Fronteiras da Globalização 3



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Região

1950

1960

1970

1980

Norte

12,12

9,72

9,9

18,16

Nordeste

5,47

6,31

5,93

6,49

Sudeste

11,9

13,71

16,57

18,45

Sul

10,94

16,83

17,5

14,06

Centro-Oeste

20,69

29,38

32,84

35,14

FONTE: IBGE. Séries Estatísticas e históricas. Migrações internas. Disponível em: http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/lista_tema. aspx?op=0&no=10. Acesso em: 23 mar. 2016.

Glossário:



Taxa de migração líquida: relação entre o número de pessoas não naturais de uma região e o total da população residente nessa região.

Fim do glossário.

Com o aumento do número de habitantes vivendo nas periferias das grandes cidades, passaram a ser comuns movimentos diários de pessoas que saem de bairros periféricos para trabalhar em áreas centrais. Esses movimentos são chamados pendulares, por lembrar o mecanismo do pêndulo de um relógio (que vai e vem).

LEGENDA: Passageiros embarcando em transporte coletivo no município de Juazeiro (BA). Foto de 2016.

FONTE: Cesar Diniz/Pulsar Imagens

116

A partir dos anos 1960 ocorreram grandes fluxos migratórios rumo ao Norte e ao Centro-Oeste, provocando um expressivo crescimento populacional nessas regiões. As migrações internas para o Norte e o Centro-Oeste foram influenciadas pelo governo federal, sob o comando dos militares, durante a ditadura militar (1964-1985). Nesse período, os projetos de migração estavam baseados no desenvolvimento de grandes obras, como as rodovias Transamazônica (região Norte) e Cuiabá-Santarém (regiões Centro-Oeste e Norte, respectivamente), e um projeto de colonização que fixaria os novos migrantes em uma faixa de 10 km ao longo dessas rodovias.

LEGENDA: Caminhão de carga trafegando na rodovia Transamazônica, trecho de São Raimundo das Mangabeiras (MA), em 2014. A migração para as regiões Norte e Centro-Oeste era também uma maneira de desviar o fluxo migratório do Sudeste, que já apresentava sinais de saturação.

FONTE: Cesar Diniz/Pulsar Imagens

Posteriormente, da década de 1980 em diante, projetos agropecuários, de mineração, tanto do governo brasileiro quanto de empresas estrangeiras, e a possibilidade de enriquecimento por meio de garimpos, atraíram milhares de nordestinos e sulistas para as regiões Norte e Centro-Oeste. Os intensos fluxos migratórios para essas áreas, que ficaram conhecidas como novas fronteiras agrícolas, foram os responsáveis por torná-las de maior crescimento populacional no Brasil, conforme os últimos censos demográficos.

As migrações internas no século XXI

Mais recentemente, a partir da década de 1990 e da primeira década do século XXI, algumas tendências passaram a caracterizar os movimentos migratórios internos no Brasil.

Veja nos mapas abaixo para onde se dirigiam as migrações internas nas décadas de 1990 e 2000.

FONTE: Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. 34ª ed. São Paulo: Ática, 2013. p. 135. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

FONTE: Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. 34ª ed. São Paulo: Ática, 2013. p. 135. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora



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Nessas décadas, observam-se mudanças significativas na dinâmica espacial da população brasileira:

- a diminuição da migração interna rumo ao Sudeste, como reflexo do aumento das migrações intrarregionais;

- grande aumento da procura pelas regiões Centro-Oeste e Norte;

- a diminuição da migração interna rumo às duas metrópoles nacionais: São Paulo e Rio de Janeiro. Verifica-se essa tendência comparando com outras capitais e cidades de médio porte;

- a volta de nordestinos aos seus estados de origem também foi significativa e, principalmente a busca pelas capitais da região, como Fortaleza, Salvador e Recife, começam a mudar o perfil de área de expulsão populacional.

De acordo com o Censo de 2010, a situação da mobilidade populacional interna no Brasil era:

- do total da população, 78,2 milhões de pessoas (40,1%) não moravam na cidade onde nasceram, contra 117 milhões (59,9%) naturais do município. O maior ponto de atração estava nas cidades médias, que ofereciam bons serviços e melhor qualidade de vida;

- os brasileiros, em sua maioria (84,5%), viviam no estado onde nasceram;

- a região Centro-Oeste e alguns estados da região Norte apresentavam os maiores percentuais de migrantes, o que é explicado como consequência da expansão das fronteiras agrícolas;

- a região Nordeste, devido aos problemas socioeconômicos, foi a que apresentou o menor número de migrantes.

LEGENDA: Vista da cidade de Anápolis (GO), em 2015.

FONTE: João Prudente/Pulsar Imagens


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