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Decídua: ou de folhas caducas; diz-se de planta que perde as folhas em certas épocas do ano (sobretudo no inverno).

Fim do glossário.

As florestas temperadas não são todas iguais. Podem ser encontradas espécies perenes entre as decíduas, bem como flores e tapetes de musgos e cogumelos.

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Suas principais espécies são o abeto, a faia e o carvalho. Nas regiões onde o clima é mais chuvoso, encontram-se árvores de grande porte, como o eucalipto gigante, na Austrália, e a sequoia, na costa ocidental da América do Norte.

LEGENDA: Fazenda em região de floresta temperada em Vermont, Nova Inglaterra, nos Estados Unidos. Foto de 2015.

FONTE: Roy Rainford/Robert Harding/Agência France-Presse

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini 2012. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2012. p. E22-23. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

Pradarias

Esse bioma recebe o nome de Pradaria, na América do Norte, e Pampa, na América do Sul (Brasil e Argentina), onde o clima é mais úmido. É também encontrado na Austrália. No hemisfério sul essa vegetação herbácea recebe mais chuvas do que no hemisfério norte. Na América do Norte, ocupam uma área que se estende desde o Canadá (Alberta, Saskatchewan e Manitoba), continuando pelas planícies centrais dos Estados Unidos, até o estado do Texas, ao sul, e o estado de Indiana, a oeste. Nessa área há importantes cultivos agrícolas: o trigo, o milho e as culturas irrigadas transformaram as pradarias estadunidenses nas maiores produtoras de grãos do mundo.

LEGENDA: Fazenda em região das Pradarias no condado de Cascade, em Montana, nos Estados Unidos. Foto de 2015.

FONTE: Rob Francis/Robert Harding/Agência France-Presse

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini 2012. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2012. p. E22-23. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora



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Estepes


Bioma seco, geralmente frio e com vegetação rasteira, característico de climas semiáridos, encontrado nas bordas de desertos de regiões temperadas ou subtropicais. Nas áreas de ocorrência de Estepes as chuvas são escassas, mas não tanto quanto nos desertos: chegam a 500 mm por ano, o dobro das precipitações nas regiões desérticas.

Em geral, a vegetação de estepes está localizada na faixa de transição entre o Deserto e a Savana, longe da in fluência marítima e perto de barreiras montanhosas. É encontrada principalmente nos Estados Unidos, na Mongólia, na Sibéria (Rússia) e na China. Nesse bioma, os verões são quentes e os invernos, muito frios; em altas latitudes cai muita neve. Com um pouco mais de chuva, as estepes poderiam ser classificadas como Pradarias; com um pouco menos, como Deserto.

LEGENDA: Paisagem em região de Estepes, no Quirguistão, em 2015. Vemos também um yurt, tenda ou cabana circular usada tradicionalmente por pastores nômades mongóis e outros povos da Ásia central, como os quirguizes retratados na foto.

FONTE: Muriel Nicolotti/Biosphoto/Agência France-Presse

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini 2012. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2012. p. E26-27. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

Vegetação Mediterrânea

Bioma característico da região que fica às margens do mar Mediterrâneo, no sul da Europa, no norte da África e no oeste da Ásia. Também ocorre em outras partes do mundo, como o oeste dos Estados Unidos (Califórnia) e o extremo sul da África do Sul. No oeste e sul da Austrália e no Chile, recebe o nome de Bosque Esclerófilo.

LEGENDA: Propriedade rural cercada por vegetação mediterrânea, na região de Balagne, norte da ilha de Córsega, na França. Foto de 2015.

FONTE: Pascal Pochard-Casabianca/Agência France-Presse

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini 2012. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2012. p. E24-25. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora



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O clima da região mediterrânea caracteriza-se pela alternância de duas estações bem definidas: verão quente e seco e inverno suave e chuvoso. A fertilidade dos solos depende, entre outros fatores, principalmente da maior ou menor umidade. Os rios atingem no verão o seu nível mais baixo.

A vegetação da paisagem mediterrânea é adaptada a longos períodos de seca e constituí da de arbustos com caules lenhosos, folhas duras ou esclerófilas e raízes profundas, que chegam a atingir os lençóis de água subterrâneos. As árvores encontram-se em regiões mais úmidas ou perto dos cursos de água. Esse bioma se estende entre 30º de latitude norte e 40o de latitude sul.

Na região do Mediterrâneo, a vegetação de arbustos recebe as denominações garrigue, formação bem aberta, encontrada em solos calcários; e maqui, formação bem fechada, que cresce em solos ricos em sílica.

Na Austrália, as espécies dominantes nos Bosques Esclerófilos são árvores do gênero dos eucaliptos. Na Califórnia, onde predominam várias espécies de cacto, a vegetação recebe o nome de chaparral. No Chile, predominam os Bosques Esclerófilos.

Glossário:



Esclerofilia: vocábulo de origem grega, que designa uma vegetação de folhas duras.

Fim do glossário.

Boxe complementar:

Ecótonos


Entre as diferentes paisagens naturais existentes na superfície da Terra, encontramos áreas onde os elementos naturais vão mudando gradativamente até assumirem as características de outra paisagem. Esses "intervalos" são chamados áreas de transição ou ecótonos, como a paisagem representada na foto abaixo, que mostra uma vegetação típica da Mata dos Cocais, área de transição entre a Caatinga e a Floresta Amazônica.

LEGENDA: Carnaúbas e vegetação de caatinga em São Lourenço do Piauí (PI). Foto de 2015.

FONTE: Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo

Fim do complemento.

Biomas das regiões tropicais, de montanhas e de desertos

Como já estudamos, a existência de paisagens com características tão distintas pode ser explicada pela influência de fatores climáticos e pelo clima das regiões em que esses biomas se desenvolvem: regiões de elevadas temperaturas e grandes quantidades de chuva (vegetação tropical); grandes altitudes (vegetação de montanha) e regiões onde as chuvas são escassas e muito irregulares (vegetação de deserto).

Biomas das regiões tropicais

Uma das maiores ameaças às florestas tropicais - um dos biomas de maior biodiversidade mundial - é o desmatamento provocado por práticas de agricultura e pecuária e pela exploração de madeira.

A área de ocorrência dos biomas tropicais é delimitada pelos trópicos de Câncer e de Capricórnio, e a linha do equador a atravessa. É uma região dominada por massas de ar quente e em geral úmido, tropicais e equatoriais, com temperatura média do mês mais frio igual ou superior a 18 °C. A biodiversidade é uma característica das regiões tropicais, que é marcada por dois grandes biomas: as Florestas Pluviais Tropicais e as Savanas.

Florestas Pluviais Tropicais

Ocupam uma extensa área na faixa tropical da América do Sul, América Central, África, Ásia e Austrália.

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Apresentam florestas heterogêneas e árvores latifoliadas; suas espécies vegetais são higrófilas e suas árvores estão sempre verdes, pois não perdem as folhas em nenhuma época do ano. As árvores, de diversas alturas, se dispõem em "andares" ou camadas, chamadas estratos. As Florestas Tropicais Pluviais concentram uma rica biodiversidade, com grande variedade de espécies de plantas, animais e microrganismos encontrados em todos os biomas da Terra.

Glossário:

Floresta heterogênea: vegetação composta de várias espécies.

Latifoliada: que tem folhas largas.

Higrófila: adaptada à umidade.

Fim do glossário.

A diferença na quantidade e distribuição de chuvas permite encontrar aspectos diferentes nessas florestas, dependendo de sua localização na faixa intertropical.

Nas áreas próximas do equador, as florestas são mais fechadas, apresentam-se estratificadas em camadas, com árvores de diferentes alturas e vários tipos, e muitos cipós em seus troncos e galhos. Os principais exemplos são a floresta Amazônica, a floresta do Congo, na África (ver foto abaixo), e a da Indonésia, na Ásia. Por sua localização e características, são denominadas florestas equatoriais.

Mais afastada da linha do equador, a floresta recebe menor quantidade de calor e chuva, por isso é menos exuberante do que a floresta equatorial. Nessa área ela já foi quase totalmente destruída pelo ser humano. Ape nas pequenas manchas de floresta foram conservadas. É o caso da Mata Atlântica, que já recobriu uma grande faixa da área litorânea do Brasil, das florestas da Costa Rica, do Sudeste Asiático e do norte da Austrália.

LEGENDA: Floresta tropical no Parque Nacional de Odzala-Kokoua, República Democrática do Congo, África. Foto de 2014.

FONTE: Pete Oxford/Biosphoto/Agência France-Presse

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini 2012. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2012. p. E28-29. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

Boxe complementar:

Desmatamentos e queimadas

As florestas tropicais e equatoriais guardam em seu interior grande parte da biodiversidade da Terra. Regulam o fluxo de água, protegem os mananciais, oferecem madeira de lei e plantas medicinais, sem falar que são o habitat de muitos povos indígenas.

A destruição indiscriminada dessas florestas deve-se às várias atividades humanas realizadas nessas áreas: a utilização do solo para agricultura, a exploração de recursos minerais, a extração da madeira, a construção de estradas e de hidrelétricas e as queimadas (incêndios propositais ou não).

Os países mais atingidos pelos desmatamentos estão localizados na faixa intertropical do globo: Brasil, Equador, Nicarágua, Gana, Colômbia, Guatemala, Haiti, Honduras e Nigéria. Além desses, outros países situados na mesma faixa climática, como República Democrática do Congo, Sri Lanka, Tailândia, Indonésia e Malásia, também são atingidos, porém em menores proporções.

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Os desmatamentos provocam graves impactos ambientais: eliminação e redução da biodiversidade, erosão e empobrecimento dos solos, assoreamento do leito dos rios e rebaixa mento do lençol freático, causa da extinção das nascentes de rios e fontes. Além disso, podem causar o desaparecimento das comunidades indígenas que vivem nas florestas.

No Brasil, as queimadas são uma prática muito comum não só nas florestas tropicais, mas em ecossistemas como o Cerrado e a Caatinga e em plantações como a da cana-de-açúcar. As queimadas muitas vezes causam incêndios de grandes proporções, aumentando o nível de CO2 na atmosfera e influindo no aquecimento global.

LEGENDA: Queimada na Floresta Amazônica no município de Tucumã (PA), em 2016.

FONTE: Delfim Martins/Pulsar Imagens

Fim do complemento.

Savanas

Geralmente localizadas nos limites das Florestas Pluviais Tropicais, as savanas são formações típicas de regiões de clima tropical continental, com duas estações bem definidas: uma chuvosa, que coincide com o verão; e uma seca, nos meses de inverno. Apresentam dois "andares" de vegetação: um mais alto, formado por árvores (arbóreo); e outro mais baixo, composto de gramíneas (herbáceo). É a vegetação tropófila.



Na América do Sul, as Savanas ocupam áreas da Venezuela e da Colômbia (llanos), na bacia do rio Orinoco; o cerrado, vegetação correspondente no Brasil, cobre grande parte da região Centro-Oeste do país. Também encontramos vegetação de savanas no norte da Austrália, onde se destacam os eucaliptos, e na Índia, onde é denominada jungle. As mais conhecidas são as savanas africanas.

As regiões de savanas são atravessadas por rios que têm suas cheias no verão, quando recebem mais chuvas. A água e o vento podem desgastar as rochas que formam o relevo. Com a umidade das margens dos rios, podem crescer pequenas manchas de florestas: as chamadas matas galerias.

A fertilidade dos solos das savanas vai depender da quantidade de água que recebem e da matéria orgânica (restos de vegetais ou animais) própria da região. Os solos do Cerrado brasileiro, por exemplo, precisam de correção para tratar sua acidez, quando a vegetação original é retirada para dar lugar a plantações.

LEGENDA: Savana em parque nacional no Quênia, na África. Foto de 2015.

FONTE: Feargus Cooney/Lonely Planet/Getty Images

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini 2012. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2012. p. E26-27. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora



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Bioma de Montanhas

Nas grandes altitudes (acima de 3.000 m) as montanhas não apresentam vegetação. A cobertura vegetal alcança de 2.500 m a 3.000 m. É com posta de plantas orófilas, que formam uma vegetação rasteira - os campos alpinos, com cerca de duzentas espécies que se adaptaram às baixas temperaturas e à seca. Esse bioma aparece nas grandes cadeias montanhosas, como os Andes (na América do Sul), as montanhas Rochosas (na América do Norte), os Alpes (na Europa), o Himalaia (na Ásia), entre outras.

Glossário:



Orófila: adaptada à altitude.

Fim do glossário.

Quando subimos uma área montanhosa, passamos por vários biomas. Na parte mais baixa predomina o bioma da vegetação da região onde a montanha está situada. Por exemplo, no sopé das montanhas Rochosas existe um deserto. À medida que a altitude aumenta, temos sucessivamente a Floresta Temperada, a Floresta de Coníferas, os Campos Alpinos e a Tundra alpina. Conforme a localização da montanha, podemos passar também por Campos e Estepes.

O fator climático que caracteriza esse bioma é a altitude, por isso encontramos neve em altas montanhas, em plena zona tropical, como na parte central da cordilheira dos Andes. O clima aí é muito frio, com temperaturas que variam de 10 ºC a 15 ºC no verão; no inverno, as temperaturas ficam abaixo de 0 ºC.

LEGENDA: Paisagem do Parque Nacional Tierra del Fuego, em Ushuaia, na Patagônia Argentina. Foto de 2015.

FONTE: Jantzen Stéphanie/hemis.fr/Agência France-Presse

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini 2012. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2012. p. E18-25. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

Bioma de Desertos e de Semidesertos

Os desertos têm em comum o fato de receberem poucas precipitações irregulares e apresentarem baixíssimas taxas de umidade relativa do ar, céu com poucas nuvens e evaporação elevada.

As temperaturas do deserto apresentam grandes amplitudes térmicas: podem atingir 50 ºC durante o dia e cair para -1 ºC à noite. Há desertos quentes, como o Saara, na África, e desertos frios, como o de Gobi, na Ásia central. Os desertos quentes estão situados nas proximidades dos trópicos de Câncer e de Capricórnio, enquanto os desertos frios estão nas latitudes mais altas, em regiões temperadas.

Os desertos frios enfrentam invernos extremamente rigorosos, com queda de neve e ventos gelados e secos, que provocam grandes tempestades de areia. As poucas chuvas caem na primavera, atingindo de 150 mm a 260 mm por ano. As chuvas nos desertos quentes estão concentradas em curtos períodos, intercalados com prolongados períodos de seca.

Os solos das áreas desérticas são sempre muito pobres, pedregosos ou arenosos. Nessas áreas encontramos plantas xerófitas e, em algumas regiões mais úmidas, existem "ilhas de vegetação", os chamados oásis.

Glossário:

Xerófita: adaptada ao clima seco.

Fim do glossário.

Correntes marítimas frias no litoral, altas pressões subtropicais, grandes altitudes e barreiras montanhosas, que impedem a passagem de massas de ar úmido vindas do oceano, são as principais causas da formação de desertos.

A vegetação de deserto é composta de plantas de pequeno porte, que se espalham pela extensão arenosa. Os desertos cobrem cerca de um quinto da superfície terrestre. Nas margens dos grandes desertos, encontram-se regiões menos secas do que esses biomas, com climas semiáridos, consideradas semidesertos, como a região do Sahel, localizada nas margens do deserto do Saara.



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LEGENDA: Paisagem de vila e oásis no deserto do Saara, na Argélia. Foto de 2014.

FONTE: DeAgostini/Getty Images

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini 2012. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2012. p. E22-23. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

Boxe complementar:

Ampliando o conhecimento

O Programa MaB/Unesco



O Programa Homem e Biosfera (MaB - Man and the Biosphere) foi criado como resultado da "Conferência sobre a Biosfera" realizada pela Unesco em Paris, em setembro de 1968. O MaB foi lançado em 1971 e é um programa de cooperação científica internacional sobre as interações entre o ser humano e seu meio. Busca o entendimento dos mecanismos dessa convivência em todas as situações bioclimáticas e geográficas da biosfera, procurando compreender as repercussões das ações humanas sobre os ecossistemas mais representativos do planeta.

O objetivo central do Programa MaB é promover o conhecimento, a prática e os valores humanos para implementar as boas relações entre as populações e o meio ambiente em todo o planeta.

O Programa MaB desenvolve, ao mesmo tempo, duas linhas de ação:

- O aprofundamento direcionado das pesquisas científicas, para o melhor conhecimento das causas da tendência de um aumento progressivo da degradação ambiental do planeta;

- A concepção de um inovador instrumental de planejamento, as Reservas da Biosfera, para combater os efeitos dos citados processos de degradação, promovendo a conservação da natureza e o desenvolvimento sustentável.

As Reservas da Biosfera



Reservas da Biosfera são áreas de ecossistemas terrestres e/ou marinhos reconhecidas pelo Programa MaB/Unesco como importantes em nível mundial para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável e que devem servir como áreas prioritárias para experimentação e demonstração dessas práticas.

As Reservas da Biosfera são o principal instrumento do Programa MaB e compõem uma rede mundial de áreas voltadas à Pesquisa Cooperativa, à Conservação do Patrimônio Natural e Cultural e à Promoção do Desenvolvimento Sustentável.

Para tanto devem ter dimensões suficientes, zoneamento apropriado, políticas e planos de ação definidos e um sistema de gestão que seja participativo, envolvendo os vários segmentos do governo e da sociedade.

As Reservas da Biosfera devem cumprir de forma integrada várias funções: conservação da biodiversidade, promover o desenvolvimento sustentável, a educação ambiental e as pesquisas científicas.

Atualmente existem aproximadamente 450 Reservas da Biosfera, em cerca de cem países do mundo. Ainda que sejam declaradas pela Unesco, as Reservas da Biosfera são propostas por iniciativa de cada país e cabe integralmente a este país sua administração, considerando-se os princípios do Programa MaB.

Ao todo são 7 Reservas da Biosfera no Brasil: Mata Atlântica, Cinturão Verde de São Paulo, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Amazônia Central e Serra do Espinhaço.

UNESCO - Brasil. Disponível em: www.rbma.org.br/mab/ unesco_01_oprograma.asp. Acesso em: 5 nov. 2015. (Adaptado).

LEGENDA: Preservação da Mata Atlântica no Parque Nacional do Caparaó, em Alto Caparaó (MG). Foto de 2015.

FONTE: Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo

Fim do complemento.

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Refletindo sobre o conteúdo

Ícone: Atividade interdisciplinar.



1. Atividade interdisciplinar: Geografia, Biologia e Língua Portuguesa. Leia a frase de Niro Higuchi, engenheiro florestal do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).

A verdadeira riqueza da Amazônia é a biodiversidade. Sem a floresta não tem biodiversidade. E se hoje não tiver alternativa para o desmatamento, essa floresta "vai embora" mesmo.

HIGUCHI, Niro. Revista Ciência. Disponível em: www.inpa.gov.br/arquivos/revistas/revista_ciencia_para_todos_n7-2.pdf. Acesso em: 6 nov. 2015.

a) Converse com os professores de Geografia e Biologia, consulte livros, revistas e sites para definir o que é biodiversidade e explicar sua importância.

b) Escreva, em seu caderno, uma redação que tenha como tema: "Sem a floresta não há biodiversidade".



2. Leia o texto a seguir e faça o que se pede.

No filme A Bruxa de Blair, sucesso de bilheteria do cinema alternativo americano, há uma cena que fez meu sangue de ecologista amador brasileiro e defensor do crescimento sustentável literalmente borbulhar. Os três estudantes do longa estão total mente perdidos numa floresta da Nova Inglaterra e a garota começa a entrar em pânico achando que nunca mais iria sair daquela selva.

Seu colega então diz algo parecido com:

"Não seja idiota, nós destruímos todas as nossas florestas temperadas. É só andarmos meia hora em linha reta que logo sairemos daqui".

KANITZ, Stephen, consultor de empresas e conferencista. Disponível em: www.blog.kanitz.com.br/florestastemperadas/. Acesso em: 6 nov. 2015.

a) Um cenário como esse poderia ser comparado ao das formações florestais equatorial e tropical brasileiras? Justifique sua resposta.

b) Identifique dois fatores que contribuíram para o alto grau de devastação das florestas temperadas.

c) Dos biomas estudados neste capítulo, identifique o único que não podemos encontrar no Brasil. Explique por quê.

3. A África é um continente de contrastes climáticos. A árida África do norte compreende o maior deserto quente do mundo... A vegetação nessa área é constituída de plantas xerófitas, resistentes ao fogo.

ATLAS mundial ilustrado. Santiago: H. F. Ullmann, 2007.

a) Identifique os biomas tropicais africanos.

b) Caracterize as plantas xerófitas.

c) No Brasil, onde é possível encontrar plantas xerófitas?

d) O texto se refere ao maior deserto do mundo. Que deserto é esse?



4. Leia os climogramas abaixo e faça o que se pede.

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini 2009-2010. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2009.

FONTE: Climograma adaptado de: INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA (Inmet). Disponível em: www.inmet.gov. br/portal/. Acesso em: nov. 2015. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

a) Identifique os tipos climáticos representados nos climogramas e seus respectivos tipos de vegetação.

b) Dê as características do tipo de vegetação do climograma 2.

5. As figuras abaixo representam dois tipos de biomas de montanha. Identifique-os e justifique as principais semelhanças e diferenças entre eles.

FONTE: Adaptado de: SANTA DI LORENZO. Geografía escolar 6º año. Montevideo: Monteverde, 2007. CRÉDITOS DAS ILUSTRAÇÕES: Alex Argozino/Arquivo da editora



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Concluindo a Unidade 5

Leia o texto, reflita e depois faça o que se pede.

Poluição e desperdício fazem da crise hídrica um problema de difícil solução

SP, RJ e MG pagam o preço da poluição descontrolada e do desperdício.

São Paulo

A represa Billings abastece 1,6 milhão de pessoas na região do Grande ABC, na grande São Paulo. O governo do estado quer ampliar a captação das águas do reservatório, mas a proposta gerou polêmica. Boa parte das margens da represa está ocupada por invasões, e é grande a quantidade de lixo na água.

O maior ponto de poluição da represa fica na barragem que faz a transposição da água do rio Pinheiros. A quanti dade de material orgânico é impressionante.

A bióloga Marta Marcondes fez a medição do oxigênio na água, em um braço mais limpo da Billings. O ideal para que haja vida é acima de 8 mg/L, mas o máximo registrado na represa foi 7,3 mg/L. Em uma região de água mais poluída, a quantidade de oxigênio na Billings é de apenas 1,8 mg/L. Isso significa que não há vida na água.

No ponto onde fica a usina de transposição de água do rio Pinheiros, região mais poluída da represa Billings, nem as bactérias que se alimentam de lixo orgânico conseguem sobreviver. O nível de oxigênio na água é de apenas 0,5 mg/L.

Embora a sujeira assuste, no lodo que se acumula no fundo da represa há um perigo ainda maior. A presença de metais pesados e de coliformes fecais está muito acima da quantidade tolerada.

Lixo e esgoto são jogados na represa Billings desde o início das ocupações, há 40 anos. Além das ocupações irregulares, a mata que cerca a Billings se transformou em um cemitério de carros roubados, há carcaças e pedaços de veículos espalhados por vários metros, a poucos passos da água.

[...]


Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, moradores de Mesquita quebram o asfalto da rua para fazer ligação direta nas tubulações da Cedae, já que a água não chega às casas. Além da água, eles constroem um sistema de esgoto por conta própria.

Na região, a Cedae instalou a tubulação e os relógios para a cobrança, mas a água nunca chegou. Mesmo quem nunca teve a ligação recebe a conta mensalmente. Os moradores se recusam a pagar e garantem que já foram feitas inúmeras reclamações.

No recreio dos Bandeirantes, falta água na casa dos mais pobres e dos mais ricos. Nem mesmo o poço artesiano resolve o problema, já que parte do bairro não tem saneamento e o esgoto dos córregos contamina o lençol.

Em um condomínio do bairro, a conta mensal com a compra de água de carros-pipa chega a R$ 24 mil. Os moradores dizem que já cansaram de reclamar com a Cedae, que continua enviando a conta de água no valor de R$ 4 mil.

A Companhia de Água e Esgoto do Rio de Janeiro mandou uma nota dizendo que nos próximos quatro anos vai construir 17 novos reservatórios na Baixada Fluminense.

[...]


Minas Gerais

O Sistema Paraopeba, que abastece a região metropolitana de Belo Horizonte, também está com o nível de água baixo. Em fevereiro de 2015, a represa está 20,5 metros abaixo do nível normal.

O mês de janeiro levou chuva para a região. Mesmo em quantidade insuficiente para encher uma represa tão grande, a água que vem do céu ajuda muito os agricultores. Um produtor mineiro criou sua versão de represa na propriedade, um lago artificial, e guarda água até em banheira velha para evitar a perda da lavoura novamente.

Belo Horizonte desperdiça 40% de sua água tratada. Os profissionais da Copasa responsáveis por procurar esses vazamentos são chamados "caça-gotas".

Uma ligação clandestina é encontrada e o trabalho dos operários começa. Em poucos minutos, os moradores de uma comunidade próxima se aproximam para reclamar. Eles impedem o corte de água e dizem que a ligação clandestina existe porque não há abastecimento regular.

PROFISSÃO Repórter. Disponível em: www.g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2015/02/poluicao-e-desperdiciofazem-da-crise-hidrica-um-problema-de-dificil-solucao.html. Acesso em: 6 nov. 2015.



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