Geografia 6º ano



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. Acesso em: 28 jan. 2015. Peça, também, aos alunos que, em grupos, pesquisem as características de alguns desses sítios, como localização, formação rochosa da região, histórico geológico, atrativos turísticos, etc. Posteriormente, realize a apresentação das pesquisas a fim de socializar o aprendizado.

4. Faça um desenho para representar alguma fonte de energia alternativa ao petróleo. Justifique sua escolha.

4. Resposta pessoal. Se julgar adequado, peça aos alunos que façam uma pesquisa sobre o assunto em jornais e revistas. A pesquisa pode ser realizada em grupo, e os grupos podem apresentar para a classe o que descobriram.



5. Como se dá a formação dos solos?

Os solos se formam pela desagregação das rochas pela ação da água, da temperatura e de seres vivos (microrganismos, animais e vegetais).



6. Cite exemplos do uso inadequado do solo e de suas consequências.

6. São exemplos do uso inadequado do solo a agricultura realizada de maneira muito intensa, o desmatamento e a contaminação por agrotóxicos, entre outros. A falta de planejamento na utilização desse recurso natural pode levar ao empobrecimento e esgotamento de sua fertilidade, bem como à sua destruição de forma praticamente irreversível. O processo de formação do solo leva cerca de 400 anos para atingir o equilíbrio.



7. Cite formas de utilizar o solo de maneira racional.

Os alunos podem citar a realização da agricultura em terraços, a rotação de culturas, o planejamento prévio das culturas mais adequadas ao solo ou menos nocivas a ele, etc. Aproveite a oportunidade para retomar com os alunos a discussão realizada na atividade 3 da seção Viajando pelo mundo, da página 104.



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Síntese

A crosta terrestre

A Terra

• Litosfera, atmosfera, hidrosfera e biosfera são os sistemas que compõem o planeta Terra.

• A estrutura da Terra pode ser dividida em camadas, de acordo com suas características e profundidade: crosta, manto e núcleo.

• A crosta terrestre é formada por rochas, que, de acordo com sua origem, são classificadas em: ígneas ou magmáticas, sedimentares e metamórficas.

• Recursos naturais (renováveis ou não renováveis) são os elementos da natureza que os seres humanos utilizam para atender às suas necessidades.

• Os minerais são classificados em metálicos e não metálicos. Quando os minerais podem ser explorados economicamente, são chamados de minérios.



Combustíveis fósseis

• Os combustíveis fósseis não são renováveis, e sua exploração tem se tornado cada vez mais intensa.

• O carvão mineral é utilizado em larga escala desde a Revolução Industrial.

• O petróleo é a fonte de energia mais utilizada no mundo.

• O gás natural, além de ser mais barato que o petróleo, é uma fonte de energia menos poluente.

Fig. 1 (p. 109)

Eduardo Zappia/Pulsar Imagens



Os solos

• O solo é um componente importante dos ecossistemas terrestres, pois é nele que se desenvolvem a vegetação e as atividades agrárias.

• O solo é formado basicamente pela fragmentação das rochas pela ação da água, da temperatura e dos seres vivos.

• Por ser um recurso finito e limitado, o uso do solo deve ser feito de forma racional e planejada.

• Além de serem recursos naturais de valor econômico, os solos são importantes para a obtenção de alimentos.

Fig. 2 (p. 109)

Marcos André/Opção Brasil



para saber mais

Livros

Jack Brodóski: em resgate no círculo de fogo, de Flavio de Souza. São Paulo: Companhia das Letrinhas.
Durante uma viagem de aventuras, o professor Almendra, mestre de Jack, explica sobre vulcões, placas tectônicas, ondas gigantes e outros fenômenos da Terra.

Viagem ao centro da Terra, de Júlio Verne. São Paulo: FTD.
Um pergaminho escrito à mão motiva o professor Lidenbrock e seu sobrinho Axel a partirem para uma estranha e arriscada expedição científica à crosta terrestre.

Site


Ao acessar este link do Serviço Geológico do Brasil, você encontrará mais informações sobre a estrutura interna da Terra. Acesso em: 19 dez. 2014.

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Capítulo 6 - Formação e modelagem do relevo terrestre

O QUE VOCÊ VAI APRENDER
A ação dos agentes externos e internos à Terra na formação do relevo
Os tipos de erosão
A teoria da tectônica de placas
As principais unidades de relevo

CONVERSE COM OS COLEGAS

A fotografia ao lado mostra um trecho da serra do Corvo Branco no estado de Santa Catarina. Essa é uma área de planalto onde se notam a vegetação e a rodovia SC-370.



Fig. 1 (p. 110)

Rodovia estadual SC-370, recortando trecho da serra do Corvo Branco, município de Orleans, estado de Santa Catarina, 2014.

Edu Lyra/Pulsar Imagens

1. Observe a fotografia e descreva as características da paisagem.

1. Resposta pessoal. Se julgar necessário, oriente a observação dos alunos, chamando a atenção deles para o fato de a serra apresentar muitas irregularidades, áreas com rochas expostas e áreas cobertas pela vegetação.



2. O ser humano constrói obras em diferentes ambientes. Em sua opinião, como é possível realizar obras nesse tipo de terreno?

2. Resposta pessoal. Comente com os alunos que a altitude elevada em alguns pontos e a inclinação do terreno dificultam a construção de edificações, mas que existem recursos de engenharia que permitem concretizar essas construções. Verifique o conhecimento prévio dos alunos sobre esse assunto e estimule-os a dar exemplos de obras semelhantes que conheçam.



3. Levante hipóteses sobre a formação desse tipo de unidade de relevo.

3. Resposta pessoal. Aproveite esse momento para investigar o conhecimento prévio dos alunos, iniciando a introdução ao assunto a ser tratado no módulo.



4. O que você sabe sobre as diferentes unidades de relevo: planaltos, planícies, depressões e cadeias montanhosas?

4. Resposta pessoal. Aproveite a questão para discutir o senso comum de que apenas a altitude é um fator decisivo para definição de planície e de planalto. Comente com os alunos que o relevo é classificado de acordo com o seu processo de formação.

Por exemplo, nos planaltos, há predomínio dos processos erosivos, enquanto as planícies geralmente são formadas por sedimentação.

Página 111

A superfície terrestre apresenta diversas formas, como os morros e os vales representados na fotografia abaixo. Ao conjunto dessas formas damos o nome de relevo.

Os planaltos, as planícies, as depressões e as cadeias montanhosas constituem as principais unidades de relevo. Elas são formadas pela ação de agentes internos e externos que atuam na crosta terrestre. É essa dinâmica que vamos estudar neste capítulo.

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Módulo 1 - Agentes externos: intemperismo e erosão

As formas da superfície terrestre estão em constante transformação sob a ação dos agentes externos e internos.

Modelando a superfície

Os agentes externos são forças naturais que atuam sobre a superfície terrestre modelando e esculpindo as formas do relevo. Os ventos, os mares, as geleiras, as chuvas, os rios, a luz solar e os seres vivos são exemplos de agentes externos.

No Brasil, a maior parte do relevo apresenta altitudes pouco elevadas. Esse relevo suave é resultado da ação dos agentes externos sobre as formas da superfície ao longo de milhões de anos.

Fig. 1 (p. 112)

Morros do parque nacional da serra da Bocaina, em Cunha, São Paulo. Foto de 2014.

Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo

Intemperismo e erosão

As formas da superfície sofrem o impacto conjunto, simultâneo e contínuo de agentes externos, por meio de dois processos básicos: o intemperismo e a erosão.



Intemperismo é um processo de decomposição e desagregação que as rochas e seus minerais sofrem, principalmente pela ação da umidade e da temperatura. As alterações de temperatura provocam fissuras nas rochas, e a água das chuvas decompõe quimicamente os seus minerais. Além disso, a água favorece a proliferação de bactérias e fungos, que contribuem para essa decomposição.

A erosão é a remoção e o transporte dos sedimentos resultantes do intemperismo e pode ser causada pela ação dos ventos, da água de rios, das chuvas, dos mares ou das geleiras. Os sedimentos são transportados das partes mais altas para as partes mais baixas do terreno ou para o fundo de lagos, lagoas, rios e mares.



Fig. 2 (p. 112)

Formação rochosa na qual é possível perceber as erosões eólica (força dos ventos) e pluvial (força das chuvas) em Piracuruca, Piauí. Foto de 2014.

Andre Dib/Pulsar Imagens

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A ação dos agentes externos

A velocidade e intensidade da ação erosiva dos agentes externos dependem, entre outros fatores, do clima, do tipo de rocha, do solo e do relevo de determinada área. Os principais agentes externos são as chuvas, os rios, os mares, as geleiras, os ventos e a ação do ser humano.



Chuvas

Parte das águas das chuvas que escorre pela superfície causa impacto sobre o solo e as rochas, provocando o seu desgaste. É a erosão pluvial. A erosão ocorre porque a água carrega grande quantidade de sedimentos das regiões mais altas para as mais baixas. Quanto mais inclinado for o terreno, maior será a velocidade das águas e maior a erosão. Se o terreno for recoberto por vegetação, a erosão será menor, pois essa cobertura ameniza o impacto da chuva no solo, diminuindo a velocidade de escoamento das águas. Por isso, terrenos sem vegetação são mais facilmente erodidos.



Fig. 1 (p. 113)

Deslizamento de terra provocado pela ação da chuva em área urbana de Natal, Rio Grande do Norte. Foto de 2014.

Caninde Soares/kino.com.br

Efeito da erosão pluvial

A erosão provocada pelas chuvas pode causar muitos transtornos para a sociedade, como prejuízos materiais, danos físicos e até morte. A população que vive em áreas de risco, como as encostas dos morros, é diretamente afetada pelos deslizamentos de terra, por exemplo.

MP

I. Em sua opinião, que ações o poder público deveria adotar para evitar as tragédias decorrentes das chuvas?

Rios

A força das águas dos rios provoca erosão em suas margens e escava o seu leito, transportando muitos sedimentos. É a erosão fluvial.

Uma parte desses sedimentos é depositada nos leitos dos próprios rios, ao passo que outra parte é levada pela força das águas, podendo chegar até os oceanos.

A velocidade das águas de um rio pode variar muito desde a nascente até a foz, o lugar onde ele deságua. Quanto menor for a velocidade das águas, menor será a sua capacidade de transportar sedimentos. O processo de deposição de sedimentos é chamado de sedimentação.



A ação dos rios

Os rios exercem três papéis essenciais na construção e modificação do relevo de maneira lenta e contínua. São eles: intemperismo, erosão e sedimentação. Estima-se que, em média, a erosão fluvial rebaixe o relevo em cerca de 5 centímetros a cada mil anos.



Página 114

Mares

O impacto das águas marinhas desgasta as rochas litorâneas lentamente. As partículas desprendidas das rochas misturam-se com a areia ou são depositadas no fundo do mar. Esse desgaste pode formar desde esculturas em rochas até praias e ilhas. As águas dos mares, assim como as dos rios e das chuvas, causam intemperismo e erodem as rochas.



Fig. 1 (p. 114)

Rocha litorânea desgastada pelo impacto das ondas em Jericoacoara, Ceará. Foto de 2014.

Marcos Amend/Pulsar Imagens

Gelo

O gelo também é capaz de remodelar a superfície. Quando o gelo que cobre as montanhas se desprende, provoca forte atrito com as rochas e com o solo, escavando o relevo, arrastando as partículas desprendidas para áreas mais baixas. A repetição desse processo por milhões de anos transforma o aspecto dessas montanhas.



Fig. 2 (p. 114)

Montanhas em Sochi, Rússia. Foto de 2014.

Merkushev Vasiliy/Shutterstock.com/ID/BR

Ventos

A ação do vento pode ser muito intensa, como nos desertos. Nessas áreas secas, os ventos carregam pequenos grãos de areia que se chocam contra as rochas, acelerando o desgaste e alterando suas formas. Os ventos também podem provocar o acúmulo de grandes montes de areia, as dunas, que podem se deslocar ao longo do tempo. Isso é comum nas áreas costeiras, por exemplo.



Fig. 3 (p. 114)

As dunas são formadas pela ação dos ventos, que transportam areia de um lugar para outro. Delta do Parnaíba, Piauí. Foto de 2014.

Marcos Amend/Pulsar Imagens

Página 115

A ação do ser humano

As sociedades são importantes agentes transformadores da paisagem. Para atender às suas necessidades, elas modificam o relevo, criando novas formas.

Um bom exemplo são as áreas litorâneas aterradas, que criam um novo espaço onde antes havia mar. Atualmente, a tecnologia permite que os aterros avancem pelo mar, criando ilhas artificiais.

Fig. 1 (p. 115)

Arquipélago artificial de Palm Island em Dubai, Emirados Árabes. Foto de 2014.

Smirnova/Irina/Shutterstock.com/ID/BR

A ação dos seres humanos também contribui para acelerar o processo de erosão do relevo. Por exemplo, a queima de vegetação nativa e a derrubada de florestas deixam o solo desprotegido e muito mais exposto à erosão causada pelas chuvas. Em áreas de encostas, a erosão ocorre ainda mais rapidamente, por causa da ação da gravidade.

A remoção da mata ciliar potencializa o depósito dos sedimentos no leito e na foz dos rios, causando assoreamento (acúmulo de sedimentos). Os resultados são as inundações e até mesmo a mudança de curso dos rios.

Fig. 2 (p. 115)

O assoreamento de rios diminui a profundidade de seu leito, podendo causar inundações. Na foto, trecho assoreado no córrego Prosa, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, 2011.

Isa/kino.com.br

Voçorocas

O desmatamento resulta em grandes extensões de terreno expostas à erosão.

Em alguns lugares, as águas das chuvas cavam sulcos tão profundos na superfície que impedem essas áreas de serem cultivadas ou usadas para a criação de animais. Essas formas erosivas são chamadas de ravinas (menos profundas) e voçorocas (mais profundas). A recuperação de áreas de voçorocas é muito difícil.

Fig. 3 (p. 115)

Voçoroca em Casa Branca, estado de São Paulo. Foto de 2013.

João Prudente/Pulsar Imagens

Verifique o que aprendeu

1. Como os agentes externos atuam no relevo?

1. Os agentes externos atuam modelando e esculpindo as formas de relevo.



2. O que é intemperismo? Como ele ocorre?

2. Intemperismo é a decomposição e desagregação das rochas e de seus minerais pela ação da umidade e da temperatura. As alterações de temperatura provocam fissuras nas rochas, e a água decompõe seus minerais.



3. O que é erosão?

3. Erosão é a remoção e o transporte dos sedimentos pelo vento e pela água das partes mais altas para as mais baixas do terreno.



4. Por que se pode dizer que a água atua simultaneamente no intemperismo e na erosão das rochas?

4. Porque a água desagrega os minerais das rochas e ao mesmo tempo arrasta os sedimentos.



5. Como o ser humano interfere no relevo?

5. Para atender às suas necessidades e aos seus interesses, o ser humano modifica a forma do relevo abrindo túneis, removendo terra, fazendo aterramento, etc.



Página 116

Atividades

Responda sempre no caderno.

1. Desenhe uma paisagem para ilustrar os agentes externos que atuam sobre a superfície terrestre, modelando as formas de relevo.

1. Resposta pessoal. Avalie os desenhos dos alunos, verificando se eles representaram agentes externos que modelam a superfície do relevo, como a água da chuva, de rios, de mares; as geleiras; o vento; e a ação humana.



2. Observe a fotografia abaixo e escreva como ocorre a erosão e o intemperismo nas rochas existentes nessa paisagem.

Fig. 1 (p. 116)

Cachoeira no Parque Estadual do Ibitipoca, município de Lima Duarte, Minas Gerais, 2015.

Renata Mello/Pulsar Imagens

2. A água da cachoeira, combinada à ação da gravidade, atua desagregando os minerais das rochas e, simultaneamente, arrasta e transporta sedimentos químicos (minerais) e físicos (pedacinhos das rochas) para lugares mais baixos. O vento também é uma das forças que atuam na modelagem desse relevo.



3. As encostas são áreas seguras para ser habitadas? Na época de chuvas o risco de deslizamento aumenta ou diminui? Escreva um breve texto com suas conclusões.

3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos apontem os riscos de deslizamentos em áreas de encostas, que são agravados pela ação da erosão pluvial. Esta é mais forte em áreas que perderam a vegetação, como é o caso dos locais onde se erguem casas.



4. Observe a fotografia abaixo e resolva as questões.

Fig. 2 (p. 116)

Vista aérea de Guararapes, em Recife, Pernambuco, 2012.

Haroldo Palo Jr./kino.com.br

a) Descreva a paisagem mostrada na fotografia.

4a. A fotografia mostra, em destaque, uma paisagem com parte do relevo em um processo muito avançado de erosão, próximo a galpões e vias. Ao fundo, podem ser observadas casas, áreas arborizadas, edifícios e o mar.

b) Quais podem ter sido as causas dessa grande erosão do relevo?

4b. A ação do ser humano pode ter acelerado em muito o processo de erosão do relevo, com a remoção da vegetação e de grande parte do relevo para realizar a construção de estruturas, como o galpão e as vias mostradas na paisagem. Essa ação deixou o solo desprotegido e muito mais exposto ao efeito erosivo da água das chuvas.

Página 117

Mundo aberto

Responda sempre no caderno.

O Parque Indígena do Xingu

O povo Kamayurá vive na Região Centro-Oeste do Brasil. Contam os mais velhos desse povo que a humanidade se iniciou em um lugar mágico chamado Morená, localizado no encontro dos rios Culuene, Ronuro e Batovi (no atual Mato Grosso).

De acordo com esse mito, foi no Morená que Mavutsinim, o primeiro homem, retirou os troncos que viraram os antepassados dos indígenas da região. É lá também que começa o rio Xingu, principal fonte de água e alimento de muitos povos indígenas. Para eles, o rio Xingu é a origem de sua vida.

É por essa importância que seu nome foi dado ao Parque Indígena do Xingu, onde atualmente vivem mais de seis mil indígenas, de dezesseis povos diferentes. No entanto, a realização de projetos hidrelétricos e agropecuários ao longo do rio Xingu e no entorno do parque têm colocado em risco o modo de vida desses povos.



O parque ontem e hoje

O Parque Indígena do Xingu foi criado em 1961 e está localizado no norte do estado do Mato Grosso. A ocupação dessa região pela população não indígena se iniciou no ano de 1943, com a Expedição Roncador-Xingu.

O principal objetivo da expedição era mapear o centro do país e abrir caminho para a chegada de estradas, meios de comunicação e desenvolvimento de cidades. Liderada pelos irmãos Cláudio, Orlando e Leonardo Villas-Boas, a expedição foi responsável pela fundação de quarenta e três cidades.

Os irmãos Villas-Boas ficaram muito conhecidos por dedicar toda a sua vida à defesa dos indígenas do Xingu. Ao fundarem o parque, sua ideia era criar um lugar protegido, onde os indígenas vivessem de acordo com sua cultura. Eles acreditavam que os indígenas deviam ser isolados do contato com os não indígenas, deviam ser protegidos. Eles achavam que os indígenas não deviam andar de bicicleta nem usar chinelos de borracha, já que esses aspectos não eram considerados próprios de sua cultura.

Durante muito tempo os indígenas foram vistos como pessoas que não conseguiriam, por si mesmas, relacionar-se com os não indígenas. Precisavam ser tutelados, cuidados, quase como se fossem crianças. Hoje não é mais assim.

Os povos do Xingu vivem de acordo com sua cultura, falam suas línguas, fazem suas festas e seus rituais, mas houve várias mudanças. Há muitos indígenas que estudam em universidades, administram o parque, se organizam e viajam para longe da aldeia para exigir seus direitos perante os governantes.

O que mais tem preocupado esses novos líderes é a devastação das florestas para a realização de projetos hidrelétricos e agropecuários, principalmente da monocultura de soja, no entorno do parque e nas nascentes que formam o rio Xingu.

Essas mudanças trazem muitos problemas ambientais. O volume dos rios diminui, o que reduz o número de peixes, deixando os indígenas sem boa parte de seu alimento. Cinquenta anos depois de sua criação, o Parque Indígena do Xingu está seriamente ameaçado.



Fig. 1 (p. 117)

Indígenas da aldeia Kamayurá, no Xingu, Mato Grosso. Foto de 2014.

Ricardo Teles/Pulsar Imagens

Atividade

MP

1. Quais foram as principais mudanças que aconteceram na região do Parque Indígena do Xingu após sua criação?



Página 118

Módulo 2 - Agentes internos: as placas tectônicas

Além dos agentes externos, as formas do relevo terrestre também são modeladas e estruturadas pelos movimentos das placas tectônicas e pelo vulcanismo. Estes são chamados de agentes internos.

A Deriva Continental

Durante séculos, os seres humanos acreditaram que os continentes fossem fixos na crosta terrestre. Desde que surgiram os primeiros mapas da América e da África, porém, observou-se que as costas atlânticas desses dois continentes poderiam se encaixar.

Foi o alemão Alfred Wegener que, no início do século XX, ao participar de uma expedição na Groenlândia, constatou que as placas de gelo se quebravam e se afastavam umas das outras. Com base nessa constatação, ele desenvolveu a Teoria da Deriva Continental. Wegener imaginava que a crosta flutuaria sobre o magma e que, como as placas de gelo, os continentes se afastariam.

Segundo essa teoria, há cerca de 200 milhões de anos todos os continentes formavam um só bloco, o continente Pangeia, rodeado por um único oceano, o Pantalassa. Ao longo de milhões de anos, essa massa continental dividiu-se em blocos, dando origem aos atuais continentes e oceanos.

A teoria apresentada foi contestada pelos cientistas da época, porque, apesar das evidências, Wegener não conseguia explicar o que poderia causar esses movimentos da crosta.

Os argumentos de Wegener

Fig. 1 (p. 118)

Wegener recolheu fósseis idênticos de plantas e animais no Brasil e na África e constatou a presença de solo e de rochas do mesmo tipo nas costas dos dois continentes. Fósseis idênticos também foram encontrados nos territórios de outros continentes. Os répteis terrestres são representados pelos números 1 e 2, a planta terrestre por 3, e o réptil aquático, por 4.

Vagner Coelho/ID/BR

Fonte de pesquisa: US Geological Survey. Disponível em:


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