Geografia 6º ano



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Com base no relato dessa experiência, responda:


1. As quebradeiras de coco-babaçu desempenham um trabalho em que setor da economia?
2. Como podemos saber, por meio do texto, que a vida das quebradeiras melhorou?

Página 53

Estudos do capítulo

Não escreva no livro. Faça as atividades no caderno.



Atividades

1 Você conhece seu município? Em grupo com outros colegas, faça uma pesquisa a respeito de sua história e como ela está impressa no espaço geográfico. Quais são os elementos presentes nas distintas escalas de tempo, da geológica à histórica? Investigue também qual é o setor da economia mais importante.

2 O espaço geográfico é mais do que podemos ver, pois também existem elementos invisíveis. Com base nisso, dê três exemplos de elementos do espaço geográfico que você conhece.

3 Cada uma das frases abaixo representa um dos seguintes conceitos geográficos: lugar, paisagem e espaço geográfico. Escreva em seu caderno a qual conceito corresponde cada alternativa.

a) Expressão da relação do ser humano com seu meio com a ajuda do trabalho.

b) “Vou me embora pro sertão/Que eu aqui não me dou bem/Oh viola meu bem, viola” (VELOSO, Caetano. “Viola meu bem”)

c) Porção do território que podemos abarcar com a visão.



Cartografando

4 Este mapa representa mudanças que ocorreram no território brasileiro até o início dos anos 2000. Analise a legenda e observe as áreas em que houve ação antrópica, ou seja, do ser humano. A seguir, dê um nome para o mapa que expresse o que ele está representando.

Fig. 1 (p. 53)

HUMBERTO PIMENTEL

RORAIMA

AMAZONAS


RONDÔNIA

ACRE


PARÁ

PIAIUÍ


MARANHÃO CEARÁ

TOCANTINS

GOIÁS

ESPIRITO SANTO



RIO GRANDE DO NORTE

PERNAMBUCO

SERGIPE

ALAGOAS


SÃO PAULO

PARANÁ


SANTA CATARINA

RIO GRANDE DO SUL

MATO GROSSO DO SUL

MATO GROSSO

DF

50° O

AMAPÁ


BAHIA

MINAS GERAIS

ESPÍRITO RIO DE JANEIRO

PARAÍBA


OCEANO ATLÂNTICO

OCEANO ATLÂNTICO

Trópico de Capricórnio

Equador 0°

0 400 km


Floresta Capinarana (Campinas do Rio Negro)

Estepe


Áreas Pioneiras

Areas Antropizadas

Savana Estépica

Savana (Cerrado)

Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas Geográfico escolar. 4. ed. Rio de Janeiro:IBGE, 2007.

Página 54

DH Direitos Humanos

Leitura

Direito à moradia adequada

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, em 2011, mais de 11 milhões de pessoas moravam em favelas. As condições de moradia dessas pessoas, normalmente, não são adequadas. Quais as consequências disso?

A moradia, assim como a saúde e a alimentação, é um dos elementos básicos para a manutenção da vida. É um direito humano garantido pela Constituição brasileira e reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mas, afinal, o que pode ser considerada uma moradia adequada?

O Comitê dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais considera alguns critérios para definir uma moradia adequada:

• Segurança da posse: a moradia não é adequada se os seus ocupantes não têm um grau de segurança de posse que garanta a proteção legal contra despejos forçados, perseguição e outras ameaças.

• Disponibilidade de serviços, materiais, instalações e infraestrutura: a moradia não é adequada, se os seus ocupantes não têm água potável, saneamento básico, energia para cozinhar, aquecimento, iluminação, armazenamento de alimentos ou coleta de lixo.

• Economicidade: a moradia não é adequada, se o seu custo ameaça ou compromete o exercício de outros direitos humanos dos ocupantes.

• Habitabilidade: a moradia não é adequada se não garantir a segurança física e estrutural proporcionando um espaço adequado, bem como proteção contra o frio, umidade, calor, chuva, vento, outras ameaças à saúde.

• Acessibilidade: a moradia não é adequada se as necessidades específicas dos grupos desfavorecidos e marginalizados não são levadas em conta.

• Localização: a moradia não é adequada se for isolada de oportunidades de emprego, serviços de saúde, escolas, creches e outras instalações sociais ou, se localizada em áreas poluídas ou perigosas.

• Adequação cultural: a moradia não é adequada se não respeitar e levar em conta a expressão da identidade cultural.

Fonte: BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Direito à moradia adequada. Brasília: Coordenação Geral de Educação em SDH/PR, Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2013. p.13.



Página 55

Fig. 1 (p. 55)

Família que morava em área interna da ponte Bernard Goldfarb, no bairro de Pinheiros. São Paulo, SP, 1996.

EDUARDO KNAPP/FOLHAPRESS

Fig. 2 (p. 55)

Palafita de Vila da Barca (Belém), bairro em que não há ruas e as casas são construídas sobre pontes de madeira maciça. Belém, PA, 2004.

LALO DE ALMEIDA/FOLHAPRESS

Atividade

Não escreva no livro. Faça as atividades no caderno.



Conversando sobre situações críticas de moradia

Ter moradia adequada não é apenas possuir um abrigo, um local para proteção do frio e da chuva, dos fenômenos da natureza e dos perigos da cidade. Leia:

O acesso à moradia adequada pode ser uma pré-condição para a realização de vários outros direitos humanos, incluindo o direito a trabalho, saúde, segurança social, voto, privacidade ou educação. A possibilidade de ganhar a vida pode ser seriamente prejudicada quando uma pessoa for transferida, depois de uma remoção forçada, a um lugar isolado, onde não haja oportunidades de emprego. Sem comprovante de residência, as pessoas sem teto podem não ser capazes de votar, desfrutar de serviços sociais ou de receber cuidados de saúde. Moradia inadequada pode ter repercussões diretas sobre o direito à saúde, por exemplo, se as casas e assentamentos tiverem pouca ou nenhuma água potável e saneamento, ou se estiverem em locais expostos a resíduos tóxicos, razão pelas quais os moradores podem cair gravemente doentes.

Fonte: BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Direito à moradia adequada. Brasília: Coordenação Geral de Educação em SDH/PR, Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2013. p.69.

Forme um grupo com mais três colegas e pesquisem uma situação específica, de preferência em sua cidade, de não atendimento do direito à moradia adequada. Discuta com seu grupo que outros direitos são afetados por conta disso. Vocês deverão compor uma cena de teatro curta (um esquete) para apresentar a situação pesquisada à classe. Vocês podem acrescentar a esse esquete um desdobramento de como seria possível ver a situação transformada. Invente figurinos e cenários com os objetos disponíveis em sala de aula e na escola. Após a apresentação, com a ajuda do(a) professor(a), debatam as situações encenadas, focando os problemas, as dificuldades e as contradições que envolvem o direito à moradia adequada.

Página 56

DH Direitos Humanos

Leitura

Direito a um trabalho com dignidade

As quebradeiras de coco-babaçu reportadas na página 52 têm se organizado para garantir condições dignas de trabalho. Esse grupo de mulheres teve de empreender uma verdadeira batalha contra pecuaristas e proprietários de terra, que cercavam a área de extração do coco-babaçu, impedindo o acesso aos coqueiros e, desse modo, o seu trabalho. A mobilização das quebradeiras gerou em 1995 o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco-babaçu, o MIQCB, e posteriormente, em 2009, a Cooperativa Interestadual Das Mulheres Quebradeiras de Coco-babaçu (CIMQCB), que as organiza em grupos comunitários produtivos com o objetivo de aproveitar o coco-babaçu integralmente e comercializar os seus subprodutos.



Fig. 1 (p. 56)

Mulheres quebradoras de coco-babaçu, que fazem parte do MIQCB. Sítio Novo do Tocantins, TO, 2009.

J. L. BULCÃO/PULSAR IMAGENS

Assim, elas se organizaram de modo a garantir e valorizar o seu trabalho, que tem uma contribuição fundamental na renda familiar, mas que também envolve outras questões e aspectos da sociedade. A extração do coco-babaçu representa um extrativismo sustentável, ou seja, ele ocorre em pequena escala e sem agredir o meio ambiente. Como ocorre na região de cocais e palmeiras, impede o desmatamento das florestas, dificultando a expansão do agronegócio. Do coco-babaçu, aproveita-se a palha para fazer cestos, a casca do coco para fazer carvão, a castanha para azeite e sabão; enfim, quase tudo é utilizado para ser comercializado. Outro aspecto interessante é que esse trabalho tem sua importância na manutenção da cultura tradicional da região, devido às canções e trocas de histórias e saberes entre as mulheres trabalhadoras.



Página 57

Atividade

Não escreva no livro. Faça as atividades no caderno.



Pesquisa e confecção de um painel

A experiência das mulheres quebradeiras evidencia conquistas que se repetem Brasil afora de comunidades tradicionais e grupos sociais que se mobilizam para garantir condições dignas de trabalho, o que contribui não apenas para aquela comunidade em questão, mas para toda a sociedade. Vamos pensar sobre os direitos humanos, em especial o direito ao trabalho com dignidade, que deve ser garantido pelo Estado, mas que também é reivindicado e conquistado pelos diferentes grupos sociais da nossa sociedade brasileira.

Leia os artigos XXIII e XXIV da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que destacam os princípios do direito ao trabalho com dignidade:

1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.


2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de seus interesses.

BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Direito a um trabalho com dignidade. Brasília: Coordenação Geral de Educação em SDH/PR, Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2013. p. 22.

Nesta atividade vamos investigar como algumas comunidades tradicionais e grupos sociais têm colocado em prática o seu direito de se organizar para reivindicar e negociar com os empregadores ou buscar outros modos de organização para garantir dignidade no trabalho.

Forme um grupo com seus colegas e pesquise sobre um grupo, associação, cooperativa ou sindicato, de preferência de seu município ou de sua região, e descubra qual é a sua atividade no contexto local e regional; o que faz pelas pessoas trabalhadoras daquele segmento; como se organiza; quais conquistas importantes obteve. Pesquise também se essas organizações contribuem para preservação do meio ambiente, no sentido de serem sustentáveis, e também como se relacionam com a cultura local.

Após a pesquisa, faça um painel com os colegas do seu grupo para apresentar suas descobertas para a classe. Não deixem de utilizar imagens e textos com referências!

Página 58

4. O mundo e suas divisões

Fig. 1 (p. 58)

Colheita nos campos de Nimaj, Rajastão, norte da Índia, 2011.

TIM GRAHAM/GETTY IMAGES

Fig. 2 (p. 58)

Mulheres da etnia samburu, com suas roupas tradicionais e colares de contas coloridas, brincos e pulseiras, cantam uma canção em Isiolo, no norte do Quênia, 29 de julho de 2011. A palavra “samburu” significa “borboleta” na língua masai.

ZHAO YINGQUAN/PHOTOSHOT NEWS/LATINSTOCK

Você já reparou, ao observar um mapa-múndi, que em nosso planeta há diferentes regiões, continentes e países? Neste capítulo aprenderemos um pouco sobre as divisões de mundo Vamos lá?

Página 59

Fig. 1 (p. 59)

Grupo de senhoras muçulmanas ajoelhadas orando pela manhã na Mesquita Azul, em Taguig City, sul de Manila, 2013.

J GERARD SEGUIA/DEMOTIX/CORBIS/LATINSTOCK

Fig. 2 (p. 59)

Mulher inuíte (também conhecida como esquimó) com criança no Alasca, EUA, 1912.

H.G. KAISER/LIBRARY OF CONGRESS (EUA)

As imagens mostradas acima representam diferentes lugares e pessoas do mundo Com base nos seus conhecimentos e nas informações presentes nas fotos, responda em dupla:
1 Que tipos de diferenças existem entre os diversos lugares do mundo no que diz respeito às pessoas e às condições em que elas vivem?
2 Informe a quais países se referem os exemplos utilizados acima


Página 60

Há muitos e diferentes lugares no mundo

A maior parte do planeta em que vivemos é ocupada por mares e oceanos, com destaque para os oceanos Pacífico, Índico e Atlântico, que representam mais de 70% da área total da Terra. O restante, menos de 30%, é ocupado pelos continentes, grandes massas de terra emersas cercadas pelos oceanos.



Fig. 1 (p. 60)

HUMBERTO PIMENTEL

Planisfério: continentes (2010)

180° 90° O 90° L 180° 45° N 0° 45° S

Círculo Polar Ártico

Círculo Polar Antártico

Trópico de Câncer



Equador

Trópico de Capricórnio

OCEANO PACÍFICO

OCEANO PACÍFICO

OCEANO ATLÂNTICO

OCEANO ATLÂNTICO

OCEANO GLACIAL ÁRTICO

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO

OCEANO ÍNDICO

AMÉRICA

OCEANIA

ANTÁRTIDA

EUROPA

ÁSIA

ÁFRICA

0 2.500 km

Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Altas geográfico escolar: Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

Conforme mostra o mapa acima, o mundo é dividido em seis continentes:


- América
- África
- Europa
- Ásia
- Oceania
- Antártida

Ao se observar a divisão deles, nota-se que existe uma grande massa contínua de terra que fora dividida em três continentes distintos: Europa, Ásia e África. Essa divisão ocorreu devido a critérios físico-naturais.



Página 61

As diferenças históricas, políticas, econômicas e culturais entre povos distintos não se restringem à escala continental. É possível observá-las, inclusive, dentro de um mesmo país ou de uma mesma cidade.

A diferenciação cultural manifesta-se por meio de várias formas; por exemplo, o modo de se vestir, a alimentação, a religião, a música, o idioma, as leis ou mesmo como as pessoas relacionam-se entre si.

Um exemplo prático é observar a maneira como as pessoas costumam cumprimentar-se em diferentes lugares do planeta. Em algumas localidades, o cumprimento é feito com dois beijos na bochecha, enquanto em outras, dá-se apenas um beijo ou um simples aperto de mão.

As imagens a seguir retratam diferentes instrumentos que as pessoas utilizam para se alimentar.

Fig. 1 (p. 61)

Talher oriental chamado de hashi, Ásia, 2010.

CHRIS MEIER/STOCKFOOD/LATINSTOCK

Fig. 2 (p. 61)

No Ocidente, é comum a utilização de talheres como o garfo e a faca para realizar a alimentação, EUA, 2010.

UYEN LE/GETTY IMAGES

A primeira imagem representa um hashi, tradicionalmente utilizado como instrumento para alimentação em alguns países orientais, como China, Japão e Tailândia. Já a segunda mostra um garfo e uma faca, talheres tradicionalmente usados no Brasil e em outros países ocidentais.



Assista
Camelos também choram.
(Direção: Byambasuren Davaa e Luigi Falorni. Alemanha/Mongólia, 2003.)
O filme se passa no Deserto de Góbi, na Mongólia, onde uma família local tenta salvar a vida de um raro camelo branco.

Fora do Jogo
(Direção: Jafar Panahi. Irã, 2006.)
No Irã, as mulheres são proibidas de assistir a jogos de futebol em estádios, por questões religiosas. O filme conta a história de uma garota que se disfarça de homem para entrar em um estádio e assistir ao jogo que valia a classificação da seleção iraniana para a Copa do Mundo. Ao ser detida na entrada do estádio, ela é colocada em uma ala junto a um grupo de outras mulheres que também se disfarçaram. Lá, elas terão de criar um meio para enganar a polícia e, com isso, assistir ao jogo.

Página 62

Países e territórios: diferentes povos e nações

Ao analisar o mapa político do mundo a seguir, você perceberá que os países do mundo têm tamanhos muito diferentes. Enquanto China, Rússia, Brasil, Canadá, Austrália e Estados Unidos possuem uma grande extensão, os países europeus restringem-se, de modo geral, a áreas menores do que a maior parte dos estados brasileiros.

Com exceção da Antártida, os continentes são divididos em países, cujas fronteiras estão representadas no mapa anterior. Cada país é organizado em torno de um Estado, uma instituição soberana que cria as leis e define as políticas dentro de um limite territorial. Em outras palavras, um Estado não existe se ele não possuir um território.

Comentário

Classicamente, na Geografia, território é um espaço definido por fronteiras e controlado por um Estado, que define suas regras e leis. Mas, também, pode ser utilizado para definir áreas sob o controle de grupos sociais específicos que as controlam.

Por estar vinculada a uma relação de poder sobre uma determinada área, a apropriação de territórios ocorre muitas vezes por meio de disputa – já que grupos sociais diferentes podem possuir interesses igualmente diferentes no que diz respeito ao uso de um espaço.

Devido às suas condições geográficas – localização, clima e relevo –, a Antártida é uma região imprópria para a ocupação humana permanente. Como nenhum povo desenvolveu uma relação de poder a longo prazo com o continente, não possui governo próprio nem é território de nenhum país.

A Antártida possui um relevo montanhoso, tendo 95% de sua área coberta por uma camada de gelo de 2 mil metros de espessura. Seu clima é extremamente seco e as temperaturas variam de –10 oC a –80 oC, dependendo da região e da época do ano. Por outro lado, graças a sua vasta área coberta por gelo, a região concentra aproximadamente 90% das reservas de água potável do planeta!

Apesar de suas condições inóspitas, ao longo do século XX a região atraiu interesses políticos e econômicos de alguns países devido à sua localização estratégica, conexão com os oceanos Pacífico e Atlântico, e à possibilidade de existência de reservas minerais, como o petróleo.

Para evitar conflitos, foi assinado, em 1959, o Tratado da Antártida, no qual diversos países se comprometeram a assegurar que o continente fosse utilizado para fins pacíficos, incluindo a cooperação internacional na pesquisa científica. Com isso, foram proibidas as atividades militares na região e determinou-se que todos os países tivessem o direito de instalar bases científicas no local.

Página 63

Fig. 1 (p. 63)

HUMBERTO PIMENTEL

Planisfério Político

0º 0º 45° N 45° S 180º 90° O 90° L

Círculo Polar Ártico

Trópico de Câncer

Trópico de Capricórnio

Círculo Polar Antártico

Meridiano de Greenwich

Equador

OCEANO PACÍFICO

OCEANO PACÍFICO

OCEANO ATLÂNTICO

OCEANO ÍNDICO

OCEANO GLACIAL ÁRTICO

180°

ANTÁRTIDA

GROENLÂNDIA (DIN)

CANADÁ


ESTADOS UNIDOS

MÉXICO


CUBA

BAHAMAS


BELIZE JAMAICA

HAITI


GUATEMALA HONDURAS

EL SALVADOR NICARÁGUA

COSTA RICA

PANAMÁ


REP. DOMINICANA

PORTO RICO (EUA)

TRINIDAD E TOBAGO

GUIANA


SURINAME

GUIANA FRANCESA

EQUADOR

VENEZUELA



COLÔMBIA

BRASIL


PERU

BOLÍVIA


PARAGUAI

CHILE URUGUAI

ARGENTINA

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO

ISLÂNDIA NORUEGA FINLÂNDIA

SUÉCIA


BRUNEI

REINO UNIDO

IRLANDA

DINAMARCA



HOLANDA

BÉLGICA


HUNGRIA

ESLOVÁQUIA

CROÁCIA

SÉRVIA


MACEDÔNIA

MONTENEGRO

BÓSNIA-HERZEGOVINA

ÁUSTRIA


REP. CHECA

ESLOVÊNIA

ESTÔNIA

LETÔNIA


LITUÂNIA

POLÔNIA BIELORRÚSSIA

UCRÂNIA

MOLDÁVIA


FRANÇA SUÍÇA

ALEMANHA


LIBÉRIA

ERITREIA


GEÓRGIA

ARMÊNIA


AZERBAIJÃO

ROMÊNIA


BULGÁRIA

MÔNACO


LUXEMBURGO

LIECHTENSTEIN

ESPANHA

PORTUGAL


ITÁLIA

ALBÂNIA


GRÉCIA TURQUIA

SÍRIA


LÍBANO

ISRAEL


IRAQUE IRÃ

JORDÂNIA


ARÁBIA

SAUDITA


IÊMEN

CATAR


KUWAIT

OMÃ


EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

RÚSSIA


CAZAQUISTÃO

MONGÓLIA


UZBEQUISTÃO

QUIRGUISTÃO

TURCOMENISTÃO TAJIQUISTÃO

AFEGANISTÃO

PAQUISTÃO

SERRA LEOA

NEPAL BUTÃO

BANGLADESH

ÍNDIA MIANMAR

LAOS


TAILÂNDIA

CAMBOJA


CHINA

COREIA DO NORTE

COREIA DO SUL

JAPÃO


TAIWAN

FILIPINAS

SRI LANKA

MALÁSIA


CINGAPURA

TIMOR LESTE

INDONÉSIA

PAPUA-NOVA GUINÉ

AUSTRÁLIA

NOVA ZELÂNDIA

MARROCOS TUNÍSIA

SAARA ARGÉLIA

OCIDENTAL

LÍBIA


EGITO

MAURITÂNIA MALI NÍGER CHADE

SUDÃO

SUDÃO DO SUL



DJIBUTI

SENEGAL


GÂMBIA BURKINA

FASSO


GUINÉ-BISSAU GUINÉ NIGÉRIA

BENIN


GANA

TOGO


COSTA DO

MARFIM GUINÉ

EQUATORIAL

CAMARÕES


GABÃO RUANDA

BURUNDI


ANGOLA

REP. CENTRO-AFRICANA

ETIÓPIA

SOMÁLIA


UGANDA

QUÊNIA


TANZÂNIA

ZÂMBIA


MALAUÍ

MOÇAMBIQUE

ZIMBÁBUE

NAMÍBIA


BOTSUANA

SUAZILÂNDIA

LESOTO

REP. DA ÁFRICA DO SUL



MADAGASCAR

0 1.820 km

CONGO

VIETNÃ


ALASCA (EUA)

Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Altas geográfico escolar: Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.



Página 64

Povos sem Estado

Por mais que a existência de um país nos remeta à ideia de que ele representa um único povo ou nação, é preciso ter cuidado com esse tipo de associação. Em outras palavras, uma população nem sempre possui vínculos históricos e culturais comuns, que se manifestam geralmente por meio da mesma língua, etnia e/ou religião.

Da mesma forma, a delimitação da sua área não respeita necessariamente como critério a área ocupada por um povo.

Como consequência, existem povos que não possuem Estado e são separados pela fronteira de diferentes países.

Os curdos, por exemplo, são um povo que vive no Oriente Médio e que totaliza mais de 25 milhões de habitantes, sendo a maior etnia sem Estado do mundo. A região ocupada por eles é conhecida como Curdistão.

O mapa ao lado mostra áreas historicamente ocupadas pelos curdos, como a demarcação dos limites do território do Curdistão em 1919 e a região onde atualmente vive esse povo, a qual abrange diferentes países.



Glossário
Etnia: Grupo de pessoas que se diferenciam de outros por traços específicos de cultura, hábitos, religião e língua, entre outros fatores.

Fig. 1 (p. 64)

HUMBERTO PIMENTEL

Oriente Médio: áreas ocupadas pelos curdos (2009)

3550° NL 50° L 35° L

ARMÊNIA


AZERBAIJÃO

Mar Negro

Mar Mediterrâneo

Mar Cáspio

Mar de Aral

Golfo Pérsico

Ashkhabad

Duchambe

Kabul


Shiraz Zahedan

Mashhad


Tashkent

UZBEQUISTÃO

TURCOMENISTÃO

AFEGANISTÃO

IRÃ

IRAQUE


SÍRIA

TURQUIA


GEÓRGIA

35° N

0 240 km


Área histórica dos curdos

Fronteira do Curdistão, proposta em 1919

Fonte: DURAN, Marie-Françoise et al. Atlas da Mundialização. São Paulo: Editora Saraiva, 2009.

Ocupando uma área de cerca de 500 mil quilômetros quadrados (um pouco menor do que o estado da Bahia), o território curdo abrange quatro países, sendo a maior parte localizada na Turquia. O restante encontra-se na Síria, na Armênia, no Iraque, na Geórgia e no Irã.

Ao longo do século XX, os curdos foram perseguidos de diferentes formas nos países em que vivem: proibição de uso do idioma; direitos políticos limitados; impedimento da adoção de nomes de origem curda; e substituição de nomes de lugares públicos em curdo.

Devido à falta de direitos políticos e culturais nos países onde vivem, os curdos lutam até hoje pela criação de um Estado próprio. Essa luta resultou em diversos conflitos, principalmente no Iraque e na Turquia, onde os Estados reprimiram violentamente os movimentos curdos. O Estado iraquiano, por exemplo, foi responsável pelo assassinato de centenas de milhares de civis curdos na década de 1980.

Existem outros casos de povos que não possuem um Estado, como o basco e o cigano. Busque se informar a respeito desses povos!

Página 65

Países com vários povos e nações

De acordo com os resultados do último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, o Brasil possui 305 diferentes etnias indígenas que falam 274 idiomas. No total, essa população é de 896,9 mil habitantes, distribuída da seguinte forma:


- 63,8% em terras indígenas
- 36,2% em cidades

Hoje em dia, a Constituição Federal determina a demarcação das Terras Indígenas no país, terras pertencentes ao Estado, mas de uso exclusivo dos indígenas, visando preservar suas culturas e modos de vida. Esse documento reconhece os seus direitos sobre essas terras, uma vez que os indígenas ocupam o território antes mesmo da formação do Estado brasileiro.

Da mesma forma, a Constituição garante que os indígenas usufruam de todos os direitos comuns aos cidadãos brasileiros.

Fig. 1 (p. 65)

HUMBERTO PIMENTEL

Brasil: demarcação de Terras Indígenas (2010)

10° S

0 370 km


Equador

OCEANO PACÍFICO

OCEANO ATLÂNTICO

Trópico de Capricórnio

0º 50° O

Em estudo



Terras Indígenas em interdição

Regularizada

Declarada

Encaminhada RI

Homologada

Delimitada



Terras Indígenas

RR AM AC RO PA AP PI CE MA TO GO BA MG ES RJ RN PB PE SE AL SP PR SC RS MS MT DF

VENEZUELA

COLÔMBIA


PERU

SURINAME


GUIANA GUIANA

FRANCESA


PARAGUAI

URUGUAI


CHILE

ARGENTINA

BOLÍVIA

Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Altas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.



Página 66

Mesmo assim, apesar de todos os esforços legais para demarcar esses territórios, eles ainda são alvos de disputa, uma vez que são reivindicados por outros grupos – como madeireiros, garimpeiros e fazendeiros que desejam utilizá-los para produzir ou extrair algum tipo de riqueza. Esses grupos não reconhecem os direitos dos indígenas e desejam explorar as terras para fins econômicos de seus interesses.



Ponto de vista

Os conflitos recentes em Mato Grosso do Sul entre fazendeiros e índios são mais um capítulo de uma longa e violenta história de desentendimento em que faltam mediação e equilíbrio. A radicalização de fazendeiros — muitos com terras tituladas há gerações — e povos indígenas teria de ser evitada por uma revisão de métodos e regras com que a questão indígena vem sendo tratada no país. [...]

O caso recente mais rumoroso foi o da área ianomâmi da Raposa Serra do Sol, em Roraima, concedida aos índios, afinal, no início de 2009. [...] Fazendas produtoras de arroz tiveram de ser desativadas. [...]

Mas não há como deixar de garantir direitos aos povos indígenas, reconhecidos pela Constituição. Trata-se, porém, de buscar o equilíbrio neste eterno cabo de guerra, também com a preocupação de garantir direitos dos produtores rurais, um segmento essencial para a economia e a sociedade brasileiras.

EQUILÍBRIO e mediação. Tema em discussão: A política indigenista. O Globo, Nossa Opinião, 29 jul. 2013. Disponível em:


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