Português 9º ano



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. Acesso em: 12 jun. 2015.

Lembramos a você que tudo o que está proposto na Roda de leitura deve ser vivenciado como um momento de troca de impressões por meio da conversa, sem necessidade de registro escrito.



Página 418

p. 81

Provocações

RESPOSTAS

1. O rap fala sobre a existência do racismo e outras formas de preconceito, classificando-os como burrice.

2. Seriam as pessoas que são racistas, seja do “povão”, seja da elite.

3. São os negros, os nordestinos e os pobres (os que passam fome).

4. a) Ele se refere ao racismo.

b) Ele atribui ao racismo as qualidades de tudo que pode ser considerado lixo: o que é resíduo, que não presta, que cheira mal, que faz mal, etc.

c) Significa eliminar completamente a ideia e a existência do racismo.

5. Espera-se que os alunos considerem que sim. Aqui o rapper trata do racismo como uma forma de violência contra certos grupos sociais, além de se referir a ele como um ato de burrice, como uma crítica às pessoas racistas. E no texto inicial também se fala do teor crítico do rap ao tratar de temas como a violência, o descaso e a miséria.

6. Professor: relembre com os alunos as características da poesia, já bastante estudadas na coleção — assim como as características da música. Espera-se que eles se refiram às rimas usadas em muitos trechos (tanto entre versos: explicação/ união, claramente/infelizmente, diferentes/gente/frente/consciente, etc; quanto no interior do verso, produzindo o efeito de eco: E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação / Não tem a união e não vê a solução da questão).

7. a) Burro, burrice, imbecil, babaca, estupidez, bundão.

b) Resposta pessoal. Professor: será importante considerar nesta discussão o que comentamos no início da seção sobre a forte presença de gírias e tabuísmos nas comunidades de origem do rap, marcadas pela violência, pobreza e miséria. E esta característica, associada ao caráter de denúncia e protesto que assumiu o rap, levou ao uso dessa linguagem “sem floreios”, “sem maquiagens”, como forma de enfrentamento.

c) Resposta pessoal.

p. 82-89

Capítulo 2 — ... e eu no mundo?

Abertura do capítulo

Neste capítulo os alunos irão discutir o conceito de etnocentrismo, associado à pluralidade cultural, explorando a noção de choque cultural e tratando de suas consequências. O objetivo é possibilitar que o aluno reflita sobre o seu modo de ser e de estar no mundo da diversidade e sobre a necessidade de relativizar a visão que se tem do outro, atitude desejável para o exercício da tolerância.

A abertura propõe a observação de uma tira de Hagar que exemplifica a atitude etnocêntrica que se costuma ter em relação à avaliação das crenças e costumes do “outro”. Como preparação para a leitura, sugerimos a crônica “Programa de Índio”, de Antonio Prata, que possibilita antecipar alguns aspectos que serão abordados no texto de divulgação (trecho) que explica as bases do etnocentrismo.

Assim como no capítulo anterior, sugerimos que a abertura do capítulo e a preparação para a leitura (com o Converse com a turma que sugere a leitura da crônica “Programa de índio”, de Antônio Prata) sejam realizadas em sala de aula e que a leitura do texto da seção de leitura seja proposta como lição de casa.

As atividades previstas na seção Primeiras impressões solicitarão, de um lado, o exercício de síntese do conteúdo e, de outro, a capacidade de falar sobre o conteúdo do texto a partir de esquemas (material de apoio), assim como deverão fazer na apresentação oral prevista no final do capítulo.

Essa leitura também exigirá dos alunos procedimentos e capacidades envolvidas na leitura para estudo*, como:

os específicos de seleção e hierarquização de informações: reconhecer (e sublinhar na cópia ou anotar no caderno) elementos paratextuais importantes (parágrafos, negritos, itálicos, aspas, enumerações, etc.); palavras-chave; fragmentos significativos; decidir se consulta o glossário ou um dicionário durante a leitura ou se adia a dúvida confiando que o contexto sinalize o sentido; tomar notas. Alguns desses os alunos irão fazer especialmente na primeira leitura do texto — que estamos sugerindo ser feita em casa.

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os específicos de clarificação e simplificação: construir paráfrases mentais ou orais de fragmentos; substituir palavras complexas por sinônimos familiares; reconhecer relações lexicais, morfológicas, sintáticas e também discursivas. Esses serão solicitados durante a leitura em casa e também na leitura e discussão solicitadas na seção Primeiras impressões.

os relativos à identificação da coerência textual/discursiva: ativar os conhecimentos que já se tem (ou construí-los) a respeito do contexto, do gênero e do tema — que serão necessários durante a primeira leitura e também na leitura e discussão solicitadas nas seções Primeiras impressões e O texto em construção.

os específicos de controle e monitoramento da própria leitura: que envolvem o reconhecimento e avaliação do próprio processo de leitura, implicando o planejamento da leitura (tendo em vista os objetivos definidos), o controle e a detecção de erros na compreensão. Esses devem acontecer em todos os momentos de leitura: antes, durante e depois.

Esses procedimentos e capacidades de leitura podem ser solicitados em qualquer tipo de leitura. Entretanto, são ainda mais solicitados na leitura para estudo, visando à produção de uma síntese, uma apresentação oral ou outro produto escrito.

A propósito da apresentação oral, neste capítulo abordaremos aspectos relacionados à apresentação propriamente dita, chamando atenção para aspectos específicos dessa situação oral.

Na Roda de leitura os alunos discutirão uma letra de rap da nova geração de rappers nacionais, de modo a observarem as novas influências sofridas pelo rap no Brasil, tanto nos aspectos relacionados à musicalidade quanto à temática.

* Os procedimentos aqui indicados foram baseados no capítulo “A qualidade da leitura”, que faz parte do livro Técnica de Redação, de Lucília H. C. Garcez. São Paulo: Martins Fontes, 2001.



p. 82

Converse com a turma

1. Com o fato de pessoas de países e crenças diferentes não viverem em paz.

2. Resposta pessoal. Professor: durante a discussão desta questão, fique atento para comentários que possam suscitar discordâncias e falta de tolerância entre os alunos — o que, em si, seria uma situação muito propícia para discutir o respeito ao que o outro pensa. Se pensarmos no contexto da tira, a posição de Hagar em relação à questão já nos dá uma possibilidade de resposta: cada grupo que tem sua crença não admite a crença do outro ou considera a sua melhor que a do outro.

3. a) Sinaliza que ele acha que o que pensa é o único modo correto de se pensar. Professor: oriente os alunos a perceberem como a resposta de Hagar vai de encontro à ideia de tolerância.

b) Resposta pessoal.

4. a) Professor: retome com os alunos as características de Hagar e o papel que ele costuma ter nas tirinhas: é um guerreiro profissional, conquistador, que tenta, sem sucesso, invadir a Inglaterra; e alguém com problemas de higiene pessoal e com sua esposa, a qual vive brigando com ele por causa do tipo de vida que têm e de seu modo desleixado em casa. Esse jeito de ser da personagem não lhe daria “credibilidade“. Por isso, seria engraçado se fosse ele a pessoa a dizer sobre o que é bom para os outros.

b) Na tira está implícita uma crítica à ideia de que só há um jeito correto ou bom de se pensar; à falta de tolerância com a pluralidade cultural.

p. 83-84

Converse com a turma

1. Trata-se da conversa entre um taxista e o amigo do narrador, que é antropólogo, sobre a situação dos indígenas.

2. Predominam as reflexões que o narrador apresenta a partir de um fato que aconteceu. Espera-se que os alunos identifiquem a voz

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do narrador dominando o texto e apresentando a nós, leitores, o seu ponto de vista sobre o que é ser culturalmente evoluído.



3. Pelo menos dois sentidos: o atribuído pelo taxista, que parece entender por evolução o acesso às modernidades da cultura à qual pertence; e o atribuído pelo narrador — e por seu amigo (personagem da crônica) — que, considerando as reflexões apresentadas, entende a evolução como algo que depende do que se busca, do que é o objeto de cada cultura. Professor: é provável que os alunos tenham certa dificuldade com esta questão. Sugerimos que retome com eles os parágrafos em que o narrador esclarece que o olhar do taxista para a cultura do índio é da perspectiva da cultura ocidental. Você poderá propor questões como: Segundo o narrador, o que a maioria das pessoas pensa sobre ser evoluído? O que o taxista estaria comparando entre as culturas — a dos índios e a cultura da qual ele faz parte? Por que o narrador discorda dessa comparação?

4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que o narrador apresentou ao leitor um quadro muito triste do taxista — um modo de questionar o quão “evoluída” era a vida desse taxista que achava que os indígenas é que estariam em uma situação ruim.

5. Espera-se que os alunos aproximem o taxista e “a maioria das pessoas” que, segundo o narrador, pensam como aquele taxista, à personagem Hagar — que se vê como o melhor em relação aos outros.

6. Resposta pessoal. Professor: essa expressão é muito usada quando nos vemos envolvidos em situações que consideramos indesejadas, desagradáveis — o que nos leva a identificar uma visão preconceituosa ou no mínimo estereotipada da vida que os indígenas têm: a de que é atrasada, ruim, incômoda. Considerando o conteúdo da crônica — que justamente critica essa visão — poderíamos pensar em dois modos de justificar o título: o cronista usou uma expressão comum na nossa cultura para se referir ao desconforto da situação vivida por seu amigo antropólogo.

p. 90-91

Primeiras impressões

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

A proposta da questão 1 é de que os alunos possam retomar o conteúdo do texto por meio da observação dos dois esquemas — que se apresentam organizados de modos diferentes. Assim, eles poderão fazer um exercício similar ao que terão de realizar na apresentação oral: falar sobre o assunto, a partir de um texto de apoio. Durante esse exercício coletivo, organize a participação dos alunos de modo a garantir que todos falem algo sobre o texto.

Caso eles encontrem dificuldades de resgatar o conteúdo lido apoiados nos dois primeiros esquemas, proponha perguntas que possam ajudá-los nisso. Entretanto, é fundamental que você — que conhece bem os alunos — pense em outras, prevendo os possíveis trechos que possam representar dificuldade para a sua turma.

Quanto à proposta de os alunos produzirem o terceiro esquema, o objetivo é que exercitem, mais uma vez, o trabalho de produzir um material de apoio que possa ser útil para a apresentação do trabalho. Você poderá propor a formação de duplas ou trios — como achar mais adequado — e orientá-los quanto ao tempo necessário para a realização do exercício. Esse momento será muito importante para você mediar as dúvidas nos grupos, de modo a alertá-los para escolhas de palavras-chave que não sejam, de fato, “chave” no texto, ou de sínteses que não destaquem o que há de mais relevante no trecho — problemas que poderão acarretar em um texto de apoio que não os ajudará a retomar o conteúdo lido e estudado.

Você poderá optar por organizar a avaliação dos resultados em dois momentos: o primeiro, entre grupos, de modo que possam trocar esquemas e avaliar a eficiência dele para retomarem o conteúdo do texto durante a fala; e o segundo, coletivamente, de modo que os grupos troquem impressões sobre os esquemas que viram.

Um aspecto deste trecho — que irão esquematizar — que deve ser garantido na discussão é a retomada da ideia de dinâmica ideológica que o autor começa a trabalhar no início do trecho a ser esquematizado. A discussão sobre as diferentes visões que se tem do índio no Brasil, ao longo do tempo, exemplifica essa ideia: em momentos



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diferentes, dependendo dos interesses sociais, econômicos e políticos, o índio foi visto pela sociedade etnocentrada de diferentes modos; a ”ideia” que fizemos dele foi mudando. E assim é com tudo.



Para garantir a retomada dessa ideia do autor sobre a dinâmica ideológica você poderá propor uma questão final sobre esse trecho. Sugerimos algo como: ao falar dos três “papéis” que o índio desempenhou aos olhos da história do Brasil, o autor do texto está explicando a ideia que apresentou no 17º parágrafo: “Aqueles que são diferentes do grupo do eu — os diversos ‘outros’ deste mundo — por não poderem dizer algo de si mesmos, acabam representados pela ótica etnocêntrica e segundo as dinâmicas ideológicas de determinados momentos”. Por que podemos afirmar isso?

2. Espera-se que os alunos entendam que sim. Peça-lhes que reflitam, então, em qual dos esquemas a crônica poderia ser ”encaixada” e com que objetivo.

3. O objetivo desta questão é que os alunos relacionem os dois textos de modo a perceber que o etnocentrismo — essa ideia de que há um único modo correto (ou melhor) de pensar o mundo — impede a existência democrática da pluralidade cultural.

4. Professor: o objetivo desta questão é que os alunos percebam que, quando relativizamos o nosso modo de pensar ou o modo de pensar do outro, deixamos de estabelecer o valor de algo ou de determinado modo de ver as coisas de forma absoluta e única e passamos a considerar a pluralidade cultural. Relativizar relaciona-se à ideia de tolerância à medida que, se passo a considerar o que o outro pensa, ele passa a ter voz e posso ouvir o que ele tem a dizer de si, o que possibilita compreendê-lo melhor.

5. Professor: espera-se que os alunos relacionem a citação aos dois princípios básicos para se entender cultura fazendo as seguintes ligações: ao falar que ninguém nasce odiando as pessoas pela cor da sua pele, sua origem ou sua religião, Mandela reafirma um princípio da diferença entre as pessoas: somos diferentes em vários aspectos; e ao falar que aprendemos a odiar as diferenças e que, portanto, também podemos aprender a amá-las, o líder sul-africano atribui à cultura o caráter de algo construído socialmente: nós aprendemos (e ao mesmo tempo a modificamos...) uma dada cultura na convivência com certo grupo social.

p. 91-94

O texto em construção

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. Espera-se que os alunos relacionem o conteúdo do texto com essas duas áreas de conhecimento: ao falar sobre as diferenças entre as culturas o autor está se referindo ao homem como um ser social, com costumes, crenças, etc., ou seja, tratando de Sociologia; e ao tratar dessas diferenças e da nossa dificuldade de lidar com elas o autor está analisando determinados comportamentos sociais — no caso, a relação entre o “eu” e o “outro”, tratando, no caso, de Antropologia. Professor: será importante explicar que dessa ”mistura” de áreas nasce uma ciência — que, aliás, é referida em outras partes do livro — a da Antropologia Social ou Cultural, cuja especificidade é exatamente estudar as diferenças entre as várias culturas.

2. Espera-se que os alunos identifiquem especialmente o trecho em que o autor cita a pesquisa que realizou sobre a visão do índio no livro didático. Professor: será importante comentar que esse texto constitui apenas um dos trechos do livro. Caso seja possível e considere pertinente, você poderá mostrar aos alunos outros trechos em que o autor se apoia em outros teóricos para explicar a visão de antropologia social — que é o que lhe interessa. Ver, por exemplo, o capítulo “Primeiros movimentos” (da mesma obra), que contextualiza o surgimento da Antropologia Social ou Cultural, em que aparecem nomes de estudiosos da história, desde o final do século XV.

3. a) Como primeiro exemplo, o autor conta ao leitor uma história inventada (estória) que poderia ser real. Um segundo exemplo é apresentado mais adiante, quando ele cita o famoso cientista Hermann von Ihering (início do século XX), que justificava o extermínio dos índios Caingangue por serem um empecilho ao desenvolvimento. A pesquisa é a respeito de como os índios são representados nos livros didáticos.

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b) Espera-se que os alunos percebam que os exemplos ajudam o autor a explicar melhor as ideias que apresenta no texto. 1) A história do pastor e do índio é usada para exemplificar a ideia de que pensamos o objeto cultural do outro a partir do nosso universo de valores; para dar um exemplo de etnocentrismo “cordial” (em que as ações do “eu” sobre a cultura do “outro” não têm consequências cruéis); e, por fim, para explicar que a imagem que temos do outro é apenas uma representação que é manipulável por nós, dependendo dos nossos interesses. 2) O exemplo do famoso cientista Hermann von Ihering é usado para ilustrar uma forma violenta de etnocentrismo, que justifica o extermínio dos índios Caingangue por serem um empecilho ao desenvolvimento da região. 3) A pesquisa que o autor realizou sobre o livro didático ajuda a entender o que ele quer dizer sobre dinâmica ideológica — a mudança que o “eu” faz na imagem que constrói do outro, em função dos interesses do momento. Professor: seria importante comentar que, enquanto apresenta alguns dados de sua pesquisa, o autor também cita um exemplo, que demonstra a influência do que circula nos livros didáticos sobre a formação da visão da criança sobre o índio — quando fala da criança que definiu o índio dizendo que ele “é o maior amigo do homem”.

c) I. Porque a afirmação da criança é a mesma usada quando nos referimos à relação humana com animais, especialmente os cães: ao dizer que o índio é “o maior amigo do homem” desconsidera que o índio seja humano, comparando-o a um animal.

II. Resposta pessoal. Professor: fique atento às ideias que manifestem algum estereótipo ou preconceito e questione-as de modo que os alunos os percebam.

d) Espera-se que os alunos percebam que exigiria do leitor maior conhecimento sobre o assunto, uma vez que os exemplos são importantes no processo de “didatizar” o que se pretende dizer, visando a melhor compreensão do leitor.

4. Espera-se que os alunos percebam que no primeiro parágrafo o uso do itálico marca a voz do “eu”, uma simulação do monólogo do “eu” em relação ao outro. O autor o utiliza para destacar e diferenciar esse monólogo das suas observações sobre o assunto. No segundo parágrafo, o uso das aspas dá destaque aos dois pronomes “eu” e “outro” para que fique mais evidente o jogo que faz entre o grupo do “eu” e do “outro”.

5. a) I. O autor introduz o assunto de modo direto, já conceituando o que é etnocentrismo; no desenvolvimento explica com mais detalhamento essa ideia, demonstrando como o etnocentrismo acontece e quais suas consequências.

II. Resposta pessoal. Professor: esta questão é importante para o aluno perceber que, embora não tenhamos apresentado o texto integralmente, o corte feito mantém um sentido em relação ao trecho recortado. Entretanto, é fundamental que eles percebam também que a finalização do trecho não corresponde à finalização do texto. Peça que pensem sobre o que eles acham que viria a seguir e como poderíamos finalizar o texto, considerando que ele teria uma continuação. Nesse caso, eles terão a possibilidade de, pensando na coerência do texto, perceber, por exemplo, que o autor deve continuar falando da relativização — já que é uma ideia importante que ele apresenta para contrapor à visão etnocêntrica. Provavelmente, ele continuaria apresentando exemplos para tornar o novo conceito bem didático. Caso considere oportuno, você poderá finalizar a conversa sobre esta questão apresentando uma síntese sobre como o autor finaliza o capítulo: depois de apresentar a “relativização“ como um contraponto à atitude etnocêntrica em relação ao outro, o autor comenta que a humanidade já vem há algum tempo construindo um conhecimento sobre as diferenças entre os seres humanos, o que, segundo ele, fez surgir uma nova ciência — a Antropologia Social. Continua o texto dizendo que assim como outras ciências, a Antropologia também teve o seu momento de valorizar um conhecimento como absoluto, único (etnocentrismo), até chegar a olhar o

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outro de uma perspectiva mais “relativizadora”. E finaliza o capítulo anunciando que irá resgatar o panorama histórico de uma época — séculos XV, XVI e XVII — que foi importante para o surgimento de um sentimento da Antropologia, porque marcou o encontro do “eu” (os europeus) com o “outro” resultante do período das grandes navegações.



b) I. Ele marca uma nova ideia que será introduzida pelo autor.

II. Porque ela indica que outra informação, diferente, complementar em relação à anterior, está sendo apresentada.

c) I. Está retomando toda a ideia apresentada no parágrafo anterior: a de que existe algo paralelo à violência que a atitude etnocêntrica estimula — “o pressuposto de que o ‘outro’ deva ser alguma coisa que não desfrute da palavra para dizer algo de si mesmo”.

II. Sugestão: 1) Isto não só ao longo da história, mas também em diferentes contextos no presente. Retoma a ideia apresentada anteriormente sobre a manipulação das representações que temos da figura do louco. 2) Isto era para mostrar o quanto os portugueses colonizadores eram “superiores” e “civilizados”. Refere-se à ideia apresentada anteriormente sobre o modo como o índio era visto pelos portugueses.

III. O verbo crer (Creio que...) e a locução verbal vou fazê-lo conjugados na primeira pessoa do singular e o pronome pessoal me (que me parece). Professor: ajude os alunos a perceberem que o uso da primeira pessoa, neste caso, deixa marcado o ponto de vista, a posição do autor do texto em relação ao que está falando: ele se assume como voz de especialista sobre o assunto. Para tanto, lance outras perguntas como, por exemplo: vocês acham que há alguma relação entre o uso da primeira pessoa e o fato de se tratar de um texto de divulgação científica escrito por um antropólogo?

Ajude-os a perceber, também, que a escolha dos verbos sinaliza para um discurso modalizado no sentido de se colocar não como voz absoluta, autoritária (creio, me parece), mas relativizada. Também pode ser comentado que o uso da primeira pessoa pode, ainda, aproximar o autor de seu leitor, dando ao texto um tom de conversa entre autor e leitor.



IV. A de apresentar e justificar o exemplo que virá a seguir.

d) De oposição.

e) I. Em primeiro lugar, não é necessário ser nenhum detetive ou especialista...

Em segundo lugar, esta estória representa o que se poderia chamar...

Em terceiro lugar, a estória ainda ensina que o “outro” e sua cultura...

II. Em primeiro lugar poderia ser substituído por “Primeiramente”; Em segundo lugar por “Além disso”; Em terceiro lugar por “Finalmente” ou “Por último”

f) III. No primeiro trecho, assim é um advérbio; no segundo caso é uma conjunção que indica uma conclusão — parcial ou não — do autor sobre o que disse anteriormente.

Professor: a diferença de uso de “assim” como advérbio e como conjunção pode ser muito sutil para os alunos. Portanto, para que possam tentar chegar à resposta correta, será necessário ajudá-los a perceber a relação da palavra “assim” com as ideias anteriores: você poderá voltar aos trechos das ocorrências, relê-los e discuti-los com eles. No primeiro trecho, assim é um advérbio porque se refere ao modo como o cientista justifica o extermínio dos índios Caingangue: esse advérbio também tem a função de sintetizar a ideia apresentada no final do parágrafo anterior — a de que “o etnocentrismo implica uma apreensão do ‘outro’ que se reveste de uma forma bastante violenta”, julgando-o inferior, “atrasado” e, portanto, como algo a ser destruído. No segundo trecho, assim é um conjunção que introduz uma conclusão parcial do autor sobre algo que acabou de dizer: neste caso, é uma conclusão sobre o fato de podermos atribuir diferentes representações ao “outro”: podemos, por isso, tornar o outro bravo e traiçoeiro ou manso e bondoso.



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Uma estratégia que pode funcionar em alguns casos, como nestes, é a da substituição de ‘assim’ por outras palavras que possam ser correspondentes. Você poderá propor para eles a seguinte questão: assim pode ser substituída por “desse/deste modo” nos dois casos, mas em qual deles o “deste modo” (ou o assim) tem o sentido de outras conjunções ou locuções conjuntivas como “portanto”, “assim sendo”? Por meio dessa questão, os alunos poderão perceber em que trecho o ‘assim’ funciona como conjunção.



p. 94

Produção: apresentação oral

Conhecendo o gênero: apresentação oral

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

Como anunciado na unidade, os alunos irão realizar uma apresentação oral em grupo. No primeiro capítulo propusemos atividades que visavam à orientação sobre o processo de busca, seleção e hierarquização de informações necessárias para a produção de um resumo sobre o tema pesquisado, instrumentalizando os alunos para se prepararem para a apresentação oral.

Neste capítulo, propomos a preparação do material de apoio que usarão e a observação dos aspectos envolvidos na apresentação propriamente dita, ou seja, nas características próprias dessa situação oral pública, tendo em vista o grau de formalidade que a envolve.

Aqui, também, enfatizamos que será importante planejar a distribuição das tarefas propostas entre o tempo escolar e extraescolar, uma vez que se trata de um trabalho processual, difícil de ser realizado apenas no tempo das aulas de português.

Defina prazos, previamente, para a realização de todas as atividades.

p. 94-95

Atividade 1: analisando esquemas como material de apoio para a apresentação oral

1. a) I. Resposta pessoal.

b) Professor: para este momento, você poderá reproduzir o esquema na lousa e solicitar que a turma apresente as mudanças que fariam para tornar o esquema mais adequado às necessidades deles. É importante que os alunos saibam que não há um único esquema possível e que ele deve refletir a seleção que cada um faz das informações que considera fundamentais no texto. Alguns esquemas poderão estar um pouco mais detalhados, com mais texto escrito e isso só será um problema se não for percebido um exercício de síntese, se os alunos apenas reproduzirem trechos do texto, sem parafraseá-los de modo sintético.

2. a) Todas as setas partem diretamente de “religião”, não havendo hierarquia/sequência de ideias.

b) Resposta pessoal. Professor: espera-se que o aluno perceba que o primeiro esquema hierarquizava o texto, apontando duas direções e estruturando os argumentos. No segundo esquema, não há essa organização, de modo que pode ficar mais difícil resgatar o conteúdo do texto em uma ordem que possibilite melhor compreensão.

c) Resposta pessoal.

p. 96-100

Atividade 2: analisando duas apresentações orais

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

A que denominamos Comunicação 1 foi uma apresentação feita por Fred Gelli, um profissional do design, professor universitário, acostumado com apresentações em situações públicas para jovens e adultos. A denominada Comunicação 2 foi uma apresentação feita por Pedro Franceschi, um adolescente que tinha, então, apenas 13 anos de idade. Ambos fizeram suas comunicações num mesmo evento, para um mesmo perfil de público: uma conferência conhecida como “TEDxSudeste”, destinada a divulgar as melhores ideias de pensadores de diferentes áreas do conhecimento. O tema da edição de 2010, ocorrida no Rio de janeiro, é “Colaborando para transformar”. De acordo com as normas desta conferência, cada participante tem de 5 a 15 minutos para a apresentação. Será importante enfatizar o contexto das duas comunicações de modo que os alunos percebam o desafio que foi, para o adolescente, participar de um evento como este e o quanto a apresentação foi satisfatória — apesar do levantamento que se possa fazer do que tem a melhorar —, considerando a pouca



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experiência do garoto. Merece destaque a reação do público — que certamente levou isso em conta e acolheu muito bem a apresentação de Pedro.



Comunicação 1

Vídeo: Fred Gelli fala sobre biomemética e mostra como a natureza inspira o design

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