1 fronteiras da Globalização 1



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FONTE: CIA. The World Factbook 2015. Disponível em: www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/xx.html. Acesso em: 10 nov. 2015.

Podemos notar também que existe um predomínio de jovens de até 24 anos, embora a média da população mundial seja de 29,6 anos.

LEGENDA: Jovens em aula de dança, no município de Sorocaba (SP), em 2016.

FONTE: Paulo Ochandio/Arquivo da editora

Também podemos perceber que aproximadamente 9 entre 10 pessoas na faixa etária de 10 a 24 anos vivem em países não desenvolvidos, em razão das altas taxas de natalidade e do elevado crescimento populacional que esses países apresentam. Veja o mapa a seguir.

FONTE: Adaptado de: UNITED NATIONS POPULATION FUND (UNFPA). State of World Population 2014. Disponível em: www.unfpa.org/sites/default/files/pub-pdf/EN-SWOP14-Report_FINAL-web.pdf. Acesso em: 10 nov. 2015. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora



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Uma tendência mundial é o aumento da população com mais de 60 anos. Outro fato que chama a atenção é o crescimento do segmento de pessoas com mais de 80 anos. A população mundial, apesar do grande número de jovens, está envelhecendo. Observe o gráfico a seguir.

FONTE: Adaptado de: ONU. United Nations/Department of Economic and Social Affairs. Population Division. World Population Ageing - 1950-2050. Disponível em: www.un.org/esa/population/publications/worldageing19502050/pdf/90chapteriv.pdf. Acesso em: 10 nov. 2015. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Isso acontece porque a estrutura etária da população mundial mudou nos últimos anos em razão do aumento da expectativa de vida e da diminuição das taxas de natalidade, consideradas de modo geral.

As pessoas estão vivendo mais e melhor, e o envelhecimento da população mundial tem sido objeto de avaliação e estudo pela Divisão de População da ONU. Esses estudos permitem reconhecer o papel dos idosos na sociedade: essa população contribui com sua experiência para assumir papéis importantes no mercado de trabalho, transmitindo conhecimento e ao mesmo tempo usufruindo dos direitos estabelecidos pela Constituição.

LEGENDA: Guiomar Lopes, coordenadora-geral de Políticas para os idosos da Prefeitura de São Paulo (em 2016), falando no 4º Seminário Contra a Violência ao Idoso, realizado em São Paulo (SP), em 2015.

FONTE: Ricardo Bastos/Fotoarena

Como o número de pessoas com mais de 60 anos está aumentando, há um crescimento mundial da população em terceira idade: a expectativa é de que o número de pessoas com 60 anos ou mais deverá dobrar em todo o mundo até 2050, e triplicar até 2100. Na Europa, os idosos devem passar a representar 34% da população do continente nos próximos 35 anos. Já na África, que possui a população mais jovem do planeta, a representatividade daqueles com 60 anos ou mais deve saltar de 5%, atualmente, para 9% nesse mesmo período.

Diferentes pirâmides etárias

Países desenvolvidos, emergentes e não desenvolvidos costumam apresentar estruturas populacionais diferentes.

O formato da pirâmide etária de um país considera fundamentalmente as taxas de natalidade e de mortalidade da população. Encontramos países com altas taxas de natalidade (não desenvolvidos) e países que apresentam taxas de crescimento vegetativo muito baixas ou nulas (desenvolvidos). Portanto, temos dois tipos básicos de pirâmide etária: a pirâmide de países não desenvolvidos e a pirâmide de países desenvolvidos. Veja a seguir um exemplo de cada um desses tipos.

LEGENDA: Observe que esta pirâmide de um país desenvolvido apresenta a base estreita, em razão das baixas taxas de natalidade; a parte central mais larga, por causa das baixas taxas de natalidade e de mortalidade; e o topo também largo, em razão da elevada expectativa de vida da população.

FONTE: Adaptado de: UNITED NATIONS CENSUS BUREAU. Disponível em: www.census.gov/population/international/data/idb/region.php?N=%20 Results%20&T=12&A=separate&RT=0&Y=2015&R=-1&C=IT. Acesso em: 10 nov. 2015. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

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LEGENDA: A pirâmide de países não desenvolvidos apresenta a base larga, por causa das altas taxas de natalidade; a parte central afunilada, em razão das altas taxas de mortalidade; e o topo estreito, em decorrência da baixa expectativa de vida.

FONTE: Adaptado de: UNITED NATIONS CENSUS BUREAU. Disponível em: www.census.gov/population/international/data/idb/region.php?N=%20Results%20&T=12&A=separate&RT=0&Y=2015&R=-1&C=IV. Acesso em: 10 nov. 2015. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Entre os dois tipos básicos de pirâmide etária, encontramos uma situação intermediária: países cuja população está em transição para a fase adulta ou madura, por exemplo, Brasil, México e China. Veja a pirâmide abaixo.

LEGENDA: A pirâmide etária de países em fase de transição mostra uma situação intermediária, isto é, a base já é mais estreita (redução das taxas de mortalidade infantil e de natalidade), mas o topo ainda afunila bastante, embora menos que o das pirâmides de país não desenvolvido.

FONTE: Adaptado de: UNITED NATIONS CENSUS BUREAU. Disponível em: www.census.gov/population/international/data/idb/region.php?N=%20Results%20&T=12&A=separate&RT=0&Y=2015&R=-1&C=CH. Acesso em: 10 nov. 2015. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

A representação gráfica da pirâmide etária de países em fase de transição reflete uma situação diferente: a base é mais estreita do que o corpo da pirâmide, porque a taxa de natalidade foi reduzida e o número de adultos (entre 19 e 59 anos) já compõe a maior parte da população do país; o topo é mais estreito do que a base, porque o número de idosos ainda não é tão grande. No entanto, com o passar do tempo e o aumento da expectativa de vida, esse número deverá ficar cada vez maior, o que fará aumentar o topo da pirâmide.

Pela leitura das pirâmides etárias, é possível conhecer a realidade socioeconômica dos países e fazer algumas inferências. Uma população com muitos jovens demanda elevados investimentos em educação, e outra com grande número de idosos exige grandes investimentos em previdência social e saúde.

A composição etária também determina a proporção de população economicamente ativa de um país. Quanto maior o número de crianças, jovens e idosos, menor será a população economicamente ativa.

População Economicamente Ativa (PEA)

A População Economicamente Ativa (PEA) é composta de pessoas que têm ocupação remunerada. Os que não exercem atividade remunerada - crianças, aposentados, idosos, mulheres que cuidam apenas do lar - constituem a População Economicamente Inativa (PEI). São consideradas Pessoas em Idade Ativa (PIA), ocupadas ou não, aquelas que se encontram na faixa etária entre 14 e 65 anos.

A população que trabalha mantém a população inativa. A relação entre as faixas inativas e a PEA é chamada taxa de dependência e expressa o ônus de jovens e idosos para a população economicamente ativa.

A distribuição da PEA pelos setores de atividade econômica apresenta diferenças entre os países desenvolvidos e os não desenvolvidos.

Nos países desenvolvidos existe uma concentração maior de trabalhadores no setor terciário, que abrange as áreas de informática, a mídia, os serviços e o comércio em geral. A concentração nesse setor já é verificada também nos países emergentes. O setor primário, que reúne as atividades extrativistas e agropecuárias, perde cada vez mais funcionários para a mecanização do campo; e o setor secundário, que compreende as atividades industriais de modo geral, está ocupando menor número de trabalhadores, em razão do uso intensivo de máquinas e robôs.



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As grandes companhias transnacionais também contribuem com essa situação, ao transferirem suas unidades produtivas para outros lugares, fechando vários postos de trabalho nos países desenvolvidos.

Muitos países não desenvolvidos e não industrializados ainda apresentam uma elevada PEA no setor primário. Podemos citar como exemplos: Libéria (70%), Malauí (90%), Chade (80%), Guatemala (38%), Honduras (39,2%), segundo dados do The World Factbook, publicado pela Central Intelligence Agency (CIA). De acordo com essa fonte, vemos que até alguns emergentes, como Índia (49%) e China (33,6%), apresentam elevado índice de população rural, principalmente se considerarmos que esses índices são calculados sobre populações de mais de um bilhão de habitantes. Na maior parte dos países não desenvolvidos, o processo de urbanização não foi efetivamente acompanhado pela geração de empregos nos setores secundário e terciário. Esse fato criou uma grande massa de trabalhadores subempregados, como os camelôs, os vendedores ambulantes, os guardadores de vagas de carros e os limpadores de para-brisas, que fazem parte da economia informal.

Glossário:



Subemprego: emprego não qualificado, de remuneração muito baixa e sem vínculo empregatício.

Economia informal: compreende atividades que estão à margem da formalidade. Não há registro de empregados nem pagamento de impostos. Quem trabalha na economia informal "não existe" para a legislação trabalhista e fiscal.

Fim do glossário.

LEGENDA: Vendedores ambulantes em rua da região central do município de São Paulo (SP), em 2015.

FONTE: Andre M. Chang/Arduopress/Alamy/Latinstock



Distribuição da população mundial

Observe atentamente o mapa abaixo. Nele é possível constatar que a distribuição da população na superfície da Terra é bastante desigual: o hemisfério norte apresenta uma população muito mais numerosa, pois concentra a maior parte das áreas dos continentes americano, africano, asiático, além de todo o continente europeu.

FONTE: Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2013. p. 34. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

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Dentro dos próprios continentes existem áreas muito populosas e bastante povoadas e áreas praticamente despovoadas. Um exemplo dessa distribuição tão desigual é o fato de apenas dois países (China e Índia) reunirem cerca de 35% da população mundial.

A concentração da população mundial em determinadas áreas pode ser explicada por fatores naturais, históricos e econômicos.

- Fatores naturais: algumas áreas, como os desertos, as regiões montanhosas e as regiões polares, são pouco povoadas porque representam um meio natural pouco propício para as atividades humanas. Por sua vez, meios naturais com planícies férteis, áreas próximas do litoral ou vale de rios são fatores de atração populacional.

- Fatores históricos: regiões de povoamento muito antigo, como o Extremo Oriente e a Europa, são mais ocupadas do que as de povoamento recente. Muitas áreas foram ocupadas em razão da expansão geográfica de grandes impérios (Romano, Otomano, etc.) ou de levas de perseguidos políticos e religiosos que saíram à procura de outro local para viver (diáspora judaica).

- Fatores econômicos: a procura por melhores condições de vida e o desenvolvimento de novas atividades econômicas em determinadas áreas, em certos momentos, explicam o aumento da população causado principalmente pelos movimentos migratórios. As áreas urbanizadas e industrializadas funcionam como polo de atração de população, como ocorreu, na região Sudeste do Brasil, durante o processo de industrialização do país, na segunda metade do século XX.

LEGENDA: Chegada de migrantes nordestinos na cidade de São Paulo (SP), em imagem de 1958.

FONTE: Reynaldo Ceppo/Agência Estado

População absoluta e população relativa

População absoluta é o número total de habitantes de um lugar ou de um país, sem considerar sua superfície ou área territorial. Dividindo a população absoluta de um lugar ou de um país por sua superfície ou área territorial, em quilômetros quadrados, obteremos a densidade demográfica ou população relativa. Os países com maior população absoluta são populosos e os que têm as maiores densidades demográficas são países povoados.

Veja, nas tabelas abaixo, quais são os países mais populosos e os mais povoados do mundo.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Países__População'>Países mais populosos

Países

População

China

1,3 bilhão

Índia

1,2 bilhão

Estados Unidos

321,3 milhões

Indonésia

255,9 milhões

Brasil*

204,4 milhões

FONTE: CIA. The World Factbook 2015. Disponível em: www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/xx.html. Acesso em: 10 nov. 2015. Brasil: * IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013. Disponível em: www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2013/default.shtm. Acesso em: 10 nov. 2015.

Tabela: equivalente textual a seguir.



Países mais povoados

Países

Habitantes/km2

Mônaco

24.728,20

Cingapura

7.436,30

Bahrein

1.803,30

Malta

1.338,60

FONTE: ONU. The World Population Prospect 2012. Disponível em: http://esa.un.org/unpd/wpp/Excel-Data/population.htm. Acesso em: 10 nov. 2015.

População rural e população urbana

A população mundial se distribui em domicílios rurais (campo) e urbanos (cidades). A Revolução Industrial, na metade do século XVIII, foi o principal fator do grande aumento da população das cidades em relação ao campo.

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Em termos globais, a população urbana demorou a ultrapassar a população rural, mesmo tendo atingido altos índices em vários países. Alguns países, como Mônaco, Cingapura e Vaticano, são formados por uma só cidade e apresentam 100% de população urbana.

Estudaremos o processo de urbanização no mundo no Capítulo 17 desta Unidade.

Diversidades culturais da população mundial

Denominamos cultura o conjunto de valores, instituições, tecnologia, tradições, língua e religião característicos de um grupo social. Os traços culturais são transmitidos de geração a geração e podem ser modificados no decorrer dessa transmissão. Entre os elementos marcantes de uma cultura podemos destacar a língua e a religião.

Línguas e religiões

A forma de expressão de um povo com suas manifestações escritas (por meio de caracteres) e orais (por meio de sons) constitui a sua língua. Os Estados-Nações adotam línguas nacionais ou oficiais, o que não impede que existam línguas locais dentro de um mesmo Estado-Nação. Alguns países são oficialmente bilíngues, isto é, adotam duas línguas oficiais. É o caso do Canadá, onde oficialmente se falam inglês e francês (heranças coloniais). Por vezes, a língua oficial assume características próprias em certas regiões do país, formando dialetos, muito comuns na Itália e na França, por exemplo.

Algumas línguas são adotadas por mais de um país. Isso se deve ao movimento colonial que levou as línguas francesa, inglesa, espanhola, holandesa e portuguesa para diferentes partes do mundo.

Atualmente o inglês é a língua mais difundida no mundo, não só porque é o idioma oficial de 58 países, mas pela importância político-econômica assumida pelos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mun dial em âmbito global.

Nos últimos anos, com o crescente papel da Ásia na economia mundial, outras línguas têm adquirido importância, como o mandarim (China) e o japonês.

De modo geral, na atualidade podemos considerar a influência de algumas grandes civilizações: ocidental (greco-romana), islâmica, oriental (China, Mongólia, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão), indiana (hindu) e negro-africanas (tribais).

A diversidade de civilizações envolve também as diferenças religiosas. Na civilização ocidental predominam as religiões cristãs - o catolicismo romano e o ortodoxo e o protestantismo -, além do judaísmo, em razão da diáspora do povo judeu. O budismo, o taoismo e o confucionismo são as principais filosofias religiosas da civilização oriental. A religião fundada por Maomé, o islamismo, dá nome à civilização onde ela predomina: a civilização islâmica. A civilização indiana tem como ponto forte o hinduísmo, corrente religiosa e filosófica cujos princípios estão expressos em seu livro sagrado Vedas. As religiões animistas (baseadas na divinização das forças da natureza) são a marca das civilizações negro-africanas, apesar da grande expansão do islamismo no continente.

Glossário:



Taoismo: doutrina mística e filosófica criada por Lao-tsé, na China, no século VI a.C.

Confucionismo: sistema filosófico chinês criado por Kung-fu-tze (Confúcio).

Fim do glossário.

LEGENDA: Mesquita de Hazrat-e Masumeh, na cidade de Qom, no Irã. Foto de 2015.

FONTE: Jose Fuste Raga/Corbis/Latinstock



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Refletindo sobre o conteúdo

Ícone: Atividade interdisciplinar.



1. Leia o texto de um demógrafo português que estuda a população, seus movimentos e suas características. Se achar necessário, pesquise sobre o assunto para fazer o que se pede.

A totalidade dos países desenvolvidos encontra-se na última fase da transição demográfica, e em alguns países desenvolvidos já se entrou numa fase a que se começa chamar de pós-transição, devido ao fato de seu nível de fecundidade não garantir a substituição das gerações e de o número de óbitos ser superior ao número de nascimentos.

NAZARETH, Manuel. Demografia: a ciência da população. Bacarena: Presença, 2010. p. 41.

a) Indique dois países, e seus respectivos continentes, onde o número de óbitos supera o número de nascimentos.

b) Explique uma consequência decorrente do contexto descrito anteriormente.



2. Analise a tabela e o texto a seguir.

Tabela: equivalente textual a seguir.

FONTE: CIA. The World Factbook 2015. Disponível em: www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/xx.html. Acesso em: 10 nov. 2015.

Demografia explosiva



Atualmente a África é uma das únicas regiões do mundo que desafia a chamada lei da transição demográfica. Ou seja, os africanos continuam crescendo em ritmo acelerado, numa época em que o restante do mundo marcha para um incremento inferior a 2% ao ano. [...] A natalidade descontrolada compensa, com sobra, catástrofes, como a fome, as guerras e a disseminação de epidemias, sobretudo a Aids, que tem sido um perverso redutor populacional, ceifando milhões de vidas a cada ano.

OLIC, Nelson Bacic; CANEPA, Beatriz. África: terra, sociedades e conflitos. São Paulo: Moderna, 2010. p. 18.

Após a leitura da tabela e do texto, faça o que se pede.

a) Compare as taxas entre os países desenvolvidos e os não desenvolvidos e elabore suas conclusões.

b) Caracterize o período de transição demográfica.

c) Como se deu a transição demográfica em países desenvolvidos? Dê exemplos de países não desenvolvidos que realizaram a transição demográfica.

d) Justifique o grande crescimento demográfico da África.

3. Atividade interdisciplinar: Geografia e Língua Portuguesa. Leia com atenção os textos propostos.

Texto 1


[...] além da biodiversidade, não se pode deixar de lado a diversidade cultural, uma das grandes riquezas da humanidade e motor das futuras mudanças que possibilitarão outro diálogo com o mundo natural. É a diversidade cultural que permite o surgimento de novas expressões artísticas e de diferentes maneiras de se relacionar com a vida em seu sentido mais amplo. É ela que permite apreciar e aceitar o estranho, o diferente, com seus conhecimentos e suas virtudes, bem como com seus defeitos e fraquezas. Essa aceitação do outro pode apaziguar conflitos cuja origem são as tradições e os elementos de identidade de um grupo.

BARROS, Henrique Lins de. Biodiversidade e renovação da vida. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2011. p. 25.

Texto 2

O cinema falado é o grande culpado

Da transformação dessa gente que sente

Que um barracão prende mais que um xadrez [...]

Amor, lá no morro, é amor pra chuchu,

As rimas do samba não são "I love you".

e esse negócio de "alô, alô, boy", "Alô Johnny",

só pode ser conversa de telefone.

ROSA, Noel. Não tem tradução (1933). Songbook Noel Rosa. Lumiar, 1991.

- Analise o texto 1 e a canção descrita no texto 2. Depois, escreva um texto procurando relacionar a ideia de diversidade cultural expressa pelo autor do texto 1 com a que aparece na canção de Noel Rosa. Leve em conta no seu texto os assuntos abordados no capítulo.

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capítulo 16. Migrações: diversidade e desigualdade

LEGENDA: Voluntários ajudam refugiados sírios a desembarcar em sua chegada à costa da ilha de Lesbos, na Grécia, depois de atravessar o mar Egeu, vindos pela rota da Turquia, em dezembro de 2015.

FONTE: Ozge Elif Kizil/Anadolu/Getty Images



Movimentos migratórios

A população movimenta-se pelo espaço geográfico dentro de um mesmo país e, muitas vezes, atravessando oceanos e mudando de continente. Esses movimentos horizontais da população são chamados movimentos migratórios, que compreendem a imigração (entrada de pessoas em uma região ou país) e a emigração (saída de pessoas de uma região ou país). Quando acontecem dentro de um país, as migrações são internas; quando se processam de um país para outro, são migrações internacionais.

Migrações internacionais

Em 2013, segundo estimativa da Divisão de População da Organização das Nações Unidas, havia 232 milhões de imigrantes internacionais. Esse número constituiria o 5º "país" mais populoso do mundo. Desse número, 59% viviam nas regiões desenvolvidas e 48% eram mulheres. Veja o mapa e o gráfico a seguir.



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FONTE: Adaptado de: WENDEN, Catherine W. de. Atlas des migrations: un équilibre mondial à inventer. Paris: Éditions Autrement, 2012. p. 10-11. CRÉDITOS: Julio Dian/Arquivo da editora

FONTE: Adaptado de: ONU. Divisão de População da Organização das Nações Unidas. Disponível em: www.un.org/en/development/desa/population/ publications/pdf/migration/migrationreport2013/Full_Document_final.pdf. Acesso em: 10 nov. 2015. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Quando as pessoas procuram outro país para viver que não seja aquele onde nasceram, elas o fazem por vários motivos. As desigualdades de renda, a pobreza, o desemprego, as guerras e a fome foram as principais causas dos movimentos migratórios na última década do século XX e na primeira década do século XXI.

Praticamente o mundo todo convive com a pobreza e o desemprego, mas sem dúvida esse problema se agrava nos países não desenvolvidos. Aliados às questões de pobreza e desemprego os conflitos étnico-religiosos e as guerras internas fazem com que muitos de seus habitantes procurem fugir dessas situações em busca de novas oportunidades em outros países, às vezes nos vizinhos ou nos mais ricos.

Essa movimentação, na segunda década do século XXI, apresenta duas rotas bem definidas: uma do mundo não desenvolvido para o desenvolvido (migrações Sul-Norte) e outra dentro do mundo não desenvolvido (migrações Sul-Sul).

No mundo globalizado, nessas duas rotas, podemos considerar migrações por motivos religiosos, políticos e econômicos.


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