Português 9º ano



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); leitura de mais contos de Pedro Malazarte, incentivando o uso da biblioteca escolar ou da biblioteca local, com a participação do profissional responsável por esse espaço.

Abertura do capítulo

Como no Capítulo 1, esta abertura integra reprodução de uma máscara teatral grega e cenas de encenações brasileiras dos textos que serão estudados. A leitura dessas imagens visa permitir o compartilhamento de conhecimentos prévios interessantes às aprendizagens em expectativa no capítulo, bem como a estabelecer relações com as aprendizagens que foram incentivadas no capítulo anterior.



p. 155

Conversa afinada

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1 Resposta pessoal. Professor: procure incentivar os alunos a manifestarem o que sentiram diante das expressões de cada ator e da máscara grega. Com o apoio da lousa, componha a lista coletivamente, aproveitando para chamar a atenção da turma para as coincidências e diferentes reações diante dos textos visuais.

2. a) Espera-se que os alunos percebam que, nas cenas ligadas à tragédia, havia um predomínio de cores neutras e escuras; já nos figurinos dessas cenas predomina o colorido e o uso de cores quentes.

b) Os figurinos das tragédias não ajudavam a sugerir quem eram as personagens, ao passo que, nos deste capítulo, há maior preocupação com a caracterização. Assim, é possível identificar na cena de Lisístrata a representação de mulheres gregas graças ao estilo de roupas e às sandálias. Na cena de Auto da Compadecida, os figurinos dão identidade visual às personagens Diabo e Compadecida (Nossa Senhora).

c) Espera-se que os alunos percebam que, nas cenas das tragédias, predominam sugestões de rostos tristes, com olhares baixos; já nas cenas deste capítulo, há predomínio de sugestões de alegria, com rostos erguidos e bem expressivos.

3. Resposta pessoal. Professor: como no capítulo anterior, aproveite essa questão para retomar o que os alunos sabem sobre os elementos típicos do teatro — interpretação do texto pela voz dos atores, o uso de efeitos sonoros (sonoplastia) e a iluminação — e incentive-os a inferir como devem ter sido explorados esses elementos para a sugestão de efeitos cômicos. Caso considere oportuno, você pode sugerir que os alunos confiram depois as hipóteses levantadas, assistindo a trechos dessas encenações disponíveis na internet. Outra alternativa seria fazer isso em conjunto, seja na sala de aula (nesse caso, você precisaria pesquisar e providenciar previamente cópias dos trechos) ou no laboratório de informática, em pesquisa conjunta, com sua mediação.

Página 440

4. Resposta pessoal. Professor: incentive os alunos a compartilharem seus conhecimentos prévios, questionando se alguém assistiu a essas ou outras encenações, se leram as peças, se ouviram falar delas por outras pessoas ou pela imprensa. Caso sejam poucos os conhecimentos, procure ajudar os alunos a produzirem hipóteses a partir do que podem observar nas cenas: a presença de mulheres gregas comemorando algo em O musical da greve (que relações pode haver entre essa cena e o título do espetáculo?); o destaque de um homem com capa vermelha carregando uma mulher com roupas festivas (que relações podem existir entre eles?); e, por fim, o destaque de uma mulher vestida como santa e um homem caracterizado como diabo, em Auto da Compadecida (questione o que essas personagens representam na esfera religiosa).

p. 159

Conversa afinada

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. Indicar tons e sentidos para as falas e os acontecimentos que serão encenados. Professor: aproveite para relembrar possíveis funções das rubricas: dar dicas para a encenação, orientando, por exemplo, o que seria interessante para o cenário, para o figurino, para os gestos dos atores, para o tom e intenções de sentido das falas, como é o caso nessa peça.

2. Espera-se que os alunos percebam que para contê-lo, pois, repetindo a visão geral grega sobre o papel das mulheres na sociedade, ele defende que as mulheres não devem se envolver em assuntos políticos e demonstra irritação até mesmo por ter que ouvir as ideias delas.

3. Ela o vestiu de roupas tipicamente femininas (vestido cor-de-rosa e laço de fita), deu-lhe um cesto com material para bordar e lhe disse que a guerra seria, a partir daquele momento, assunto de mulheres.

4. Professor: talvez essa questão exija mais mediação. Se necessário, ajude os alunos a perceberem que Lisístrata não trata a costura e o bordado como coisas sem importância, muito pelo contrário; ela aproveita os conhecimentos que tem dessas artes manuais para fazer analogias com os problemas políticos: desfazer o nó, o enrosco da guerra; diminuir o número de homens nos cargos públicos (não colocar vários fios de linha em um único buraco); juntar os “fios”, isto é, os homens que ocupam cargos públicos, para ter um tecido, uma roupa, isto é, um Estado, que proteja o povo.

5. Menosprezou os argumentos dela, fazendo da conversa ocasião para se autopromover. Professor: caso seja necessário, ajude os alunos a perceberem que a personagem não demonstra em momento algum ser sensível à argumentação de Lisístrata. Pelo contrário, contra-argumenta, dizendo que envelhecer também era uma condição dos homens e fazendo do assunto oportunidade para se insinuar como ainda era um bom parceiro para as mulheres.

6. Resposta pessoal. Professor: se necessário, ajude os alunos a observarem como o texto brinca com a questão do sexo de modo bastante inovador, fazendo dele porta de entrada para a compreensão de aspectos da sociedade grega e seus costumes. Assim, por exemplo, o papel de submissão da mulher e sua exclusão da política são colocados em questão pelo texto. Do mesmo modo, fragilidades de certo período da democracia grega, como o excesso de pessoas ocupando cargos públicos, são colocadas em foco pelo texto.

p. 161

Conversa afinada

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. Professor: incentive os alunos a conferirem em dicionários a indicação de sentidos dessa palavra. Importa que percebam que, em seu sentido literal, a palavra denota “aquele que possui títulos de nobreza, herdados de seus antepassados ou concedidos pelo rei; nobre, aristocrata”. Já em sentido figurado, ela pode significar “quem age com arrogância e pretensão, que ou quem é pretensioso, soberbo”, conforme o Dicionário Houaiss.

2. Resposta pessoal.

3. Resposta pessoal.

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p. 167-168

Provocações

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. a) Na linguagem dos pescadores, a maré é o movimento das águas que pode ser bom ou mau para a pesca.

b) Resposta pessoal. Professor: acolha as colocações dos alunos e, se necessário, ajude-os a perceber que, por analogia, o Diabo sugere que ele e seu companheiro “pescarão” muitos homens para a barca do Inferno.

2. a) Resposta pessoal. Professor: acolha as interpretações dos alunos e avalie em conjunto se são “autorizadas pelo texto”. Caso haja necessidade, ajude-os a perceber que esses elementos cênicos sugerem um fidalgo prepotente, que gosta de ostentar poder, ao exibir seu pajem carregando seu manto. Pode ainda conotar vaidade, com a insinuação de que a roupa, de tão preciosa, não pode arrastar no chão.

b) Resposta pessoal. Professor: essa questão talvez exija mais mediação. Ela oportuniza que os alunos estabeleçam relações entre os textos de diferentes temporalidades e percebam, dentro de suas especificidades, o uso de um mesmo elemento cênico: a cadeira. Assim como em Gota d’água, o uso da cadeira nessa cena de Auto da barca do Inferno sugere relação de poder: nela se senta quem “nasceu” para mandar.

3. a) Com arrogância pela aparência do barco e certeza de que não iria nele.

b) “Isso parece um cortiço”; “E passageiros achais para tal embarcação?”.

c) O Diabo abalou o Fidalgo, ao dizer que rezas encomendadas não valeriam para livrá-lo do inferno e que a vida de privilégios já o havia condenado, como também havia acontecido com o pai do Fidalgo.

d) Professor: caso seja necessário, ajude os alunos a perceberem como o texto sugere um diabo que se diverte com a condenação do fidalgo e sua inútil tentativa de resistir.

Mostre como, desde o começo, o Diabo é irônico ao fingir que se espanta em ver o Fidalgo ali ou como manifesta explicitamente o deboche pelo argumento das rezas encomendadas (“Quem reze sempre por ti? Hi, hi, hi, hi, hi, hi, hi.”).



4. a) Indiferença.

b) Resposta pessoal. Professor: caso seja necessário, ajude os alunos a perceberem a rubrica “(o anjo não responde”), que insinua a indiferença pela chegada do nobre. Aproveite para comentar como a exploração do silêncio pode ser bastante significativa em uma encenação, especialmente nessa cena em que o silêncio do Anjo contrasta com os gritos do nobre, querendo embarcar.

c) Professor: caso seja necessário, ajude os alunos a perceberem como o Anjo ironiza a roupa e a cadeira usadas pelo nobre, indicando a barca do Inferno como mais espaçosa para elas. Importa que eles percebam que, com essa crítica, o Anjo, na verdade, faz alusão à prepotência, ostentação, arrogância, entre outras características negativas tipificadas no nobre.

5. Resposta pessoal. Professor: acolha as hipóteses dos alunos e promova com eles a avaliação diante do que o texto “autoriza”. Caso seja necessário, aponte hipóteses, como: após descobrir que o Inferno existe, ele quer avisá-la para que ela não se mate por ele, o que a conduziria ao Inferno também.

• Contando-lhe que ela já estava com outro homem.



6. Professor: se necessário, ajude os alunos a observarem como, na medida em que todas as crenças do Fidalgo foram se revelando falsas e outras “verdades” (na perspectiva do catolicismo português que ecoa no texto) foram surgindo, ele abandonou a prepotência e a ironia com que se dirigia ao Diabo e adotou uma postura de conformismo.

• Professor: se necessário, ajude os alunos a observarem a coerência entre o texto verbal e os elementos indicados; como esses elementos cênicos podiam significar arrogância, ostentação, prepotência, etc. por parte do Fidalgo, não faria sentido que eles continuassem em cena, dentro do barco, depois de o Fidalgo ter tomado consciência desses erros e da condenação por eles.



Página 442

p. 171

Conversa afinada

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. Espera-se que os alunos percebam que, no texto 1, a história é narrada em versos de sete sílabas e, no texto 2, em prosa. Professor: aproveite para relembrar como o uso dos versos de sete sílabas (redondilha maior) é bastante recorrente na literatura de cordel.

2. Resposta pessoal. Professor: acolha as propostas dos alunos e promova a avaliação conjunta delas. Caso haja necessidade, ajude-os a perceberem como ambas as personagens são dissimuladas, mentirosas e procuram agir em função da diversão e do benefício próprios, prejudicando terceiros.

3. Resposta pessoal. Professor: essa questão visa incentivar que os alunos façam apreciações éticas dos comportamentos das personagens; para isso permita que eles expressem seus pontos de vista e incentive-os a discutirem com justificativas as diferentes opiniões que surgirem.

p. 176

Provocações

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. Espera-se que os alunos percebam que também em João Grilo de Auto da Compadecida há o gosto pela mentira e pela dissimulação.

2. A de que o cachorro a ser bento pertencia ao major Antônio Moraes.

a) Ele queria ajudar o amigo Chicó a cumprir as ordens do patrão, o padeiro, e, ao mesmo tempo, “pregar uma peça” no padre, por não “ir com a cara” dele.

b) A chegada do major Antônio Moraes, que é um homem poderoso e que, certamente, puniria João Grilo pela mentira.

c) Mente novamente, dizendo a Antônio de Moraes que o padre estava louco.

3. Foi usada a ambiguidade, pois o padre diz coisas que podem ter para o leitor/espectador um duplo sentido. Espera-se que os alunos percebam que, enquanto fala, o padre faz referência a um cachorro e a uma cachorra, já o major imagina que o padre faz referências a seu filho e à sua esposa. Para o leitor/espectador cabem ambos os sentidos, uma vez que ele já sabe como João Grilo enredou o padre e o major, causando confusão entre os dois.

4. A fala é dirigida ao padre e muito provavelmente tem por intenção dar a esse interlocutor a dimensão da importância do major, cujos sobrenomes conotam poder, tradição e privilégios de certas famílias, desde o período colonial.

5. Professor: essa questão talvez exija mais de sua mediação. Se necessário, ajude os alunos a observarem que se trata de expressão vinda do período colonial brasileiro, quando a Igreja Católica tinha forte influência na política e nos costumes sociais. O uso dela pelo major ajuda a reforçar a imagem dessa personagem como herdeiro dos costumes e valores coloniais. Além disso, concorre para os efeitos de humor, na medida em que ela tanto pode ter um sentido literal (o major vai mesmo reclamar do padre ao bispo) como conotar que Antônio Moraes se sentiu desrespeitado e desprezado pelo padre.

6. Resposta pessoal. Professor: se necessário, ajude os alunos a perceberem que, na peça, as trapalhadas de João Grilo são feitas por gosto, como acontece com os protagonistas do cordel e do conto popular. Entretanto, parece haver uma conotação de protesto e vingança, na medida em que os terceiros prejudicados também têm atitudes incorretas: o padre que muda de opinião pela influência do poder, o major que se vale da força e do poder para se impor. Assim, ficam relativizadas as trapalhadas de João Grilo diante de atitudes e valores igualmente condenáveis.

7. Resposta pessoal. Professor: aproveite a questão para promover entre os alunos a reflexão crítica sobre comportamentos afins a esses, amplamente divulgados em noticiários.

p. 177-179

Oficina literária

A atividade seguinte visa permitir que os alunos aprofundem a experimentação das linguagens e dos recursos envolvidos no teatro. Ela tem um ca-



Página 443

ráter de culminância, tanto em relação ao que foi processualmente construído ao longo da coleção, como, especialmente, em relação às atividades oportunizadas no capítulo anterior. Importa, pois, que as produções tenham um público extraclasse, para que alcancem um sentido de comunicação artística, aproximando essa prática escolar das que ocorrem na esfera artística. Para isso, defina o que é mais adequado ao seu contexto escolar: apresentação para outras salas ou para a comunidade. Caso não haja na escola um espaço próprio para encenações teatrais ou a possibilidade de adequar algum (pátio, quadra), seria interessante tentar o uso de algum espaço pertencente a outras instituições próximas à escola. Quanto ao trabalho com a turma, você precisará organizá-la em grupos de trabalho. Dado que a produção engloba muitas frentes de trabalho (cenário, sonoplastia, figurino, interpretação), seria mais interessante contar com poucos grupos de trabalho (três no máximo). Se julgar mais interessante, você pode, ainda, trabalhar com a sala toda na encenação de um único texto, subdividida em grupos por frentes de trabalho. Negocie com eles qual ou quais dos textos estudados serão encenados. Para tornar o processo mais colaborativo, você pode fazer nessa etapa um debate para tomada conjunta de decisões (a esse respeito veja o livro 8). Para a organização do tempo escolar, convém pensar em atividades a serem feitas nos espaços escolares (sala de aula, biblioteca, pátio, quadra, anfiteatro), tanto em aulas suas como, se possível, também em outras disciplinas que possam apoiar a produção (Artes, Educação Física). Essa articulação seria muito interessante, tanto por tornar a mediação pedagógica mais plural e mais rica, na medida em que cada professor trará contribuições mais específicas de sua área, como por condensar a atividade em menos tempo, por poder contar com aulas dos diferentes componentes no cronograma. Além disso, pese a possibilidade de pedir que os alunos trabalhem também fora da escola, mas, nesse caso, procure pedir previamente o apoio e o envolvimento dos pais ou responsáveis.



Caderno de Estudos de língua e linguagem

p. 180

UNIDADE 1

Língua e linguagem

Abertura da unidade

Consulte os textos complementares, no final deste Manual. Eles poderão lhe fornecer subsídios teóricos, metodológicos ou temáticos para o trabalho com esta Unidade.

O objetivo das aberturas de unidades é introduzir os objetos de estudo selecionados e diagnosticar o que os alunos já conseguem pensar a respeito, compartilhando seus saberes e suas hipóteses, de modo a criar um ambiente de colaboração para a construção de sentidos e conhecimentos. Sugerimos que solicite aos alunos a reserva de um caderno ou de uma parte dele para o registro das discussões orais que serão sempre propostas ao longo dos capítulos.

Nesta unidade, serão estudados os processos de formação e significação das palavras do léxico da nossa língua. Também daremos continuidade ao estudo de outros recursos expressivos (figuras de linguagens) na produção de diferentes efeitos de sentido em nossos discursos.

Na abertura da unidade, propomos a observação de uma capa de livro, cujo título apresenta uma palavra criada pelo escritor Mia Couto, por meio do processo de composição por aglutinação. Os alunos vão observar e discutir a composição da palavra abensonhadas (que pode ser considerada um neologismo) e o seu significado como resultado dessa composição. Também vão discutir o poema concreto “Rever”, de Augusto

Página 444

de Campos, procurando reconhecer o prefixo re- como o elemento mórfico que se juntou à palavra primitiva e que contribuiu para ressignificar a palavra ver.

Por meio dessas reflexões iniciais, esperamos que os alunos comecem a observar a palavra como uma unidade de sentido formada por “partes” significativas (os elementos mórficos), que se tornam importantes mecanismos produtivos e criativos da língua, permitindo a formação e ressignificação contínuas das palavras que compõem ou passarão a compor o nosso léxico.

Ao explorar a capa do livro de Mia Couto, aproveite para falar um pouco desse escritor moçambicano, inventivo com a linguagem desde o título do livro. Antecipe aos alunos que eles verão trechos dessa obra, os quais serão um bom exemplo da inventividade do autor com as palavras.



p. 183

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. a) Espera-se que os alunos digam que se trata de um livro de contos literários.

b) Provavelmente, os alunos identificarão mais facilmente a palavra sonhadas. Ajude-os a perceber a outra palavra: abençoadas.

c) Resposta pessoal. Professor: proponha um exercício de elaboração coletiva aos alunos, com você como o escriba. Lembre-os do modo como os verbetes de dicionário são escritos. Se necessário, consulte com eles um dicionário. Sugestão: Abensonhado. Adjetivo 1. Aquele que é abençoado em sonho. 2. Algo com que se sonha ou deseja e que se considera uma benção.

d) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos considerem em suas respostas a ideia de histórias consideradas abençoadas e sonhadas. As respostas podem variar, mas devem considerar o caráter positivo atribuído às histórias, uma vez que os sonhos têm conotação positiva e algo que é abençoado, também.

e) Resposta pessoal. O objetivo desta questão é que os alunos comecem a refletir e levantar hipóteses sobre o que nos leva a criar novas palavras ou novos sentidos para palavras que já existem. Este tipo de questão será recorrente ao longo das discussões propostas nesta unidade.

f) Resposta pessoal. Professor: auxilie os alunos a pensar em outras palavras que tenham sido formadas por composição. Neste momento do estudo, não recomendamos fazer distinção entre a composição por aglutinação (como em abensonhado) e a composição por justaposição. Portanto, poderão ser citadas palavras compostas das duas maneiras: pé de moleque, girassol, guarda-chuva, pernilongo, pernalta, aguardente.

2. a) Uma única palavra: rever.

b) Significa “ver outra vez” ou “voltar a ver” ou “ver de novo”. Professor: aceitar outros significados possíveis dentre os dicionarizados.

c) Auxilie os alunos na observação da maneira como o poeta organizou a palavra, de modo que a escrita sinalizasse o sentido que a palavra tem: rever é “ver de novo” e, ao usar as letras finais ao contrário (escrita espelhada), leva-se o leitor a ter de “re-ver” a palavra ao relê-la. Você também poderá chamar a atenção dos alunos para o fato de que esse modo de escrever a palavra destaca o prefixo re-, que pode ser identificado no início e no começo da palavra, uma vez que se trata de um palíndromo — uma palavra que se pode ler da esquerda para a direita e vice-versa.

d) Da palavra ver.

e) Espera-se que os alunos identifiquem o prefixo re-. Professor: neste momento não é fundamental que o aluno identifique essa partícula como um prefixo. Isso será objeto de estudo na unidade.

f) Resposta pessoal. Professor: procure explorar com os alunos os diferentes significados que pode ter o prefixo re-. Por exemplo: o sentido de repetição em refazer, reescrever ou reconquistar; o sentido de oposição, rejeição ou repulsa em reagir ou relutar; ou o sentido de intensificação ou reforço em realçar e redobrar (esta última, dependendo do contexto de uso, também poderá ter o sentido de repetição).

Página 445

p. 184-185

Capítulo 1: Formação e significação de palavras na nossa língua

Língua e palavra

Converse com a turma

1. A linguagem verbal (a língua).

2. Por meio dele, construímos sentidos e apreendemos o mundo.

3. É formado por palavras que se combinam em frases, formam enunciados de acordo com determinadas regras.

p. 185-186

Palavra e significação

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

Sugerimos que a sequência desses exercícios reflexivos seja feita em dois momentos. Primeiramente, em pequenos grupos — momento em que você poderá circular entre eles e mediar ou diagnosticar possíveis dificuldades. Oriente os grupos a discutirem apenas até o final da questão 2.



Posteriormente, você poderá reorganizar a sala para um trabalho coletivo, de modo que todos compartilhem suas reflexões. E, para finalizar, leia com eles o boxe de sistematização “As palavras e suas partículas significativas” — que retoma o que foi discutido e conceitua morfemas.

1. a) Podemos formar as palavras: guarda-roupa, guarda-comida, guarda-chuva, passatempo.

b) Espera-se que os alunos percebam que os significados dessas novas palavras têm relação com os significados delas isoladas: em guarda-comida, por exemplo, conseguimos inferir que se refere a um objeto ou a um lugar em que se podem manter protegidos os alimentos, porque os significados das palavras guarda e comida possibilitam essa inferência; em passatempo, é possível inferir que se trata de algo para passar o tempo, e assim por diante.

2. a) Pé de cabra: tipo de ferramenta de metal, em formato de alavanca, que possui uma das extremidades semelhante a um pé de cabra. Pé de moleque: doce típico da culinária brasileira feito de amendoim torrado com rapadura. Girassol: designação comum às plantas cuja flor se volta para o Sol.

b) Tem alguma relação de semelhança (sentido figurado) com a forma ou característica do objeto que nomeiam ou designam. Professor: sugerimos que discuta o sentido de cada afirmação apresentada nesta questão, de modo que os alunos percebam que, em pé de cabra, temos uma relação de semelhança: o objeto tem forma semelhante ao pé de uma cabra; em pé de moleque, diz-se que a superfície irregular do doce lembraria o pé de um moleque; em girassol, temos uma relação de semelhança do movimento da flor com a trajetória do Sol, do nascente ao poente. Proponha que pensem na relação de semelhança que pode haver entre os objetos e as palavras nestes outros casos: mão de vaca, cachorro-quente; as plantas boca-de-leão, espada-de-são-jorge; os pássaros bem-te-vi e joão-de-barro.

3. I. Espera-se que os alunos identifiquem que uma parte da grafia sempre se repete (-form-) e que todas as palavras têm algo em comum quanto ao significado.

II. Espera-se que os alunos identifiquem as diferentes partículas que se juntam ao radical form-: -ou, -ei, de- e -ado, con- e -es. Cada uma dessas formações indica diferenças no significado ou na “informação” que a palavra carrega.

p. 187

Os empréstimos (estrangeirismos)

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. Calvin quer brincar com a mãe, fazendo-se passar por um computador, mas a mãe o chama à realidade, ordenando que ele arrume seu quarto.

2. a) São: delete, que significa “apagar”, “suprimir”; e reinicializou, que significa que o computador foi desligado para voltar a ser ligado.

b) Ambas são de origem da língua inglesa: delete e initialize.

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Professor: para este exercício, será necessário um dicionário que traga informações sobre a etimologia das palavras. Oriente os alunos na consulta, chamando sua atenção para a localização dessas informações. Como se trata de verbos, eles deverão buscar a forma no infinitivo (deletar e reinicializar). Ao procurarem a etimologia da palavra reinicializar, poderão observar que o verbete traz os elementos mórficos da palavra (re- + inicializar), mas talvez não a língua de origem. Neste caso, oriente-os a verificar o verbete da palavra primitiva (o verbo sem o prefixo) — inicializar — que, neste caso, também trará informações a respeito dos elementos mórficos (iniciar + -izar) e informará que esse uso vem da influência da palavra usada em inglês initialize.



c) Resposta pessoal. Sugestões: chat, mouse, download, software, e-mail, etc.

d) Resposta pessoal. Espera-se que, entre as hipóteses levantadas, os alunos considerem o fato de que a tecnologia da informação (informática) vem especialmente dos Estados Unidos — país que tem o inglês como idioma oficial. É natural que palavras como essas sejam incorporadas ao nosso léxico se passamos a consumir produtos criados por outros países, em outras línguas. Professor: durante a discussão desta questão, aproveite para perguntar-lhes se acham que essa “incorporação” de palavras estrangeiras só acontece na nossa língua, de modo que eles possam considerar esse fenômeno como algo natural na história de qualquer língua.

e) Para deletar, poderíamos usar “apagar” e para reinicializar poderíamos usar “reiniciar” ou “iniciar de novo”.

3. Calvin quis dizer que sua mãe o tirou da brincadeira, do mundo da fantasia, e o mandou de volta ao quarto. Professor: considere a possibilidade de conversar com seus alunos sobre o uso do verbo reinicializar no sentido figurado, o que quer dizer que a palavra foi usada fora de seu contexto habitual — que é o da informática. Como eles já estudaram e voltarão a observar nas próximas discussões, a palavra assume um caráter polissêmico pelo uso inusitado que se faz dela.

p. 187

Palavras estrangeiras aportuguesadas

Neste boxe, que traz os elementos mórficos, optamos por não apresentar os morfemas vogal temática e tema, neste momento, por entendermos que se trata de um detalhamento que nada acrescenta aos alunos, tendo em vista os objetivos definidos para esta unidade. Entretanto, caso considere importante, você poderá acrescentá-los à lista das partículas.



Vogal temática: as vogais temáticas ligam o radical às desinências. Há vogais temáticas nominais (-a-, -o-, -e-) e verbais (-a-, -e-, -i-). No caso das vogais temáticas verbais, estas indicam a que conjugação o verbo pertence: à primeira (-a-), à segunda (-e-) ou à terceira (-i-),

Tema: o tema constitui-se do radical + vogal temática.

p. 188

Neologismos — os novos significados e as novas palavras

Para esta sequência de exercícios, estamos propondo a observação de palavras da língua portuguesa que geram outras palavras (pelo processo de derivação imprópria) e do processo metafórico que atribui outros sentidos às palavras (polissemia). Nesta sequência, chamaremos a atenção para dois vocábulos: brisar, no primeiro texto; e infoxicação, no segundo.

No trabalho com o texto 1 (item d da questão 2), sugerimos que, primeiramente, considere os sentidos que os alunos já conseguem atribuir ao verbo brisar. Novamente enfatizamos que, dependendo da região e do grau de familiaridade com o meio digital, é possível que o aluno não tenha conhecimento do sentido da palavra tal como aparece no texto 1. Neste caso, ajude-os a pensar no sentido do verbo, considerando os significados do substantivo de origem — brisa. Posteriormente, você poderá propor que procurem em alguns dicionários informais (válidos para consultas informais, mas pouco confiáveis para consultas em que é preciso garantir a precisão técnica ou científica) disponíveis na internet. Eis alguns dos que apresentam o verbete brisar: Dicionárioweb

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