Fronteiras da Globalização 3


Níveis de emissões variam



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Níveis de emissões variam

Coautor da pesquisa e doutorando na Universidade Carnegie Mellon (EUA), o engenheiro brasileiro Felipe Faria disse à BBC Brasil que os resultados do estudo ajudam a derrubar a crença de que hidrelétricas necessariamente geram energia limpa, mostrando que os níveis de emissões variam bastante conforme o projeto.

Ele defende que, diante das mudanças climáticas, o governo passe a considerar o cálculo de emissões antes de decidir construir uma hidrelétrica.

Na véspera da última conferência climática da ONU, o Brasil se comprometeu a reduzir em 43% as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2030, com base nos padrões de 2005.

Faria diz que o governo também deveria levar em conta no planejamento do setor mudanças nos padrões climáticos e de uso do solo na Amazônia. Ele cita um estudo de 2013 conduzido por pesquisadores brasileiros e americanos, segundo o qual o desmatamento pode reduzir bastante as vazões da bacia do Xingu, afetando a usina de Belo Monte (PA).

Para Faria, hidrelétricas são atrativas no Brasil por, entre outros motivos, terem baixo custo em relação a outras fontes e porque o país tem experiência em construí-las. Por outro lado, diz ele, "boa parte dos tomadores de decisão do setor elétrico foram formados dentro da indústria hidrelétrica, e há por isso um apelo e um lobby muito forte por essa fonte".

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Segundo Faria, o governo poderia ser mais agressivo em criar políticas que favoreçam o avanço das fontes eólica e solar (menos poluentes) e, assim, reduzir a necessidade de grandes hidrelétricas.

Também assinam a pesquisa Paulina Jaramillo, Henrique Sawakuchi, Jeffrey Richey e Nathan Barros.

Fórmula inédita

Hoje as estimativas de emissões de hidrelétricas não são consideradas pelo Ministério de Minas e Energia (MME), que questiona a precisão das medições disponíveis.

Estimar emissões de hidrelétricas antes de elas serem construídas é um desafio porque cada usina e rio tem características singulares, e os modelos já desenvolvidos produziram resultados insatisfatórios.

Para aumentar a confiabilidade das medições, os autores do estudo empregaram uma nova fórmula, que combina dois modelos. Em um deles, que tende a superestimar os resultados, eles usaram dados de emissões de usinas já construídas e os aplicaram aos 18 projetos, levando em conta suas especificidades.

O outro modelo, que subestima os resultados, simulou as emissões com base em fórmulas de degradação de matéria orgânica submersa, cuja quantia foi medida em cada usina a partir de imagens de satélite.

Mesmo ao se levar em conta o modelo que subestima as medições, apenas uma das 18 hidrelétricas - Ferreira Gomes (AP) - apresentou níveis de emissões praticamente nulos, comparáveis aos de usinas eólicas e solares.

Outras dez hidrelétricas - entre as quais Belo Monte (PA), Jirau (RO) e Santo Antonio (RO) - apresentaram padrões de emissões superiores aos de eólicas e solares, mas abaixo dos de usinas de combustíveis fósseis.


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