3. Determine a importância estratégica e econômica da península Arábica caracterizando a economia dos países da região.
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Concluindo a Unidade 7
Leia o texto, reflita e depois responda às questões propostas.
Estado Islâmico vira inimigo comum dos rivais Israel e Hamas
O avanço da facção radical Estado Islâmico (EI) criou uma aliança improvável no Oriente Médio.
Há sinais de que israelenses e palestinos, envolvidos em décadas de conflitos e de agressões mútuas, começaram a estabelecer uma estratégia conjunta contra o inimigo comum.
Governos dos dois lados agem contra o aparecimento de milicianos do EI, animados com as vitórias na Síria e no Iraque.
O principal ponto de preocupação é a Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islâmico Hamas.
Para alguns, essa preocupação conjunta pode levar a uma cooperação, mesmo que indireta e secreta, entre Israel e Hamas.
Segundo relatos não confirmados, nos últimos meses Israel tem conversado, de maneira indireta, com o Hamas no Catar e na Europa. A mediação estaria sendo feita pelas Nações Unidas.
A ideia seria chegar a uma "hudna" (calmaria) entre os dois lados para que ambos possam tomar medidas contra discípulos do EI sem retomar o conflito do ano passado, que deixou mais de 2.300 mortos (2.251 palestinos e 73 israelenses).
"Não sei se o Hamas e Israel vão negociar diretamente, mas sim existe um interesse dos dois lados em colaborar para evitar o fortalecimento do Estado Islâmico na região", diz Anat Hochman-Marom, especialista israelense em contraterrorismo e em marketing estratégico.
"Para o EI, se você não pensa como eles, vai ser morto. Como o Hamas funciona mais em termos políticos e pragmáticos e não defende a criação de um califado em todo o Oriente Médio, torna-se um inimigo natural."
O Hamas, de orientação sunita, tem promovido prisões em massa em Gaza para tentar evitar que salafistas sunitas ganhem força no território. Mas há cada vez mais bandeiras negras do EI aparecendo entre a população.
Em Israel, além do temor quanto ao destino de Gaza, há preocupação quanto à formação de células do Estado Islâmico na Cisjordânia, governada pelo partido moderado Fatah, em cidades árabes dentro do próprio país e na fronteira com a Síria.
Mais de cem jovens palestinos se juntaram às fileiras do Estado Islâmico na Síria e no Iraque desde 2014.
Em Gaza, grupos identificados com o EI têm aterrorizado cidadãos com panfletos nos quais ameaçam quem não seguir a charia (lei islâmica) ao pé da letra.
Numa das brochuras, advertem mulheres a vestir um véu que "deve ser largo e folgado, nem apertado, nem transparente, sem chamar a atenção por beleza ou perfume".
Já os israelenses contam mais de 30 voluntários árabe-israelenses que se uniram ao Estado Islâmico.
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Para o analista político jordaniano Raedi Omari não seria surpresa se o EI declarasse Gaza como sua nova região administrativa de seu suposto califado.
"Isso poderia ser feito pelo método tradicional do EI. Primeiramente ganhando apoio em áreas desprivilegiadas, depois expandindo sua presença recrutando combatentes, vencendo inimigos mais fracos e, finalmente, declarando o território como uma filial", diz Omari.
A maior inspiração do EI em Gaza é o deserto do Sinai, no norte do Egito.
Lá, há uma presença ativa de militantes, incluindo a fronteira com Gaza. Só há pouco tempo, o EI executou dois supostos "espiões sionistas".
Em Israel, o nervosismo também aumenta no norte do país.
Informações sobre massacres de drusos do lado sírio das Colinas de Golã têm feito com que correligionários do lado israelense (anexado por Israel depois da Guerra dos Seis Dias, em 1967) entrem em desespero.
Os drusos de Golã estão divididos entre o tradicional apoio ao regime sírio de Bashar al-Assad e o suporte aos insurgentes, entre eles o Estado Islâmico.
LEGENDA: Membros da minoria drusa de origem israelense protestam, levantando suas bandeiras, contra o bombardeio realizado por forças da Al-Qaeda que matou cerca de 20 pessoas, no norte da Síria. Foto de 2015.
FONTE: Jalaa Marey/Agência France-Presse
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Já os drusos que vivem em outras partes de Israel são considerados cidadãos leais do país, servindo normalmente no Exército.
No vilarejo druso-israelense de Yarka, centenas de manifestantes saíram em passeata em 14 de junho [de 2015] pedindo intervenção internacional para salvar seus conterrâneos sírios.
Líderes comunitários pediram até mesmo ajuda aos EUA. A marcha fez com que a vice-chanceler israelense, Tzipi Hotovely, anunciasse estar cogitando abrir as fronteiras do Golã com o lado sírio - o que raramente acontece - para receber refugiados sírios.
KRESCH, Daniela. Folha de S.Paulo - Mundo, 23 de junho de 2015. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ mundo/2015/06/1646529-israel-e-hamas-podem-se-unir-contrao-estado-islamico.shtml. Acesso em: 22 nov. 2015.
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