Geografia 6º ano



Yüklə 1,51 Mb.
səhifə46/49
tarix06.09.2018
ölçüsü1,51 Mb.
#77867
1   ...   41   42   43   44   45   46   47   48   49
. Acesso em: 22 jan. 2015.

Página 264

Até a década de 1960, a maioria da população brasileira era considerada rural. No entanto, a partir dessa década, o número de habitantes em cidades ultrapassou o do campo.



Fig. 1 (p. 264)

MARIO YOSHIDA

Brasil: população – situação de domicílio (2010)

Concentração da população nas regiões metropolitanas

Florianópolis - SC

Grande São Luís - MA

Salvador - BA

Belo Horizonte - MG

Belém - PA

Curitiba - PR

Vale do Rio Cuiabá - MT

João Pessoa - PB

Goiânia - GO

Porto Alegre - RS

Maceió - AL

Aracaju - SE

Recife - PE

Natal - RN

Fortaleza - CE

São Paulo - SP

Grande Vitória - ES

Manaus - AM

Rio de Janeiro - RJ

Macapá - AP

População na região metropolitana (% em relação ao total do Estado)

0 10 20 30 40 50 60 70 80

AC AM PR SC RS MT MS GO DF TO SP RJ ES MG BA SE AL PE PB RN CE PI MA RR AP RO

Rural PA


Urbano

19.597.330

População total - 2010

14.016.906

733.559

0 600 km


Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas geográfico escolar. Características demográficas. Distribuição da população. Disponível em: . Acesso em: 22 jan. 2015.

Atualmente, o território brasileiro está dividido em estados. Cada estado está subdividido em municípios. Os municípios, por sua vez, podem estar divididos em zona urbana e zona rural. Todos os municípios brasileiros têm zona urbana, mas nem sempre têm a rural.

A zona urbana é caracterizada pela concentração de diversas atividades. É na cidade, por exemplo, que estão a prefeitura e a câmara dos vereadores, responsáveis pelas decisões político-administrativas dos municípios. Na cidade também podemos encontrar a maior parte dos serviços do município, como hospitais, escolas, centros de compra etc.

Na zona rural destacam-se atividades ligadas ao setor agropecuário e extrativo. É lá que encontramos a agricultura e a criação de gado e de outros animais. Também há a extração de madeira, látex e outros recursos vegetais.



Página 265

As atividades industriais, em um primeiro momento, estavam ligadas à zona urbana, mas cada vez mais a zona rural vem abrigando esse tipo de atividade. As indústrias que se localizam na zona rural geralmente estão ligadas à produção agropecuária e são chamadas de agroindústrias. Elas são responsáveis por fabricar alimentos e bebidas em geral (como açúcar, laticínios, sucos etc.), além de máquinas utilizadas no campo, como tratores e pulverizadores, insumos, como fertilizantes e inseticidas, e até sementes.

Embora apresentem realidades diferentes, a zona urbana e a zona rural não podem ser vistas como partes isoladas no território. Cada vez mais, o processo que ocorre é justamente o contrário. A ligação entre ambas, principalmente por meio da evolução dos transportes e da comunicação, é tão forte que às vezes fica difícil separar cidade e campo.

Fig. 1 (p. 265)

Vista aérea de Curitiba, PR, 2014.

RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS

Fig. 2 (p. 265)

Vista aérea da agroindústria (silos e plantação de grãos na zona rural), ao longo da Rodovia PR-323, Londrina, PR, 2014.

ERNESTO REGHRAN/PULSAR IMAGENS

Conexões

Vida no campo e na cidade

Leia o trecho da música “Vida no campo”, de Pena Branca e Xavantinho:

O galo cantou, é de manhã
A barra do dia dourada vem surgindo
Clareou, a passarada acordada fazendo festa
Natureza sorrindo
A vida no campo é fruta madura
Amizade é coisa pura, é mel no coração
Gado no curral, cuscuz com leite
Café com queijo, eu gosto é de requeijão
Vou lhe falar

Não troco essa vida por nada nesse mundo


Não saio desse lugar
Quando é meio-dia
A cigarra enche o mundo de som
Na maior alegria
Anoiteceu
Na prosa do compadre, o bezerro
Foi a onça quem comeu

PENA BRANCA E XAVANTINHO. Coração matuto. [S.l.]: Paradoxx, 1998.

Agora responda em seu caderno: Ao lermos a letra da música, podemos perceber algumas características da vida no campo. Qual é a influência das atividades econômicas da zona rural no modo de vida das pessoas que lá habitam?

Página 266

Planejamento territorial: cada coisa em seu lugar

O território brasileiro apresenta diferentes regiões em que predominam determinadas atividades econômicas que, por sua vez, estão ligadas às áreas de concentração populacional. No entanto, devemos ressaltar que a produção do espaço geográfico é pensada e planejada, tanto no âmbito rural quanto no urbano.

O planejamento do espaço territorial começa a ser alvo de preocupações políticas nacionais com a declaração da Independência do Brasil, em 1822. O governo nessa época preocupava-se com a fragmentação do território.

No final do século XIX, com a proclamação da República, em 1889, essa preocupação começou a ser incorporada nas políticas públicas. Devido à escassez de infraestruturas, principalmente de transportes, o que impedia a integração das regiões e a circulação pelo território, o Estado começou a desenvolver os primeiros planos ligados à construção de uma malha ferroviária nacional.



Questionando

Brasil arquipélago

Para o sociólogo Francisco de Oliveira, no período que antecede 1930, o Brasil era um grande arquipélago constituído por diversas ilhas regionais. Você sabe o que isso quer dizer? Nessa fase, as “economias regionais” articulavam-se muito mais com o exterior do que com o interior do espaço nacional. Daí a ideia do arquipélago, do “ajuntamento” de ilhas regionais comandadas de fora e, portanto, cuja dinâmica regional era definida com base nos mercados externos e na produção predominante de cada região.

Responda em seu caderno:
1. Qual é o significado de arquipélago? Procure-o no dicionário.
2. Por que Francisco de Oliveira utilizou essa expressão para falar da economia no Brasil até a década de 1930?

No começo do século XX, o marechal Cândido Rondon desbravou o até então desconhecido oeste brasileiro, implementando telégrafos a fim de ligar os estados de Mato Grosso, Amazonas e Acre ao restante do país. Entre 1907 e 1917 a expedição estendeu 2,2 mil quilômetros de linhas telegráficas. Observe a imagem ao lado.



Fig. 1 (p. 266)

Marechal Rondon com oficiais da Comissão de Linhas Telegráficas de Mato Grosso, início do séc. XX.

ARQUIVO O CRUZEIRO/EM/D.A PRESS

Página 267

Posteriormente, na década de 1940, o então presidente Getúlio Vargas instituiu a “Marcha para Oeste” a fim de incentivar a ocupação do Centro-Oeste, que ainda era considerado uma região isolada e inóspita. Uma expedição chamada Roncador-Xingu foi planejada para adentrar o coração do país.

Iniciada em 1943 e liderada pelos irmãos Villas-Bôas, uma comitiva avançou pelo Brasil central, chegando até a Amazônia e travando contato com diversas etnias indígenas ainda desconhecidas. Foi esse processo que desencadeou a demarcação de terras indígenas e o confinamento dos índios que ainda existiam em reservas, já que o governo tinha planos de exploração e desenvolvimento para a região.

Paralelamente à exploração do interior do Brasil, as áreas já conhecidas e habitadas também passaram por intensos processos de mudança.

O processo de industrialização brasileira, como já vimos, trouxe a necessidade de maior integração do mercado interno. Aos poucos, foi sendo implantada uma malha rodoviária nacional, conectando os estados brasileiros às áreas industriais da região Sudeste.

Foi no governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) que acelerou-se o ritmo de implantação das rodovias, graças ao estímulo da indústria automobilística. A partir do governo de Juscelino, as rodovias passaram a se tornar o foco dos investimentos em transportes terrestres no país.



Assista
Xingu
(Direção: Cao Hamburger.
Brasil: Globo Filmes, 2012.)
É um filme brasileiro que conta a trajetória dos irmãos Villas-Bôas a partir do momento em que se alistam para a Expedição Roncador-Xingu, a qual fazia parte da Marcha para o Oeste de Getúlio Vargas.

Comentário

A construção de Brasília

No ano de 1960, a capital do país foi transferida do Rio de Janeiro para Brasília. A construção de Brasília fez parte de um projeto de desenvolvimento e ocupação do território nacional. A cidade foi planejada e desenhada pelos arquitetos e urbanistas Lúcio Costa e Oscar Niemeyer para se tornar o grande símbolo do Brasil que estava se modernizando.

A construção da cidade, portanto, deveria contribuir para a interiorização da população brasileira, facilitando a integração física do território nacional. A nova capital no interior do país transformou-se em um nó de articulação na rede de circulação nacional, integrando o Norte e o Centro-Oeste a outras regiões através das estradas federais. Estas passaram a ligar Brasília a Goiânia, Belém, Rio Branco, Fortaleza, Belo Horizonte e São Paulo.

A nova capital converteu-se na rota de condução para o Norte e o Centro-Oeste, atraindo fluxo populacional e investimentos privados e estatais para essas regiões. Veja a imagem ao lado.



Fig. 1 (p. 267)

Imagem da construção de Brasília, DF, 1º jan. 1958.

KEYSTONE-FRANCE/GAMMA-KEYSTONE VIA GETTY IMAGES

Página 268

Na época da ditadura militar (1964-1985) o governo brasileiro investiu maciçamente em obras de infraestrutura. Foram construídas usinas para a geração de energia, estradas, pontes e toda uma série de obras com o objetivo de integrar e promover o desenvolvimento do país. Vamos ver alguns exemplos a seguir.



Fig. 1 (p. 268)

Construção da Ponte Rio-Niterói, RJ, em 1971, ligando as duas cidades do Rio de Janeiro. A ponte que leva o nome do general Costa e Silva foi um desafio para a engenharia nacional: tem o maior vão em viga reta construído pelo ser humano e é a 13ª no mundo em extensão.

ANTONIO ANDRADE/EDITORA ABRIL – IMAGENS

Fig. 2 (p. 268)

Construção da Rodovia Transamazônica, em 1975. A rodovia tem 4.223 km e foi feita para levar 4 milhões de nordestinos que sofriam com o flagelo da seca a ocupar áreas pouco povoadas do Norte do país.

FOLHAPRESS

Fig. 3 (p. 268)

Vista aérea durante o dia da construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu em Foz do Iguaçu, Paraná, 1979.

NANI GOIS/EDITORA ABRIL – IMAGENS

Página 269

Com o objetivo de diminuir as desigualdades históricas e interligar as regiões do Brasil, o governo federal criou agências de desenvolvimento regional, ligadas ao Ministério da Integração Nacional.

Entre essas agências destacam-se a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Esses órgãos coordenaram a construção de diversas obras de infraestruturas em todas as regiões do território brasileiro.

Questionando

Você já parou para pensar no que você faz para ajudar o planeta? Muitos dos problemas que enfrentamos hoje estão relacionados com a produção de lixo. Ora, cada vez que você compra alguma mercadoria, seja comida, roupa ou brinquedo, ela vem em uma embalagem que geralmente é feita de plástico. A redução no consumo é uma das formas de contribuir para a preservação do meio ambiente, uma vez que reduz a quantidade de lixo e a emissão de poluentes em toda a cadeia produtiva das mercadorias. Pesquise exemplos de como podemos reduzir o consumo e anote-os em seu caderno.



Problemas ambientais e vida sustentável

À medida que o ser humano apropria-se de recursos naturais e transforma o espaço ao seu redor, ele modifica a natureza. O impacto das ações humanas no planeta é muito grande e, por isso, cada vez mais os lugares vêm sofrendo com problemas ambientais.

O planejamento territorial do país deve estar atento a isso e incluir políticas de preservação da natureza. O chamado planejamento ambiental tem em vista a planificação de ações com objetivo de recuperar, preservar, controlar e conservar o meio ambiente. No entanto, nem sempre isso é feito.

Comentário

Para o Ministério do Meio Ambiente, “impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetam:


I. a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II. as atividades sociais e econômicas;
III. a biota;
IV. as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V. a qualidade dos recursos ambientais.”

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução Conama n. 001, de 23 de janeiro de 1986. Disponível em:


Yüklə 1,51 Mb.

Dostları ilə paylaş:
1   ...   41   42   43   44   45   46   47   48   49




Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©muhaz.org 2024
rəhbərliyinə müraciət

gir | qeydiyyatdan keç
    Ana səhifə


yükləyin