Geografia 7º ano



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. Acesso em: 14 abr. 2015.

Sugestão de atividades complementares



1. Com base nos conceitos de diversidade e diferença, seria oportuno promover um debate a respeito do modo como o aluno e as pessoas que com ele convivem veem a cultura de outros grupos que não o deles.

2. Sugira aos alunos que pesquisem reportagens recentes em jornais, revistas e, principalmente, na internet sobre as várias situações que os índios enfrentam para sobreviver, mostrando a eles que a nossa sociedade ainda não respeita o espaço ocupado pelos grupos indígenas. Uma boa pesquisa será sobre os pancararu, que migraram, em parte, para Minas Gerais e também habitam favelas na cidade de São Paulo.

unidade 3 - Brasil: da sociedade agrária para a urbano-industrial

Com base nas fotos e questões de abertura, faça um levantamento prévio dos conhecimentos dos alunos a respeito dos movimentos sociais no campo e nas cidades do Brasil e suas principais reivindicações, e em seguida verifique o que sabem sobre urbanização e industrialização no Brasil e o processo de modernização da agricultura no país. Estimule-os para que todos participem e emitam suas opiniões; todas devem ser consideradas e anotadas em lousa. Em seguida, leve-os a discutir as questões propostas da seção Verifique sua bagagem e, somente após consolidada a compreensão dos temas, peça-lhes que se expressem de forma escrita.

Nesta unidade busca-se a compreensão dos alunos sobre a urbanização e suas causas, a rede e a hierarquia urbanas, os problemas urbanos, a industrialização e sua distribuição pelo espaço brasileiro, e sobre a agropecuária brasileira e alguns de seus problemas.

Serão trabalhados, principalmente, os seguintes conceitos e noções: urbanização, taxas de urbanização, urbanização tardia, estatuto do trabalhador rural, serviços urbanos, rede urbana, categorias e funções urbanas, hierarquia urbana, conturbação, região metropolitana, megalópole, movimento dos sem-teto, problemas urbanos, segregação socioespacial, concentração industrial, relativa desconcentração industrial, guerra fiscal, infraestrutura, culturas especializadas, grandes culturas comerciais, arrendatário, trabalho escravo, pecuária intensiva e extensiva, sesmarias, latifúndios produtivos e improdutivos, agronegócio, estabelecimento agropecuário, reforma agrária, estrutura fundiária, movimento dos trabalhadores rurais sem-terra.



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Percurso 9 — A urbanização brasileira

Tendo sempre como base a cidade local, desenvolva este percurso relacionando o seu conteúdo ao espaço de vivência dos alunos. Solicite a eles que perguntem às pessoas mais velhas se elas se lembram do impacto da criação do Estatuto do Trabalhador Rural em 1963 sobre a localidade (houve grande migração campo cidade por causa da demissão de trabalhadores rurais, que passaram a vagar pelas cidades com suas famílias em busca de emprego e se transformaram em boias-frias).

A Estação História “Cidades brasileiras e Patrimônios da Humanidade”, na página 81, informa sobre os critérios adotados pela Unesco para considerar um bem como Patrimônio da Humanidade. Seu texto deve ser lido e discutido, e suas questões, respondidas oralmente com a intenção de desenvolver a oralidade e gerar debates.



Respostas e orientações das atividades

Estação História – Cidades brasileiras e Patrimônios da Humanidade p. 81

1 Toda localidade que apresenta importância universal, levando em consideração seus aspectos históricos, culturais, estéticos, entre outros, pode ser considerada um Patrimônio Mundial da Humanidade.

2 Resposta pessoal. São apresentados, no texto, seis critérios. Valorize a escolha do aluno atentando-se para sua argumentação e, inclusive, ampliando-a, mas também chame a atenção para os demais critérios.

Percurso 10 — Rede, hierarquia e problemas urbanos

Busque identificar com os alunos a categoria da hierarquia urbana do local onde vivem. Para esse trabalho é importante o uso de um mapa regional e nacional. Os outros conceitos e noções que se seguem (conurbação, regiões metropolitanas, megalópole e movimentos sociais urbanos) são importantes para mostrar a dinâmica urbana em nosso país. Sugerimos ampliar a abordagem para além do conteúdo do percurso, destacando que no espaço urbano podemos perceber como a riqueza está distribuída entre os seus habitantes. Se percorrermos algumas cidades, poderemos perceber a existência de uma cidade formal, constituída pelos bairros centrais e pelos bairros nobres e dotada de infraestrutura (rede de águas, de esgoto, de energia elétrica, de telefonia; transportes coletivos; ruas asfaltadas; coleta de lixo; postos de saúde; escolas etc.), e de uma cidade informal, carente de serviços de infraestrutura e com dificuldades, portanto, de atender às necessidades de seus habitantes. Essa diferença decorre principalmente da desigualdade de rendimentos entre os seus habitantes, permitindo, então, que se fale que existe uma segregação socioespacial no espaço urbano ou, ainda, que a cidade é a expressão visível das desigualdes sociais.

O infográfico nas páginas 88 e 89 é bastante esclarecedor quanto aos problemas urbanos. Sugerimos que acompanhe os alunos na leitura dos textos, dos mapas e dos gráficos nos boxes, esclarecendo dúvidas e perguntando quais dos problemas urbanos apontados existem na localidade onde vivem. Por fim, solicite que as questões sejam respondidas oralmente para atingir os objetivos já mencionados.



Respostas e orientações das atividades

Atividades dos percursos 9 e 10 p. 90 e 91

1 Urbanização é o processo demográfico caracterizado pela tendência de concentração da população nas cidades.

2 A urbanização é o crescimento da população urbana, já o crescimento urbano é o aumento do espaço físico das cidades.

3 Porque somente a partir de meados do século XX (décadas de 1950 e 1960) o Brasil iniciou efetivamente ou com maior impulso o seu processo de industrialização, enquanto outros países deram início à industrialização nos séculos XVIII e XIX. Como a urbanização geralmente é subsequente à industrialização, no Brasil ela

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também foi tardia se comparada à dos países que se industrializaram nos séculos XVIII, XIX e primeira metade do XX.



4 A partir dos anos de 1950 e 1960, devido ao desenvolvimento da industrialização, principalmente na Região Sudeste, e, consequentemente, ao êxodo rural que ela provocou. Ressaltar que os problemas no campo levaram muitas famílias a realizar êxodo rural, que o Estatuto do Trabalhador Rural (1963) impactou a população rural e suas relações com a urbanização.

5 A rede urbana é o conjunto de cidades distribuídas no território que mantêm relações das mais diversas ordens entre si: culturais, econômicas, políticas etc. Geralmente, as relações ocorrem sob o comando da cidade que apresenta bens e serviços mais diversificados e raros. A dependência e a influência urbanas sobre o espaço estabelecem uma hierarquia entre as cidades.

6 O crescimento da população exige a adequação e o crescimento do setor de serviços para corresponder às suas necessidades, como na educação (é preciso maior número de escolas, professores e funcionários), na saúde (mais hospitais, médicos e enfermeiras) e no saneamento (rede de água, esgoto e coleta de lixo). Essa adequação da infraestrutura atrai a população rural em busca de empregos e melhores condições de vida.

7 Conurbação é a união física de dois ou mais municípios em consequência de sua expansão horizontal. A conurbação de diversos municípios limítrofes pode dar origem às Regiões Metropolitanas, que são implantadas com o objetivo de unificar as administrações municipais e as políticas públicas nessa região.

8 a) De 1500 a 1822, a urbanização ocorreu inicialmente no litoral, em função da exploração da cana-de-açúcar, e se interiorizou, com a mineração, em Minas Gerais e Goiás, e com a exploração das drogas do sertão, na Bacia Amazônica e no Golfão Maranhense.

b) O cultivo do café estimulou a criação de cidades no Vale do Paraíba Fluminense e no Oeste Paulista, sobretudo ao longo das ferrovias que ligavam o interior do estado de São Paulo ao litoral.



9 a) É a Região Sudeste, com 6,8%.

b) Região Centro-Oeste, com 90,1% de população urbana (o Sudeste tem 93,2%).



10 O crescimento urbano desordenado, ocupando regiões de mananciais e várzeas de cursos de água, a escassa vegetação, a impermeabilização do solo pelo asfaltamento de vias públicas, bem como o despejo de lixo nas ruas contribuem para a ocorrência de enchentes nas cidades.

11 Na primeira foto: as precárias condições de moradia (favela); e na segunda foto: a poluição visual. As favelas são uma forma de sobrevivência da população despossuída. Trata-se de um problema urbano porque refletem as dificuldades que as populações mais pobres enfrentam para conquistar os direitos que possuem por melhores moradias nas cidades. As placas chamam a atenção das pessoas para os estabelecimentos comerciais. Seu excesso provoca poluição visual das vias urbanas. A atividade de casas comerciais, lojas etc. são predominantemente urbanas. Sobre as maneiras para solucionar ou minimizar os problemas, é uma possibilidade de discussão com os alunos sobre a eficácia dos planos governamentais para construção de moradias e das leis que impedem a poluição visual das cidades. É possível também pontuar discussões sobre a segregação espacial e o consumismo da sociedade. Oportunidade para abrir a discussão sobre outros problemas e questões a partir da experiência dos alunos. Caso ocorra um problema em comum seria interessante o debate mais intenso sobre ele, inclusive com o agendamento para a realização de um estudo de campo no local, conforme as disponibilidades da sequência didática implantada.

12 a) Trata-se de um termo empregado para definir o deslocamento de pedestres e de veículos em geral em uma cidade.

b) Espera-se que o aluno reconheça que a viabilização de transportes públicos de qua-



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lidade e de transportes alternativos (metrô, trem, corredores de ônibus, ciclovias etc.) é uma das soluções adotadas por diversas metrópoles no mundo.



13 Resposta pessoal. O objetivo da pesquisa é treinar a leitura e o olhar crítico do aluno sobre a realidade em seu entorno, aproximando-o das questões sociais e ambientais. Na apresentação do trabalho, pode ser oportuno estimular os alunos à formulação de hipóteses para os problemas levantados. É uma oportunidade também para trabalhar a subjetividade dos entrevistados e a diversidade geográfica dentro de um mesmo bairro. Trabalhos sobre o mesmo bairro podem apresentar diferentes resultados.

14 Resposta pessoal. Oportunidade para trabalhar novamente os conceitos de rede urbana, hierarquia das cidades e regiões metropolitanas. Seria importante trabalhar com os alunos que uma das características do urbano é a atração de população, de fluxos financeiros, de negócios e da disponibilização dos mais diversos serviços, e isso define a atração e a influência das cidades em relação às outras. A oferta de distintos e diferentes serviços dota uma cidade de centralidade e isso reflete no consumo das famílias. O objetivo dessa atividade é aprimorar a percepção espacial do aluno a partir do seu consumo cotidiano. Será oportuno lembrar ao aluno que as idas aos clubes e praças também constituem necessidades da família e devem ser consideradas durante a pesquisa.

Percurso 11 — A industrialização brasileira

Com a preocupação de mostrar o caráter histórico do espaço geográfico, estudamos de início o processo de industrialização do Brasil de 1900 até os dias atuais por meio de um infográfico. Sugerimos que oriente os alunos na interpretação dele. Considerando que o infográfico está organizado em ordem cronológica (linha do tempo horizontal na parte inferior), explore cada período de tempo dando as suas respectivas explicações a partir das datas marcadas no gráfico (esteira rolante). Situe a localidade em que vivem quanto à concentração industrial do Brasil, observe se ela faz parte do processo de desconcentração industrial em curso no país e aponte quais fatores aí existentes podem atrair o investimento industrial, após caracterizá-la quanto à industrialização.

Ainda no âmbito da industrialização brasileira, o percurso apresenta uma abordagem comparativa do mercado de trabalho com base nas desigualdades ainda persistentes entre trabalhadores negros (mulheres e homens) e de mulheres em relação a trabalhadores homens e não negros. Desse modo, os conteúdos explicados complementam e aprofundam o que foi tratado no Percurso 7 da Unidade 2, colaborando para que os alunos se conscientizem sobre a discriminação contra o trabalho da mulher e do negro, que deve ser combatida para que tenhamos avanços na democracia brasileira.

Percurso 12 — O espaço agrário e a questão da terra

Faça uma sondagem prévia do que os alunos sabem a respeito da atividade agropecuária local. Em seguida, desenvolva o conteúdo deste percurso trabalhando com exemplos locais e nacionais.

Merece atenção especial a explicação da raiz histórica da concentração fundiária no Brasil e as razões da existência do movimento dos trabalhadores rurais. Incentive os alunos a consultar os quadros Navegar é preciso e Quem lê viaja mais.

Respostas e orientações das atividades

Atividades dos percursos 11 e 12 p. 104 e 105

1 Os produtos aqui fabricados poderiam concorrer com o comércio do Reino Português e, caso o Brasil Colônia produzisse manufaturados ou produtos industriais, isso poderia tornar a colônia economicamente independente de Portugal.

2 As exportações de café, desde os anos 1870, permitiram que os recursos obtidos com a sua comercialização fossem também aplicados na construção de fábricas. Esse processo foi ainda beneficiado pelas dificuldades de im-

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portação de produtos industriais pelo Brasil durante a Primeira Guerra Mundial, situação que estimulou o desenvolvimento de diversos ramos industriais no país, particularmente na Região Sudeste.



3 Porque sua industrialização se iniciou muito tempo depois de outros países. Em 1930, o Brasil concluiu a primeira fase de sua industrialização, cerca de 100 anos após a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra, e, em 1980, concluiu sua segunda fase de industrialização, com aproximadamente 80 anos de atraso em relação aos países desenvolvidos.

4 Porque a industrialização, tanto da Região Sudeste como do estado de São Paulo, está crescendo num ritmo mais lento que o de outras Grandes Regiões e estados do Brasil.

5 Como o território brasileiro é extenso no sentido norte-sul, com terras desde as baixas até as médias latitudes, possui diferentes tipos de climas, entre eles o tropical e suas variações e o subtropical. Esse fato, aliado às variações regionais de precipitação, possibilita ao Brasil uma diversidade em suas culturas agrícolas.

6 a) Em direção à Amazônia. A soja expande-se principalmente pelo norte do estado do Mato Grosso, assim como a pecuária, que também avança pelo sul e sudoeste do Pará.

b) Essas atividades têm provocado grandes desmatamentos nessas regiões, ameaçando a biodiversidade, os recursos hídricos, a qualidade do ar, bem como o descumprimento da legislação com relação a áreas de proteção ambiental.



7 A raiz histórica da concentração fundiária tem início na colonização portuguesa com a doação de sesmarias para o desenvolvimento da agricultura e a criação de gado, principalmente, a quem tivesse prestado relevantes serviços ao Reino português.

8 a) Paraná e Rio Grande do Sul. O Paraná é responsável por quase 40% e o Rio Grande do Sul por quase 60% da produção nacional.

b) Observando-se o ponto mais alto do gráfico, conclui-se que foi em 2007.

c) O trigo é uma cultura adaptada ao clima temperado. Nas regiões Nordeste e Norte, a média anual de temperatura é mais alta e há condições extremas de pluviosidade (alta pluviosidade no Norte e escassa no Nordeste), o que dificulta o seu cultivo em larga escala.

9 a) A fábrica pintada ao fundo e as diferentes pessoas que representam seus trabalhadores.

b) A afirmação está incorreta, pois, no período em que foi pintada a tela, o Brasil concluía a sua primeira fase de industrialização. A segunda fase ocorreu somente por volta de 1980.



10 a) Os latifúndios improdutivos, representados pelas grandes extensões de terras vazias cercadas, pela placa de “latifúndio” e pela enxada com teia de aranha, denunciando o seu pouquíssimo uso.

b) O congestionamento de veículos, a poluição sonora, as moradias precárias mostradas nas casas modestas à esquerda da charge, com os varais de roupa entre elas e os prédios, e a numerosa população urbana espremida.

c) O autor usou os termos “enxadas paradas” e “inchadas paradas” para contrapor o problema da concentração de terras e a ausência de trabalhadores no campo (“enxadas paradas”) com o excesso de pessoas e automóveis nas cidades que, inchadas, param.

11 a) O texto trata da guerra fiscal entre estados e municípios brasileiros para atrair as indústrias automobilísticas e da consequente descentralização industrial das Regiões Metropolitanas para outras porções do território.

b) No Paraná e no Rio Grande do Sul houve crescimento da produção. Em 2013, esses estados produziram, respectivamente, 13,7% e 8,5% do total nacional. São Paulo e Minas Gerais apresentaram redução da produção: São Paulo passou a concentrar 43,8% da produção brasileira de veículos, e Minas Gerais, 21,3%.

c) Os novos estados produtores de veículos são Bahia, Goiás, Rio de Janeiro e Amazonas.

d) A participação da Região Sudeste na pro-



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dução de veículos passou de 99,3% em 1990 para 69,6% em 2013. Esses dados são explicados pela desconcentração industrial que tem ocorrido no Brasil nas últimas décadas, em decorrência de vantagens oferecidas por outros estados e municípios à instalação de indústrias.



Desembarque em outras linguagens – Eduardo Kobra: Geografia e arte urbana p. 106 e 107

Esta seção apresenta a arte urbana, urbanografia ou street art, em particular o grafite e o muralismo, modalidades desse tipo de arte bastante variada em suas expressões e técnicas. Algumas obras se destacam por sua qualidade artística, como é o caso daquelas elaboradas por Eduardo Kobra. Sua arte tornou-se conhecida no Brasil e em outros países, contribuindo para dar mais cores e beleza às cidades.

Faça a leitura dos textos da linha do tempo e das imagens com os alunos a fim de ressaltar aspectos importantes das informações e de algumas das obras desse artista. Chame a atenção para o fato de os projetos “Muros da Memória” e “Green Pincel” contribuírem para dar visibilidade a causas importantes, como o resgate da memória das cidades e também para uma reflexão sobre o uso dos recursos naturais e problemas ambientais.

Discuta as questões propostas incentivando a participação de todos e, principalmente, a quarta questão, relacionada ao espaço de vivência dos alunos e à ligação desse tipo de arte com a realidade social urbana. Após a discussão, solicite que sistematizem na forma escrita, em seus cadernos, as respostas.

Como sugestão de materiais complementares para apoio das atividades, consultar os seguintes sites: e .

1 O grafite e o mural possibilitam a comunicação entre os indivíduos. No espaço urbano, ela é ampliada, pois ali se concentram muitas pessoas e construções que podem servir de suporte ao grafite e ao mural. Essa relação entre quantidade de pessoas e quantidade de locais, em que grafite e mural podem ser utilizados, marca a conexão dessas técnicas artísticas com o ambiente urbano. O grafite e o mural podem embelezar as grandes cidades e atrair a atenção das autoridades para os locais esquecidos.

2 Os projetos “Muro da Memória” e “Green Pincel”, nos quais, respectivamente, o artista recupera e valoriza a memória das cidades e denuncia e combate as agressões do ser humano contra a natureza. Também realiza obras em homenagem a personagens que marcaram a história de cidades e países, no Brasil e no exterior.

3 A pichação, o grafite e os murais são movimentos de intervenção no espaço público, principalmente o urbano. A questão oferece oportunidade para debater essas formas de expressão – foco de inúmeras discussões, não devendo ser conduzida com ideias preconcebidas ou de forma preconceituosa. Como ponto de partida, considere com os alunos que o grafite e os murais privilegiam as imagens, enquanto a pichação utiliza letras e palavras, sendo geralmente vista como ato de vandalismo, expressando uma linguagem por muitos considerada transgressora, servindo para chamar a atenção para indivíduos e grupos que por meio dela “marcam presença”.

4 Resposta pessoal. A observação de grafites e murais é também uma forma de perceber como a sociedade, por meio de seus artistas, é interpretada e representada. Assim, explore com os alunos se nos grafites e murais há crítica social ou se eles são destinados a amenizar a paisagem urbana, muitas vezes embrutecida, entre tantas outras possibilidades de relações com a realidade.

Sugestão de leitura para o professor

No decorrer da abordagem dos conteúdos e temas da Unidade 3, sugerimos aprofundar as relações entre cidade-campo. A seguir, propomos a leitura de um texto que poderá auxiliá-lo nesse sentido.

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A relação cidade-campo: o trabalho no campo e o trabalho na cidade

“[...] Após discorrermos sobre os significados dos conceitos de cidade e de urbano e de termos demonstrado a diversidade da realidade urbana brasileira, é preciso tratar de um tema decorrente: a relação cidade-campo. Sabe-se que com a instituição da clássica divisão do trabalho originando, inclusive, o que se entende por urbano ou mesmo sociedade urbana, o campo não se resume à configuração espacial onde se desenvolvem as atividades agropecuárias ou o chamado setor primário da economia, e nem a cidade se configura unicamente por abrigar o trabalho comercial, de serviços e industrial. Apesar de tais atribuições continuarem demarcando as diferenças básicas entre um e outro, as relações entre cidade e campo tornaram-se mais complexas.

Sabe-se que com a expansão da indústria moderna, o campo se destitui cada vez mais das atividades não agrícolas e com o avanço tecnológico e a disseminação do processo de urbanização, a agricultura se industrializa, havendo o que muitos consideram urbanização do campo [...]. De fato, já não se pode falar em uma cidade depender de um campo que a cerca e nem da existência de dois modos distintos de organização espacial. A era urbana aparece na expansão da cidade sobre o campo, no crescente despojamento dos hábitos e costumes rurais e na própria industrialização da agricultura.

Contudo, essa urbanização do campo não se faz de forma homogênea. Existe uma tendência neste sentido, mas em seu movimento de concretização, ao mesmo tempo em que se dilui a antítese campo-cidade, ora surgem espaços ‘comandados pela cidade’, ora surgem espaços ‘subordinados ao campo’. Esta aparente tendência à urbanização da sociedade põe em xeque as delimitações. Onde termina o campo e começa a cidade? A vida urbana não diz respeito apenas à cidade, mas também ao campo. Porém esta é uma tendência, não significando que o inverso tenha sido abolido. Caminha-se para uma homogeneização sem, contudo, perder-se as heterogeneidades já existentes e ainda criando outras novas.

Há ainda que se alertar para o fato de que normalmente se associa o campo ao lugar da natureza, do bucólico, mas também da tradição e do atraso. Já a cidade é associada, por um lado, ao barulho, ao movimento, à poluição e, por outro, à modernidade e ao progresso. Há nesta comum associação um escamoteamento das duas realidades. [...]”

MAIA, Doralice S. Cidade, relações cidade-campo e metropolização. In: BUITONI, Marísia M. Santiago (Coord.). Geografia: ensino fundamental. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010. p. 192-193. (Explorando o Ensino; v. 22). Disponível em:


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