Produto
|
1821-1830
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1831-1840
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1841-1850
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1851-1860
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1861-1870
|
1871-1880
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1881-1890
|
1891-1900
|
Café
|
18,4
|
43,8
|
41,4
|
48,8
|
45,5
|
56,6
|
61,5
|
64,5
|
Açúcar
|
30,1
|
24,0
|
26,7
|
21,2
|
12,3
|
11,8
|
9,9
|
6,6
|
Algodão
|
20,6
|
10,8
|
7,5
|
6,2
|
18,3
|
9,5
|
4,2
|
2,7
|
Cacau
|
0,5
|
0,6
|
1,0
|
1,0
|
0,9
|
1,2
|
1,6
|
1,5
|
Borracha
|
0,1
|
0,3
|
0,4
|
2,3
|
3,1
|
5,5
|
8,0
|
15,0
|
Fumo
|
2,5
|
1,9
|
1,8
|
2,6
|
3,0
|
3,4
|
2,7
|
2,2
|
Erva-mate
|
-
|
0,5
|
0,9
|
1,6
|
1,2
|
1,5
|
1,2
|
1,3
|
Couros e peles
|
13,6
|
7,9
|
8,5
|
7,2
|
6,0
|
5,6
|
3,2
|
2,4
|
Total
|
85,8
|
89,8
|
88,2
|
90,9
|
90,3
|
95,1
|
92,3
|
96,2
|
FONTE: SODRÉ, Nelson Werneck. História da burguesia brasileira, p. 62-104. In: MARTINS, Ana Luiza. Império do café: a grande lavoura no Brasil 1850 a 1890. São Paulo: Atual, 1990.
a) Elabore duas conclusões utilizando a tabela acima.
b) Compare a tabela anterior com o mapa da página 151 e apresente uma possível relação entre ambos.
3. Veja novamente o mapa "Complexos regionais brasileiros", na página 153, e compare-o com o mapa da página anterior; depois, faça o que se pede.
a) Defina o critério adotado pelos autores nos dois mapas.
b) Explique duas diferenças entre as duas regionalizações propostas.
Ícone: Não escreva no livro.
4. Sob orientação do professor, discuta com os colegas a regionalização proposta pelos geógrafos Mílton Santos e María Laura Silveira (os "quatro Brasis"). Aponte os pontos favoráveis e desfavoráveis dessa regionalização.
156
capítulo 13. Industrialização e desenvolvimento econômico
LEGENDA: Panorama do bairro do Brás repleto de galpões e chaminés das fábricas que marcaram o desenvolvimento das primeiras atividades industriais em São Paulo, por volta de 1925.
FONTE: Reprodução/Coleção João Emilio Gerodetti e Carlos Cornejo
Antes da Revolução Industrial tardia
O que denominamos hoje indústria teve origem na Inglaterra com a chamada Revolução Industrial, no século XVIII. Antes disso, as atividades de transformação recebiam o nome de artesanato ou manufatura. No Brasil, essas atividades sofriam restrições de funcionamento impostas por Portugal durante a maior parte de nosso período colonial (1500-1822). Com a chegada da família real, em 1808, houve a permissão para a instalação de algumas indústrias no Brasil. Após a independência política, ocorrida em 1822, algumas atividades foram desenvolvidas, mas o país só realizou sua "Revolução Industrial" quase um século depois, após a década de 1930. Esse longo período pode ser dividido em duas fases: o período colonial e o da independência até 1930.
Artesanato e indústria doméstica no período colonial
Durante o período colonial (1500-1822), era praticamente proibida na colônia a instalação de estabelecimentos comerciais e industriais que concorressem com a metrópole portuguesa, pois reduziria seus lucros.
157
Poucas atividades eram permitidas. Entre elas estavam a produção de açúcar, de tecidos grosseiros e outras, como olarias, forjas, curtume, manufatura de tabaco e de algodão e ourivesaria.
Glossário:
Ourivesaria: arte de fabricar joias e outros objetos de ouro.
Fim do glossário.
O desenvolvimento dessas atividades causou a apreensão da metrópole, que tomou as seguintes providências:
- proibiu o ofício de ourives em 1766;
- extinguiu todas as formas de manufaturas têxteis, menos a de panos grosseiros usados pelos escravos.
Mais tarde, com a abertura dos portos em 1808, foram fixadas tarifas muito baixas para produtos estrangeiros, mas, apesar disso, a manufatura da colônia se desenvolveu muito pouco.
Como Portugal era muito dependente da Inglaterra, em 1810 foi assinado um contrato comercial que assegurava uma taxa de apenas 15% sobre os produtos ingleses por quinze anos.
Por isso, enquanto alguns países da Europa ocidental conviviam com a industrialização (séculos XVIII e XIX), o Brasil permanecia como exportador de gêneros agrícolas - papel que continuou a representar mesmo após obter sua independência política.
LEGENDA: Detalhe de Sapataria (1834-1839), litografia colorida à mão de Jean-Baptiste Debret. A incipiente indústria brasileira, no início do século XIX, atendia apenas às necessidades básicas da população.
FONTE: Jean-Baptiste Debret/Coleção particular
Da independência política até 1930
Em 1828, já como nação politicamente independente, o Brasil adotou uma taxa de importação de 16% sobre produtos vindos de todos os países. Foi o início de uma política protecionista para a indústria, que não funcionou porque as tarifas eram muito baixas.
Apenas em 1844, a Lei Alves Branco taxou os produtos importados sem similar no mercado nacional em 20% e os produtos com similar na indústria nacional em 60%. Além disso, o câmbio desfavorável e a balança comercial deficitária dificultavam as importações. A produção interna de matérias-primas, como o algodão, a vinda de imigrantes, fornecendo mão de obra, e a expansão do mercado consumidor completaram o quadro favorável, provocando então um primeiro surto industrial.
Em 1850, a Lei Eusébio de Queiroz, que extinguiu o tráfico de escravos, favoreceu o desenvolvimento da atividade industrial, pois o capital que era empregado para esse comércio foi canalizado para a indústria.
Em 1880, ocorreu o primeiro grande surto industrial brasileiro. O número de estabelecimentos passou de 200, em 1881, para 600, em 1889. Com o fim da escravidão, em 1888, e a vinda de imigrantes da Europa para o Brasil, foi necessário produzir mercadorias para suprir as necessidades desses novos trabalhadores.
As principais indústrias eram as têxteis, alimentícias, químicas, madeireiras e de confecções.
Em 1907, foi realizado o primeiro Censo Industrial. Os estabelecimentos industriais se concentravam no Rio de Janeiro, o então Distrito Federal (1763-1960), e em São Paulo.
Tabela: equivalente textual a seguir.
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