CAPÍTULO 6
Os regimes do terror
Confisco e censura no Báltico
Em novembro de 1940, as tropas soviéticas invadiram a Letônia, a Estônia e a Lituânia. Massacraram a população civil e estabeleceram uma férrea censura. Os soldados confiscavam os livros e, motivados pelos companheiros, queimavam-nos para amedrontar. Na Ucrânia, os alemães destruíram 151 museus, 62 teatros e 19.200 bibliotecas.
A ocupação da Estônia foi rápida e se caracterizou pela imediata proibição de 212 periódicos e livros de autores contrários ao regime. Uma norma baixada em 22 de agosto de 1940 por Harald Haberman, representante da Seção de Assuntos Internos do Ministério da Educação, estipulava que as bibliotecas deviam retirar os livros com conteúdo anti-soviético, burguês, chauvinista e teológico. Boa parte dos livros era entregue à Universidade Tartu, onde era destruída, ou à Universidade de Toompes, onde era expurgada. Em 23 de agosto, um honorável comitê de bibliófilos selecionou 1.552 títulos para serem removidos das bibliotecas, mas cerca de duzentos mil volumes foram destruídos. Em 23 de outubro foi fundado o Glavlit, departamento encarregado da censura editorial.
Ao invadir a Estônia em 1941, os soldados alemães destruíram todos os livros pró-soviéticos. No entanto, os soviéticos voltaram a recuperar o poder no país e em novembro de 1944 uma ordem geral facilitou o confisco de todos os livros fascistas e anti-soviéticos. De 1946 a 1950, cerca de 150 mil livros da Biblioteca Central de Tallin desapareceram em conseqüência do expurgo cultural. Outra determinação propôs a destruição maciça de todos os livros estrangeiros e em 1949 um mercenário ganhou 19 mil rublos por acabar com milhares de textos.
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