. Acesso em: 12 jan. 2015.
CLIMOGRAMA DE CAMPO GRANDE (MS)
J F M A M J J A S O N D
Temperatura (°C)
50 40 30 20 10 0
500 400 300 200 100 0
Precipitação (mm)
Nele, a quantidade de chuva é indicada em milímetros (mm), e as letras, na linha horizontal, são as iniciais dos meses do ano: J – janeiro, F – fevereiro, e assim por diante. Ao observarmos a escala de precipitação (indicada à esquerda), podemos ver que os meses de janeiro, novembro e dezembro foram os mais chuvosos, acima de 200 mm (ou 20 cm) de chuva.
Agora que você aprendeu a ler a quantidade de chuva no climograma, precisa observar também a temperatura. Ela é medida em graus Celsius (ºC) e é indicada por uma linha geralmente traçada em vermelho ou em laranja (cores quentes).
Os termômetros da estação meteorológica registram as temperaturas diárias e mensais de uma localidade. Com esses dados, é construída a linha de temperatura do climograma.
Note que a linha vermelha no climograma indica as temperaturas médias ao longo de um ano.
Novamente precisamos olhar as iniciais dos meses do ano, e também a escala de temperatura (indicada à direita), para conhecer a temperatura média registrada em cada mês.
Atividade
1. Observe o climograma de Campo Grande e responda às questões.
a) Quais são os meses mais quentes do ano? E os mais chuvosos?
1a. Janeiro e fevereiro são os meses mais quentes (26 °C), e os meses mais chuvosos são janeiro, novembro e dezembro (respectivamente: 232 mm, 207 mm e 225 mm). Incentive os alunos a relacionar a variação da temperatura e da pluviosidade à formação das estações do ano e às características climáticas locais. Por exemplo, o período mais quente e mais chuvoso em Campo Grande corresponde ao verão. Nessa cidade, o clima característico é o tropical.
b) Descreva as características de temperatura e chuva dos meses de junho, julho e agosto.
1b. Nesse período, as chuvas são mais escassas e as temperaturas são mais baixas.
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Módulo 4 - Poluição atmosférica e suas consequências
A poluição atmosférica pode trazer sérias consequências ao ambiente e aos seres vivos. Ela é provocada principalmente pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão mineral e o petróleo, e pelos gases tóxicos lançados na atmosfera pelos escapamentos dos veículos, pelas indústrias e pelas queimadas em áreas rurais.
Chuva ácida
Os gases tóxicos lançados na atmosfera entram em contato com o vapor de água. Eles elevam o teor de acidez da água, contaminando-a. O vapor de água se condensa e cai sob a forma de chuva com altos níveis de acidez. Na superfície terrestre, a água mais ácida altera a composição do solo e dos recursos hídricos, destrói a vegetação e as plantações e provoca a corrosão de construções, monumentos e estruturas metálicas.
Apesar de os poluentes se concentrarem em áreas urbanas e industriais, o vento facilita sua dispersão, levando a chuva ácida a áreas mais distantes. Nos países industrializados, as chuvas ácidas são comuns. No Brasil, a cidade de Cubatão, importante polo industrial no estado de São Paulo, apresentava altíssimos índices de poluição nos anos 1970. Como resultado, a chuva ácida destruiu áreas da mata Atlântica próximas à cidade. Nos anos 1980, iniciou-se em Cubatão uma rigorosa fiscalização para conter a emissão de gases poluentes. Hoje, a cidade deixou de ser uma das mais poluídas do mundo e ficou praticamente livre da chuva ácida.
Fig. 1 (p. 188)
Passarela na cidade de São Paulo (SP), corroída pela ação da poluição e da chuva ácida. Foto de 2014.
Douglas Cometti/Folhapress
Fig. 2 (p. 188)
Fonte de pesquisa: Graça Maria Lemos Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2013. p. 30.
ID/BR
MUNDO – CHUVA ÁCIDA
180° 135°O 90°O 45°O 0° 45°L 90°L 135°L 180° 45°N 0° 45°S OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Trópico de Câncer Trópico de Capricórnio Equador Meridiano de Greenwich Círculo Polar Ártico Cidades com elevado nível de poluição do ar Área com ocorrência de chuva ácida Área onde pode ocorrer chuva ácida 0 3010 6020 km N NE L SE S SO O NO
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Inversão térmica
A inversão térmica é um fenômeno atmosférico que ocorre geralmente nos meses mais frios e nas primeiras horas da manhã.
Nos grandes centros urbanos, a inversão térmica acarreta a queda da qualidade do ar, pois em situação normal o ar aquecido tende a subir, levando consigo os poluentes presentes na atmosfera, o que não acontece quando há inversão térmica.
A inversão térmica ocorre principalmente no inverno porque a superfície da Terra não aquece a atmosfera o suficiente, provocando uma inversão nas camadas de ar próximas à superfície. Assim, a camada com a menor temperatura fica posicionada abaixo da camada mais aquecida. Como o ar frio é o que pesa mais, ele tenderá a ficar parado e mais perto da superfície, dificultando a dispersão da poluição.
Esse fenômeno compromete a qualidade do ar, causando ou agravando problemas respiratórios.
Fig. 1 (p. 189)
Alex Argozino/ID/BR
Fonte de pesquisa: Cetesb. Inversão térmica. Disponível em: . Acesso em: 14 jan. 2015.
SITUAÇÃO NORMAL DE DISPERSÃO DE POLUENTES
INVERSÃO TÉRMICA
camada de ar frio camada de ar quente
camada de ar quente camada de ar frio
Nota
Esquema em cores-fantasia e fora de proporção.
Destruição da camada de ozônio
A camada de ozônio fica a 30 quilômetros de altura e funciona como um filtro que absorve os raios solares ultravioleta de determinado tipo (UVB), prejudiciais à vida no planeta. No final dos anos 1970, foi detectada a presença de “buracos” nessa camada, principalmente sobre o continente antártico.
Após pesquisas, descobriu-se que os CFCs (clorofluorcarbonos), gases presentes em aerossóis, geladeiras e aparelhos de ar-condicionado, reagem com as moléculas de ozônio, transformando-as em outras substâncias, não eficazes contra os raios ultravioleta. A diminuição da camada de ozônio aumenta a incidência dos raios ultravioleta, que podem provocar câncer de pele, cegueira e queimaduras.
No final dos anos 1990, iniciou-se uma campanha de conscientização mundial pela substituição gradual dos CFCs por outros produtos. Um tratado internacional garante que a fabricação de produtos com CFCs seja drasticamente limitada.
De acordo com a ONU, mesmo com a redução da emissão de substâncias químicas prejudiciais à camada de ozônio, tais substâncias permanecem por décadas na atmosfera.
Fig. 2 (p. 189)
Imagens de satélite que mostram, na cor roxa, o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. A primeira imagem é de outubro de 1983, e a segunda é de setembro de 2013.
Fotografias: Earth Observatory/NASA
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Efeito estufa
Quando a radiação solar atinge o planeta, ela é transformada em calor, que aquece a atmosfera e a superfície terrestre. Parte desse calor perde-se no espaço. Outra parte é absorvida por elementos presentes na atmosfera, como umidade, gases e poeira, mantendo aquecida a superfície terrestre. Esse é um fenômeno natural conhecido como efeito estufa.
Nos últimos anos, estudos indicaram que o efeito estufa tem se tornado mais intenso, aumentando a temperatura média do planeta. Tais estudos admitem que esse aumento da temperatura esteja associado ao aumento da emissão de gases poluentes na atmosfera, como o gás carbônico e o gás metano. A esse processo denominamos aquecimento global.
Muitos cientistas acreditam que o aquecimento global pode provocar mudanças na frequência e intensidade das chuvas e o aumento de furacões e de períodos de seca. Além disso, o derretimento das geleiras das regiões polares pode elevar o nível da água dos mares e oceanos, o que traz o risco do desaparecimento de ilhas e até mesmo de cidades litorâneas.
Fig. 1 (p. 190)
Fonte de pesquisa: Enio Bueno Pereira e outros. Atlas brasileiro de energia solar. São Paulo: Inpe, 2006. p. 14. Disponível em:
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