A destruição de livros pelos indígenas
Os índios também destruíram muitos livros. Itzcoatl, por exemplo, quarto rei dos astecas, mandou apagar o passado e vários textos foram queimados. Uma crônica do acontecimento conta que o rei chamou seus assessores para solucionar uma crise aguda e recebeu como resposta: "Queime os livros. Não é conveniente que todo mundo conheça a tinta preta, as cores. Aquilo que é transportável se perverterá, e com isto se colocará o oculto sobre a terra. Essas obras só contam mentiras e deve-se iniciar um tempo de verdade [...].
Alguns estudiosos não acreditam que se trata de um fato isolado e o consideram normal. Existem vários testemunhos sobre este ponto controvertido, mas basta lembrar a passagem em que Diego Durán fala de uns livros de Topiltzin Quetzacoatl: "[...] me disse um índio velho que passando por Ocuituco lhe deixara um livro grande, de quatro dedos de altura, com umas letras, e eu, movido pelo desejo de ter esse livro, fui a Ocuituco e implorei aos índios, com toda a humildade do mundo, que me mostrassem e me juraram que seis anos antes o queimaram porque não conseguiam ler a letra, nem era como a nossa, e que, temendo que lhes causasse algum mal, o queimaram, o que me deu lástima, porque talvez satisfizesse nossa dúvida de que poderia ser o sagrado evangelho em língua hebraica, e repreendi não pouco os que o mandaram queimar [...].
Chimalpain Cuauhtlehuanitzin se referiu a um dos livros de sua Oitava relação, destruído por tê-lo deixado num terraço, onde "apodreceu".
Dostları ilə paylaş: |