Geografia 6º ano



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. Acesso em: 5 mar. 2015.

A linha verde representada nos mapas indica os limites do Cerrado brasileiro. Observe que em 1977 a produção de soja concentrava-se na região Sul do país. Já em 2002 essa produção já havia se expandido consideravelmente, em particular sobre as áreas de Cerrado.

Página 248

Atualmente, mais de 40% da vegetação original do Cerrado – cerca de 850 mil quilômetros quadrados – é ocupada por pastagens e cultivos agrícolas. Segundo dados de 2012 da organização não governamental (ONG) World Wildlife Fund (WWF), o Cerrado perdeu 6.469 quilômetros quadrados (área maior do que a do Distrito Federal) de vegetação entre agosto de 2009 e julho de 2010, em um ritmo de desmatamento mais acelerado que o da Amazônia e o da Mata Atlântica.

Além do cultivo de soja, a vegetação do Cerrado é ameaçada pela expansão de atividades econômicas como a pecuária e a produção de algodão, milho e carvão vegetal.

Os impactos na Amazônia

As políticas de desenvolvimento econômico e ocupação do país a partir do século XX também geraram impactos sobre a região amazônica. Assim como no Cerrado, a produção de soja vem avançando sobre a Amazônia e é responsável pelo desmatamento de áreas consideráveis de floresta. Da mesma forma, a mineração e a extração de madeira são atividades que têm causado cada vez mais pressão sobre esse bioma e provocado a retirada crescente de sua cobertura vegetal. Observe o mapa a seguir.



Fig. 1 (p. 248)

MARIO YOSHIDA

Amazônia: índice de desmatamento até 2011

Limite dos estados da Amazônia Legal

Limite do bioma Amazônia

Desmatamento até 2011

Floresta

Não floresta

AM

RR

50°O



Equador

RO

MT



TO

MA

SURINAME



GUIANA

VENEZUELA

COLÔMBIA

PERU

BOLÍVIA

GUIANA

FRANCESA

AC

AP



PA

OCEANO ATLÂNTICO

0 270 km


Fonte: INSTITUTO DE PESQUISA AMBIENTAL DA AMAZÔNIA. Desmatamento em foco. Disponível em: . Acesso em: 21 abr. 2015.

No mapa anterior, as manchas em vermelho representam a área desmatada da Floresta Amazônica até o ano de 2011. É possível notar que o desmatamento da região vem avançando, principalmente, a partir das regiões de fronteira com o Cerrado – como consequência da expansão das atividades econômicas para as regiões Centro-Oeste e Norte do país.



Página 249

Atualmente, com o aumento da demanda de eletricidade no país, a região da Amazônia vem sendo alvo de diversos projetos de geração de energia – devido a sua abundância de recursos hídricos e, por consequência, ao seu potencial hidrelétrico. Porém, a construção de usinas hidrelétricas implica no alagamento de grandes extensões – o que, nesse caso, abrange áreas de floresta.



Acesse
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Acesso em: 20 fev. 2015. Site do Ministério do Meio Ambiente do Brasil. Apresenta informações importantes sobre o meio ambiente e a biodiversidade no país, assim como as políticas de proteção à natureza.

Conexões

As usinas hidrelétricas na Amazônia

Devido ao seu crescimento econômico, o Brasil tem apresentado uma demanda cada vez maior de energia. A opção tradicionalmente escolhida pelo Estado brasileiro é a geração por meio de usinas hidrelétricas. Para a construção dessas usinas, é necessário alagar imensas áreas ao seu redor. Além de gerar diversos tipos de impacto à fauna e à flora locais, essas obras implicam na remoção das populações que vivem nas áreas atingidas e diversos outros problemas ambientais.

No caso da Amazônia, essa questão torna-se ainda mais séria, por se tratar da maior e mais importante floresta do mundo – com uma enorme biodiversidade. Não menos significante é o fato de a região ser habitada por diversas populações tradicionais – como ribeirinhos e indígenas – que possuem uma estreita relação de subsistência com o meio onde vivem.

Os principais projetos na região envolvem o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, em Rondônia, no qual já estão sendo construídas duas usinas: Jirau e Santo Antônio; e a Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. A foto acima mostra as obras da usina paraense.

As obras de construção de usinas hidrelétricas na Amazônia dividem a opinião pública brasileira. Por um lado, existe um setor da sociedade que defende a importância da produção de mais energia para abastecer as atividades econômicas, como as indústrias e o comércio, e também as residências da população brasileira. Da mesma forma, defendem que esse tipo de empreendimento vai aumentar a geração de empregos na região.

Por outro, essas obras sofrem oposição dos movimentos ambientalistas, das comunidades indígenas e ribeirinhas e de parte da sociedade civil, por conta de seus impactos sociais e ambientais. Responda no caderno: por que a construção de usinas hidrelétricas na Amazônia divide a opinião pública brasileira?



Fig. 1 (p. 249)

Vista aérea da barragem principal do Rio Xingu, feita para a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, PA, 2 set. 2013.

LALO DE ALMEIDA/FOLHAPRESS

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Conservação ou preservação

Ao contrário do que se pode imaginar, o movimento ambientalista apresenta diversos tipos de pensamento – muitas vezes discordantes – no que diz respeito às formas de proteção da natureza. A seguir, serão apresentadas as principais: o preservacionismo e o conservacionismo.



Preservacionismo

O início do pensamento ambientalista se deu a partir da metade do século XIX em países como a Inglaterra e os Estados Unidos, onde o processo de desenvolvimento industrial acarretou uma série de impactos ao meio ambiente. Naquele contexto, surgiram as primeiras associações ambientalistas e as primeiras leis de preservação ambiental no mundo.

Na época, defendia-se a ideia de que, para serem preservados, os espaços naturais deveriam ser protegidos da ação humana – uma vez que éramos considerados responsáveis pelos desequilíbrios causados ao meio natural. Essa maneira de pensar foi chamada de preservacionismo e o termo preservação da natureza passou a ser associado à ideia de deixá-la intocada.

A criação de parques nacionais, com os existentes no Brasil, está ligada ao movimento preservacionista. O Parque de Yellowstone, criado em 1872 nos Estados Unidos, protege um dos maiores ecossistemas de clima temperado do mundo.



Leia
A ferro e a fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira, de Warren Dean. (São Paulo: Companhia das Letras, 1996. 484 páginas.)
O historiador Warren Dean conta a história do povoamento e da ocupação da Mata Atlântica, explicando como vem ocorrendo a devastação desse bioma ao longo dos séculos − principalmente após a chegada dos europeus no século XVI.

Fig. 1 (p. 250)

O primeiro parque nacional do mundo, o Parque Nacional de Yellowstone, Wyoming, nos Estados Unidos, 2007.

JEFF HUTCHENS/GETTY IMAGES

Fig. 2 (p. 250)

Erupção de gêiser no Parque Nacional de Yellowstone, Wyoming, EUA, 2005.

ROBERT ALEXANDER/ARCHIVE PHOTOS/GETTY IMAGES

Glossário
Gêiser: nascente termal que entra periodicamente em erupção, lançando água quente e vapor no ar.

Página 251

As ideias preservacionistas difundiram-se para outras regiões do mundo, influenciando a criação de parques nacionais em locais de grande biodiversidade e paisagens cênicas. No Brasil, elas deram a tônica das leis ambientais até o final do século XX. Porém, em muitos casos, as populações que viviam nas áreas protegidas foram removidas ou impedidas de explorar os recursos locais ou praticar a agricultura – o que prejudicava as suas vidas.

Ainda dependentes da exploração dos recursos, muitas pessoas aproveitavam-se (e ainda se aproveitam) da pouca fiscalização nas áreas de proteção para continuar extraindo os bens naturais. Na maioria das vezes, essa extração acontece de forma predatória, ameaçando a reprodução e a existência da fauna e da flora. Com isso, os objetivos de proteger o local não são alcançados.

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