Geografia 6º ano



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.Acesso em: 15 fev. 2015.

a) O que a reportagem informa sobre o desmatamento na Amazônia? É possível dizer que ele foi extinto?


b) Segundo o engenheiro florestal Marco A. W. Lentini, quais seriam as possíveis formas de se combater o desmatamento na Amazônia?

Página 256

E Ética

Leitura

Natureza e ideologia

Um tema bastante polêmico foi abordado na seção “Conexões” da página 249: a construção de usinas hidrelétricas na Amazônia. Além das questões ambientais referentes ao impacto de projetos de grande porte em áreas de floresta, existe um debate não menos importante sobre a presença de comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas (povos que vivem às margens de rios e sobrevivem de sua relação com a terra e o rio) nas áreas de construção dessas hidrelétricas.

Um caso que teve bastante repercussão foi o da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu. Reunidos no Movimento Xingu Vivo Para Sempre, diversos povos e grupos resistiram por muitos anos à construção da usina, cujo projeto existe desde a época da ditadura militar. Ao final, as obras de Belo Monte tiveram início, mas o movimento também teve algumas conquistas.

Na base do debate sobre essa questão está a diferença entre concepções de natureza. Uma delas, defendida por quem acredita que as hidrelétricas são mais importantes do que os direitos das comunidades tradicionais, trata a natureza como recurso, denominando os rios, as terras e os materiais obtidos destes de recurso natural. Essa concepção, que acabou se tornando senso comum pelo mundo, tem origem em um modelo de produção industrial capitalista, que enxerga a natureza como matéria-prima. Essa concepção de natureza é baseada em uma ideologia de desenvolvimento material a qualquer custo. Leia o trecho a seguir do geógrafo britânico Neil Smith sobre o conceito de ideologia:

Eu considero a ideologia como sendo uma “reflexão invertida, truncada e distorcida da realidade”. A ideologia não é simplesmente um conjunto de ideias erradas, mas sim um conjunto de ideias radicadas na experiência prática, embora seja a experiência prática de uma dada classe social que vê a realidade através da sua própria perspectiva e, ainda assim, de forma parcial. Embora seja, dessa forma, uma reflexão parcial da realidade, a classe tenta universalizar sua própria percepção do mundo.

SMITH, Neil. Desenvolvimento desigual: natureza, capital e a produção de espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988. p. 45.

Dessa forma, a concepção ideológica de natureza que enxerga os rios e a floresta como recursos naturais tem origem social específica, e obedece a interesses específicos: fazer crer que é possível dominar a natureza e que esta, como objeto de dominação, não é mais do que um recurso para o desenvolvimento e o progresso da humanidade.

Mas será que as comunidades tradicionais concordam com essa concepção?



Página 257

Atividade

Não escreva no livro. Faça as atividades no caderno.



Pesquisa e painel

Fig. 1 (p. 257)

Vilarejo de Barra de São Manoel, localizado no alto curso do Rio Tapajós, no início da Terra Indígena munduruku. Apuí, AM, julho de 2013.

FERNANDO LESSA/PULSAR IMAGENS

Depois de Belo Monte, uma nova polêmica sobre hidrelétricas na Amazônia se estabeleceu ao longo do Rio Tapajós. Nessa região, além de ribeirinhos, vive o povo indígena munduruku, que há anos luta pela demarcação de sua terra na região.

Com a ameaça da usina, ribeirinhos e mundurukus, que historicamente disputavam terras, uniram-se em uma campanha contra a presença de barragens e usinas no curso do rio, que resultariam na perda de suas terras e na inviabilização da demarcação da terra indígena munduruku. Os mundurukus, inclusive, começaram um processo de autodemarcação das próprias terras, como forma de pressionar o governo a resolver a situação.

Forme um grupo com mais quatro colegas e pesquise sobre a relação dos mundurukus com a terra e a natureza, tentando descobrir qual é a concepção de natureza dessa etnia indígena. Em seguida, compare essa concepção com a de outros povos tradicionais, como quilombolas e ribeirinhos, e faça uma análise das diferenças entre a comparação feita e a ideia de natureza como recurso natural, defendida pelos empreendedores das hidrelétricas e barragens.

Após a pesquisa, o grupo deverá confeccionar um painel apresentando as diferentes concepções de natureza e responder às seguintes questões:
1 É possível unir as duas concepções de natureza em um mesmo território?
2 Qual modo de vida deve ser priorizado, o dos povos tradicionais ou o do capitalismo industrial? Por quê?

Após a apresentação, a turma toda deverá debater sobre o que é a natureza e tentar chegar a uma concepção coletiva própria desse conceito.

Estamos nós, seres humanos, separados da natureza?

Temos mesmo controle sobre ela?



Página 258

5. O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO

Fig. 1 (p. 258)

Passistas de frevo no desfile de Carnaval do bloco O Galo da Madrugada, Recife, PE, 2010.

LEO CALDAS/PULSAR IMAGENS

Página 259

No ano de 2012, o frevo foi considerado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O ritmo pernambucano foi classificado como “artes do espetáculo do Carnaval de Recife e de Olinda”.

Nesta unidade vamos estudar a organização do território brasileiro e os Patrimônios Culturais Materiais e Imateriais do Brasil, reconhecidos internacionalmente. Símbolo e herança de modo de vida de outras gerações, são também economicamente importantes ao atraírem turistas de várias partes do Brasil e do mundo.

Responda em seu caderno:

Você já ouviu falar sobre patrimônio cultural? Conhece algum? Qual é a relação entre a cultura e a construção do espaço geográfico?

Página 260

16. Organização e planejamento territorial

Fig. 1 (p. 260)

Cachoeira da Fumaça, Vale do Capão, Parque Nacional da Chapada Diamantina. Caeté-Açu, BA, 2009.

FABIO COLOMBINI

Neste capítulo abordaremos aspectos socioespaciais, como características demográficas; estudaremos a importância do planejamento da organização territorial; veremos a importância de realização de estudos de impactos ambientais para reduzir danos ao meio ambiente e à sociedade na realização de grandes obras.

Página 261

Fig. 1 (p. 261)

Plantação de hortaliças do Assentamento Rural Horto de Aimorés, Pederneiras, SP, 2012.

JOÃO PRUDENTE/PULSAR IMAGENS

Fig. 2 (p. 261)

JUCA MARTINS/OLHAR IMAGEM

Vista da Ponte Octávio Frias de Oliveira (ponte estaiada) e do Rio Pinheiros, São Paulo, 2008.

Observando as imagens acima, responda em seu caderno: todas essas paisagens fazem parte do espaço geográfico brasileiro? Justifique sua resposta.

Página 262

O trabalho humano e a construção do espaço geográfico

O espaço geográfico é o conjunto que integra a natureza e ação do ser humano. Pode apresentar diferentes formas e funções, dependendo das atividades que nele se desenvolvem: lazer, comércio, moradia etc.

Para sabermos como se organiza o espaço geográfico, precisamos entender primeiramente a relação entre o trabalho do ser humano e o espaço em torno dele. Na sociedade atual, assistimos cada vez mais a uma especialização das atividades. Isso significa que o trabalho humano está dividido em atividades específicas, ou ramos de atividade.

Essa divisão só pode ocorrer porque o ser humano vive em sociedade. Existem padeiros, enfermeiros, motoristas, cozinheiros e toda uma série de profissões diferentes. A essa divisão damos o nome de divisão social do trabalho.

O trabalho também está dividido territorialmente. Isto é, cada lugar possui determinada função na cadeia produtiva. Em alguns lugares predomina a agricultura, em outros, a extração mineral, e assim por diante. Essa divisão é chamada de divisão territorial do trabalho.

A formação territorial do Brasil

O Brasil nem sempre teve as dimensões territoriais atuais. A consolidação do território brasileiro é fruto de um longo processo, desde a expansão colonial portuguesa. Até o fim do século XIX, os meios de transporte eram escassos e as estradas geralmente ligavam as zonas produtoras aos portos, de onde as mercadorias eram levadas para o mercado externo. Havia pouquíssimas vias de ligação interna no país. A expansão da atividade cafeeira impulsionou a integração nacional, já que estimulou o comércio interno entre as diferentes regiões. Além disso, promoveu a construção de ferrovias no Sudeste.

Durante o século XX, o Brasil passou por um intenso processo de industrialização. Esse processo contribuiu para a integração do território, a qual já vinha sendo fortalecida desde o século XIX com a expansão cafeeira.

As primeiras indústrias brasileiras estabeleceram-se no Sudeste, com o investimento dos grandes produtores de café. Como essa era a única área de produção industrial do Brasil, a integração ocorreu, em um primeiro momento, por meio da distribuição dos produtos industrializados do Sudeste para as demais regiões do Brasil e da compra de matéria-prima e produtos alimentícios dessas regiões pelo Sudeste.

Além disso, o processo de industrialização foi acompanhado por um intenso processo de urbanização. Isso significa que as grandes cidades e a população urbana começaram a aumentar em uma velocidade crescente.

Página 263

Espaço urbano e espaço rural: atividades econômicas e suas marcas no espaço

O desenvolvimento das atividades econômicas no Brasil esteve sempre muito ligado à produção de mercadorias destinadas ao mercado externo. O escoamento dessa produção dependia e depende até hoje dos portos, já que os traslados são realizados por grandes navios cargueiros. Assim, os núcleos de povoamento mais antigos se estabeleceram na faixa litorânea, facilitando a ligação com Portugal no período da Colônia e com os demais países ao longo dos séculos.

Essa organização da produção deixou marcas no espaço geográfico brasileiro. Podemos observar no mapa a seguir que a faixa litorânea concentra uma grande porcentagem da população do Brasil.

Fig. 1 (p. 263)

MARIO YOSHIDA

Brasil: distribuição da população (2010)

Belém


Palmas

Cuiabá


Macapá

Manaus


Goiânia

Teresina


BRASÍLIA

São Luís


Curitiba

Boa Vista

Porto Velho

Porto Alegre

Belo Horizonte

São Paulo

DF

MATO GROSSO



AMAZONAS

RORAIMA


AMAPÁ

MARANHÃO

CEARÁ

PIAUÍ


ACRE

RONDÔNIA


SANTA CATARINA

PARANÁ


Maceió

Recife


Aracaju

Vitória


Salvador

Fortaleza

Rio Branco

Campo Grande

Florianópolis

Rio de Janeiro

João Pessoa

Natal


GOIÁS

MINAS GERAIS

BAHIA

TOCANTINS



RIO DE JANEIRO

ESPÍRITO SANTO



OCEANO ATLÂNTICO

OCEANO PACÍFICO

PARÁ


Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe


RIO GRANDE DO NORTE

MATO GROSSO DO SUL

RIO GRANDE DO SUL

SÃO PAULO



50°O

-10°



Equador

Trópico de Capricórnio

0 300 km 10.000 habitantes

Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas geográfico escolar. Características demográficas. Distribuição da população. Disponível em:


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