Países
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% de população urbana (2014)
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% de crescimento (1990-2014)
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Etiópia
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19
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4,8
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Uganda
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16
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5,4
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Venezuela
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89
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1,4
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Bahrein
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89
|
1,0
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Burkina Fasso
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29
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5,8
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Níger
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18
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5,4
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Arábia Saudita
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83
|
2,5
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Malauí
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16
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4,1
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Eritreia
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22
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4,2
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Burundi
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12
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5,8
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Afeganistão
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26
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4,6
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FONTE: THE WORLD BANK. World Development Indicators 2015. Disponível em: http://wdi.worldbank.org/table/3.12. Acesso em: 15 nov. 2015.
Apesar de elevada participação da população rural, chama a atenção a relativa rapidez com que a população urbana vem aumentando nesses países. Mesmo na China, país mais populoso do mundo, em 2011 a população urbana ultrapassou pela primeira vez a população rural. Em 2015, 55,6% dos habitantes moravam nas cidades. Apenas a Índia, entre os países emergentes, nesse mesmo ano possuía elevada população rural.
Problemas urbanos
Tanto cidades de países desenvolvidos como de países não desenvolvidos apresentam problemas causados pelo crescimento acelerado da população urbana. Todos esses problemas exigem soluções urgentes. Trânsito complicado, poluição visual e auditiva, poluição do ar, do solo e das águas, violência, vida cara e difícil têm atormentado os habitantes das cidades grandes. Observe a foto a seguir.
LEGENDA: Smog causado pela poluição do ar cobre o céu de Londres, Inglaterra, no Reino Unido, em foto de maio de 2014. Um dos graves problemas das cidades dos países desenvolvidos é a poluição atmosférica.
FONTE: Velar Grant/Citizenside/Agência France-Presse
Nos países desenvolvidos, o crescimento das atividades industriais exigiu o aprimoramento e até mesmo a criação de atividades de apoio ou complementares ao setor secundário. Essa necessidade engendrou o desenvolvimento do setor terciário, estruturado - com bancos, comércio e serviços cada vez mais sofisticados - e preparado para a geração de empregos.
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Nesses países, as cidades cresceram com um planejamento mais adequado, contando ainda com um organizado sistema de transportes, além de saneamento básico, moradia, iluminação pública, pavimentação - condições que seus habitantes, muitas vezes, conseguiram por meio de lutas e reivindicações feitas ao longo de anos. Entretanto, nos últimos anos, elas têm conhecido uma escalada do crescimento da pobreza, com a presença de moradores em situação de rua e trabalhadores informais. Crises econômicas que provocam desemprego e migrações em massa têm contribuído para essa situação.
LEGENDA: Sem teto sentada na fachada de uma loja na Quinta Avenida, em Manhattan, Nova York, Estados Unidos, em 2015. No cartaz está escrito: "Sem teto e grávida: qualquer coisa ajuda". A imagem mostra a desigualdade que ainda existe no mundo, inclusive nos países desenvolvidos: no mesmo lugar onde se pode comprar artigos caros e luxuosos nas lojas de grife, pode-se ver pessoas pedindo ajuda para suprir suas necessidades básicas.
FONTE: Jewel Samad/Agência France-Presse
Nos países pobres, os setores secundário e terciário não são suficientemente fortes para oferecer emprego a todos, embora atualmente venham demonstrando maior capacidade para oferecer oportunidades. Ainda assim, o sonho de uma vida melhor na cidade muitas vezes é ilusão. A realidade é sobreviver como é possível. É grande a proporção de atividades informais (subemprego), como a exercida por vendedores ambulantes, por lavadores e guardadores de carro, entre outros.
As administrações urbanas em países pobres lutam principalmente contra a falta de recursos e de políticas públicas para realizar os melhoramentos necessários. As cidades crescem sem que haja rigor no controle e na infraestrutura, permitindo o surgimento de loteamentos clandestinos, muitos deles em áreas consideradas de risco.
A favelização, portanto, é outra marca dessas cidades, independentemente do nome que receber esse tipo de habitação com precárias condições de vida. A falta de moradia ou seu elevado preço fazem surgir comunidades, cortiços e moradores em situação de rua. Ao lado de habitações paupérrimas, erguem-se casas e prédios de luxo, como ocorre em alguns bairros do município de São Paulo, no Rio de Janeiro, ou em Mumbai, na Índia (veja imagem abaixo).
LEGENDA: Comunidade do Cantagalo, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Ao fundo, prédios residenciais do bairro de Ipanema. Foto de 2015.
FONTE: Donatas Dabravolskas/Shutterstock
Segundo a ONU, a população que vive em comunidades diminuiu razoavelmente nas últimas décadas, mas o número desses moradores continua bastante expressivo em muitas partes do mundo, como podemos ver no gráfico a seguir.
FONTE: Adaptado de: ONU. UN-Habitat 2014. Disponível em: http://mirror.unhabitat.org/pmss/listItemDetails.aspx?publicationID=3552. Acesso em: 16 nov. 2015. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora
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