Coleção História em Debate 2 História Ensino Médio


Texto 2: Primeiros brasileiros eram sedentários, sugerem pesquisas



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Texto 2: Primeiros brasileiros eram sedentários, sugerem pesquisas

Pesquisadores da USP estão traçando um quadro surpreendente da organização social dos primeiros seres humanos a povoar o Brasil. Dados de escavações em Minas Gerais sugerem que esses paleoíndios, como são conhecidos, eram membros de uma população densa e sedentária, que utilizava de forma intensiva os recursos vegetais do Brasil Central a partir de uns 10 mil anos atrás.

Os dados estão em artigo na revista científica “Journal of Archaeological Science” e também no livro “Lapa das Boleiras”, a ser publicado em breve pela editora Annablume.

O quadro “acaba com essa imagem de poucos indivíduos extremamente nômades perambulando pelo cerrado”, disse à Folha o arqueólogo Astolfo Araújo, que organizou a obra junto com o bioantropólogo Walter Neves. Segundo ele, a ocupação densa é um padrão recorrente, que aparece no sítio de Lapa das Boleiras e em outros abrigos rochosos da região de Lagoa Santa (MG).

Uma das chaves para essa estimativa é o acúmulo surpreendentemente espesso de cinzas nos sítios arqueológicos, abrangendo um período de mais ou menos três milênios. Além disso, há abundância de enterros nesses locais, bem como o uso de matérias-primas obtidas apenas localmente. “Essas coisas são indícios de territorialidade”, diz Araújo.

Os dados também indicam que, em vez de caçar grandes mamíferos, como seus colegas da América do Norte, os paleoíndios mineiros preferiam caça média e pequena e, principalmente, recursos vegetais.

“O trabalho do Walter [Neves] mostra um índice de cáries de quem consumia muito carboidrato, parecido com o de agricultores”, afirma o arqueólogo. Esse povo pode ter aproveitado uma fase climática úmida para prosperar.

LOPES, Reinaldo José. Primeiros brasileiros eram sedentários, sugerem pesquisas. Folha de S.Paulo, 21 out. 2009. Disponível em: . Acesso em: maio 2016.



Sugestões de aprofundamento

• BETHELL, Leslie (Org.). História da América Latina: a América Latina colonial. São Paulo: Edusp; Brasília: Funag, 1998. v. l. Coleção que se tornou referência para os estudos relativos à


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América Latina, cujo primeiro volume trata do Período Colonial nas mais variadas dimensões: política, econômica, cultural e social.

• CORTEZ, Hernan. A conquista do México. 2. ed. Porto Alegre: L&PM, 2007. Obra que traz textos escritos pelo conquistador espanhol e enviados ao imperador Carlos V. Neles, o líder da conquista relata os acontecimentos dos primeiros anos da colonização espanhola no continente americano.

• GRUZINSKI, Serge. A águia e o dragão: portugueses e espanhóis na globalização do século XVI. São Paulo: Almedina, 2015. Análise simultânea da chegada dos espanhóis no México e na Ásia, conferindo uma visão mais ampla sobre o • processo expansionista ibérico do século XVI.



• LAS CASAS, Bartolomé de. O paraíso destruído. Porto Alegre: L&PM, 2001. Relato do frei que acompanhou as expedições iniciais dos espanhóis à América, no qual relata toda a violência empreendida pelos conquistadores.

Orientações e gabaritos das atividades

p. 39 – Organizando ideias

Objetivo: refletir sobre visões de mundo distintas.

Orientação: por meio da análise da charge apresentada, os alunos devem observar as distintas visões de mundo da atualidade para relacioná-las às diferenças entre a visão de mundo dos nativos americanos e a dos europeus à época dos descobrimentos.

Respostas sugeridas

1. Sim, na visão de ambas a respeito da cultura da outra.

2. A visão apresentada por ambas as personagens da charge se assemelha à visão dos europeus a respeito dos índios nativos da América, por não levar em conta o tipo de organização social e de vivência da cultura desconhecida.

p. 41 – Organizando ideias

Objetivo: refletir a respeito da origem dos povos americanos por meio da análise das diversas teorias que permeiam o assunto.

Orientação: é importante que, ao fim das atividades, os alunos percebam os aspectos ideológicos inerentes à diversidade de teorias que tentam explicar os fluxos migratórios para a América.

Respostas sugeridas

1. Há três teorias sobre o povoamento da América citadas no texto. A de Betty Meggers afirma que o Estreito de Bering congelou, formando uma ponte natural pela qual passaram os primeiros seres humanos vindos da Ásia. A teoria proposta por Paul Rivet diz que navegadores originários da Oceania teriam atravessado o Pacífico e atracado na América. Por fim, a brasileira Niède Guidon sustenta a tese de que o povoamento da América foi o resultado de múltiplos deslocamentos ao longo dos últimos 100 mil anos.

2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos levantem hipóteses coerentes sobre a questão. Cabe ressaltar que não se sabe, ao certo, nem a época nem a origem das primeiras levas humanas vindas para a América, pois pesquisas arqueológicas, principalmente, trazem novas evidências, o que gera novas teorias. Um dos motivos dessa incerteza pode ser encontrado na posição marginal ocupada pelas culturas do continente, por longo tempo, no pensamento científico, cujo centro sempre foi a Europa. Com o decorrer do século XX, houve gradual valorização das culturas indígenas americanas, o que estimulou novos estudos sobre essas sociedades, incluindo suas origens.

p. 43 – Organizando ideias

Objetivo: o documento histórico deve servir para que os alunos possam responder às questões propostas, relacionando-as com definições anteriores sobre a visão do outro já estudadas.

Orientação: é importante informar-lhes que o texto é um documento histórico escrito por um cronista espanhol que esteve na América no século XVI, portanto, uma fonte histórica primária sobre o período.

Respostas sugeridas

1. Para o cronista, os nativos são pessoas naturalmente corruptas, inúteis, de pouco trabalho, melancólicas, covardes, sujas, de má condição, mentirosas, sem constância e firmeza.

2. Segundo ele, os enormes e abomináveis pecados dos chamados selvagens que habitavam as Américas.

3. Sim. Ele analisa os indígenas apenas com base em critérios de sua sociedade e se julga superior a eles.

p. 45 – Organizando ideias

Objetivo: responder às questões propostas com base na leitura do documento escrito por Pero Vaz de Caminha sobre as terras onde os portugueses aportaram em 1500, hoje Brasil.

Orientação: se você julgar pertinente, pode-se, no site indicado na referência, consultar o documento na íntegra. Ele é considerado a Certidão de Nascimento do Brasil, já que se trata do primeiro documento escrito sobre nossa história.
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Respostas sugeridas

1. O escrivão relata ao rei que ainda não encontraram ouro nem metais preciosos, mas que a terra pode ser muito produtiva, pois nela há muita água. Portanto, mostra que há como explorá-la comercialmente.

2. Sim. Demonstra que analisaram os indígenas com base na visão da religião católica portuguesa, sem considerar a cultura local.

p. 46 – Organizando ideias

Objetivo: apresentar aspectos da colonização inglesa na América do Norte.

Orientação: o trecho do texto citado aborda a chegada dos primeiros colonos à América Inglesa, no século XVII. A discussão ligada à construção da imagem desses primeiros colonos deve ser ressaltada, pois é parte da elaboração de uma identidade coletiva estadunidense que projetou, posteriormente, nos primeiros peregrinos, uma imagem idealizada.

Respostas sugeridas

1. Foi a maneira encontrada para minimizar os problemas internos da Inglaterra, que sofria com o êxodo rural. As cidades inglesas passaram a receber muitas pessoas sem recursos, o que causava problemas, pois não havia como atender a essa demanda.

2. Agricultores e outras pessoas do campo sem recursos financeiros, órfãos e mulheres que não pertenciam à aristocracia intelectual e financeira.

3. O texto descreve os imigrantes como pessoas pobres ou sem recursos, indesejáveis na Inglaterra, órfãos e mulheres a serem leiloadas, passando uma visão bastante negativa. Já a imagem mostra famílias que parecem abastadas e dispostas a trabalhar (é o que sugerem as ferramentas).

p. 49 – Organizando ideias

Objetivos: resgatar elementos da organização social dos maias e apresentar aspectos que compõem o Popol Vuh.

Orientação: os alunos poderão sistematizar os conhecimentos adquiridos sobre os maias, com destaque para a organização e os papéis sociais na sociedade maia, bem como analisar o livro sagrado maia por meio da leitura do texto citado.

Respostas sugeridas

1. a) As terras maias pertenciam ao Estado, mas eram cultivadas coletivamente, em troca do pagamento de tributos. As cidades organizavam-se em confederações ou reinos e eram comandadas por sacerdotes e militares. Homens livres que trabalhavam em ofícios manuais, trabalhadores do campo e escravos compunham o tecido social maia.

b) Após um longo período de declínio urbano e de descentralização política, enfrentando problemas com as colheitas, a sociedade maia começou a se desorganizar. Lutas internas, fome e dificuldades climáticas fragilizaram as bases dessa população. Assim, no começo do século XVI, os espanhóis conseguiram invadir a Península de Yucatán aproveitando-se da fragmentação dos povos maias. Ao fomentarem os conflitos entre os nativos, os europeus abriram caminho para a invasão e a conquista.

2. a) O Popol Vuh é um livro indígena sagrado escrito no século XVI que narra as origens míticas dos indígenas da região da atual Guatemala, sobretudo de origem quíchua-maia.

b) O Popol Vuh é composto de três partes: a narração da criação do mundo e dos homens, os relatos aventureiros de dois semideuses em um reino imaginário e o relato sobre a origem dos nativos, preferencialmente os quíchua-maias, e sua história até o século XVI.

c) De uma forma ou de outra, todos os povos precisam se agregar em torno de ideias que reforcem seus laços de união. Pode ser por meio do enfrentamento de inimigos comuns, pela crença nas mesmas divindades, pelo compartilhamento dos territórios, da língua etc. Outra maneira de irmanar os membros de uma comunidade é a criação de narrativas acerca de suas origens. Elas podem ser baseadas na realidade, na história desse povo; podem ser compostas sob uma perspectiva mágica e simbólica; ou, ainda, mesclar eventos reais com a fantasia, de modo que os membros da comunidade possam se sentir pertencentes à ancestralidade, seja ela formada de homens ou de deuses.

p. 51 – Organizando ideias

Objetivo: comparar a cidade de Tenochtitlán com uma cidade atual.

Orientação: os alunos devem responder às questões com base nas informações do texto e comparar a organização da cidade apresentada à de uma cidade atual. Essa comparação pode dar uma medida do grau de desenvolvimento da sociedade asteca. Mais uma vez, você tem a chance de trabalhar com a questão do “outro”.

Respostas sugeridas

1. Surpreenderam-se com o número de pessoas e a organização local. Os espanhóis não esperavam encontrar um lugar organizado como as cidades europeias, por se tratar de um povo que consideravam inferior, portanto, incapaz desse tipo de organização.
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2. Sim, pois apresentava uma organização que incluía comércio generalizado como o de qualquer centro urbano atual, além da grande quantidade de pessoas.

p. 54 – Organizando ideias

Objetivo: comparar o tratamento dado a pessoas com necessidades especiais na sociedade inca e no Brasil atual.

Orientação: pode-se buscar a lei que regulamenta a obrigatoriedade de vagas a pessoas com necessidades específicas nas empresas e sua efetivação. Esse tema pode ser debatido pelos alunos, inclusive usando exemplos de cumprimento da lei.

Respostas sugeridas

1. Essas leis buscavam regulamentar as ações e manter a igualdade entre todos naquela sociedade.

2. Parece que era uma sociedade igualitária, na qual era importante que todos pudessem ter o necessário para viver, sem privilégios.

3. Diretamente, não. Não há leis escritas sobre solidariedade, por exemplo, mas, de acordo com os costumes – que são regras não escritas –, existem algumas questões, como as citadas no texto.

4. Essa situação também ocorre atualmente no Brasil, inclusive com leis de incentivo e obrigatoriedade à contratação de pessoas com necessidades especiais e também com a determinação de cotas, ou seja, empresas e órgãos públicos precisam reservar determinado número de vagas para esses indivíduos. Essa é uma forma de inclusão social. Seguem alguns dados sobre a legislação vigente (2013): Lei nº 8.213, de julho de 1991 – estabelece cotas para a contratação de pessoas com necessidades especiais; Decreto nº 3.298, de dezembro de 1999 – estabelece normas para a integração das pessoas com necessidades especiais no mercado de trabalho. A legislação determina cota de 2% a 5% dos cargos para beneficiários reabilitados ou pessoas com necessidades especiais nas empresas com 100 ou mais empregados, nas seguintes proporções: até 200 empregados, 2%; de 201 a 500, 3%; de 501 a 1 000, 4%; e de 1 001 em diante, 5%.

p. 56 – Organizando ideias

Objetivo: responder às questões propostas com base na análise e reflexão do documento exposto.

Orientação: cabe aqui conversar com os alunos sobre relativismo cultural, princípio pelo qual se afirma que todos os sistemas culturais são intrinsecamente iguais em valor, e que os aspectos característicos de cada um têm de ser avaliados e explicados com base no contexto do sistema em que aparecem.

Respostas sugeridas

1. Montaigne analisava os indígenas tendo como base suas próprias organizações, e não a europeia; portanto, entendia-os em seu contexto.

2. Que cada sociedade tem seu ponto de vista sobre o outro, sem considerar o que o outro julga sobre si próprio. Além disso, apontava que os franceses cometiam atos bárbaros, semelhantes aos dos indígenas que condenavam.

p. 58 – Organizando ideias

Objetivo: aprofundar alguns aspectos sobre o processo de colonização inglesa.

Orientação: o conjunto das atividades propicia o desenvolvimento das habilidades de leitura e interpretação de texto e aprofunda os conhecimentos adquiridos relativos ao processo de colonização da América Inglesa. A última pergunta promove uma comparação entre a colonização inglesa e a espanhola. Com base nessa proposta, você pode aproveitar para retomar algum aspecto da colonização feita pelos espanhóis ou esclarecer dúvidas.

Respostas sugeridas

1. Os ingleses tomaram de forma violenta as terras habitadas pelos indígenas, assassinando-os. Além disso, houve a morte de milhares de indígenas em decorrência das doenças trazidas pelos europeus. Outra forma de dominação foi a escravização, que também causou a morte de muitos nativos.

2. Nem todos agiram com violência. Os quakers e menonitas não eram violentos para com os indígenas nem aceitavam adquirir africanos escravizados. Mas isso não quer dizer que não praticassem ações desfavoráveis aos nativos, já que ambos, além de católicos e puritanos, passaram a ocupar as terras que pertenciam aos nativos.

3. Os indígenas invadiam as terras ocupadas pelos colonizadores, promoviam fugas para o interior do território e se aliavam a outros povos europeus, como franceses e holandeses, inimigos dos ingleses.

4. Como semelhanças, os alunos podem citar o uso de extrema violência por parte dos europeus, que não respeitavam os indígenas americanos nem os tratavam com igualdade; a dizimação de milhares de pessoas não só em combates, mas também pela disseminação de doenças para as quais os indígenas não tinham defesa; os interesses econômicos dos europeus; a escravização; os modos de resistência indígena (ataques, fugas para o interior e alianças com outros europeus) etc. Entre as diferenças podem ser mencionadas: o ideal católico de disseminação da religião motivava a conquista e a evangelização, mesmo que
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forçada, de indígenas, enquanto os ideais religiosos dos ingleses enfraquecia a mestiçagem e a catequese, possibilitando índices de mortalidade ainda maiores; o papel que a escravização dos nativos veio a desempenhar no sistema econômico da metrópole, já que, no caso da Inglaterra, apesar do uso de mão de obra escravizada, essa não era sua base econômica, entre outras.



p. 60 – Organizando ideias

Objetivo: apresentar a visão dos indígenas sobre os europeus.

Orientação: de acordo com a leitura do texto, a seção possibilita aos alunos abordar a visão indígena da chegada dos europeus. Dessa forma, eles podem entender que a história pode ser escrita de diferentes formas, dependendo do local, do tempo e do grupo social.

Respostas sugeridas

1. O autor caracterizou os indígenas como povos que não tinham contato com estrangeiros. Esse fato teria causado, inicialmente, paralisia com a chegada dos espanhóis. Estes, por sua vez, foram descritos como um povo feroz, ambicioso e destruidor, que, em nome da fé, agiu com grande violência e exterminou os povos nativos.

2. Os indígenas estavam confusos com a chegada dos espanhóis porque havia um desacordo entre o que consideravam ser o cumprimento das profecias sobre a chegada dos deuses – os nativos acreditavam que os espanhóis fossem deuses – e o comportamento apresentado pelos invasores, pautado pela violência.

3. De fato, houve muitos motivos para que os espanhóis fossem considerados “piores que diabos” pelos incas, maias e astecas. Os conquistadores trouxeram muita violência e doenças, que vitimaram um enorme número de nativos, além de potencializarem a fragmentação dessas civilizações explorando os conflitos internos de cada uma delas.

p. 62 – Organizando ideias

Objetivo: responder às questões propostas com base nas informações do texto, fazendo uma análise de como os astecas descreveram a chegada dos espanhóis e as lutas travadas com eles.

Orientação: você pode ressaltar a influência que as crenças míticas e religiosas exerciam nos astecas e o desdobramento dessas crenças no processo de conquista empreendido pelos europeus.

Respostas sugeridas

1. Havia algumas previsões anteriores de que ocorreria a volta de Quetzalcoátl e de outros deuses; por isso, quando os espanhóis surgiram, os astecas imaginaram que esse momento havia chegado.

2. Porque os espanhóis, após serem recebidos e se hospedarem na cidade, iniciaram sua destruição matando as pessoas, arruinando seu modo de viver e destruindo a cidade.

3. A descrição mostra a violência dos espanhóis, que deixaram um rastro de sangue das pessoas assassinadas.

4. O autor descreve de forma dramática a derrota dos astecas, um povo poderoso que viu seus deuses, seu governo e sua cidade destruídos pelos espanhóis.

p. 64 – Organizando ideias

Objetivo: responder às questões propostas baseando-se nas informações do texto.

Orientação: a última pergunta visa fazer os alunos perceberem como ocorre a escrita da história e que há várias versões sobre o mesmo assunto, dependendo do ponto de vista de quem escreve. Você pode destacar que, assim como os estudos arqueológicos sobre o povoamento da América, a história dos povos pré-colombianos carece de estudos mais detalhados.

Respostas sugeridas

1. A cruz e a espada foram os principais elementos usados na conquista da América. A espada simbolizava a guerra direta, as mortes e a destruição. A cruz simbolizava a manipulação da religiosidade dos povos americanos e de suas crenças pelos espanhóis.

2. Sim. Os espanhóis destruíram os templos, queimaram os símbolos religiosos dos nativos e impuseram sua religião. Com isso, os nativos americanos passaram a sofrer influência direta da religião espanhola e sua consequente assimilação.

3. Espera-se que os alunos percebam que dessa forma tem-se apenas uma visão dos acontecimentos. Da parte dos nativos há mais hipóteses, pois os documentos deixados por esses povos são escassos.

p. 67 – Organizando ideias

Objetivo: analisar os documentos relativos à chamada controvérsia de Valladolid, cujo centro das discussões foi o processo de extermínio de indígenas levado a cabo pelos conquistadores.

Orientação: é importante esclarecer aos alunos que a ideia de direitos humanos não existia naquela época.

Respostas sugeridas

1. Las Casas argumentava que os indígenas não eram bárbaros se comparados aos espanhóis. Sepúlveda considerava sua sociedade superior à dos indígenas.

2. Las Casas argumentava que os indígenas tinham elevado nível de organização social e que os próprios europeus, incluindo os espanhóis, eram povos bárbaros, depravados, pervertidos e irracionais.
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3. Para Sepúlveda, os espanhóis eram superiores e, portanto, poderiam subjugar os indígenas, inclusive pela força.

4. A de Sepúlveda.

5. Sim. A defesa de Las Casas preconiza ideias de direitos dos povos e de não violência contra o outro. O discurso de Sepúlveda é de negação e não aceitação do outro, afirmando a superioridade espanhola, o que contraria a essência dos direitos humanos. Deve-se considerar que, naquela época, não havia a noção de direitos humanos.

p. 68-69 – Resgate cultural

Objetivo: refletir sobre a diversidade cultural.

Orientação: a seção apresenta uma oportunidade de trabalhar com os alunos um exemplo concreto de diversidade cultural que, para ser compreendido, pressupõe o abandono de concepções etnocêntricas, ou seja, que se interprete o evento (no caso, as festividades do Dia dos Mortos, no México) com base na cultura do povo que o celebra. Desse modo, os alunos poderão perceber a mistura de crenças religiosas e entender as motivações dos atuais mexicanos para celebrar seus mortos de modo diferente do que se faz no Brasil.

Resposta sugerida

1. Com base na leitura do texto e na análise das imagens, espera-se que os alunos compreendam que o Dia de Finados, como é chamado o Dia dos Mortos aqui, não ocorre em um ambiente de festas como no México. Para isso, é fundamental que eles identifiquem e reconheçam a influência das práticas religiosas dos antigos astecas, que permaneceram e foram incorporadas ao catolicismo.

p. 71 – Pausa para investigação

Objetivos: pesquisar o assunto proposto na Constituição Federal de 1988, disponível em vários sites. Além disso, compreender a atual situação dos povos indígenas e identificar se seus direitos constitucionais são respeitados.

Orientação: estimule os alunos a buscar reportagens sobre povos indígenas e ações favoráveis ou contrárias a eles na atualidade. De posse das duas pesquisas, os alunos devem analisar o cumprimento ou não da lei, elaborando um texto com suas conclusões. Espera-se um texto argumentativo ou opinativo.

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