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Geralmente têm entre 100 e 500 metros de altitude. Segundo o professor Jurandyr Ross, "são áreas mais planas do que os planaltos". As depressões relativas situam-se acima do nível do mar, mas abaixo das regiões vizinhas. As depressões absolutas estão situadas abaixo do nível do mar.

O relevo submarino

Como mostra a figura abaixo, de acordo com a profundidade podemos diferenciar no relevo submarino alguns níveis com características próprias:

- Plataforma continental: com até 200 metros de profundidade a partir do nível do mar, é praticamente uma extensão do continente. Área de deposição de sedimentos, a maior parte vinda do continente, tornou-se um importante local de exploração e pesquisa de petróleo.

- Talude continental: declive acentuado, que marca o fim da plataforma continental.

- Região pelágica: as formas de relevo dessa região encontram-se em profundidades entre 1.000 e 5.000 metros.

LEGENDA: Vista do Pantanal, no município de Poconé, Mato Grosso, em época de cheia. Foto de 2014.

FONTE: Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo

- Região abissal: com mais de 5.000 metros de profundidade, é a região menos conhecida. Escuridão, frio e pressão provocada pelo enorme peso das águas oceânicas são as suas características principais. Mesmo assim, alguns animais se adaptaram a esse ambiente.

No fundo dos oceanos, encontramos formas de relevo semelhantes às do relevo continental. Veja algumas delas na figura abaixo.

As rochas e as formas de relevo estão sujeitas à ação de forças que agem tanto no interior como na superfície da Terra, como veremos no capítulo seguinte.

FONTE: Adaptado de: PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. 4ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 425-430. CRÉDITOS: Luís Moura/Arquivo da editora

Glossário:



Monte marinho: montanha submarina cujos picos não alcançam a superfície.

Planície abissal: planície localizada no leito dos oceanos (região pelágica).

Guyot: monte submarino, de topo aplainado, de origem vulcânica, que se ergue da planície abissal.

Dorsal mesoceânica: cadeia de montanhas localizada no fundo dos oceanos.

Ilha vulcânica: topo de vulcão submarino que alcança a superfície.

Fim do glossário.

Boxe complementar:

O nível do mar

O nível do mar marca o limite entre o relevo continental e o submarino. É o nível zero, usado para determinar as medidas de altitude e profundidade.

O relevo continental, com altitudes acima do nível do mar (com exceção das depressões absolutas), é chamado relevo hipsométrico (do grego hypsi, 'em cima, no alto'). O relevo submarino é o relevo batimétrico.

Glossário:



Batimétrico: relativo à batimetria, ciência que determina o relevo do fundo de área oceânica, lacustre, fluvial, etc.

Fim do glossário.

Fim do complemento.

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Refletindo sobre o conteúdo

Ícone: Atividade interdisciplinar.

1. Apresente situações que comprovem a importância das rochas para o desenvolvimento das sociedades humanas.

2. Identifique as estruturas geológicas representadas nas fotos abaixo e aponte três diferenças entre elas.

LEGENDA: Cordilheira dos Andes, vista de San Pedro do Atacama, Chile, em 2015.

FONTE: Rob Francis/Robert Harding/Agência France-Presse

LEGENDA: Parque Nacional do Pico da Neblina, no estado do Amazonas, em 2013.

FONTE: Governo Federal/Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 2013.

3. Atividade interdisciplinar: Geografia e Química. Leia a citação abaixo, depois faça o que se pede.

O termo rocha tem uma variedade de significados, mas para os geólogos ele se refere a um agregado sólido de um ou mais minerais...

WICANDER, Reed; MONROE, James S. Fundamentos de Geologia. São Paulo: Cengage Learning, 2009.

· Explique por que a estrutura geológica é importante para definir o tipo de relevo e as riquezas minerais que existem em uma região.

4. Atividade interdisciplinar: Geografia e Química. Sob a orientação do professor, faça uma pesquisa para organizar a montagem de um mostruário com alguns tipos de rochas e sua classificação. Se for possível, trabalhe no laboratório de Química.

5. Observe o mapa e, de acordo com seus conhecimentos e com o que você estudou neste capítulo, responda às questões abaixo.

FONTE: Adaptado de: SIMIELLI, M. E. Geoatlas. 34ª ed. São Paulo: Ática, 2013. p. 66. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

a) Qual é a forma de relevo predominante na África meridional?

b) Qual é a forma de relevo da baía de Delagoa, em Moçambique?

c) O lago Vitória - maior lago africano, situado entre Uganda, Tanzânia e Quênia - localiza-se sobre que forma de relevo?

Ícone: Não escreva no livro.



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capítulo 8. Agentes formadores e modeladores do relevo terrestre

LEGENDA: Os vulcões são uma das forças responsáveis pela formação e transformação do relevo terrestre, os chamados agentes modeladores do relevo. Na imagem, erupção do Piton de la Fournaise, um dos vulcões mais ativos do mundo, nas Ilhas Reunião - território ultramarino francês localizado no oceano Índico, a leste de Madagascar, África. Foto de 2015.

FONTE: Gilles Adt/Reuters/Latinstock



A dinâmica interna da Terra

As forças que criam e alteram as formas de relevo podem agir no interior da Terra (agentes internos) ou na superfície terrestre (agentes externos). Os movimentos das placas tectônicas são responsáveis pelos agentes modificadores do relevo originados no interior da Terra. A maior parte da atividade de deformação das rochas por forças internas ocorre nos limites das placas tectônicas, isto é, nos pontos de contato entre as placas, como vimos no Capítulo 6.

São agentes internos do relevo: o tectonismo, o vulcanismo e os abalos sísmicos.

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Tectonismo

O tectonismo ou diastrofismo compreende todos os movimentos que deslocam e deformam as rochas que constituem a crosta terrestre. Manifesta-se por movimentos verticais ou epirogênicos (do grego épeiros = continente) e horizontais ou orogênicos (do grego óros = montanha).

Movimentos epirogênicos

São movimentos que provocam abaixamento ou soerguimento da crosta terrestre. Ocorrem, muito lentamente, em áreas geologicamente mais estáveis. Não provocam alterações na disposição e nas estruturas geológicas locais, mas alteram a fisionomia do relevo das regiões por eles atingidas. Isso acontece porque a epirogênese ergue e rebaixa grandes áreas dos continentes. Em algumas áreas, como no litoral do mar do Norte, há rebaixamento do litoral pela invasão das águas do mar (transgressões marinhas). Em outras, como na Escandinávia, ocorre o levantamento da costa pelo recuo dos oceanos (regressão marinha).

LEGENDA: Fiorde, na Noruega, 2015.

FONTE: Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images

Glossário:



Fiorde: palavra de origem norueguesa, que significa 'braço estreito e profundo de mar', situado entre altas escarpas ou montanhas.

Fim do glossário.

Movimentos orogênicos

São movimentos que dão origem a montanhas. Dependem da maior ou menor resistência oferecida pelas rochas das regiões atingidas pelas forças do interior da Terra. Têm pequena duração no tempo geológico, mas transformam profundamente a área atingida, tanto a estrutura das camadas rochosas como o aspecto do relevo. Existem dois tipos principais de orogenia: os dobramentos e os falhamentos.

- Dobramentos: sempre que são submetidas a uma força proveniente do interior da Terra, as rochas sofrem deformações. Se elas não oferecem muita resistência a essa força, formam-se dobras (ondulações do terreno em estruturas maleáveis).

FONTE: Adaptado de: PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. 4ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 274; 283-284. CRÉDITOS: Luis Moura/Arquivo da editora

LEGENDA: Estrutura dobrada, na ilha de Creta, Grécia. Foto de 2015.

FONTE: Marco Simoni/Robert Harding/Agência France-Presse



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- Falhamentos: ao contrário dos dobramentos, quando as rochas são rígidas e muito resistentes, elas acabam se partindo se o choque a que são submetidas aumenta de intensidade. Após a fratura, ocorre o deslocamento dos blocos resultantes. As falhas, portanto, caracterizam-se por desníveis do terreno. Quando não há desnível, apenas fratura, temos as diáclases.

LEGENDA: Salvador, capital da Bahia, está situada em uma falha tectônica que divide a cidade em dois níveis: Cidade Alta e Cidade Baixa. Na foto, vista do Elevador Lacerda, em 2014.

FONTE: Sergio Pedreira/Pulsar Imagens

FONTE: Adaptado de: PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. 4ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 275. CRÉDITOS: Luis Moura/Arquivo da editora

Além da epirogênese e da orogênese, outros movimentos internos, bem mais rápidos e também ligados aos limites das placas tectônicas, podem interferir no relevo terrestre. São as erupções vulcânicas ou vulcanismo e os terremotos ou abalos sísmicos. De modo geral, esses fenômenos ocorrem nos limites das placas tectônicas.

Vulcanismo

Chamamos de vulcanismo os fatos e fenômenos geográficos relacionados com as atividades vulcânicas, em que o magma do interior da Terra chega à superfície. A manifestação típica do vulcanismo é o cone vulcânico e o amontoado de pó, cinzas e lavas formado pelas erupções.

LEGENDA: Um vulcão expele grande variedade de materiais: lava, gases, lama e materiais piroclásticos (fragmentos de vários tamanhos: poeira, cinza fina, cinza grossa, pedras grandes e blocos).

FONTE: Adaptado de: PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. 4ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 144. CRÉDITOS: Luis Moura/Arquivo da editora



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Boxe complementar:



Contexto e aplicação

Ícone: Não escreva no livro.

Vulcão e alteração do meio natural

Erupção vulcânica forma pequena ilha em arquipélago no Japão



Uma erupção vulcânica formou uma nova ilhota na costa de Nishinoshima, uma pequena ilha desabitada no arquipélago de Ogasawara, ao sul de Tóquio, segundo afirmaram [...] a guarda costeira japonesa e especialistas em terremotos ouvidos pela AP [Associated Press].

LEGENDA: Na foto de 2013, vemos a atividade de erupção formando uma ilha próxima à ilha de Nishinoshima, em Ogasawara, no Japão.

FONTE: The Yomiuri Shimbun/AP Images

Segundo a guarda costeira e a Agência Meteorológica do Japão, a ilhota tem cerca de 200 metros de diâmetro e fica em um arquipélago de 30 ilhas, mil quilômetros ao sul de Tóquio. O conjunto de ilhas, junto com o restante do Japão, faz parte do chamado "Anel de Fogo" do Pacífico, uma área sismicamente ativa, onde ocorre um grande número de terremotos.

[...]


Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/ 11/erupcao-vulcanica-forma-pequena-ilha-em-arquipelago-no-japao.html. Acesso em: 8 out. 2015.

Cresce ilha vulcânica que surgiu em 2013 ao sul de Tóquio



Uma nova ilha vulcânica que surgiu há pouco mais de um ano e fica mil quilômetros ao sul de Tóquio segue crescendo depois de se fundir com outra, segundo novas imagens divulgadas nesta semana pela guarda costeira japonesa.

"Uma cratera segue lançando matéria entre 5 e 6 vezes por dia", e a ilha se estende a leste, explicaram em um comunicado.

"A alimentação regular de magma prossegue", comentou o vulcanologista Kenji Nogami.

Os barcos não podem se aproximar a um raio de 6 km da ilha devido ao risco de erupção, segundo o especialista.

A nova ilha, que nasceu em meados de novembro de 2013 por uma forte atividade vulcânica, não para de crescer. Agora mede aproximadamente 1.950 metros de leste a oeste e 1.800 de norte a sul, no total 2,45 km2 , segundo a guarda costeira.

[...]


LEGENDA: Desde que surgiu, a ilha aumentou de tamanho. Observe a foto de 2015.

FONTE: The Yomiuri Shimbun/AP Images



Mas o país do Sol Nascente não tem a exclusividade desse tipo de fenômeno. Em 2013, uma ilha surgiu no mar da Arábia após um poderoso terremoto de magnitude 7,7 no Paquistão, a centenas de quilômetros.

Disponível em: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/02/cresce-ilha-vulcanica-que-surgiu-em-2013-ao-sul-de-toquio.html. Acesso em: 8 out. 2015.

- Responda às questões.

1. Por que é importante o estudo das erupções vulcânicas?

2. Faça uma pesquisa e aponte duas áreas do conhecimento que podem auxiliar na prevenção de danos em áreas sujeitas ao vulcanismo.

Fim do complemento.



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Vulcões e placas tectônicas

A maioria dos vulcões localiza-se próximo dos limites das placas tectônicas. São os chamados vulcões de limite de placas. Porém, alguns deles localizam-se no interior de uma placa tectônica, sendo por isso denominados vulcões intraplacas, cujo exemplo mais notório é o arquipélago havaiano, situado no interior da placa do Pacífico, local conhecido como "ponto quente" do Pacífico ou do Havaí. Veja a ilustração abaixo. As atividades vulcânicas no interior dos continentes são raras, exceto na África, que tem uma faixa de vulcões ativos no sentido norte-sul. O caso africano pode ser explicado por fraturamento causado pela placa Africana.

LEGENDA: Apesar de não ser consenso, admite-se que os "pontos quentes" sejam formados por pluma mantélica, que vem à superfície por convecção. Essa lava forma vulcões nas terras emersas ou no fundo do mar.

FONTE: Adaptado de: PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. 4ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 159-161. CRÉDITOS: Luis Moura/Arquivo da editora

Glossário:



Pluma mantélica: coluna de lava que ascende do manto inferior até a crosta terrestre.

Fim do glossário.

Os vulcões de limite de placas alinham-se no "encontro" das placas tectônicas, no chamado Círculo de Fogo, que se estende pelos oceanos Pacífico e Atlântico e pelo mar Mediterrâneo. Podemos dividir essa área em:

- Círculo de Fogo do Pacífico, onde estão 80% dos vulcões. Estende-se desde a cordilheira dos Andes até as Filipinas, abrangendo o litoral oeste da América do Norte e o Japão.

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2015. p. 16-17. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

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- Círculo de Fogo do Atlântico, compreende a América Central continental, ilhas do Caribe, Açores, Cabo Verde, Mediterrâneo, e a região do Cáucaso, no sudeste da Europa.

Existem vulcões tanto nos limites de divergência como nos limites de convergência das placas tectônicas.

Quase 80% das manifestações vulcânicas da Terra ocorrem em limites de convergência, geralmente no fundo do mar. O movimento do manto afasta as placas, e o magma preenche o espaço que se forma entre elas, dando origem às dorsais ou cadeias oceânicas. As principais são a Mesoatlântica e a Mesopacífica.

A cadeia Mesoatlântica localiza-se no centro do Atlântico, tendo a leste a Europa e a África, e a oeste o continente americano. Nessa cadeia, entre as placas Sul-Americana e Africana, existe uma sequência de vulcões. Na Islândia, onde a dorsal Atlântica está a céu aberto (veja o mapa abaixo), a atividade vulcânica é visível e mais intensa que a submarina.

LEGENDA: O mapa mostra a dorsal Atlântica dividindo a Islândia e separando a placa Norte-Americana da placa Euro-Asiática, e localiza alguns dos vulcões ativos da Islândia (representados por triângulos vermelhos), incluindo o Krafla, no nordeste do país. Também podemos localizar o vulcão Eyjafjallajökull, que em 2010 entrou em erupção e obrigou as autoridades a fechar o espaço aéreo europeu, causando um caos mundial nos transportes aéreos.

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2012. p. E-11. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Nas zonas de convergência (subducção) também ocorrem ilhas vulcânicas, que podem se apresentar em forma de arco vulcânico, como o Japão, a Indonésia, as Filipinas e as Marianas. Os vulcões dos Andes formaram-se na zona de subducção entre as placas de Nazca (oceânica) e Sul-Americana (continental).

Aspectos positivos do vulcanismo

Apesar do seu poder destrutivo, as atividades vulcânicas propiciam benefícios à população que reside em áreas próximas a vulcões. Os solos originados de materiais vulcânicos contêm nutrientes minerais que os tornam extraordinariamente férteis. A água do mar que circula nas fissuras do sistema vulcânico das dorsais oceânicas é um dos principais fatores responsáveis pela formação de minérios e pela preservação do balanço químico dos oceanos. A energia térmica do vulcanismo é atualmente aproveitada em regiões mais frias da Terra, como na Islândia, onde a maioria das casas é aquecida por água quente, encanada a partir de fontes quentes. Essa fonte de energia também é explorada na produção de eletricidade em países da Europa, da América do Norte e da Ásia.

Abalos sísmicos

Uma das manifestações mais temíveis e destruidoras dos movimentos da crosta terrestre são os terremotos ou abalos sísmicos. Eles são causados pela ruptura das rochas, provocada por acomodações geológicas de camadas internas da crosta, ou pela movimentação das placas tectônicas, que produzem ondas vibratórias que se espalham em várias direções, dando origem aos sismos. O ponto onde o terremoto se origina recebe o nome de centro ou foco. E o ponto da superfície terrestre situado diretamente acima do centro é o chamado epicentro, onde o terremoto é sentido com maior intensidade.

O instrumento usado para medir a intensidade sísmica, ou seja, a energia liberada durante um terremoto, é o sismógrafo, que segue a escala Richter (veja a seguir boxe sobre o assunto), em princípio graduada de 1 a 9. Na verdade, não existe uma medida máxima nessa escala, mas, como tremores superiores a 9 graus são raros, atualmente pode-se considerar 9,5 o grau máximo.

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Boxe complementar:

Escala Richter

A escala Richter, criada em 1935 pelos cientistas Charles Francis Richter e Beno Gutemberg, é uma escala logarítmica. Nesse tipo de escala, a diferença de uma unidade (terremotos de 5 e 6 graus, por exemplo) é muito grande. Um terremoto de magnitude 6 na escala Richter é 10 vezes mais forte do que um de magnitude 5. Ainda em relação a um terremoto dessa magnitude, um terremoto de magnitude 7 é 100 vezes mais destruidor e um de magnitude 8 é 1 000 vezes mais devastador.

Veja o quadro abaixo.

Quadro: equivalente textual a seguir.



Efeitos do terremoto na escala Richter

Menos de 3,5

Geralmente não é sentido, mas pode ser registrado.

De 3,5 a 5,4

Frequentemente não é sentido, mas pode causar pequenos danos.

De 5,5 a 6

Ocasiona pequenos danos em edificações.

De 6,1 a 6,9

Pode causar danos graves em regiões onde vivem muitas pessoas.

De 7 a 7,9

Terremoto de grandes proporções, causa danos graves.

De 8 graus ou mais

Terremoto muito forte. Causa destruição total na comunidade atingida e em comunidades próximas.

FONTE: Adaptado de: CAMPAGNER, Carlos Alberto. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/matematica/escala-richter-terremoto-e-medido-em-escala-logaritmica.htm. Acesso em: 11 out. 2015.

Fim do complemento.

Em limites ou falhas transformantes, onde não há convergência nem divergência de placas, como na falha de San Andreas, na Califórnia, é comum ocorrerem terremotos.

Veja, no mapa abaixo, alguns dos maiores terremotos já ocorridos.

De modo geral, as consequências dos terremotos são mais graves quando atingem países não desenvolvidos e mais pobres. Fatores diversos, como falta de recursos, má distribuição de renda, governos corruptos e indicadores sociais baixos, desequilibram a sociedade e resultam em ausência ou ineficácia de infraestrutura para a prevenção desses tremores, baixa (ou falha) assistência às vítimas, trabalhos de reconstrução demorados. A destruição provocada pelos terremotos agrava a situação de pobreza desses países e vice-versa. Como exemplos, podemos citar tragédias ocorridas recentemente na Turquia, em El Salvador, no Haiti, no Paquistão e, em 2015, no Nepal.

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2015. p. 17. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora



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O impacto que eventos dessa magnitude tem em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Japão, também é enorme, mas o custo social e econômico é diferente: governos e empresas privadas planejam construções que resistam às oscilações provocadas pelos terremotos. Nessas nações, institutos de pesquisa, providos de avançados aparelhos sismológicos, estão preparados para detectar terremotos a tempo de alertar as populações e evitar catástrofes de maiores proporções. O socorro e o atendimento às vítimas são mais estruturados, e a reconstrução das áreas atingidas, mais acelerada.

Um exemplo recente da discrepância no enfrentamento dessas situações foi o dos terremotos que atingiram o Haiti (7° na escala Richter), em 2010, e o Japão (8,9º na escala Richter), em 2011. Não há dúvida em afirmar que as diferenças socioeconômicas entre os dois países são fundamentais para entender essa discrepância, pois as obras de reconstrução no Japão também têm sido muito mais rápidas do que no Haiti.

FONTE: The Yomiuri Shimbun/Agência France-Presse

LEGENDA DAS IMAGENS: No Japão, em 2011 (foto 1), cidades foram arrasadas pelo tsunami que se seguiu ao terremoto. O número oficial de vítimas gira em torno de 15 700 mortos e cerca de 4 mil desaparecidos. No Haiti, em 2010 (foto 2), estima-se que metade das construções da capital foram destruídas, 250 mil pessoas foram feridas, 1,5 milhão de habitantes ficaram desabrigados e o número de mortos ultrapassou 200 mil, apesar de a magnitude do terremoto ter sido menor do que a do Japão.

FONTE: Tommy Trenchard/Demotix/Corbis



A dinâmica externa da Terra

O trabalho dos agentes internos do relevo é complementado ou modificado pela ação de agentes externos que desgastam, destroem e constroem formas de relevo, modelando a superfície da Terra. Os dois principais agentes externos são o intemperismo e a erosão.

Intemperismo

O intemperismo compreende um conjunto de processos que causam a decomposição ou a desintegração dos minerais que compõem as rochas. É resultado da exposição contínua das rochas a agentes atmosféricos ou biológicos. Pode ser físico ou químico.

Como exemplo de intemperismo físico, podemos citar o congelamento da água retida em uma fenda de rocha. Como o volume da água aumenta quando ela se congela, os sucessivos derretimentos e congelamentos podem causar o alargamento da fenda e a desagregação das rochas. No intemperismo químico, as rochas se decompõem a partir de uma reação química ocorrida com o contato de elementos como o ar e a água. Também podemos dizer que a matéria orgânica ou organismos produzem alterações químicas e físicas. Um animal que escava e se movimenta em fissuras pode quebrar uma rocha, assim como uma fratura de rocha pode ser alargada pela raiz de uma árvore.

Os solos, por exemplo, são resultado do intemperismo (assunto que veremos no Capítulo 9).

Erosão

O trabalho de erosão compreende três etapas: desgaste, transporte e deposição dos materiais que formam a crosta terrestre. Os principais agentes erosivos são: a água das chuvas, das enxurradas, do gelo, dos rios, mares e oceanos, o vento e as atividades humanas.



A erosão pluvial

A chuva é um dos agentes erosivos mais ativos: ao cair contínua ou intensamente sobre uma área, pode abrir desde pequenos buracos até enormes rachaduras no solo. Além disso, pode causar o desgaste do solo, arrastando com as enxurradas parte do material que o compõe.



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