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5. Rodovias de ligação. São rodovias que não apresentam direção determinada e ligam rodovias federais a outras rodovias, cidades ou pontos importantes.
- Nomenclatura: BR-4XX.
- Primeiro algarismo: 4 (quatro).
- Exemplos: BR-401, BR-470, BR-488.
LEGENDA: Vista da BR-470, em trecho do município de Rio do Sul (SC). Foto de 2015.
FONTE: Patrick Rodrigues/Ag. RBS/Folhapress
Em 2014, a frota que circulava pelas rodovias brasileiras era de aproximadamente 41,7 milhões de veículos, distribuídos irregularmente pelo território nacional. Veja o gráfico a seguir.
FONTE: Adaptado de: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (ANFAVEA). Anuário da Indústria Automobilística Brasileira 2014. São Paulo. p. 53. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora
FONTE: Adaptado de: MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Disponível em: www.dnit.gov.br/diretorias/capainfraestruturarodoviaria. Acesso em: 19 abr. 2016. Mapa sem data na fonte original. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora
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Transporte ferroviário
Por suas dimensões continentais, o Brasil poderia ter investido mais no modal ferroviário, como fizeram Rússia, China, Estados Unidos e Canadá, países de grande extensão territorial. Mas não foi o que aconteceu.
O transporte ferroviário brasileiro integra poucas áreas do país e é constituído de trens antigos e de baixa velocidade. A maior parte da malha ferroviária brasileira concentra-se em três estados: São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com predominância da operação ferroviária no transporte de cargas e poucos trens metropolitanos em algumas capitais.
A primeira ferrovia brasileira, a Estrada de Ferro Petrópolis, ou Estrada de Ferro Mauá, que ligava a cidade do Rio de Janeiro à raiz da Serra da Estrela, em Petrópolis, foi inaugurada em 1854. Nas décadas seguintes, houve a expansão dessa modalidade de transporte de forma mais acelerada, com as ferrovias que ligavam as áreas produtoras aos portos para a exportação, principalmente do café. Foi com o auge da economia cafeeira que as ferrovias tiveram seu melhor momento na história dos transportes brasileiros.
A construção da São Paulo Railway, ligando o porto de Santos, principal escoadouro do café paulista, às áreas de produção, deu início ao estabelecimento de uma rede ferro viária que visava mais o transporte do café para o porto do que o de passageiros. A Estrada de Ferro Soro cabana, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro e a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro são marcos dessa "era ferroviária cafeeira" do estado de São Paulo.
No final da década de 1950 e início dos anos 1960, as ferrovias foram estatizadas e relegadas a um segundo plano no sistema de transportes. Devido à falta de recursos para a manutenção e expansão do parque ferroviário, este fez parte, na década de 1990, do Programa Nacional de Desestatização (PND), que permitiu a entrada da iniciativa privada com concessões por meio de leilões a empresas que passaram a administrar as ferrovias brasileiras. Veja quais na tabela da página a seguir.
A malha ferroviária brasileira, em julho de 2015, era de 29.866 km e servia principalmente ao transporte de cargas.
Veja o mapa abaixo e a tabela da página a seguir.
FONTE: Adaptado de: MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Disponível em: www.dnit.gov.br/diretorias/capa-infraestrutura-rodoviaria. Acesso em: 19 abr. 2016. Mapa sem data na fonte original. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora
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Tabela: equivalente textual a seguir.
* Unidade de medida que equivale ao transporte de uma tonelada útil a uma distância de um quilômetro (km).
FONTE: AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES (ANTT). Superintendência de Infraestrutura e Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas. Acompanhamento dos Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas. COSEF Evolução do transporte ferroviário de cargas. Disponível em: www.antt.gov.br/index.php/content/view/15884/Evolucao_do_Transporte_Ferroviario.html. Acesso em: 19 abr. 2016.
Pelo fato de o Brasil ser um grande produtor de commodities para o mercado externo, o sistema ferroviário seria mais adequado porque favorece o transporte de grandes tonelagens desses produtos que têm origem e destino fixos. No entanto, os trens não são muito utilizados no Brasil e, dos poucos que ainda restam, a maioria é direcionada para o transporte de cargas.
Veja na tabela a seguir a distribuição dessas commodities por ferrovia.
Tabela: equivalente textual a seguir.
FONTE: AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES (ANTT). Superintendência de Infraestrutura e Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas. Acompanhamento dos Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas. COSEF Evolução do transporte ferroviário de cargas. Disponível em: www.antt.gov.br/index.php/content/view/15884/Evolucao_do_Transporte_Ferroviario.html. Acesso em: 19 abr. 2016.
Os trens de passageiros regulares no Brasil praticamente não existem mais, restando apenas os da Companhia Vale, como na E. F. Vitória-Minas e na E. F. Carajás, e os trens metropolitanos de algumas capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife, João Pessoa, Natal, Fortaleza e Teresina, além do município de Pindamonhangaba (SP).
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Transporte aquaviário
Compreende todo tipo de transporte que utiliza recursos hídricos (mares, rios e lagos). No Brasil, são utilizados os transportes marítimo e fluvial, uma vez que não possuímos grandes lagos.
O litoral brasileiro é muito extenso (7.367 km) e os rios apresentam um enorme potencial fluvial, com expressivas bacias hidrográficas que podem ser aproveitadas para o transporte. A navegação fluvial (por rios) consome cinco vezes menos energia que o transporte rodoviário e três vezes menos que o ferroviário, tornando seu custo bem mais baixo.
Ainda assim, o modal aquaviário representou apenas 13,6% do transporte de cargas em 2014, mesmo tendo sido um importante componente no sistema intermodal (interligando aos modais rodoviário e ferroviário).
Isso acontece principalmente porque os rios navegáveis (de planícies) não atravessam as mais expressivas regiões econômicas do país. Nesse caso estão os rios da região Amazônica, que são verdadeiras "rodovias" para o habitante do Norte.
Nas regiões onde as hidrovias são muito utilizadas para transporte de produtos, principalmente de safras agrícolas, os rios são de planalto e exigem obras caras e causadoras de impactos ambientais (eclusas) para que possam ser aproveitados para a navegação.
FONTE: Adaptado de: Revista Galileu. Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDR76548-7946,00.html. Acesso em: 20 maio 2016. CRÉDITOS: Alex Argozino/Arquivo da editora
Segundo a CNT, em 2015, havia no Brasil cerca de 42 mil km de hidrovias navegáveis, dos quais cerca de 22 mil km eram economicamente viáveis.
As principais hidrovias brasileiras são:
- Hidrovia Tietê-Paraná: 2.400 km de extensão, doze terminais portuários, atravessa os estados de Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás. A hidrovia esteve paralisada por falta de chuvas nos anos de 2014 e 2015, causando prejuízos à economia.
LEGENDA: Transporte de carga na hidrovia Tietê-Paraná, em trecho do município de Buritama (SP). Foto de 2014.
FONTE: Chico Siqueira/Estadão Conteúdo/AE
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