Corpo e comunicaçÃO



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Portanto, tanto quanto o imaginário e o simbólico, o real do corpo também sofre da incompletude. Trata-se de um corpo real que, longe de se restringir à sua natureza físico-fisiológica, avança para o psíquico, devido ao fato cabal de que o ser humano é
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um animal que fala. É, portanto, atravessado pelo simbólico: uma dádiva, mas também uma punição. Porque fala, o ser humano falta ser: está onde não é, é onde não está. Essa é a fissura do Simbólico que o constitui como sujeito barrado. Dessa falha, brota o desejo, um desejo sem parada, em deslocamento contínuo, pois o objeto que causa o desejo é o objeto pulsional, irremediavelmente perdido.

Embora poderoso na função mediadora dos laços sociais que enseja, o Simbólico não passaria de uma maquinaria regrada, se não fosse o Imaginário para preenchê-lo com conteúdos, mas esses conteúdos são sempre ilusórios, alimentados pela nostalgia de uma imagem primeva, que não cessa de acenar com a promessa de uma completude que se prova impossível.

É muito justamente sobre a incompletude constitutiva do humano, nas três dimensões que o constituem, imaginária, simbólica e real, que o funcionamento do modo de produção capitalista crescentemente age para mascará-la até o ponto de encontrar no próprio corpo, como sintoma, suas formas de exteriorização do gozo.
*O CORPO COMO SINTOMA*
Não está nas intenções deste capítulo analisar cada uma das expressões do corpo como sintoma. A complexidade dessa tarefa exigiria um trabalho à parte. Em função disso, para concluir, limito-me à apresentação de uma hipótese, seguida de breves tentativas de diagnóstico.

A hipótese propõe que as diferentes formas que o corpo como sintoma assume agrupam-se nos três tipos de gozo sistematizados por Lacan: o gozo fálico, o mais gozar e o gozo do Outro. Devemos lembrar aqui que a noção psicanalítica de gozo não se confunde com volúpia. Para melhor compreender isso, devemos retornar a Freud. Todo ser humano é alimentado pelo desejo inatingível da completude, cuja imagem magna estaria no prazer absoluto. Entretanto, esse desejo é inalcançável. Assim sendo, é a partir da falta que o desejo se anima. Isso gera uma tensão psíquica que


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é tanto mais exacerbada quanto mais é recalcada. Diante disso, o desejo pode tomar dois rumos diversos: a via da descarga e a via da retenção. Na primeira, uma parte da tensão é liberada e dissipada, sob a forma de dispêndio de energia que acompanha as manifestações do inconsciente: sonho, lapso ou sintoma. Na segunda, a outra parte da tensão, a que não foi liberada fica retida como excesso de energia que superexcita as zonas erógenas e superativa o nível de tensão interna. Mas há ainda uma terceira via para o desejo, uma via puramente hipotética, irrealizável: a liberação total da energia, sem entraves e sem limites.

Nasio (1993: 27) propõe a aproximação dessas três vias com os três tipos de gozo formulados por Lacan: o fálico, o mais-gozar e o gozo do Outro. O gozo fálico está relacionado com a energia dissipada, o que produz um alívio relativo da tensão inconsciente. Para Lacan, o falo é um conceito analítico abstrato. É o significante da falta e funciona como uma barreira do gozo. Assim, nessa categoria, o gozo é chamado fálico porque o falo funciona como um limite regulador da parcela de gozo que sai e da que fica retida dentro do inconsciente. O mais-gozar corresponde à parcela do gozo que fica retida no interior do sistema psíquico e cuja saída é impedida pelo falo. O advérbio “mais” indica esse excedente residual que aumenta constantemente a tensão interna. Esse excedente fica ancorado nos orifícios do corpo. É por isso que o impulso do desejo nasce nessas zonas erógenas. O gozo do Outro, por sua vez, diz respeito ao ponto absoluto e impossível de total liberação do gozo.

Encontro alguma similaridade entre esses três tipos de gozo e os sintomas do corpo simbólico, do corpo imaginário e do corpo real, respectivamente. São eles que tomarei como base para os apontamentos a seguir.

No que diz respeito ao corpo simbólico, “à figura do Édipo, emblema do capital, do Estado e da propriedade, sucede, no capitalismo tardio (consumo, serviços), a figura de Narciso, homem da paixão e não da razão, do prazer e não da lei, hedonista e com referências soft” (Villaça e Góes 1998: 200). Assim, o colapso dos ideais na pós-modernidade aponta para a queda do ideal do Eu e


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o triunfo do Eu ideal. Perdidos os princípios reguladores do ideal do Eu que contradiz e neutraliza a alienação imaginária, reinam imperiosamente os sonhos autárquicos e onipotentes que fazem do corpo um receptáculo de sensações tão progressivamente excitantes até encontrar seu limiar no insensível.

Como fruto da falha nos ideais reguladores, o corpo imaginário sucumbe à desmesura de seus imperativos, da qual resultam o autocentramento cegante, as metáforas do exibicionismo, a begemônica estetização da existência, de que a estesia midiática sabe tirar proveito e retroalimentar em um círculo vicioso que incansavelmente busca expelir do seu campo as tensões e contradições humanas, a dor, o envelhecimento e a morte (ver capítulo 9). A proclamada “liberação” do corpo, a exaltação sexual no quadro de uma liberalização generalizada, nos diz Baudrillard (1996: 153, 158), passa por um narcisismo rigoroso. O corpo liberado é um corpo no qual a lei e o interdito, que vinham outrora censurar o sexo e o corpo a partir do exterior, tornaram-se de alguma maneira interiorizados como variável narcísica.

Segundo Pommier (2002: 70), a humanidade busca diferentes receitas para cozinhar sua angústia. No passado, essas receitas sempre se integraram aos ideais de cada época. A marcação dos corpos assim como a prática das máscaras nas sociedades arcaicas tinha por função a atualização imediata da troca simbólica, da troca/dádiva com os deuses ou no grupo, troca na qual o sujeito consumia sua identidade, pondo-se em jogo como sujeito na posse/despossessão e onde o corpo inteiro se tornava, ao mesmo tempo que os bens e as mulheres, material de troca simbólica (Baudrillard 1996: 141). Assim, no real do corpo, as marcas, tatuagens e circuncisões, significavam a aliança com os espíritos ou com o divino e “a transição para a vida adulta era assinalada por um ritual, normalmente doloroso e bastante cruel, que tinha como objetivo moldar as pessoas como pertencentes a uma tribo, grupo ou linhagem” (Villaça e Góes 1998: 144). Também na era medieval, a prática da flagelação visava ao efeito interior de purificação.
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Hoje, entretanto, os signos são trocados sob o regime de um equivalente geral e seu valor de troca advém de um sistema de abstração fálica e de saturação imaginária do sujeito. Nesse contexto, os flagelos da carne não representam iniciações sexuais, nem a entronização numa ordem geracional. Ao contrário, são imersões no gozo sem o entrave de nenhum limite, estados do impossível, imagens excessivas e absolutas que fazem calar o desejo.

Pode muito bem ser que o diagnóstico acima, quando testado em um estudo mais detalhado, venha a apresentar cores menos sombrias e mais brandas. Entretanto, tal como se apresenta a uma primeira exploração, o corpo como sintoma da cultura aponta, em nossos dias, para uma perda social das balizas do gozo.


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