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FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini 2014-2015. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2015. p. 12-13; IL MONDO: grande atlante geografico. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 1998. p. 287-387. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Os paralelos delimitam as zonas climáticas ou térmicas da Terra:

- Zona tropical ou intertropical. Localiza-se entre os trópicos de Câncer (23°27' de latitude norte) e de Capricórnio (23°27' de latitude sul). Pelo fato de os raios solares incidirem quase perpendicularmente durante o ano todo, é a zona mais quente da Terra.

- Zonas temperadas. A zona temperada do Norte está localizada entre o trópico de Câncer (23°27' de latitude norte) e o círculo polar Ártico (66°33' de latitude norte); a zona temperada do Sul está localizada entre o trópico de Capricórnio (23°27' de latitude sul) e o círculo polar Antártico (66°33' de latitude sul). São zonas menos quentes do que a zona tropical porque recebem raios solares mais inclinados (oblíquos).

- Zonas polares ou glaciais. Localizam-se ao norte do círculo polar Ártico - 66°33' de latitude norte (zona polar ou glacial Ártica) - e ao sul do círculo polar Antártico - 66°33' de latitude sul (zona polar ou glacial Antártica). Os raios solares atingem essas zonas de modo muito inclinado e somente durante parte do ano, o que as torna as mais frias da Terra.

A longitude é essencial para saber as diferenças de horário de um lugar para outro. Essas diferenças dependem da localização do lugar em relação ao meridiano de Greenwich. Veja mais sobre esse assunto no Capítulo 3.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 18. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora



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Diálogos

Atividade interdisciplinar: Geografia e História.

A descoberta da longitude

Numa época como a de hoje, em que é possível saber a localização exata de qualquer ponto do planeta simplesmente acionando o GPS, e viajar ao redor do mundo ficou muito mais acessível, é quase impossível imaginar que muitas das maiores descobertas realizadas pelos grandes navegadores ocorreram quase às escuras, ou seja, sem uma noção precisa da posição da embarcação rumo ao desconhecido.

Desde a Antiguidade, o ser humano tem se lançado ao mar, ao sabor dos ventos e das correntes marinhas. Durante os anos de apogeu das conquistas ibéricas, os navegadores dispunham somente da bússola e do astrolábio. Todas as descobertas marítimas realizadas por Portugal e Espanha nos séculos XV e XVI foram fruto de empreitadas que envolviam enormes riscos e uma dose incrível de ousadia, pois ainda não havia o pleno domínio de técnicas que permitissem definir o local exato em que se encontrava uma embarcação. Apesar dos relatos de diversas viagens bem-sucedidas, são inúmeras as histórias de naufrágios e incidentes trágicos provocados pela falta de orientação dos navegantes.

A falta de direção



Saber a latitude não era problema. Os círculos que "cortam" o planeta paralelamente à linha do equador, baseados na posição da Terra em relação ao Sol ou à Lua, já eram conhecidos desde a Antiguidade. Estabelecer a longitude sempre foi uma tarefa difícil; afinal, não havia um ponto fixo natural que pudesse servir de referência. Com o crescimento do comércio marítimo entre o Oriente e o Ocidente e a expansão do poder das nações mais adiantadas para além de suas fronteiras, surgiu a necessidade de conhecer rotas seguras. Era, portanto, vital conhecer um método para medir com precisão a longitude.

Guiar-se pelas estrelas era a prática mais utilizada, mas resultava ineficaz durante o dia ou em noites nubladas ou sob nevoeiro. Determinar a longitude passou a ser uma das mais graves questões científicas dos séculos XVII e XVIII, e grandes cientistas, como Galileu Galilei, Cassini e Isaac Newton, dedicaram tempo e talento para solucioná-la. Na época, com a invenção da luneta, havia um fascínio pela observação dos astros celestes, e muitos buscavam nas estrelas as respostas para problemas terrenos. O próprio Galileu deu um importante passo ao descobrir os satélites de Júpiter, cuja trajetória ajudaria a estabelecer um parâmetro para medir a longitude.

LEGENDA: Astrolábio do século IX.

FONTE: Bridgeman Art/Keystone/Biblioteca Nacional de Cartografia, Paris, França.

LEGENDA: Livros e instrumentos - entre eles, um relógio de pêndulo do século XVII - que pertenceram a Galileu Galilei.

FONTE: Erich Lessing/Album/Latinstock

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Devido ao incremento empreendido por países capitalistas como Inglaterra, França e Holanda ao tráfego marítimo, era mais do que urgente tornar a navegação uma atividade mais confiável e segura, sob o risco de se perder uma carga valiosa ou, pior ainda, de ceifar vidas humanas. Foi justamente uma tragédia que precipitou a busca por uma solução. Em 1707, quando a frota de cinco navios de guerra ingleses comandada pelo Almirante Clowdesley Shovell tentava retornar ao porto de Londres, após vencer um combate com tropas francesas, formou-se um denso nevoeiro que durou doze dias. O capitão consultou seus oficiais e, seguindo a intuição de todos, concluiu que apesar da intensa neblina os navios estavam em posição segura e podiam seguir rumo ao norte para atingir a Inglaterra. No entanto, eles estavam cerca de 32 quilômetros fora da rota pretendida. O engano foi fatal: três embarcações se chocaram contra os rochedos e o acidente provocou a morte de 2 mil homens.

O Decreto da Longitude



Depois desse grave acidente, empresários, capitães e marinheiros e a força militar naval da Inglaterra pressionaram o governo inglês para estabelecer métodos mais seguros de navegação. Para isso, fazia-se urgente descobrir como medir a longitude. Várias medidas foram adotadas, porém nenhuma de efeito prático, até que, em 1714, o Parlamento Inglês promulgou o Decreto da Longitude, uma lei que estabelecia um prêmio de 20 mil libras para quem descobrisse como medir a longitude. Foi criado um comitê especificamente voltado para avaliar as propostas, formado pelos mais renomados cientistas da época, entre os quais, o astrônomo Edmond Halley, diretor do Observatório de Greenwich.

Havia, na ocasião, duas vertentes para as quais as pesquisas se direcionaram. Uma delas, defendida pelos adeptos da Astronomia, acreditava que, assim como a latitude podia ser encontrada pela observação do céu, a longitude também dependia de referências estelares. Outra corrente achava que, para medir a longitude, era preciso construir um relógio preciso e resistente.

A longitude e as horas



A divisão da Terra em meridianos era um conceito conhecido havia muito tempo. Sabia-se que, para dar uma volta completa em torno do seu próprio eixo, o planeta levava 24 horas. Como a Terra pode ser representada por uma esfera que pode ser dividida em 360 graus, em sua rotação ela avança 15 graus a cada hora. Assim, bastava comparar o horário local com a hora do ponto de partida, naquele mesmo instante, para saber quantos graus se avançou. Uma vez definido um meridiano como marco zero, seria possível definir em que longitude a embarcação se encontrava. No entanto, para que se pudesse medir esse percurso com uma margem razoável de erro, era necessário um relógio muito preciso e que suportasse as condições adversas a bordo de um navio, como variações de temperatura, balanço provocado pelas tempestades, etc.

CHINEN, Nobu. Conhecimento prático - Geografia. São Paulo: Escala Educacional, 2009. n. 24, p. 34-39.

LEGENDA: Relógio H4, primeiro cronômetro marinho, criado em 1759 pelo inglês John Harrison.

FONTE: Oli Scarff/Getty Images

Ícone: Não escreva no livro.

- Com base no que você estudou no capítulo e no texto anterior, faça o que se pede.



1. Explique o que foi o episódio conhecido como o "Decreto da Longitude".

2. Situe o contexto histórico-econômico em que o meridiano de Greenwich foi definido como o meridiano inicial.

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Refletindo sobre o conteúdo

Ícone: Atividade interdisciplinar.

Consulte um atlas geográfico para responder às questões 1, 2 e 3.

1. Atividade interdisciplinar: Geografia, História e Física. Leia abaixo um texto de historiadores brasileiros sobre a bússola.

LEGENDA: Bússola

FONTE: AlexStar/istockphoto/Getty Images

A bússola, já integrada à navegação mediterrânea desde o século XI, ao que parece, foi acoplada à rosa dos ventos pelos nautas portugueses e a partir daí amplamente utilizada. Sua aplicação liberava os nautas de complicados cálculos astronômicos e sua importância prática já foi comprovada à precisão do relógio mecânico. Na verdade, a imposição da bússola como instrumento de navegação pode ser enquadrada na tendência de superação de supersticiosas influências medievais que o ciclo das navegações propiciou...

AQUINO, Rubim Santos Leão de et al. Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 81.

a) Comente qual foi a importância da bússola para as navegações.

b) Explique o que é um relógio mecânico.

c) Dê um exemplo do que se pode entender como uma "supersticiosa influência medieval".

2. Indique o(s) principal(is) paralelo(s) ou meridiano(s) que atravessa(m) os seguintes lugares:

a) Brasil.

b) Índia.

c) Austrália.

d) Finlândia.

e) África do Sul.

f) Argentina.

g) África.



3. Determine a latitude e a longitude aproximadas dos seguintes lugares:

a) Valência (Espanha).

b) Kiev (Ucrânia).

c) Sydney (Austrália).

d) Divinópolis (Minas Gerais, Brasil).

4. Em um planisfério político, trace as coordenadas geo gráficas indicadas a seguir e identifique que lugares foram localizados, aproximadamente, em cada uma delas.

a) 60° de latitude norte e 10° de longitude leste.

b) 32° de latitude sul e 116° de longitude leste.

c) 30° de latitude norte e 90° de longitude oeste.

d) 40° de latitude norte e 10° de longitude leste.

5. Leia o texto a seguir.

[...] ao longo de 85 anos, os marinheiros portugueses tinham procurado atingir a Índia navegando em direção ao sul - eles foram descendo pela costa da África até encontrar uma passagem que os levasse para o Oriente. E nada faria com que, naquele momento, eles modificassem sua rota e seguissem para oeste, tal qual fez o genovês Cristovão Colombo que, ao navegar em direção contrária aos portugueses, não descobriu a Índia - como jurava ter descoberto - mas sim a América.

VELHO, Álvaro. O descobrimento das Índias: o diário da viagem de Vasco da Gama. São Paulo: Objetiva, 1998. p. 11.

- Explique o erro dos marinheiros portugueses.

6. Atividade interdisciplinar: Geografia e Matemática. A construção de coordena das não é de uso exclusivo da Geografia. Procure aplicar o que você já aprendeu em Matemática e as noções deste capítulo para escrever um texto que estabeleça a relação entre coordenadas geográficas e coordenadas cartesianas. Se necessário, converse com os professores das duas disciplinas.

7. Justifique a importância do conhecimento das coordenadas geográficas e do traçado das linhas imaginárias para o estudo dos fenômenos geográficos.

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capítulo 3. A medida do tempo no espaço geográfico

LEGENDA: Nestas imagens podemos notar que o tempo é um dos aspectos fundamentais da transformação das paisagens no espaço geográfico.
A:
Bairro da Cidade Velha com Catedral da Sé e baía do Guajará ao fundo. Na imagem é possível distinguir também, em segundo plano, o mercado Ver-o-Peso (construção de 1625). Belém (PA), foto de c. 1910.
B:
A mesma vista de Belém, mais aproximada, com destaque para o mercado Ver-o-Peso. Belém (PA), 2015.

FONTE: (A) Coleção particular/Arquivo da editora; (B) Fernando Araújo/Futura Press



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O movimento de rotação, os dias e as noites

A organização do espaço geográfico é resultado dos movimentos da sociedade através do tempo. Para entender essa relação, pensemos nas diferentes escalas de tempo.

Nossa vida é regulada por horas, dias, meses e anos; espaços de tempo que definem períodos mais longos, como as eras, que medem o tempo geológico desde as primeiras manifestações de vida na Terra, e os séculos, que usamos para datar a história da humanidade.

Se considerarmos os fatores naturais, o tempo no espaço geográfico é determinado pelos dois principais movimentos que a Terra realiza no espaço: o movimento de rotação e o movimento de translação.

A Terra leva 24 horas para realizar o movimento de rotação em torno de si mesma ou de seu eixo imaginário. Nesse movimento, o planeta gira de oeste para leste, a uma velocidade média de 1.649 km por hora, na altura do equador, e vai diminuindo em direção aos polos.

O tempo que a Terra demora para dar uma volta completa em torno de si mesma é chamado dia solar e dura 24 horas, baseado no nascer e no pôr do sol. Porém, a nossa vida diária é regulada pelo dia civil, estabelecido em 1925 em um acordo internacional. O dia civil tem a mesma duração de 24 horas, mas, ao contrário do dia solar, não é marcado pelo aparecimento e desaparecimento do Sol no horizonte. Pela convenção, ficou determinado que o dia civil começa depois da meia-noite.

FONTE: Adaptado de: INSTITUTO GEOGRÁFICO MILITAR (IGM). Atlas de la República de Chile. Santiago (Chile): IGM/Ministerio de Educación Pública, 2014. p. 12. Ilustração esquemática, sem escala. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Consequências do movimento de rotação

Quando há um campeonato mundial de futebol, de vôlei ou uma corrida de Fórmula 1 em países do Oriente, quem quiser acompanhar a transmissão do evento ao vivo, no Brasil, tem de levantar muito cedo ou ficar acordado de madrugada.

Eventos esportivos em horários tão diferentes dos nossos podem ser explicados pela diferença de horário existente entre os países. A hora local de uma cidade é dada pelo fuso horário, recurso criado para medir o tempo nas diferentes partes do mundo (veja mais detalhes sobre fusos horários no próximo item). A cidade de Pequim (ou Beijing, como também é conhecida), por exemplo, que está localizada a leste do meridiano de Greenwich e já foi sede dos Jogos Olímpicos, tem seu horário adiantado em 11 horas em relação à cidade de Brasília, capital do Brasil, que fica a oeste desse meridiano. Assim, enquanto em Brasília são três horas da tarde (15 horas), em Pequim já são duas horas da manhã do dia seguinte.

Além dos fusos horários, outro critério estabelecido pelo ser humano para lidar com fenômenos e aspectos naturais do nosso planeta é a definição dos pontos cardeais, que permitem a orientação no espaço geográfico: norte e sul, os dois extremos do eixo de rotação da Terra; leste (onde o Sol desponta) e oeste (onde o Sol se põe), fixados pelo próprio movimento de rotação.

São consequências do movimento de rotação da Terra:

- a sucessão dos dias e das noites, que regula a organização e o planejamento das nossas atividades;

- o movimento aparente do Sol, que surge no Oriente e se oculta no Ocidente;

- a formação das correntes marítimas, que podem ser alteradas pelo desvio dos ventos, influindo na navegação marítima e na localização de áreas pesqueiras.

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Além disso, vale também ressaltar que a comunicação entre os continentes tem sido beneficiada pela utilização de satélites artificiais que acompanham o movimento de rotação da Terra.

Os fusos horários

A diferença de horas entre os vários lugares da Terra criou a necessidade de estabelecer uma forma comum de marcar a hora local. Foi definido um sistema de 24 fusos horários, 12 faixas para leste e 12 para oeste, que resultam da divisão da circunferência terrestre pelas 24 horas do dia. Esse sistema pode ser explicado da seguinte maneira:

Ao girar, a Terra expõe ao Sol a superfície terrestre, que tem 360° de circunferência. Considerando que o planeta leva 24 horas para realizar seu movimento de rotação, veremos que, a cada hora, o Sol ilumina uma faixa de 15° na superfície terrestre (360° : 24 = 15°). Essas faixas são chamadas fusos horários.

Exatamente no meio de cada uma dessas faixas (7°30') passa um meridiano que determina a hora local do fuso, chamada hora legal. Geralmente, a hora legal de cada lugar é determinada pela hora legal de seu fuso. Para economizar energia, alguns países adiantam a hora legal no verão. É o horário de verão, que altera ainda mais as diferenças entre os fusos.

A contagem dos fusos inicia-se no meridiano de Greenwich, o meridiano inicial. A hora marcada nesse meridiano é conhecida como GMT (Greenwich Mean Time - Hora Média de Greenwich), e o primeiro fuso - o fuso de Londres - está compreendido entre 7°30' O e 7°30' L do meridiano inicial, totalizando os 15° que formam um fuso horário. Levando em consideração que a Terra, em seu movimento de rotação, gira de oeste para leste e que o Sol surge primeiro nos lugares situados a leste, sempre que caminhamos nessa direção as horas aumentam. No sentido contrário (oeste), as horas diminuem. Portanto, todos os fusos a leste do meridiano de Greenwich têm seus horários adiantados e todos os fusos a oeste têm seus horários atrasados em relação ao meridiano inicial.

Alguns países estabeleceram modificações no traçado dos fusos para que as horas coincidissem dentro do limite de países, estados, etc. Essa modificação distingue a divisão das faixas em fuso horário teórico (em que a divisão das faixas é exata) e fuso horário político ou civil (em que ocorre a acomodação de determinada faixa em relação aos limites estaduais ou nacionais de um país). Observe a acomodação dos traçados dos fusos no mapa abaixo.

LEGENDA: A adoção do fuso horário político ou civil facilita as relações entre comércio, bancos e meios de transporte.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 35. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora



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Boxe complementar:

Fusos horários do Brasil e horário de verão

A principal consequência de o Brasil estar localizado totalmente no hemisfério ocidental é que os fusos horários do país são todos atrasados em relação ao meridiano de Greenwich.

Em razão de sua grande extensão territorial, o Brasil apresenta quatro faixas de fusos horários. A hora oficial do Brasil é a de sua capital, Brasília.

Veja abaixo o mapa de fusos horários do Brasil.

Os fusos horários brasileiros são alterados durante a vigência do horário de verão, adotado com o objetivo principal de reduzir o consumo de luz artificial. Durante os meses de verão, o Sol aparece antes que a maioria das pessoas tenha se levantado. Quando os relógios são adiantados, a luz do dia é mais bem aproveitada, pois a maioria da população passa a acordar, trabalhar, estudar, etc. em consonância com a luz do Sol.

Veja a seguir o mapa de fusos horários brasileiros com os estados que adotam o horário de verão.

FONTE: Adaptado de: OBSERVATÓRIO NACIONAL. Disponível em: http://pcdsh01.on.br/Fus.br.htm. Acesso em: 20 set. 2015. * Fusos horários adotados na hora legal brasileira em referência ao Tempo Universal Coordenado (UTC). CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

FONTE: Adaptado de: OBSERVATÓRIO NACIONAL. Disponível em: http://pcdsh01.on.br/FusoBR_HVCorrente.htm. Acesso em: 20 set. 2015. * Fusos horários adotados na hora legal brasileira em referência ao Tempo Universal Coordenado (UTC). CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

O contexto internacional do horário de verão

A Alemanha foi o primeiro país a adotar o horário de verão, em 1916, pois havia a necessidade de economizar energia a fim de se fortalecer para a guerra. A partir de então, diversos países do mundo passaram a adotar a medida, sempre com o objetivo de usar de forma racional a energia elétrica.

Atualmente, vários países no mundo adotam o horário de verão, alterando o horário convencional para aproveitar a luminosidade natural. No Brasil, o horário de verão tem vigorado anualmente desde 1985, embora a medida tenha sido aplicada desde 1931/1932, em períodos não consecutivos. O período de vigência é variável, mas em média a duração tem sido de 120 dias por ano, nos últimos vinte anos.

Boa parte dos países que adotam essa medida está situada nas regiões consideradas tropicais, como Brasil e Paraguai, na América do Sul; Cuba, Honduras, Guatemala e Haiti, na América Central; México, na América do Norte; Austrália, na Oceania; Egito e Marrocos, na África.

Nos Estados Unidos, o horário de verão começa geralmente no primeiro domingo de abril e dura até o último domingo de outubro. No entanto, os estados da Federação têm certa autonomia para definir as regras dessa medida.

Na União Europeia também é adotado o horário de verão, que se inicia no último domingo de março e finaliza no último domingo de outubro.

Fim do complemento.

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A Linha Internacional de Data

A Linha Internacional de Data - oposta ao meridiano de Greenwich - determina a mudança de data civil no planeta. Por isso, ao cruzar essa linha, a data deve ser alterada, dependendo da direção para a qual se viaja. Por exemplo, quem sai do México, do Brasil ou dos Estados Unidos em voo direto para Tóquio numa segunda-feira chegará lá na terça-feira. Leia mais sobre esse assunto no texto da seção Ampliando o conhecimento, a seguir, e você vai entender por que isso acontece.

Boxe complementar:



Ampliando o conhecimento

O lugar onde o calendário muda



Existe uma linha que corta o globo de polo a polo, onde a data dá um salto de um dia.

Imagine que você resolva fazer uma viagem diferente no fim do ano: uma travessia pelo oceano Pacífico, a bordo de um transatlântico. Uma noite, no final do jantar, o navio em mar aberto, o comandante anuncia: "Atenção, senhoras e senhores! Vamos brindar o Ano-Novo!".

É exatamente meia-noite de 30 de dezembro. Como é possível pular o dia 31? Os passageiros ficam intrigados. O que existe de diferente nesse pedaço do mundo? É como se ali, num ponto qualquer, perdido em pleno mar, o tempo de repente sofresse uma descontinuidade, fazendo o calendário pular de 30 de dezembro para 1º de janeiro. O mais estranho de tudo é que a hora continua a mesma: meia-noite. Você saberia resolver esse enigma?

É que, exatamente à meia-noite de 30 de dezembro, o navio cruzava a Linha Internacional de Data. Essa linha corta o globo terrestre do polo norte ao polo sul, seguindo mais ou menos o meridiano de 180°, do lado oposto ao meridiano de Greenwich, na Inglaterra. A partir de Greenwich são acertados os relógios de todo o mundo, pelos fusos horários. A leste dele, adianta-se uma hora, a cada 15 graus.

Só que, quando se chega à Linha Internacional de Data, não é o relógio que muda, e sim a folhinha: a leste da linha, voltamos 24 horas no tempo. Ou seja, quem atravessa essa linha de oeste para leste volta para ontem. Sabe por quê? Para acertar o calendário.

Veja a seguir o problema que teríamos, por exemplo, se apenas contássemos as horas, a cada fuso horário.

Suponha que é meia-noite do dia 30 de dezembro e você está em São Paulo (desconsidere o horário de verão). Se ligar para outra cidade, mais a leste, digamos a Cidade do Cabo, na África do Sul, vai ver que lá serão 4 horas da manhã do dia 31 de dezembro, porque a cidade fica cinco fusos horários a leste. Quanto mais a leste mais tarde será. No Japão já será meio-dia, e, no Havaí, 6 horas da tarde. Da mesma forma, no Peru seriam 23 horas, também do último dia do ano. Assim, se completasse a volta ao mundo, você chegaria à conclusão de que seu vizinho de oeste já estaria vivendo a meia-noite do dia 31, mas você ainda estaria no dia 30.

Para assinalar uma única data, é preciso fazer um acerto em algum ponto. Então, por convenção, diminui-se um dia quando se passa pela Linha Internacional de Data, de oeste para leste. Para evitar problemas no dia a dia das pessoas, a Linha Internacional de Data não segue exatamente o meridiano de 180°. Ela faz algumas curvas, desviando-se de ilhas e regiões em terra firme onde possam existir comunidades.

Veja um exemplo da confusão que reinaria numa cidade cortada pela Linha Internacional de Data. No caso de inflação alta, o cliente de um banco poderia ganhar um bom dinheiro apenas atravessando a rua. Bastaria fazer um depósito na agência bancária do lado leste da cidade e retirar o dinheiro em outra agência, do lado oeste. Ele lucraria os juros de um dia em poucos minutos. E mais: os compromissos teriam de ser marcados levando em conta o lado da cidade onde cada pessoa mora. Ou seja, todos teriam de manipular duas agendas.

DAMINELI NETO, Augusto. O lugar onde o calendário muda. Superinteressante, São Paulo: Abril, n. 98, nov. 1995. p. 82-84.

LEGENDA: Placa em local turístico onde passa a Linha Internacional de Data, em Taveuni Island, nas ilhas Fiji, em 2015.

FONTE: Bonnie Jackson/www.equatordiving.com

Fim do complemento.


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