Geografia 7º ano


Taxa de mortalidade infantil



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Taxa de mortalidade infantil
Índice que registra o número de crianças que morreram com menos de 1 ano, a cada 1.000 nascidas vivas. É calculado dividindo-se o número total de mortes de crianças menores de 1 ano pelo número total de crianças nascidas vivas, no mesmo período e local. O valor é multiplicado por 1.000. Também pode ser calculada com base no número de crianças menores de 5 anos.

Interprete

1 Explique por que a mortalidade de crianças com menos de 1 ano de idade é um bom indicador para avaliar as condições socioeconômicas e de saúde de uma população.

Argumente

2 Qual é sua opinião sobre a seguinte questão: “A assistência à saúde de boa qualidade é um direito de todos”?

Nesta coleção, o Sudão do Sul — país que surgiu do desmembramento do Sudão em 9 de julho de 2011 — não consta nos mapas que representam dados levantados antes de sua independência.


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PERCURSO 6 - Brasil: migrações internas e emigração

Explique aos alunos que há dois tipos de migrações internas: inter-regionais — que correspondem à migração de pessoas de uma região para outra; intrarregionais — relativas à migração de pessoas dentro de uma mesma região (podem ocorrer entre os estados de uma mesma região ou de uma localidade para outra de um mesmo estado).



1. O que é migração

Há autores que preferem reservar o termo migração para designar apenas os deslocamentos definitivos da população, diferenciando-os, portanto, dos deslocamentos temporários (sazonais e pendulares).

Migração é o deslocamento de indivíduos de uma região para outra ou de um país para outro, envolvendo mudança permanente de residência. Quando os deslocamentos ocorrem no interior de um país, recebem o nome de migrações internas ou nacionais. Quando ocorrem entre países, trata-se de migrações externas ou internacionais.

Por que o ser humano migra?

As migrações da população de uma região geográfica para outra são explicadas, principalmente, pelo fator econômico. Se em uma localidade, sub-região ou região há dificuldade de se conseguir emprego e de a população possuir condições mínimas de sobrevivência, é comum que pessoas e famílias migrem para outros espaços geográficos que ofereçam possibilidades de melhores condições de vida — melhor acesso à alimentação, à habitação, ao vestuário, à saúde, à educação, ao lazer etc.



Migrações internas no Brasil em tempos recentes

Para facilitar seu estudo, vamos considerar as migrações internas em três períodos a partir de 1950.



De 1950 a 1970

Desde os anos de 1950, a Grande Região Nordeste do Brasil tornou-se a principal Grande Região de repulsão ou de saída de migrantes para outras regiões do país. Isso ocorreu devido à baixa oferta de empregos, ao baixo rendimento da população, às secas no Sertão, entre outros fatores.

A industrialização da Região Sudeste, principalmente dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, como também a construção de Brasília, na Região Centro-Oeste, atraíram muitos migrantes em busca de melhores condições de vida. Assim, essas duas Grandes Regiões tornaram-se áreas de atração de população nesse período (figura 8).

Explique aos alunos que o fator de ordem econômica é o que mais influencia a ocorrência das migrações. Entretanto, outros fatores também devem ser considerados, como a violência urbana e rural, como no caso dos conflitos pela posse da terra.


Página 53

De 1970 a 1990

Apesar de o fluxo migratório do Nordeste para o Sudeste ter continuado, nesse período houve também um grande fluxo de migrantes do Sudeste, do Sul e do Nordeste para as regiões Centro-Oeste e Norte. Vários fatores contribuíram para essas migrações: a construção de rodovias, os incentivos dos governos estaduais e federal — por meio da doação de lotes de terra para a prática da agricultura —, as descobertas de ouro e diamantes em Roraima e o avanço da agricultura e da pecuária em terras antes não utilizadas para esse fim, processo conhecido como expansão da fronteira agropecuária (figura 9).



De 1990 a 2010

A partir da década de 1990, os fluxos migratórios que mais despertam a atenção são os de volta aos locais de origem, a chamada migração de retorno, e a diminuição substancial do tradicional fluxo do Nordeste para o Sudeste: no período de 1995 a 2000, migraram 965 mil pessoas, e entre 2001 e 2006, esse fluxo declinou para 539 mil.

Os programas sociais governamentais (por exemplo, o Bolsa Família, programa de transferência de renda do Governo Federal) e o crescimento econômico do Nordeste, tanto no setor industrial como no de serviços, têm sido apontados como responsáveis pela diminuição dos fluxos migratórios Nordeste-Sudeste (figura 10).

Esclareça aos alunos que, em vista de mudanças regionais na dinâmica da economia, há alterações nos fluxos migratórios no decorrer do tempo. A desconcentração industrial no estado de São Paulo e no Sudeste de maneira geral, por exemplo, tornou o estado e essa Grande Região menos atrativos para a migração interna, quando comparados a períodos anteriores.

Qual é a intensidade do fluxo migratório de Rondônia para Mato Grosso?

Entre 20 e 50 mil migrantes.


Auxilie na leitura do mapa. Oriente os alunos sobre a espessura das setas, que representa a quantidade de migrantes, e que o saldo migratório (diferença entre a entrada e a saída de migrantes, representado por unidade da federação) pode ser negativo ou positivo, assunto que será estudado na página seguinte.
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Outra forma de estudar as migrações internas é considerar o saldo migratório, ou seja, a diferença entre a quantidade de entrada e saída de migrantes de uma localidade ou região para outras.



Observe as tabelas 3 e 4, que mostram os saldos migratórios do Brasil em diferentes períodos e permitem identificar a ocorrência de saldos migratórios positivos ou negativos. Positivos quando a quantidade de migrantes que entra em determinada unidade da federação ou região é maior do que a quantidade que sai dela. Negativos quando a saída de migrantes é maior que a entrada.

Tabela 3. Brasil: saldos migratórios das Grandes Regiões – 2001 e 2005

Grande Região

Saldo migratório

Norte

–3.077

Nordeste

–110.104

Sudeste

–118.275

Sul

27.505

Centro-Oeste

205.948



Tabela 4. Brasil: saldos migratórios das Grandes Regiões e das unidades da federação – 2005 e 2010

Grande Região

Unidades da federação

Imigrantes

Emigrantes

Saldo migratório




Brasil

4.643.754

4.643.754

0

Norte

Rondônia

65.864

53.643

12.221

Acre

13.882

14.746

– 865

Amazonas

71.451

51.301

20.150

Roraima

25.556

11.204

14.352

Pará

162.004

201.834

– 39.830

Amapá

37.028

15.228

21.800

Tocantins

85.706

77.052

8.654

Saldo total







36.482

Nordeste

Maranhão

105.684

270.664

– 164.980

Piauí

73.614

144.037

– 70.423

Ceará

112.373

181.221

– 68.849

Rio Grande do Norte

67.728

54.017

13.711

Paraíba

96.028

125.521

– 29.493

Pernambuco

148.498

223.584

– 75.086

Alagoas

53.589

130.306

– 76.717

Sergipe

53.039

45.144

7.895

Bahia

229.224

466.360

– 237.136

Saldo total







701.078

Sudeste

Minas Gerais

376.520

390.625

– 14.105

Espírito Santo

130.820

70.120

60.700

Rio de Janeiro

270.413

247.309

23.104

São Paulo

991.314

735.519

255.796

Saldo total







325.495

Sul

Paraná

272.184

293.693

– 21.509

Santa Catarina

301.341

128.888

172.453

Rio Grande do Sul

102.613

177.263

– 74.650

Saldo total







76.294

Centro-Oeste

Mato Grosso do Sul

98.973

80.908

18.065

Mato Grosso

143.954

121.586

22.365

Goiás

363.934

156.107

207.827

Distrito Federal

190.422

175.870

14.552

Saldo total







262.809

Aponte o total de imigrantes e de emigrantes da unidade da federação em que você mora, entre 2005 e 2010. Esse saldo foi positivo ou negativo? De quanto?

Dependendo da unidade da federação em que o aluno vive o saldo migratório poderá ser positivo ou negativo. Explique o resultado obtido com base no conceito de saldo migratório estudado nesta página.


Página 55

2. O êxodo rural

O êxodo rural, ou migração campo-cidade, é o principal movimento populacional interno do Brasil. Em 1950, de cada 100 habitantes, cerca de 69 moravam no campo, formando a população rural; 31 viviam nas cidades e compunham a população urbana.

O ritmo acelerado da industrialização brasileira, somado aos problemas no campo — como baixos salários e o difícil acesso à propriedade da terra pelos trabalhadores rurais —, foi a grande mola propulsora do êxodo rural. Em 1970, a população urbana já era de 56%.

Esse processo continuou após 1970, levando o Brasil a ser um país predominantemente urbano. Observe a figura 11.



3. Deslocamentos temporários de população

As migrações temporárias caracterizam-se pelo deslocamento de indivíduos para localidades onde há trabalho durante tempo determinado e que retornam para o lugar de origem depois de concluírem a tarefa. É o que ocorre com aqueles que se deslocam da Região Nordeste para trabalhar em colheitas no Sudeste.

Outra forma de deslocamento temporário é a migração pendular: deslocamento populacional diário de ida e volta, semelhante ao movimento do pêndulo de um relógio. É o caso de milhares de habitantes de cidades vizinhas que se deslocam diariamente para os grandes centros urbanos, onde estão localizados seus empregos e locais de estudo.

4. Emigrantes brasileiros

Na década de 1970, o governo do Paraguai autorizou o loteamento de terras próximas à fronteira com o Brasil, com permissão para que brasileiros pudessem adquiri-las. Esses emigrantes, cerca de 500 mil, ficaram conhecidos como brasiguaios.

Durante a década de 1980, uma crise na economia brasileira, marcada pelo elevado desemprego e pelo aumento persistente dos preços, estimulou a saída de brasileiros para outros países.

Hoje, calcula-se que cerca de 1,28 milhão de brasileiros vivem nos Estados Unidos e cerca de 280 mil vivem no Japão (figura 12). Após a crise econômica internacional de 2008, muitos brasileiros perderam o emprego e retornaram ao Brasil.



Quem lê viaja mais
PORTELA, Fernando; VESENTINI, José William.
Êxodo rural e urbanização. 17. ed. São Paulo: Ática, 2004.
História de uma família que migra da Bahia para São Paulo em busca de melhores condições de vida.
Página 56

Estação Socioambiental - Migrações compulsórias, lugar e territorialidade na construção de hidrelétricas

Trabalho e Consumo

“[...] A construção de uma grande barragem, atingindo comunidades urbanas e rurais, tem forte impacto na dinâmica populacional da região de instalação do empreendimento, tanto pelos eventos decorrentes das migrações compulsórias [obrigatórias], como pela própria questão das transformações paisagísticas resultantes das áreas inundadas. Trata-se, primeiro, de um fluxo para dentro dos trabalhadores necessários à construção em si (bem como de outras pessoas que vêm prestar serviços que orbitam à volta da obra) e, depois, de um movimento de fluxo para fora dos que têm suas terras atingidas pelo reservatório. As barragens, deste modo, tanto forçam a migração compulsória da população residente na projeção do reservatório, como a obra, em si, atrai temporariamente (geralmente, apenas pelo tempo de duração da construção da barragem) um número significativo de pessoas, sejam elas funcionárias das empresas atuantes na sua execução, sejam outras, que vislumbram, na estrutura que passa a se formar ali, outras perspectivas de trabalho.

[...] O número de trabalhadores envolvidos diretamente na construção de uma grande UHE [usina hidrelétrica] pode chegar, dependendo das suas dimensões, a três ou quatro mil empregados (ou até mais), que, somados a outros trabalhadores que fluem para o local (para atuarem na prestação de pequenos serviços como alimentação, mecânica, etc.), resultam em um número de pessoas que pode equivaler ou até superar o de habitantes de municípios próximos. Este fato produz transformações importantes no comércio local, no preço dos aluguéis e também nos índices de criminalidade [...] Terminada a obra, a quase totalidade destas pessoas, após terem permanecido três ou quatro anos no local (tempo de duração da obra), migram novamente.

Em diferentes regiões do Brasil, comunidades inteiras são realojadas em novas cidades e assentamentos rurais construídos especificamente para este fim. Trata-se, em nosso ponto de vista, de um evento de expulsão do lugar de residência. Ainda que juridicamente legal, a remoção de populações, para a criação dos lagos artificiais das grandes barragens, pelo seu caráter compulsório (que obriga), caracteriza uma expulsão, pois é, ou tem sido, uma decisão vertical, de cima para baixo. [...]”

CARVALHO, Orlando Albani de; MEDEIROS, Rosa Maria Vieira. Migrações compulsórias, lugar e territorialidade na construção de hidrelétricas no Rio Uruguai. In: Revista Estudos Amazônidas: fronteiras e territórios. vol. 1, n. 1, 2009. p. 58-59.



Interprete

1 Identifique e explique os dois tipos de migrações abordados no texto.

2 Que impactos e transformações nos municípios próximos à construção de grandes hidrelétricas são apontados no texto?

Contextualize

3 Você sabe se na região ou localidade onde você vive ocorreram migrações compulsórias em tempos recentes?
Página 57

Encontros - A migração por quem a viveu

Pluralidade Cultural

Os professores de História e de Língua Portuguesa podem contribuir refletindo sobre a riqueza dos relatos e das histórias de vida de migrantes e discutindo a importância em combater atitudes preconceituosas contra eles baseando-se em produções literárias voltadas para essa temática.

Leia os relatos de duas pessoas que, ao longo de suas trajetórias de vida, realizaram um movimento migratório.

BERENICE

“Um período difícil de minha vida foi quando vim para São Paulo na década de 70, migrante nordestina, de Campina Grande (PB) com rápida passagem e estadia em Recife (PE). Vim de ‘Fuscão’ modelo 1967, com dois filhos pequenos, a menor no meu colo, com apenas seis meses de vida, rasgando os três mil quilômetros que separam mais do que dois estados distantes, mas que separam também dois estilos de vida completamente diferentes. Separam duas perspectivas de passado e de futuro quase que antagônicas.

Viajei com a filha no colo para dar mais espaço para o filho de três anos poder dormir e descansar, e não é preciso falar da péssima qualidade das estradas e dos hotéis (naquele tempo não havia as famosas churrascarias gaúchas, hoje tão comuns ao longo das rodovias). A BR-116 era muito esburacada, e a Bahia, que tem 800 quilômetros de extensão Nordeste-Sul, parecia ter 2 mil quilômetros.

Quando cheguei, fui morar no Parque Continental, bairro de classe média, metida a classe alta, e os olhares eram insinuantes. Olhares de reprovação ao nosso linguajar, aos nossos trajes e até um ranço de preconceito interessante e maquiado: ‘como estes nordestinos têm dinheiro para vir morar aqui?’.

No Ceagesp, logo nos primeiros dias, quando eu falava, era tratada por baiana (até por outros nordestinos radicados há mais tempo aqui). Havia um ar de espanto, de indignação e de ironia quando eu pedia jerimum em vez de abóbora, ou macaxeira em vez de mandioca etc. Era um motivo de riso, mas jamais me deixei abater. [...]”

LUIZ

“Eu fui um migrante, andei muito neste Brasil. Eu nasci no Paraná e com seis meses de idade a gente foi para Sergipe, Nordeste. Com um ano voltamos para o Paraná novamente, e do Paraná mudamos de vários em vários municípios do estado do Paraná. O último município do Paraná que eu morei foi onde eu nasci, Jaguapitã, numa fazenda de café. Com aquela geada de 1975, nós fomos para Campinas, São Paulo [...]. Lá moramos nove, quase dez anos, e eu estudei até a quinta série na realidade. Aos 11 anos, comecei a trabalhar como guarda mirim numa entidade que tinha lá. Trabalhei na própria entidade, no cartório, e trabalhei numa indústria de beneficiamento de legumes. Seria uma empresa que trabalhava em fazer nhoque, batata frita, essas coisas [...].”

Museu da Pessoa. Disponível em: . Acesso em: 25 nov. 2014.

Interprete

1 O que significou para você os relatos de Berenice e Luiz?

Contextualize

2 Comente o trecho: “[...] três mil quilômetros que separam mais do que dois estados distantes, mas que separam também dois estilos de vida completamente diferentes. Separam duas perspectivas de passado e de futuro quase que antagônicas”.

3 Como você imagina que seja, hoje, a viagem de um migrante? Algum familiar seu é migrante? Obtenha um relato da migração dele e compare com a que você imaginou.

Alerte os alunos de que, nesta época, os veículos possuíam cintos de segurança, mas seu uso não era obrigatório.


Página 58

Atividades dos percursos5 e 6

Registre em seu caderno.

Revendo conteúdos

1 A densidade demográfica de um país ou região reflete fielmente a distribuição da população pelo território? Explique sua resposta.

2 A população brasileira, a partir da década de 1950, conforme mostra o gráfico da figura 4, na página 48, tem apresentado diminuição das taxas de natalidade e mortalidade.

a) Explique quais fatores contribuíram para a redução das taxas de natalidade.

b) E quanto à redução das taxas de mortalidade, que fatores contribuíram para isso?

3 Algum membro de sua família realizou migração no interior do país? Se sim, para onde e por quê? Explique os tipos de migração interna.

4 Aponte os fatores que contribuíram, no período de 1970 a 1990, para os fluxos migratórios internos para a Amazônia.


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