Português 8º ano



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partícula apassivadora, e o verbo deverá concordar com o sujeito, como na frase “Alugam-se casas”.

Sugestão para o professor

Para ler

• FRANCHI, C.; NEGRÃO, E.; VIOTTI, E. Sobre a gramática das orações impessoais com Ter/Haver. Delta, 14, Edição Especial, 1998, p. 105-131.
Em um estudo sobre o português oral brasileiro, os autores concluem que as sentenças nas quais se empregam os verbos ter e haver não constituem uma subclasse das sentenças com verbos ergativos (verbos com a 3ª pessoa não marcada) e sujeito posposto.

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Na atividade 1, trabalhe com a leitura e a interpretação do não verbal, explorando aspectos metafóricos da imagem, estabelecendo relação entre os elementos apresentados (mamadeira e formigas) e aqueles a que remetem separadamente (bebê, alimento de tamanduá).

• Chame a atenção dos alunos para o aspecto afetivo da propaganda, ao adotar os vocábulos papai e mamãe, associados à imagem da mamadeira.

• Na questão 1e, convém lembrar que, no plano do texto, nem sempre a terceira pessoa do plural no início de uma frase pode ser tratada como indeterminação de sujeito; é preciso considerar as informações dadas anteriormente.

• Na questão 2, comente com os alunos que, em termos discursivos, é diferente explicitar o sujeito ou indeterminá-lo, pois essa atitude revela intencionalidades do autor.

• Na atividade 2a, é possível que alguns alunos respondam: “Cobram-se multas atrasadas” ou “Multas atrasadas são cobradas”. Explique que nas duas construções a frase foi passada para a voz passiva (a primeira, na forma sintética; a segunda, na analítica), e em ambos os casos o sujeito do verbo ser, embora não seja agente da ação, é multas atrasadas. Para o caso de algum aluno sugerir a formulação “Cobrança de multas”, deixe claro que essa é uma frase nominal, portanto sem sujeito.

No item 4b, chame a atenção dos alunos para a intencionalidade do uso da língua: a omissão de um termo (no caso, o sujeito da ação, as pessoas) implica o destaque de outro (no caso, a ação, representada pelo verbo trabalhar).

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• Na questão 1, observe que o provável sujeito da oração expressa pode ser recuperado pelo conhecimento de mundo, embora nem sempre seja identificado com precisão.

• Na tira da Mafalda (atividade 2), observe que a utilização do sujeito indeterminado e, depois, do plural “Malditos burocratas!” sugere que a menina está avaliando o sistema de ensino como um todo, e não um professor em particular.

• Dê destaque ao boxe Anote, chamando a atenção dos alunos para os efeitos de sentido que determinadas escolhas gramaticais implicam na enunciação. O uso efetivo da língua não é somente uma questão de regras, mas também de estratégias.



Sugestão para o professor

Para ler

• DUARTE, M. E. Do pronome nulo ao pronome pleno: a trajetória do sujeito no português do Brasil. In: ROBERTS, I.; KATO, M. (Org.). Português brasileiro: uma viagem diacrônica. Campinas: Ed. da Unicamp, 1993.
Esse texto traz um estudo diacrônico do emprego de sujeitos indeterminados, incluindo a adoção do a gente e do você como sujeitos empregados na língua.
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O gênero

Um dos elementos característicos da narrativa de terror é o suspense, ou seja, um misto de incerteza, de intensa expectativa perante a iminência de acontecimentos, notícias, decisões, desenlaces ou revelações considerados de extrema importância. O suspense pode ser construído de várias formas: pela caracterização de personagem, pela ação e pelo ritmo com que se desenrola a narrativa, seja com relação ao desenvolvimento da ação (quando tal fato ocorrerá), seja com relação ao desfecho da história, pela expectativa que provoca no leitor.



O autor

O norte-americano Edgar Allan Poe (1809-1849) escreveu contos, novelas e poemas que agradavam, e ainda agradam, ao público. O terror e o mistério que permeiam suas obras provêm muito mais da mente das personagens do que de fatores externos. Além de histórias de terror, escreveu contos policiais, cujos crimes eram desvendados por raciocínio dedutivo, como fazia o detetive Sherlock Holmes, de Conan Doyle.



O texto

Narrado em primeira pessoa, cria o mistério e o suspense com base nas impressões do observador acerca do ambiente do castelo em que passa a noite e do retrato perfeito e quase vivo de uma jovem.



Antes de ler

• Defina objetivos de leitura, e, após comentar avida e obra do autor, peça aos alunos que levantem hipóteses de leitura.

• Chame a atenção deles para o título, perguntando-lhes quais motivos teriam levado o autor a escolhê-lo para a trama. Resgate isso após a leitura.

• Solicite aos alunos que façam uma leitura silenciosa e atenta, procurando captar as sensações do narrador a cada passo dado.



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Durante a leitura

• Peça aos alunos que deem suas impressões sobre o ponto de vista do narrador e a atitude do pintor, e que sentimento tiveram, como leitores, em relação aos fatos narrados e à condução da narrativa.

• Destaque a questão do tempo e do espaço da narrativa, e o fato de o ambiente ser uma região da Itália, em um tempo remoto e aparentemente não identificado, recurso empregado nas narrativas do século XIX para distanciar o leitor dos fatos, tornando-os mais sublimes e dando-lhes uma aura de mistério.

• Questione os alunos sobre as menções intertextuais que aparecem no texto (Radcliffe e Sully). Por que o autor teria recorrido a essas referências literárias? Fale um pouco sobre intertextualidade, quando o autor cita outros autores em sua produção literária.



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Vale a pena destacar

• Uma das características das histórias de suspense e de mistério é o fato de o narrador se reportar a lugares distantes e a tempos remotos, mesmo que seja para tratar de acontecimentos ainda contemporâneos e a temas universais. Esse afastamento cria um efeito da contemplação do sublime no leitor. O perigo e o temor se presentificam aos seus olhos, mas estão distantes pela ambientação da história. Portanto, para o leitor, a reação de medo acontece, mas não é real.



Depois de ler

• Chame a atenção para a existência de uma história dentro da outra: a narrativa apresenta dois tempos distintos. Isso constitui um tipo especial de metalinguagem. A segunda narrativa distancia o leitor ainda mais no tempo.

• Note que pouco se sabe sobre o narrador, pois o que importa não é sua biografia, mas as sensações que ele tem ao deparar com o mistério que o atormenta ao longo do que vai narrar.

• Retome as impressões do narrador no decorrer da narrativa, mostrando como Poe constrói o suspense. Explique-lhes que Poe acredita que o suspense se faz por meio da condução do leitor que, muito lentamente, segue o narrador (por isso em primeira pessoa), acompanhando simultaneamente sua angústia, seu temor e sua apreensão diante de um fato novo e inusitado.

• Discuta com os alunos a sequência narrativa, realizando um levantamento das suas partes constitutivas: situação inicial, complicação, ações e resolução, desfecho.

Atividades de ampliação

• O conto “O retrato oval” pode ser ilustrado. Peça aos alunos que identifiquem os trechos mais significativos da narrativa e façam uma ilustração da cena.

• Os alunos podem expor seus trabalhos em um mural e comparar as diversas visões que um leitor pode ter da mesma cena.

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• Ao abordar a questão 1, comente com os alunos que a primeira história funciona como uma preparação para os acontecimentos que serão apresentados em seguida. Ela contém elementos que geram expectativa no leitor, ou seja, criam suspense. Ao mesmo tempo, ao estabelecer um clima fantasmagórico, contribui para tornar verossímil a história do retrato.

• Com os alunos, na atividade 4, observe a transferência da vida real (a da moça) para a vida virtual
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(o retrato). O modo como esse fato é narrado apresenta uma surpresa para o leitor, mas é coerente dentro do enredo do conto de terror.

• Na atividade 5a, oriente os alunos a observar que o narrador compõe o suspense a partir da visão da ambientação para depois apresentar o plano das sensações internas no narrador. Enfim, tudo ajuda a compor o cenário que predispõe o leitor a criar a expectativa de que algo terrível vai acontecer.

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• Na atividade 7, mostre aos alunos que a perfeição do retrato corrobora o fato revelado no final: a transferência da vida da moça para a tela.

• Convém lembrar que a verossimilhança interna é o que confere coerência à narrativa, mesmo que esta trate de fatos sobrenaturais.

Atividades de ampliação

• Pergunte aos alunos sobre as características comuns aos filmes de terror. Provavelmente, eles citarão fantasmas, criaturas assustadoras, com momentos de suspense.

• Ao comparar o texto de Edgar Allan Poe com os filmes mais comerciais de terror, destaque o modo como Poe constrói o suspense de modo mais psicológico e sutil. O suspense de suas histórias é dado mais pelo clima da narrativa do que propriamente pelos acontecimentos.

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• Retome as definições dos contos de enigma e de terror e suas características para auxiliar os alunos nas questões de Comparação entre os textos. Evidencie as semelhanças e as diferenças entre ambos os gêneros.

• Verifique em que medida os alunos compreenderam as semelhanças e as diferenças. Faça um exercício oral recapitulando os tipos de narrador e seu envolvimento com a trama, os papéis das personagens, o tempo da narrativa e o espaço em que as ações se desenrolam.

• Na questão 2, chame a atenção para a diferença na caracterização das personagens. Nos contos de terror, sabe-se pouco sobre elas; já nos contos de enigma os detalhes levam à resolução da investigação.

• Na questão 3, explique que a caracterização do espaço também é importante nos contos de enigma: por meio dela o autor fornece importantes informações.

• Na questão 1, em Sua opinião, uma explicação para a popularidade das narrativas que provocam medo e têm mistério é o fato de o leitor gostar de sentir a emoção provocada por situações de perigo, sem viver as consequências reais.



Boxe de valores

Estimule os alunos a observar de que maneira a Arte se relaciona com a vida cotidiana. Ajude-os a perceber que as manifestações artísticas podem refletir o mundo e até transformá-lo.



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Orientações para a produção de texto

• É relativamente comum os alunos dessa faixa etária ficarem demasiadamente preocupados com o enredo e se ater mais a dados factuais do que às emoções e ao próprio medo do narrador. Como mostra o conto de Poe, a narração fica mais instigante quando o leitor é conduzido vagarosamente para o mistério e para as revelações sombrias. Comente que as emoções das personagens são ingredientes tão importantes quanto a trama da história.



Aquecimento

• O espaço é um elemento importante para a criação do suspense de uma narrativa. Nos contos de terror, muitas vezes, a descrição do lugar onde ocorrem os fatos é um recurso que aproxima o leitor do clima vivido pela personagem.

• Converse com os alunos sobre o uso dos adjetivos e das locuções adjetivas para a construção da descrição do cenário adequado. Um ambiente soturno, com pouca luminosidade, com sons estranhos, por exemplo, pode contribuir para a criação do suspense.

Proposta

• O espelho servirá para provocar epifania, ou seja, uma descoberta. Peça aos alunos que imaginem o cenário em que esse espelho estaria, por exemplo, em ambientes sinistros, isto é, que causem medo, como castelos, casas abandonadas. Isso lhes servirá de motivação para a criação do enredo.

• Chame a atenção dos alunos para as possibilidades que um espelho oferece para a criação de um clima de mistério. Os espelhos são cercados de misticismo; são, por exemplo, utilizados em rituais pagãos.

• É importante lembrar aos alunos que, embora o texto de Edgar Allan Poe seja a base para sua produção, eles têm a tarefa de criar novos elementos, e não podem, simplesmente, copiar os que foram utilizados pelo autor.



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Planejamento e elaboração do texto

• Solicite aos alunos que organizem seu texto conforme o esquema dado. Isso vai ajudá-los a ordenar as ideias iniciais e os elementos necessários para a história.

• Certifique-se de que os alunos mantenham a verossimilhança interna, embora tenham livre
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escolha sobre a não correspondência entre a fantasia e a realidade.

• Chame a atenção deles para a necessidade de estimular o leitor por meio de recursos sensoriais que extrapolem a visão e a audição: cheiros, texturas e sabores também ajudam a compor o suspense.

• Ressalte a importância do título do texto: ele pode criar expectativas no leitor ou ajudar na criação do clima desejado.



Avaliação e reescrita do texto

• Sugira aos alunos que escrevam algumas linhas de estímulo ao colega cujo texto avaliaram, apontando aquilo de que mais gostaram na história. Lembre-os que devem fazer críticas construtivas.

• Peça aos alunos que, ao ler a narrativa do colega, observem a questão da verossimilhança, avaliando, de fato, as possibilidades e as contradições que houver, por exemplo: a história se passa à noite, mas aparecem elementos específicos do dia, como sol excessivo, movimento de pessoas na rua, etc. Essas contradições podem tornar a história inverossímil.

Atividades de ampliação

• Comente com os alunos o trabalho cinematográfico do diretor Alfred Hitchcock, um pioneiro do gênero suspense no cinema. Um filme interessante para perceber como o suspense pode ser explorado é Os outros, dirigido por Alejandro Amenábar (EUA, 2001). Um trabalho de leitura de linguagem cinematográfica em sala de aula pode complementar a teoria dos gêneros, pois o cinema também explora a condução das cenas num espaço específico que contribui para a tensão das personagens.

• Outra atividade que pode ser realizada é a leitura com os alunos do conto “O espelho”, de Machado de Assis, mostrando-lhes que a grande descoberta do narrador se dá não pelo sobrenatural, mas pelas imperfeições da própria personalidade.

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Nos dois primeiros quadrinhos, chame a atenção dos alunos para a enumeração das características dos meninos vikings mencionadas pela menina. Destaque o fato de a presença de características apontar para a existência do verbo de ligação.

• Chame a atenção dos alunos para a informação visual da tira: o menino está distraído com a leitura, por isso não está se comportando exatamente como os demais meninos vikings.

• Lembre-se de que a transitividade pode variar conforme o sentido que o verbo assume na frase ou no texto.



Sugestão para o professor

Para ler

• FOLTRAN, M. J. Relações de predicação. In: MÜLLER, Ana Paula et al. (Org.) Semântica formal. São Paulo: Contexto, 2003.
Além de comentar a pouca atenção que se dá para o predicativo na gramática tradicional, a autora estuda de modo geral a predicação, tanto em uma abordagem sintática quanto semântica.

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• Na questão 1d, observe que o verbo brincar está empregado como transitivo indireto, mas poderia ser apenas intransitivo.

• A variação de transitividade de um determinado verbo de acordo com o sentido que se obtém durante seu emprego implica dizer que a simples memorização dessas funções não garante a compreensão do assunto.

• Na questão 2b, o verbo morar, comumente classificado como transitivo indireto, pode ser intransitivo quando expressa a ideia de residir sob determinadas condições, por exemplo, “ele mora precariamente” ou “ele decidiu morar sozinho”.

• Na questão 2c, é importante saber que alguns gramáticos consideram “com ele” um adjunto adverbial de companhia.

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• Na atividade 3, alerte os alunos para o uso coloquial, típico da oralidade, do verbo estar na forma “tá” na resposta de Helga.

• Na atividade 3c, chame a atenção deles para o verbo estar: nem sempre é verbo de ligação, mas pode ser verbo intransitivo quando indicar localização.

• Na questão 4a, explique aos alunos que podem citar tanto expressões quanto vocábulos para exemplificar o conjunto lexical típico dos contos de enigma e que tais vocábulos e expressões são bastante frequentes nas obras de Poe.

• As questões 4b, 4c e 4d oferecem uma boa oportunidade de retomada de conteúdos gramaticais. Explore essa possibilidade com os alunos.

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• Na questão 1, note que o autor usa a oralidade do cotidiano para explorar o aspecto cômico do texto e, assim, possibilita que pensemos também sobre características da modalidade escrita da língua.

• Oriente os alunos a perceber que a oralidade permite a omissão dos referentes porque eles são contextuais (vivências e conhecimentos partilhados) e pragmáticos (situacionais), por isso a comunicação é viável.

• Alerte-os de que o mesmo não funciona na escrita, a não ser no caso do texto dado, que usa dessa


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metalinguagem para explorar o humor. Dê destaque ao boxe Anote.

• Sem entrar na questão da nomenclatura, chame a atenção dos alunos para os dêiticos isso, lá, outras, alguém, etc. A compreensão entre as personagens é possível pelo conhecimento partilhado.

Sugestões para o professor

Para ler

• MARCUSCHI, L. A. Análise da conversação. 6. ed. São Paulo: Ática, 2007.
Nesse livro, o autor aborda questões referentes à fala e à escrita.

• PRETI, D. A língua falada e o diálogo literário. In: PRETI, D. (Org.). Análise de textos orais. São Paulo: FFLCH/USP, 1995.
Ainda acerca da oralidade e da escrita, esse texto aborda essas questões no âmbito do texto literário.

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• Observe que a seção Questões da escrita tem início com uma tira na qual as frases estão na ordem direta, portanto não ocorre emprego da vírgula. Chame a atenção dos alunos para esse princípio, que constitui a regra básica para o emprego da vírgula.

• Retome os conceitos de aposto e vocativo, verificando se os alunos não os confundem. Reforce o emprego da vírgula nesses casos.

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Atividades de ampliação

• Solicite aos alunos que tragam pequenos trechos de notícias de jornal e façam uma análise do emprego da vírgula. Antes disso, porém, apresente-lhes um exemplo de como proceder à análise. Faça-os perceber que, ao pontuar o texto, podemos criar novos sentidos, destacando ou não determinada informação.

• Na atividade da seção Entreletras, solicite aos grupos que organizem, por escrito, as pistas, começando pelas mais difíceis, como dados ou características muito particulares do suspeito.

• Antes de iniciar a atividade desse boxe, fale um pouco sobre o pintor Edvard Munch e o quadro

O grito, de Edvard Munch, pintado em 1893, é um dos quadros que melhor representam o movimento expressionista. Ele apresenta uma figura humana com características individuais indefinidas, que, na realidade, parece transmitir apenas a sensação de medo e de angústia.

• Os expressionistas não estavam preocupados com o belo nem com o real; queriam expressar seus sentimentos, geralmente angustiados, em razão da crise existencial que se abatia sobre a Europa do final do século XIX.



Sugestão para o professor

Para acessar


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