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Pausa para refletir
Em 2015, o Brasil era o segundo maior produtor mundial de biocombustíveis em geral e também de biodiesel, obtido de óleos e derivados vegetais e animais. Naquele ano, o programa nacional de produção de biodiesel completou onze anos. Embora tenha havido o incentivo inicial à utilização de plantas nativas das regiões mais pobres, com foco na agricultura familiar, nem todas mostraram-se viáveis, como o biodiesel da mamona e do dendê. Atualmente, produtos de culturas de larga escala do Centro-Sul do Brasil, como o óleo de soja e a gordura de origem animal, respondem pela maior parte da produção de biodiesel. Na produção total de biocombustíveis, porém, o etanol obtido da cana-de-açúcar ainda predomina.
A adição obrigatória, desde 2005, de uma porcentagem de biocombustível ao diesel fez crescer a demanda desses produtos e os investimentos no setor. Por outro lado, desde 2006, há no mundo um forte aumento na demanda de alimentos, em especial em países pobres, como Indonésia, Mongólia, Uzbequistão, Egito, Mauritânia, Moçambique, Marrocos, Camarões, México e Argentina. O problema não é apenas humanitário e social, mas político, entre as nações produtoras e exportadoras e seus interesses de maior ganho. Conforme reportagem publicada em 2008:
... o Banco Mundial propôs um tipo de New Dealpara a Política Global de Alimentos, que incluiria a doação de 500 milhões de dólares dos países ricos para transferências, em dinheiro vivo, às populações com fome, além da elaboração de programas para uma maior produção mundial. Porém, tal iniciativa seria emergencial e não toca no problema central. Falta comida e sobra especulação dos mercados financeiros.
PINHEIRO, Márcia; ATHAYDE, Phydia. A revolta dos pobres. CartaCapital, 30 abr. 2008. p. 29.
Considerando o exposto e as informações complementares que você pode pesquisar em veículos impressos ou na internet, responda:
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