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14. (UFU-MG) O mapa topográfico contém informações de relevo, codificadas em curvas de nível, dispostas de forma mais ou menos concêntricas, conforme a representação cartográfica a seguir.

FONTE: Adaptado de: http://async.com.br/. Acesso em: abr. 2006.

A partir das informações contidas na figura, é possível afirmar que no local assinalado pela letra A temos:

a) uma depressão.

b) as maiores altitudes.

c) uma depressão e um lago.

d) um rio.

15. (UFPE) Examine, com atenção, a figura a seguir.

FONTE: www.ilhadomelonline.com.br

Ela nos permite afirmar que:

1. nela estão representadas, esquematicamente, linhas que unem pontos os quais possuem a mesma pressão atmosférica.

2. a situação A corresponde a uma topografia colinosa e simétrica.

3. nas situações A e B estão representadas linhas que unem pontos que têm a mesma cota.

4. a declividade de um terreno pode ser indicada pelas chamadas "curvas de nível".

5. a situação B indica uma colina assimétrica, com área de convergência de fluxos d'água.

A sequência correta seria:

a) V, V, V, F, F.

b) F, V, F, V, V.

c) F, V, F, V, F.

d) F, V, V, V, V.

e) V, F, F, F, V.

Questões de vestibular

Ícone: Não escreva no livro.



1. (Unicamp-SP) A ilustração abaixo representa a constelação de satélites do Sistema de Posicionamento Global (GPS) que orbita em volta da Terra.

Um estudo histórico, ilustrado por mapas, revela como a extensão do território brasileiro aumentou ao longo do tempo.

a) Qual a finalidade do GPS? Como esses satélites em órbita transmitem os dados para os aparelhos receptores localizados na superfície terrestre?

b) Defina latitude e longitude.



2. (Unicamp-SP)

As cartas e as fotografias tomadas de avião ou de satélites [...] representam porções muito desiguais da superfície terrestre. Algumas cartas topográficas representam, mediante deformações calculadas e escolhidas, toda a superfície do globo; outras, a extensão de um continente; outras ainda, a de um Estado, de uma aglomeração urbana; algumas cartas representam espaços de bem menor envergadura; uma pequena cidade, uma aldeia. Há planos de bairros e mesmo de habitação.

LACOSTE, Yves. Os objetos geográficos. Em: Seleção de textos. n. 18. São Paulo: AGB, 1988. p. 9.

a) Quais são os principais elementos cartográficos que ocasionam as "deformações calculadas e escolhidas", mencionadas pelo autor?

b) Seguindo a sequência de raciocínio do autor na delimitação geográfica, que vai da superfície do globo à habitação, indique quais as escalas cartográficas mais apropriadas aos estudos geográficos nesses dois casos.



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3. (UFG-GO) Observe as figuras a seguir.

As figuras anteriores apresentam dois tipos de representação do relevo. A análise dessa representação orienta o uso e a ocupação do espaço. Tendo-as como referência

a) Identifique o tipo de representação do relevo utilizado em cada uma das figuras.

b) Identifique entre as áreas A, B e C, destacadas nas figuras, a área propícia à realização da agricultura mecanizada e explique por que essa área é a mais adequada para essa atividade e como esse aspecto pode ser observado nas figuras apresentadas.

Outras fontes de reflexão e pesquisa

Filmes


- A batalha dos mares

Direção: Peter Berg. Estados Unidos, 2012, 119 minutos.

Filme de ficção científica e guerra norte-americano, baseado no jogo de tabuleiro batalha-naval. Satélites, cartas de navegação, mapas digitais, GPS e coordenadas geográficas são utilizados, permitindo que o uso desses instrumentos seja mais facilmente compreendido.

- As montanhas da Lua

Direção: Bob Rafelson. Estados Unidos, 1990, 130 minutos.

Em 1850, dois oficiais britânicos, capitão Richard Burton e tenente John Speke, começam uma aventura para descobrir a nascente do Nilo, ao mesmo tempo que modificam os mapas da região.

Livros

- Cartografia básica



Paulo Roberto Fitz. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.

Obra que aborda os principais conceitos e suas derivações sobre Cartografia; problemas de representação geográfica e técnicas mais adequadas de resolução, além de tecnologias mais avançadas, como o geoprocessamento.

- Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola - Coleção Caminhos da Geografia

Rosângela Doin de Almeida. São Paulo: Contexto, 2006.

O livro reúne os principais conceitos relativos à Cartografia.

- Geoprocessamento sem complicação

Paulo Roberto Fitz. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. A obra atende à crescente popularização do sensoriamento remoto para aquisição de dados por meio das imagens de satélite, em programas televisivos e pelo Google Earth. Mostra desde a conceituação das bases de dados para a construção de Sistemas de Informações Geográficas (SIGs), sua estrutura, seu comportamento e suas principais funções, até as técnicas de geoprocessamento, sem descuidar da base cartográfica e dos critérios de decisão que alimentam o processamento.

Sites


- http://earth.google.com

Neste site é possível viajar pelo mundo por meio das mais modernas técnicas de Cartografia.

- www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar/index.shtm

Você encontra informações sobre a história da Cartografia, seus principais conceitos e técnicas.

- www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar/mapas_mundo.shtm

Aqui você pode consultar diversos mapas temáticos de países do mundo.

- www.ibge.gov.br

No site geral do IBGE, pode-se consultar mapas físicos, políticos, temáticos e interativos (digitais), do Brasil e de outros países.



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unidade 3. Litosfera e relevo terrestre

LEGENDA: Limites divergentes entre as placas tectônicas norte-americana e europeia, em Thingvellir National Park, na Islândia. Foto de 2013.

FONTE: Wolfgang Pölzer/Alamy/Latinstock

Nesta Unidade vamos estudar a litosfera, camada externa da Terra que está sempre em construção e em transformação pela dinâmica natural dos agentes transformadores do planeta. Vamos conhecer as estruturas geológicas e as formas de relevo que servem de suporte para as atividades humanas que nela acontecem e que muitas vezes provocam impactos ambientais preocupantes, como a erosão e a poluição dos solos. Veremos também que, apesar de todo o avanço tecnológico, alguns fenômenos naturais, como os terremotos e as erupções vulcânicas, não podem ser controlados, e acabam causando grandes prejuízos e danos para a sociedade.

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capítulo 6. Litosfera: evolução geológica da Terra

LEGENDA: Acima, uma montagem de imagens obtidas por satélites, em 2013, mostra a configuração atual do planeta Terra. Entretanto, os continentes e oceanos nem sempre foram como conhecemos hoje. Para entender como o planeta chegou a essa configuração, é preciso compreender o processo de formação da Terra e suas esferas, a Teoria da Deriva dos Continentes e a Teoria das Placas Tectônicas.

FONTE: ESA-Agência Espacial Europeia/Arquivo da editora



As esferas da Terra

A litosfera é a camada mais superficial do planeta Terra. Formada por rochas e minerais, ela faz parte do cenário onde se desenvolve a vida na superfície terrestre. Esse cenário, porém, é mais complexo e envolve também outras camadas, ou esferas, intimamente relacionadas entre si. Vejamos quais são elas.

Glossário:

Litosfera: é a esfera da Terra formada por rochas e minerais.

Fim do glossário.

- Atmosfera: esfera gasosa que envolve a Terra.

- Hidrosfera: compreende as águas oceânicas, as águas dos rios e dos lagos, as águas subterrâneas e as da chuva.

- Biosfera: esfera onde estão os seres vivos.

As relações entre a litosfera, a atmosfera e a hidrosfera envolvem importantes processos: a erosão, que modela o relevo terrestre; o ciclo da água; os fenômenos meteorológicos que podemos perceber no nosso dia a dia, como chuva, nevoeiro, queda de neve; entre outros.

A biosfera, por sua vez, estabelece as inter-relações entre as demais esferas: compreendendo toda a matéria orgânica pertinente à vida na superfície da Terra, ela forma o que chamamos meio ambiente, que permite o desenvolvimento da vida no planeta.

A ilustração da página 72 representa as relações entre essas camadas.

Neste capítulo estudaremos a formação e a evolução da litosfera, ou esfera de rochas, ao longo do tempo geológico, a fim de entender como o planeta assumiu a atual configuração.

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FONTE: Luis Moura/Arquivo da editora



O tempo geológico conta a história da Terra

Para o estudo da formação da Terra, utilizamos uma noção de tempo bem mais ampla do que dias, anos, séculos e milênios, usados para regular o tempo das sociedades humanas; empregamos o tempo geológico, medido em milhões e bilhões de anos.

Como se vê, a noção de tempo para a Geologia é muito mais ampla do que para a História. Para a Geologia, um milhão de anos é um espaço de tempo "relativamente curto". O tempo geológico é dividido em quatro unidades que se diferenciam por sua duração temporal. Em ordem decrescente dessa duração, temos: éons, eras, períodos e épocas.

O conjunto formado pelas unidades de tempo geológico é conhecido como escala geológica. Observe abaixo a ilustração que representa essa escala.

FONTE: Adaptado de: PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. 4ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 266. CRÉDITOS: Luis Moura/Arquivo da editora

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Tabela: equivalente textual a seguir.

FONTE: PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. 4ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 248.

Boxe complementar:



Contexto e aplicação

Atividade interdisciplinar: Geografia e Química.

Métodos de datação

Vários métodos são empregados para determinar a idade de fósseis e estruturas geológicas, o que permite reconstituir a história da Terra, embora nem sempre seja possível obter datações precisas. Os principais são: a termoluminescência e os métodos de datação, baseados na medição da radioatividade (carbono-14, urânio-238, tório-230, potássio-árgon). A termoluminescência consiste na medição da luminosidade que algumas substâncias apresentam quando aquecidas. Por exemplo, ao ser aquecido, um objeto emite certa luminosidade em razão da radioatividade presente em sua massa; essa luminosidade é que vai indicar o tempo decorrido desde sua fabricação. Quanto aos métodos de medição da radioatividade, o principal é o que mede o carbono-14, elemento radioativo que é assimilado pelos seres vivos. Quando o ser vivo morre, a quantidade desse elemento começa a decrescer, e com isso pode-se determinar a época em que ele morreu.

Glossário:

Termoluminescência: emissão de luz em virtude do aquecimento de minerais entre 50 °C e 475 °C.

Fim do glossário.

- Em grupo, realizem a atividade a seguir.

- Façam uma pesquisa mais detalhada sobre os métodos citados no texto que vocês acabaram de ler. Procurem saber que critérios são considerados na escolha do método de datação, justificando sempre as afirmações. O grupo deve apresentar suas conclusões para a classe.

Fim do complemento.

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Origem, formação e camadas da Terra

A Terra teve origem há cerca de 4,6 bilhões de anos, muito tempo depois da formação do Universo, que teria surgido há cerca de 13 a 15 bilhões de anos com uma grande explosão: o big-bang.

A teoria que explica a origem do planeta Terra é apenas uma hipótese. No início, ele foi, muito provavelmente, uma grande massa incandescente que apresentava em alguns pontos frias camadas rochosas. Envolta em gases, a Terra sofria ataques de pedaços de rochas, meteoritos e restos de planetas mais antigos, que abriam grandes crateras em sua superfície.

Ao mesmo tempo que perdia pedaços, e estes afundavam no manto derretido e se fundiam novamente, a crosta terrestre tornava-se mais grossa. Quando isso acontecia, eram emitidas nuvens de gases que envolviam todo o planeta. Esses gases deram origem a grande parte da atmosfera terrestre, porém essa atmosfera primitiva ainda não continha oxigênio. O oxigênio só passou a fazer parte da atmosfera quando os organismos fotossintéticos evoluíram.

Vulcões lançavam lavas e mais gases sobre a superfície que se formava, e as lavas ajudavam a engrossar a crosta. Os gases eram lançados na atmosfera juntamente com o vapor proveniente do resfriamento da Terra, e as nuvens formadas condensavam-se, fazendo com que caíssem as primeiras chuvas na crosta já resfriada, formando os primeiros lagos e oceanos nas partes mais baixas do relevo. Posteriormente, nas porções mais elevadas da superfície desenvolveram-se os primeiros continentes e as primeiras montanhas.

Em seu processo de formação, a Terra conheceu altíssimas temperaturas. Grande parte do planeta se fundiu e houve uma acomodação desigual de seus componentes. Os materiais mais pesados afundaram e formaram o núcleo; os mais leves flutuaram para a superfície e formaram a crosta. Assim, o interior da Terra formou-se com três diferentes camadas: a crosta, parte externa, composta de materiais leves; o manto, a camada intermediária; e o núcleo, composto de materiais mais densos, separados por um manto.

Na crosta distinguem-se duas porções: a crosta oceânica e a crosta continental. Com a parte superior do manto, a crosta forma a litosfera, que repousa sobre uma camada de material em estado de semifusão, denominada astenosfera, como mostra a figura a seguir.

O manto é formado por minerais, principalmente ferro e magnésio; apresenta temperaturas que variam entre 100 °C e 3.500 °C, e pode ser dividido em manto superior e manto inferior.

O núcleo, a camada mais profunda, é formado principalmente por ferro e níquel e apresenta alta temperatura e alta pressão.

Glossário:



Fotossintético: relativo à fotossíntese (processo no qual as plantas captam a energia luminosa e a convertem em energia química).

Magnésio: metal empregado principalmente em liga com alumínio.

Fim do glossário.

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2015. p. 10-11. CRÉDITOS: 87Luis Moura/Arquivo da editora

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Boxe complementar:



Leitura e reflexão

Atividade interdisciplinar: Geografia e Física.

O princípio da isostasia

O princípio da isostasia (do grego isos = igual e stasis = equilíbrio) explica o estado de equilíbrio dos blocos continentais que flutuam sobre o manto: os blocos mais pesados (cadeias de montanhas) mergulham mais profundamente no manto do que os mais leves (planícies e depressões). Por tanto, quanto mais alto e mais pesado for o bloco terrestre, maior será a parte mergulhada no manto, compensando sua altura.

Podemos dizer que o conceito de isostasia baseia-se no princípio do equilíbrio hidrostático de Arquimedes, que diz: "um corpo, para flutuar, desloca uma massa de água equivalente à sua própria massa". Porém, como o manto sobre o qual repousam os continentes não é comparável à água, uma vez que é um fluido mais viscoso, o equilíbrio não é tão perfeito como o hidrostático, daí a denominação equilíbrio isostático.

A crosta continental (menos densa) flutua sobre o manto e se aprofunda nele como um iceberg no oceano (observe as imagens abaixo). Nos locais onde o manto é mais espesso, o mergulho da crosta continental é mais profundo. Assim, o volume relativamente menos denso da crosta em relação ao manto permite que as montanhas mais altas se equilibrem, do mesmo modo que o volume submerso do iceberg, mais leve do que o volume de água deslocado, permite que ele flutue.

LEGENDA: Iceberg

FONTE: Luis Moura/Arquivo da editora

LEGENDA: Isostasia

FONTE: Luis Moura/Arquivo da editora

- Dê um exemplo diferente do que foi citado no texto para ilustrar o princípio da isostasia.

Fim do complemento.



A origem dos continentes

A atual configuração dos continentes na superfície da Terra resultou de um processo que levou à fragmentação e ao afastamento das terras emersas a partir de um bloco único, denominado Pangeia.

Desde o final do século XVI, outros cientistas já suspeitavam de que os continentes se movimentavam. Em 1596, o cartógrafo holandês Abraham Ortelius (1527-1598), em seu livro Thesaurus geographicus (Tesouros geográficos), chamou a atenção para os vestígios de uma possível separação dos continentes no passado, com base na similaridade geométrica das linhas costeiras dos continentes europeu, africano e americano: o encaixe entre Europa e América do Norte, e entre África e América do Sul.

No século XIX, suas ideias foram retomadas pelo geógrafo francês Antonio Snider-Pellegrini (1802-1885), que inseriu, em sua obra A criação e seus mistérios desvendados, um mapa elaborado em 1858, mostrando que a América e a África já teriam formado um único continente. Snider-Pellegrini baseou-se principalmente em evidências paleontológicas, como a presença de fósseis de plantas e animais idênticos encontrados em diferentes partes da Terra - hoje separadas -, por exemplo, mas que teriam vivido nos mesmos lugares, em épocas anteriores.

Glossário:

Paleontológica: referente a formas de vida que existiram em períodos geológicos passados.

Fim do glossário.

Apresentamos a seguir duas teorias que se complementam e que procuram explicar as etapas desse processo, responsável também pela formação do relevo da Terra e pelas transformações que ocorrem na crosta.

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LEGENDA: Em 1858, o geógrafo Antonio Snider-Pellegrini fez esses dois mapas para mostrar como a África e a América do Sul se encaixavam.

FONTE: Adaptado de: TERRE. In: FUTURA-SCIENCES.COM. Disponível em: www.futura-sciences.com/magazines/terre/infos/actu/d/geologie-derive-continents-alfred-wegener-100-ans-43241/. Acesso em: 10 out. 2015. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

- Teoria da Deriva dos Continentes, defendida pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener (1880-1930), em 1912;

- Teoria das Placas Tectônicas, desenvolvida na década de 1960 pelos geólogos americanos Harry Hess (1906-1969) e Robert Dietz (1914-1995), que comprovaram e explicaram melhor a Teoria da Deriva dos Continentes, como veremos a seguir.

Teoria da Deriva dos Continentes

Em 1912, o meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener retomou as ideias de Ortelius e de Snider-Pellegrini, elaborando a Teoria da Deriva dos Continentes. Segundo Wegener, há 200 milhões de anos teria existido um único supercontinente, a Pangeia (do grego, 'todas as terras'), cercado por um único oceano, o Pantalassa (palavra grega que significa 'todos os mares'). Nessa época, a Pangeia teria iniciado seu processo de fragmentação, dando origem aos atuais continentes.

Assim como sugeriu Ortelius, a principal evidência da teoria de Wegener era a possibilidade de um encaixe perfeito entre a costa ocidental da África e a costa oriental da América do Sul. Mais perfeito seria esse ajuste se fossem consideradas as plataformas continentais dos dois continentes. Além disso, a teoria se fundamentava também em evidências paleontológicas, paleoclimáticas e nas semelhanças das estruturas geológicas das terras analisadas. As semelhanças maiores estariam entre Europa e América do Norte e entre Austrália, África e Índia, além da citada anteriormente, entre África e América do Sul.

Glossário:

Paleoclimático: referente a climas que existiram em períodos geológicos passados.

Fim do glossário.

Outro grande defensor da Teoria da Deriva dos Continentes, Alexander du Toit (1878-1948), professor da Universidade de Johannesburgo, na África do Sul, propôs que, na Era Mesozoica, a Pangeia teria se dividido em dois continentes: Laurásia (América do Norte e Eurásia), ao norte, e Gondwana (América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia), ao sul. As duas partes eram separadas pelo mar de Tétis.

A partir daí, as divisões foram se sucedendo até os continentes atingirem sua configuração atual:

- Há mais ou menos 130 milhões de anos, a América do Norte separou-se da Eurásia.

- Há cerca de 125 milhões de anos, a América do Sul começou a se separar da África, formando o Atlântico Sul. A Antártida e a Austrália se afastaram da África, formando o oceano Índico.

- Há aproximadamente 65 milhões de anos, a Índia soltou-se da África e chocou-se com a Eurásia. Do choque surgiu a cordilheira do Himalaia. Com o isolamento das águas do Índico, formou-se o mar Mediterrâneo.

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FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2015. p. 12-13. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Apesar de seus estudos, Wegener não conseguiu explicar um ponto fundamental: por que os continentes teriam se movimentado pela superfície terrestre durante o passado da Terra. Por isso suas ideias foram recebidas com desconfiança pela comunidade científica da época e consideradas fantasiosas ou, até mesmo, absurdas. Após a morte de Wegener, em 1930, a Teoria da Deriva dos Continentes caiu no esquecimento.

Teoria das Placas Tectônicas

A possibilidade de ter havido uma "Deriva dos Continentes" voltou a ser considerada quando novas técnicas foram desenvolvidas e utilizadas na fabricação de equipamentos como o batiscafo e o sonar, que permitiram conhecer melhor o fundo dos oceanos.

Glossário:



Batiscafo: pequeno submarino utilizado no estudo das profundezas dos oceanos.

Sonar: equipamento que recolhe ecos do fundo dos oceanos.

Fim do glossário.

Durante a década de 1960, os geólogos americanos Harry Hess e Robert Dietz conseguiram a explicação para o que tanto intrigava Wegener. A resposta estava no fundo dos oceanos. Por isso suas conclusões, expressas a seguir, foram chamadas de Teoria da Expansão do Fundo dos Oceanos.

- As rochas do fundo dos oceanos são de formação mais recente do que as das bordas continentais.

- Ao longo das cordilheiras submarinas (dorsais oceânicas), abrem-se fendas por onde passa o material magmático, que após resfriar-se forma uma nova crosta, causando a expansão do fundo dos oceanos.

- Existem diferentes tipos de limite entre as placas tectônicas, o que permite que verdadeiras "esteiras rolantes submarinas" sejam responsáveis pela movimentação das placas tectônicas.

Assim, a retomada das ideias de Wegener sobre a deriva dos continentes e as descobertas sobre a expansão do fundo dos oceanos permitiram a elaboração da Teoria das Placas Tectônicas.

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FONTE: Adaptado de: PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. 4ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 54. CRÉDITOS: Luis Moura/Arquivo da editora

Glossário:

Rifte: fraturas na crosta oceânica e na continental, provocadas por forças tectônicas, que levam ao desenvolvimento de vales profundos.

Fim do glossário.

As placas tectônicas e seus limites

A litosfera não é uma crosta contínua: ela está dividida em placas com espessura bastante variada, as chamadas placas tectônicas ou litosféricas, que flutuam sobre a astenosfera, onde o material pastoso está em estado de semifusão (reveja a figura "Estrutura da Terra", na página 74).

As maiores placas tectônicas são: Norte-Americana, Sul-Americana, do Pacífico, Antártica, Indo-Australiana, Euro-Asiática e Africana. Existem também placas menores, como as de Nazca, de Cocos, do Caribe, da Anatólia, da Grécia e outras.

Como vimos, as placas movimentam-se sobre o manto. A velocidade dessas placas é de 2 a 3 cm/ano, com diferenças de uma placa para outra. No fundo dos oceanos, novas extensões de crostas se formam.

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2015. p. 13. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora


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