A Questão religiosa
Em 1864, o papa Pio IX proibiu os católicos de fazerem parte da maçonaria. D. Pedro II, porém, não deu seu beneplácito à bula papal, pois ele mantinha relações estreitas com a maçonaria.
Seu pai, D. Pedro I, havia alcançado o posto máximo dessa organização. Já o bispo de Olinda, D. Vital de Oliveira, e o bispo de Belém do Pará, D. Antônio Macedo Costa, optaram por obedecer ao papa e exigiram que as irmandades religiosas expulsassem seus membros maçons.
Reagindo a isso e com base na Constituição brasileira,
D. Pedro II abriu uma ação contra os bispos, que foram julgados e condenados a quatro anos de prisão. Um ano depois, D. Pedro II entrou em acordo com o papa e suspendeu a punição dada aos bispos, que já tinham cumprido um ano de prisão.
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Mas os republicanos aproveitaram-se da Questão religiosa para manchar a imagem do imperador. Por meio de comícios e de jornais, passaram a acusar D. Pedro II de se intrometer em assuntos particulares da Igreja e de não dar liberdade religiosa aos brasileiros. Esse fato contribuiu para enfraquecer a Monarquia. Nos anos 1880, o movimento republicano ganhou força; foram fundadas centenas de clubes e dezenas de jornais republicanos por todo o país; os comícios de Silva Jardim atraíam um número cada vez maior de pessoas. Foi quando a Questão militar acelerou ainda mais o processo que conduziu à República.
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