uso de isótopos radiogênicos, será levada a efeito com o objetivo de estimar a taxa de sedimentação na planície de inundação e detectar eventual registro de ação antrópica nos últimos 100 anos.

Contaminação - Chumbo - Vale do Ribeira


E0371

MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA POSSÍVEL ESTRUTURA DE IMPACTO DE PIRATININGA,SP


Rogério Amaro Machado (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Carlos Roberto de Souza Filho (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
Embora o Brasil tenha grandes extensões de terras relativamente estáveis nos últimos 500 milhões de anos, nosso país hospeda o registro, até o momento, de apenas cinco crateras de impacto reconhecidas como genuínas (Domo de Araguainha, Serra da Cangalha, Riachão, Vargeão, e Vista Alegre (Bela Vista). Além destas, existe ainda o registro de dez possíveis crateras de impacto adicionais (Cerro Jarau, Colônia, Curuçá, Inajah, Piratininga, Gilbués/Santa Marta, São Miguel do Tapuio, Ubatuba, Rio Tefé e Praia Grande). Neste trabalho, dados do sensor ASTER/Terra, ETM+/Landsat, além de dados altimétricos do SRTM e dados aerogeofísicos (magnetometria), adquiridos sobre a estrutura de Piratininga, foram processados com o objetivo de caracterizar a sua morfometria residual em superfície e sub-superficie. Para tanto, foi desenvolvido um banco de imagens e produtos específicos derivados desses dados (cartas-imagens 2D em RGB; MDT em falsa cor; perfil topográfico e modelos tri-dimensionais). Os resultados obtidos da interpretação desses produtos mostram que a estrutura possui, apesar de bastante erodida, traços consistentes de sua circularidade original em superficíe e possivelmente em sub-superfície. Trabalhos de campo realizados em vários locais da estrutura apontaram a presença de rochas sedimentares verticalizadas na sua região central; entretanto, amostras derivadas desses locais aparentemente não possuem evidências preservadas de feições de choque (e.g. PDFs). Dessa forma, embora esse trabalho tenha contribuído com avanços na caracterização da estrutura de Piratininga, com base nos resultados obtidos, sua origem por impacto continua sem uma comprovação direta.

Crateras de impacto - Sensoriamento remoto - Piratininga


E0372

ESTUDO COMPARATIVO DAS IMAGENS SAR DOS SENSORES SIPAM, JERS-1 E RADARSAT-1 PARA MAPEAMENTO GEOLÓGICO NA PROVÍNCIA MINERAL DO TAPAJÓS (PA)


Thais Andressa Carrino (Bolsista, PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Carlos Roberto de Souza Filho (Orientador). Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
A Província Mineral do Tapajós (PMT), localizada em partes dos Estados do Amazonas e Pará, possui destaque por ser considerada a maior província aurífera do país. Inserida no contexto do Cráton Amazônico, os principais depósitos compreendem estilos primários (em rochas proterozóicas) e secundários, associados a placeres. Como área integrante do domínio de floresta densa equatorial (Amazônia), o uso de radares de abertura sintética (SAR) torna-se útil no auxílio de mapeamento de unidades geológicas portadoras ou não de mineralizações. Neste sentido, uma porção da PMT foi selecionada para um estudo utilizando-se três tipos de imagens SAR: SIPAM (Brasil), JERS-1 (Japão) e RADARSAT-1 (Canadá). Procedimentos como retificação e filtragens de imagens, transformações IHS e outros foram realizados a fim de gerar produtos comparativos entre tais sensores, como identificação de estruturas e de litotipos proterozóicos regionais. Destaque foi dado às recentes imagens SIPAM/SAR com relação às demais, pela qualidade textural e melhor resolução espacial, adjunto aos fatores como baixo custo e facilidades de aquisição dos dados deste produto genuinamente nacional.

Imagens de radar SAR - Mapeamento geológico - Província Mineral do Tapajós (PMT)


E0373

IMPLANTAÇÃO DE MAPAS EM AMBIENTE SIG E DIFUSÃO DE MATERIAIS NA INTERNET SOBRE RECURSOS HÍDRICOS DA REGIÃO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


Ancilla Maria Almeida de Carvalho (Bolsista SAE/UNICAMP) e Prof. Dr. Celso Dal Ré Carneiro (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
O projeto utiliza uma base de dados de campo de São José do Rio Preto (SP), que foram inseridos em ambiente de Sistemas de Informações Georreferenciadas (SIG), com o objetivo de analisar a distribuição, quantidade e qualidade dos corpos hídricos da região. A partir de mapas geológicos, geomorfológicos, pedológicos e pluviométricos, serão produzidos e interpretados mapas de susceptibilidade a enchentes e erosão, bem como outras questões relacionadas a uso e ocupação do solo, tais como áreas mais adequadas à instalação de aterros sanitários e adensamento populacional. Foram elaborados em meio digital tanto os mapas-base, como o banco de dados que reúne descrições de campo dos pontos de interesse. O projeto exige pesquisa bibliográfica e treinamento no uso de SIG, ambiente que permite realizar cruzamentos de dados e tratamento espacial. O produto final são mapas de susceptibilidade a enchentes, potencial erosivo, áreas mais adequadas à ocupação e atividades agrícolas, além de gráficos da demografia dos municípios estudados: pirâmides populacionais, uso da água etc. O conteúdo será disponibilizado na internet para ser fonte de informação e difusão de materiais didáticos sobre Geociências.

Sistemas de informações - Georreferenciadas - Água subterrânea


E0374

FOTOLINEAMENTOS E ESTRUTURAS RÚPTEIS DA DEPRESSÃO PERIFÉRICA EM CAMPINAS, SP


Carolina Penteado Natividade Moreto (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Celso Dal Ré Carneiro (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
Os estudos de mapeamento geológico e geomorfológico do município de Campinas situam-se ainda em escala de semi-detalhe; são também poucos os trabalhos sobre disponibilidade de recursos hídricos. O objetivo principal do projeto é cartografar sistematicamente lineamentos correspondentes a estruturas rúpteis da área do município e levantar informações regionais acerca de padrões de orientação, com base na interpretação de fotos aéreas e imagens de satélite. O município situa-se no limite da Depressão Periférica, domínio onde predominam rochas sedimentares e intrusões ígneas, com o Planalto Atlântico, sustentado por rochas proterozóicas (embasamento cristalino). A cartografia de lineamentos foi realizada em ambiente SIG, mediante uso do software ArcGIS, com o qual foi confeccionado mapa de fotolineamentos em escala 1:50.000. A análise estrutural e as interpretações dos dados obtidos permitiram determinar direções principais de fraturamento na região, divididas em seis grandes grupos: E-W, N45W, N65W, N-S, N30E e N45E. Há nítida distinção entre as áreas sedimentares e áreas onde afloram rochas proterozóicas; nestas últimas, os lineamentos são mais evidentes e numerosos.

Fotolineamentos - Estruturas rúpteis - Município de Campinas


E0375

INTEGRAÇÃO DE DADOS DE ESTRUTURAS ATECTÔNICAS DO SUBGRUPO ITARARÉ NAS ADJACÊNCIAS DE CAMPINAS (SP)


Felipe Garcia Domingues da Costa (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Celso Dal Ré Carneiro (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
A investigação sistemática e a interpretação de imagens fotográficas das estruturas atectônicas existentes em cortes da rodovia SP-65, no município de Campinas (SP), possibilitaram caracterizar a natureza dessas feições. A análise estrutural dos dados de orientação obtidos no campo revela orientações de dobras aproximadamente congruentes; as atitudes de eixos seguem direção N20E, com variações, predominando mergulhos sub-horizontais. As fotos digitalizadas foram processadas de acordo com a técnica das isógonas de mergulho, mas os resultados não foram conclusivos. Há duas dobras tipo 1C, duas tipo 3, e duas de comportamento misto: uma tem flancos classificados como 3 e 1C e a outra, 1A e 1B. Admitindo uma origem relacionada a deslizamento subaqüoso penecontemporâneo à sedimentação e a movimentações locais causadas pelos gelos, justifica-se tal diversidade porque não se trata de resposta a esforços de idêntica magnitude na escala de afloramento. A pesquisa bibliográfica buscou catalogar trabalhos publicados que descrevem tais estruturas na Bacia do Paraná. A integração, no campo, de dados do corte estudado com outros pontos de estruturas semelhantes, entre SP e SC, possibilitou comparar afloramentos da borda da Bacia, além de atualizar e complementar dados e interpretações sobre a origem das estruturas.

Estruturas atectônicas - Deslizamento subaquoso - Campinas


E0376

GEOQUÍMICA DO GRANODIORITO TRILHADO, GREENSTONE BELT DO RIO ITAPICURU (BA)


Maria Fernanda Pereira Grisolia (Bolsista SAE/UNICAMP) e Prof. Dr. Elson Paiva Oliveira (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
O projeto aborda a geoquímica e a geologia de um corpo granodiorítico intrusivo em basaltos metamorfisados do greenstone belt do Rio Itapicuru (GBRI). Este corpo é importante para a evolução do greenstone belt porque é uma das intrusões mais antigas (2152 Ma) na seqüência vulcano-sedimentar e não está deformado. Os minerais foram descritos e quantificados e as rochas classificadas de acordo com a nomenclatura internacional. Para a obtenção dos dados químicos, as rochas foram pulverizadas e a partir do pó foram confeccionados discos de vidros e pastilhas prensadas, respectivamente para análises de elementos maiores e traços. Os dados químicos foram processados no Excel e programa MINPET. Os resultados do plote normativo em diagrama QAP classificam as rochas entre granito e granodiorito, enquanto o plote modal resultou em tonalito. O plote em diagrama (Na2O + K2O – CaO) / SiO2 define o corpo como pertencente à série cálcio-alcalina; no diagrama FeOt (FeOt + MgO) / SiO2 ele tem característica magnesiana; o diagrama Al2O3/(Na2O+K2O)molar-Al2O3/(Na2O+K2O+CaO)molar o define como peraluminoso e no diagrama Albita-Anortita-Ortoclásio normativos define uma série de granito a trondhjemito. Ao comparar os dados geoquímicos dos principais corpos plutônicos da área e da mesma idade (granodiorito Trilhado, granitóide Eficéias e Domo Nego Val) conclui-se que eles são semelhantes do ponto de vista geoquímico e podem ter sido originado num ambiente de arco magmático.

Geoquímica - Petrografia - Granodiorito trilhado


E0377

LICÓFITAS NEOPERMIANAS DE AFLORAMENTO INÉDITO DA FORMAÇÃO CORUMBATAÍ, PIRACICABA, S.P.


Rafael Souza de Faria (Bolsista FAPESP) e Profa. Dra. Frésia Ricardi-Branco (Orientadora), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
A linhagem Lycophyta aparece no Siluriano e representa um dos primeiros ramos na base das traqueófitas. Apesar de hoje ser um grupo relictual, ordens extintas, incluindo espécies arbóreas, foram de grande importância nos ecossistemas do Permiano do paleocontinente Gondwana. Na porção gondwânica brasileira estão presentes na Bacia do Paraná, vários gêneros de Lepidondredales com destaque para a família Lycopiopsidaceae. Dentro deste contexto, o presente estudo enfatiza a análise de espécimes provindos de um afloramento inédito (Rodovia SP 308 - Hermínio Petri), Piracicaba, S.P. As amostras na maioria das vezes sob a forma de compressões e impressões estão preservadas num siltito escuro. A morfologia e dimensões das almofadas foliares apontam para mais um registro de Lycopodiopsis derbyi na Formação Corumbataí. Nos exemplares foram preservados vários níveis de decorticação de um mesmo espécime, o que permite um aprimoramento no conhecimento desse grupo vegetal, bem como desse processo de fossilização muito comum nas licófitas. Associados aos caules estudados foram encontrados megásporos.

Lycophyta - Formação Corumbataí - Permiano


E0378

CARACTERIZAÇÃO DE DEPÓSITOS QUATERNÁRIOS NA BACIA DO RIO ITANHAÉM, SP.*


Stéfano Albino Zincone (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Frésia Ricardi-Branco (Orientadora), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
*FAPESP-BIOTA 01/09881–2 “Estudo ambiental no estuário do rio Itanhaém, litoral sul, SP”

São caracterizados e descritos depósitos inéditos ricos em bioclastos, localizados na planície costeira de Itanhaém. Esses guardam registro das variações do nível do mar no Quaternário. Entre os depósitos foram identificados dois contendo bioclastos marinhos longe da costa, um a margem do rio Tambotica (24º47’48” e 46º49’30,4”) podendo estar relacionado a um sambaqui. O outro próximo à encosta da S. do Mar. Os demais estão localizados na praia. Dentre esses se destaca o beach rock da Praia de Anchieta (24º12’05,1” e 46º48’41,3”). Os dois outros inconsolidados, como o da Praia das Conchas (24º11’46,7” e 46º48’06,1”) e o da Ilha das Cabras (24º 11’38,1” e 46º47’33,1”). Para o estudo e caracterização dos depósitos foram levantadas as seções colunares e analise da composição. Para obter uma localização temporal precisa foi realizada datação por C14, e analise petrográfica do beach rock. Comparações entre os depósitos são estabelecidas, uma vez que a composição dos ‘depósitos naturais’ e dos sambaquis são muito diferente. É feita à correlação entre os depósitos litorâneos para estabelecer diferenças tafonômicas. A localização e idade (5.300 AP) do sambaqui do rio Tambotica e do deposito localizado próximo à S. do Mar podem indicar níveis transgressivos. No caso do beach rock o nível elevado do mar é insinuada por estar a 2 m do nível atual.

Holoceno - Itanhaém - Transgressão

E0379

ARQUITETURA FLUVIAL EM AMBIENTE ÁRIDO: FORMAÇÃO MARÍLIA


Alick Barreto Stuart Boden (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Giorgio Basilici (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
A caracterização de litossomas de depósitos fluviais de ambiente árido tem importância estratégica, pois constituem reservatórios de água subterrânea, e econômica, haja vista que os campos da Bacia do Recôncavo, maduros mas ricos em hidrocarbonetos retidos, foram formados em sistemas fluviais áridos Neste trabalho, a partir da análise de fácies em seções estratigráficas bi- dimensionais (2-D) elaboradas, e da observação direta em grandes exposições de rochas foi caracterizada a disposição geométrica dos corpos geológicos e interpretado um sistema deposicional para a Formação Marília. O método para a obtenção das seções é o mapeamento de grandes afloramentos com o auxíliol de fotomosaicos, individualizando-se estruturas sedimentares. Como resultados tem-se: um modelo hidráulico-deposicional de construção de canais fluviais e depósitos de planície de inundação que evidencia o arcabouço interno dos corpos sedimentares; um modelo arquitetônico de sistemas fluviais em ambientes áridos; e um modelo seqüencial de um sistema aluvial. É esperado que o trabalho contribua para a definição da geometria de sistemas fluviais áridos, que freqüentemente constituem reservatórios. O custo atual dos hidrocarbonetos justifica o estudo detalhado das características deposicionais desses ambientes.

Reservatório - Formação marília - Hidrocarbonetos


E0380

POTENCIAL DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL DAS BACIAS DO AMAZONAS E SOLIMÕES


Nádia Franqueiro Corrêa (Bolsista ANP/PRH 15) e Prof. Dr. Newton Müller Pereira (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
A presente pesquisa tem por objetivo conhecer as bacias sedimentares brasileiras que apresentam potencial para a explotação de hidrocarbonetos. Dentro dessa demarcação ampla, que compreenderia estudar vinte e nove bacias sedimentares segundo os mapas fornecidos pela Agência Nacional de Petróleo, a pesquisa enfoca tão somente aquelas localizadas na região Norte do país, mais especificamente as bacias do Solimões e Amazonas. Essas bacias vêm se notabilizando pelos excelentes prospectos para petróleo e gás natural, inclusive com produção já iniciada nos campos de Urucu e Juruá, ambos situados na primeira bacia citada. No contexto dessas duas bacias, a pesquisa tem proporcionado conhecimentos sobre a ambiência geológica de cada uma delas, sobre os condicionantes que permitiram a acumulação econômica de petróleo e gás natural e confirmar seus respectivos potenciais em hidrocarbonetos.

Petróleo - Gás natural - Potencial em hidrocarbonetos


E0381

A MINERALIZAÇÃO DE Cu-Au DO CORPO PISTA NA MINA DE SOSSEGO, PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS (PA): ROCHAS HOSPEDEIRAS E PARAGÊNESE DO MINÉRIO


Ignacio Torresi (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Roberto Perez Xavier (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP

Situado na mina de Sossego, Província Mineral de Carajás, o corpo de minério Pista constitui um depósito de óxido de Fe-Cu-Mo-Au. A rocha hospedeira das principais zonas mineralizadas é um milonito composto por bandas anastomosadas de turmalina hidrotermal, intercaladas com bandas de quartzo e albita. Esta é cortada por veios tardi-cinemáticos de quartzo e albita molibdenita). O quartzo dos veiosgeralmente mineralizados a calcopirita ( contém duas categorias de inclusões fluídas aquosas: tipo I- bifásicas (L + V), de baixa salinidade, 3,7 a 6,9 % peso eq.NaCl; tipo II – trifásicas a multifásicas (L + V + sais), salinidade de 34 a 45,1 % peso eq.NaCl. Ambos os tipos coexistem em grupos isolados ou arranjos planares intracristalinos sugerindo natureza primária e/ou pseudosecundária. Estudos microtermométricos mostram que os fluídos mais salinos são ricos em NaCl-CaCl2, enquanto que os mais diluídos apresentam concentrações de FeCl2 e/ou MgCl2, além de NaCl. A coexistência desses dois tipos de inclusões, seus amplos C – tipo I eC a 242,7intervalos das temperaturas de homogeneização (141,7 C – tipo II), e a grande variação da salinidade, sugerem misturaC a 378,2260 de fluidos altamente salinos de maior temperatura com fluidos mais diluídos e mais frios. O mesmo padrão de mistura de fluidos foi observado nos corpos de Sequeirinho e de Sossego indicando ser um mecanismo fundamental para a deposição de Cu-Au pelo decréscimo da temperatura e diminuição da salinidade (decréscimo da atividade de Cl).

Carajás - Corpo pista - Inclusões fluídas

E0382

ESTUDO DE INCLUSÕES FLUIDAS NOS DEPÓSITOS AURÍFEROS DE NOVO MUNDO E SANTA HELENA NA REGIÃO DE TELES PIRES – PEIXOTO AZEVEDO (MATO GROSSO), PROVÍNCIA DE ALTA FLORESTA.


Rafael Rodrigues de Assis (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Roberto Perez Xavier (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
No depósito de Paraíba a mineralização aurífera ocorre em veios de quartzo sulfetados hospedados em zonas de cisalhamento, enquanto no de Novo Mundo aparece na forma disseminada em granito fortemente hidrotermalizado. Três tipos distintos de inclusões fluidas foram identificados no depósito de Paraíba: tipo I - inclusões aquosas com salinidades entre 2 e 12,8% eq.NaCl e temperaturas de homogeneização (Tht) entre 78,7°C e 234,3°C; tipo II - inclusões aquosas saturadas com salinidades entre 37 e 43,5% eq.NaCl e Tht entre 286,5°C e 362,1°C; tipo III – H2O-CO2 com salinidades entre 1,6 e 14,5% eq.NaCl e Tht entre 159,3°C e 315,8°C.. As inclusões dos tipos I e II pertencem ao sistema H2O-NaCl-CaCl2. As inclusões fluidas aquosas dos tipos I e II (H2O-NaCl-FeCl2-MgCl2) são as dominantes no depósito de Novo Mundo, não havendo as aquo-carbônicas do tipo III. As do tipo I contêm salinidades entre 2,2 e 13,6% eq.NaCl enquanto as do tipo II entre 32 e 36,7% eq.NaCl. As inclusões dos tipos I e II mostram Tht, respectivamente, entre 61°C e 185°C e entre 200 e 255°C. No depósito Paraíba, os fluidos ricos em CO2 em coexistência com fluidos aquosos de salinidade alta podem refletir um sistema em imiscibilidade (origem magmática ou metamórfica?) que progressivamente interagiu com fluidos aquosos mais diluídos. No depósito de Novo Mundo, o regime de fluidos é essencialmente aquoso onde fluidos de alta salinidade (magmáticos?) tendem a se misturar com fluidos externos de mais baixa temperatura (meteóricos?).

Inclusões fluidas - Mineralização aurífera - Alteração hidrotermal


E0384

ESTUDO DE AVERSÃO AO RISCO E ANÁLISE DE PORTFÓLIOS NA EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO


Hugo Tamoto (Bolsista CEPETRO/UNICAMP) e Prof. Dr. Saul B. Suslick (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
Os níveis de risco existentes nos projetos de exploração e produção de Petróleo representam aspectos determinantes do processo decisório no contexto atual da indústria petrolífera. Para tanto é necessário desenvolver pesquisas e estudos com a finalidade de minimizar os riscos potenciais e maximizar o retorno financeiro. A proposta desse trabalho visa estudar o nível de aversão do risco das empresas na etapa de exploração de petróleo, utilizando diferentes modelos de utilidade. Além disso, pretende-se neste trabalho estender os resultados para uma análise integrada com as técnicas de portfólio na seleção de projetos para exploração de petróleo. Serão utilizados funções de utilidades e o software MERAK® como ferramenta principal para a construção e análise dos Portifólios. O levantamento da literatura abrange as publicações da SPE, AAPG e as obras que abordam diversos modelos relacionados ao uso das técnicas de análise de portfólios em projetos de E&P de petróleo. Como estudo de caso foram selecionados 20 projetos de exploração do LAGE (Laboratório de Análises Geoeconômicas de Recursos Minerais) para a construção das matrizes de risco/retorno e das curvas de utilidade.

Risco - Portfólios - Exploração de petróleo


E0383

MODELAGEM GEOLÓGICA 3D DO CAMPO DE NAMORADO


Tatiana Sacco (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Saul B. Suslick (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP
Um dos desafios para a estimativa do potencial petrolífero é a redução de incertezas dos atributos geológicos. Novas tecnologias podem auxiliar significativamente predizendo a qualidade do reservatório e permitindo melhor conhecimento na determinação de zonas portadoras de acumulações de óleo e gás natural. Essas tecnologias utilizam aplicativos baseados na integração de dados e no ajuste dinâmico do modelo geológico. Tais aplicativos possuem diversas interfaces, que atuam com elevada rapidez, permitindo o carregamento de dados, atualização de informações e uma maior resolução das estruturas do reservatório, garantindo tomada de decisões mais precisas e em menor período de tempo. Dentro desta perspectiva, o presente projeto de pesquisa objetiva um estudo das incertezas geológicas utilizando o aplicativo Petrelâ desenvolvido pela Schlumberger. A aplicação utilizando informações petrofísicas de diversos poços será integrada num modelo tridimensional do Campo de Namorado, situado na Bacia de Campos para posteriormente serem comparados a trabalhos já realizados com outros aplicativos.

Modelagem 3D - Campo de Namorado - Dados geológicos


E0385

ESTUDO DA ESTIMATIVA DO POTENCIAL PETROLÍFERO POR INTERMÉDIO DE MODELOS ESTOCÁSTICOS: UMA APLICAÇÃO AO CAMPO DE NAMORADO, BACIA DE CAMPOS, RJ


Thiago André Manzini (Bolsista CEPETRO/UNICAMP) e Prof. Dr. Saul Barisnik Suslick (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP

Um dos grandes desafios das empresas e organismos reguladores refere-se a estimativa do potencial petrolífero. O conhecimento e as suas estimativas possuem impactos significativos na estratégia exploratória das empresas, bem como no planejamento das atividades regulatórias no âmbito da exploração e produção de petróleo e gás natural. Um dos métodos que vem sendo utilizados para estimar os recursos petrolíferos não-descobertos (potencial petrolífero) são os métodos estocásticos que utilizam as técnicas de simulação de Monte Carlo das variáveis incertas tais como: porosidades, área de trapeamento, entre outras que participam na análise de plays e prospectos. Neste trabalho apresentamos uma metodologia que se baseia na utilização do software Geo-X. O modelo gerado permite através de simulações dos atributos que compõem um sistema petrolífero, a obtenção de uma estimativa sobre o volume total de hidrocarbonetos analisados,neste caso, a estimativa do potencial petrolífero do Campo de Namorado. Resultados preliminares das simulações para o volume de óleo produzido indicam para um cenário otimista (P10) de 74 milhões m3 , cenário pessimista (P90) de 13,4 milhões m3 e um cenário mais provável (P50) de 36,6 milhões m3. Essas estimativas quando comparadas com o montante de óleo produzido no Campo de Namorado indicam um potencial de reservas não-descobertas de aproximadamente 19,4 milhões m3.

Exploração - Incertezas geológicas - Reservas petrolíferas

E0386

INTEGRAÇÃO DE DADOS E GERAÇÃO DE PRODUTOS, ATRAVÉS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG), DO BATÓLITO DE SANTA QUITÉRIA – CE


Luiz Fernando dos Santos (Bolsista PIBIC/SAE-UNICAMP) e Prof. Dr. Ticiano José Saraiva dos Santos (Orientador), Instituto de Geociências – IG, UNICAMP.
A organização dos dados geológicos em ambiente SIG tem sido atualmente de grande utilidade para otimização e planejamentos futuros voltados a pesquisa mineral, hídrica superficial, subterrânea e conhecimento da evolução tectônica da Plataforma sul-americana. O NW do Ceará vem sendo alvo de pesquisadores de diversas universidades brasileiras: UNICAMP, UFC, UNB e USP. A área de trabalho compreende a parte do Arco Magmático de Santa Quitéria, abrangendo aproximadamente 1.300 km2. Trabalhos sistemáticos de campo foram realizados por alunos de IC, de TCC e por pesquisadores da UNICAMP, abrangendo levantamento de dados estruturais, coleta de amostras para estudos petrográfico, geoquímico e geocronológico, e mapeamento geológico na escala 1:50.000. Os dados disponíveis constituem um grande acervo e sua organização em ambiente SIG traz importante contribuição ao entendimento, atual e futuro, dessa porção da Província Borborema. Os principais produtos gerados a partir dos dados coletados em campo e laboratório, foram mapas temáticos: geológicos e estruturais e de pontos para auxílio ao planejamento, compreensão e elaboração da geologia local, além da base em SIG com os dados coletados, que podem contribuir em trabalhos futuros, nas mais diferentes áreas geológicas.

Sistema de informação geográfica - ArcGIS - Arco Magmático de Santa Quitéria


E0387

SAZONALIDADE GEOQUÍMICA DO MERCÚRIO EM SEDIMENTOS SUPERFICIAIS DO SISTEMA ESTUARINO DE SANTOS-CUBATÃO (SP)


Rafael Augusto Reginato (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Wanilson Luiz Silva (Orientador), Instituto de Geociências - IG, UNICAMP



O sistema estuarino de Santos-Cubatão pertence a um dos mais importantes complexos de fábricas da América Latina, o Pólo Industrial de Cubatão, e tem sido perturbado pela emissão de efluentes industriais. Neste contexto, a avaliação da variabilidade sazonal de elementos contaminantes, no caso o mercúrio, tem importância, por exemplo, na avaliação do risco de biodisponibilidade desse metal em função da estação do ano. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a concentração geoquímica do mercúrio em sedimentos de superfície coletados durante o período de inverno e verão, em cinco sítios de amostragens distribuídos nos principais setores contaminados do estuário, identificados na literatura. A concentração do Hg foi investigada através de absorção atômica em amostras de sedimentos totais e nas frações < 177 μm e <63 μm dos respectivos sítios de amostragem. Determinou-se também a quantidade de matéria orgânica, utilizando o método de perda ao fogo em Mufla para cada amostra, com o objetivo de examinar o seu significado na fixação ou liberação do mercúrio do sedimento para a água. As análises nas amostras do inverno confirmaram que quanto mais fina a fração granulométrica e maior o teor de matéria orgânica, maior será a concentração de mercúrio. Com a comparação dos resultados da concentração obtidos para as amostras analisadas no período de verão e inverno, pode-se concluir um estudo sobre a variabilidade sazonal do mercúrio através de parâmetros geoquímicos.

Sazonalidade - Mercúrio - Geoquímica





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