Português 9º ano



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Dando continuidade ao desenvolvimento das capacidades de argumentação dos alunos já trabalhado em atividades de volumes anteriores que abordavam gêneros orais ou escritos (como o debate e a carta de reclamação), e em sintonia com o tema polêmico ora proposto, escolhemos

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o artigo de opinião como gênero de produção. Os textos que abrem ambos os capítulos da unidade deverão servir de alimentação temática para o artigo de opinião que os alunos produzirão ao longo das seções Produzindo o texto.

Como artigos de opinião discutem os mais variados problemas/questões sociais, além destes que abordam o tema central da unidade, trouxemos outros sobre diferentes temas, o que certamente enriquecerá as aulas e o cabedal de conhecimentos dos alunos.

Na seção Conhecendo o gênero do Capítulo 1, o aluno entrará em contato com os aspectos relacionados ao contexto de produção dos artigos de opinião, a seus conteúdos temáticos e aos tipos de argumentos que podem ser usados para discutir a polêmica que envolve o artigo. No Capítulo 2, serão abordados aspectos relacionados à forma composicional e estilo mais característicos do gênero.



p. 15

Converse com a turma

1. Trata-se da imagem de um feto, conforme revela um exame de ultrassom da barriga de uma mulher grávida. É possível que muitos alunos nunca tenham visto imagem semelhante e, por isso, deem respostas variadas a essa pergunta. Leve-os a perceber do que se trata, fazendo outras perguntas como: com o que se parece essa área arredondada (a cabeça)? Depois que eles deduzirem que se trata de um bebê, leve-os a raciocinar por que a definição da imagem não é perfeita. Assim, eles poderão concluir que se trata de uma imagem feita a partir de um equipamento que permite visualizar o interior do corpo humano. Apenas depois de respondida esta questão, passe para as seguintes.

2. Os alunos de 9º ano provavelmente já sabem como as mulheres engravidam, seja porque já estudaram na escola — e, nesse caso, terão condições de dar uma resposta mais completa, explicando o processo de fertilização humana —, seja porque já aprenderam com os amigos ou com alguém da família. Neste caso, provavelmente terão condições de apenas dar respostas mais generalizantes do tipo “a mulher engravida por meio de relações sexuais” ou “quando transa com um homem”, etc. Caso os alunos demonstrem ter conhecimentos muito superficiais sobre o assunto, sugerimos que se desenvolva um trabalho interdisciplinar com o professor de Ciências que, munido de materiais e metodologia adequados, pode suprir os alunos com informações compatíveis ao seu grau de desenvolvimento. Ter informação apenas não garante que o adolescente tomará os devidos cuidados no sentido de evitar gravidez indesejada ou doenças sexualmente transmissíveis, mas é um dos fatores essenciais para isso.

3. Não é possível engravidar em qualquer idade. Mas isso pode acontecer, a partir da primeira menstruação da menina, e o menino pode engravidar uma garota a partir de sua primeira ejaculação, independentemente da idade em ambos os casos. Essa questão tem como objetivo levar os alunos a se conscientizarem de que, sem os devidos cuidados, estão sujeitos a se tornarem responsáveis pela existência de um bebê.

4. Há duas alternativas para evitar uma gravidez inesperada: abster-se de sexo ou, caso a pessoa já tenha vida sexual ativa, prevenir-se, utilizando algum dos diversos métodos anticoncepcionais existentes: camisinha, pílula, injeção de hormônios, DIU, diafragma, etc. Seria bom que os alunos entendessem como cada um desses métodos funciona. Se você achar conveniente, pode desenvolver um trabalho interdisciplinar com o professor de Ciências, que pode ensinar de forma adequada como funciona cada um desses métodos.

5. Quem tem um filho deve se responsabilizar para que ele se desenvolva com saúde física e emocional. Isso envolve disponibilidade praticamente total: desde garantir moradia, boa alimentação, acesso a médicos e remédios, até brinquedos, estudo e, principalmente, afeto.

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p. 16

Capítulo 1 — Assumindo responsabilidades: sexualidade e gravidez na adolescência

Abertura do capítulo

Pesquisas apontam para o fato de que ter acesso a informações sobre contraceptivos não é suficiente para que os jovens se previnam e evitem a gravidez precoce. Assim, neste capítulo, serão apresentados textos que discutem outros motivos que levam jovens a engravidar precocemente.

Mas o que fazer para diminuir as chances de gravidez precoce? Entidades especializadas em atendimento a jovens apostam em ações que os levem a elaborar planos para o futuro. Levando isso em consideração, sugerimos ao professor que não deixe de fazer o exercício proposto na atividade 10 da seção Primeiras impressões do texto 1, pois trata-se exatamente de uma oportunidade para os alunos refletirem sobre o que desejam para o futuro e o que devem fazer para realizar seus desejos.

p. 16

Converse com a turma

1. Na imagem da esquerda, a mãe da garota está com o teste de gravidez da filha. Ambas parecem preocupadas. Na imagem da direita, uma menina grávida segura um ursinho de pelúcia, o que pode representar que, mesmo nessa situação, ela ainda é uma criança.

2. Resposta pessoal.

3. Resposta pessoal.

p. 17

Converse com a turma

• Resposta pessoal.

• Resposta pessoal.

p. 18-20

Primeiras impressões

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. I-b; II-c; III-a.

2. Segundo o texto, as meninas engravidam para segurar o parceiro ao seu lado.

3. Entrevistando adolescentes grávidas atendidas pela Secretaria Municipal de Saúde de Sorocaba (SP).

4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que sim, pois os motivos mencionados podem fazer parte da realidade de adolescentes de todo o país.

5. Resposta pessoal.

6. a) O pensamento mágico das adolescentes é a ideia de que a gravidez só acontece com outras garotas ou só com mulheres adultas.

b) Resposta pessoal.

7. Resposta pessoal. Professor: comente que algumas pesquisas mostram que o pensamento mágico também está presente entre os meninos. Além disso, muitos acreditam que, sendo pais, reafirmam sua masculinidade.

8. Segundo a médica, as jovens, na adolescência, não têm maturidade para criar uma criança; ela afirma que a adolescente “tem de aprender a cuidar de um bebê em um período em que ela mesma ainda precisa de cuidados”.

• Resposta pessoal.



9. a) Porque mostra que o número de adolescentes grávidas vem diminuindo ano a ano.

b) Não, porque em 2006 houve um aumento do número de grávidas em relação aos três anos anteriores (2003, 2004 e 2005). Professor: como lição de casa, sugerimos pedir aos alunos que pesquisem dados mais recentes que, mais adiante, podem ser usados para complementar as informações do artigo de opinião que eles escreverão.

10. a) Resposta pessoal.

b) Resposta pessoal.

c) Resposta pessoal. Professor: o Projeto Vale Sonhar foi desenvolvido pelo Instituto Kaplan, fundado em 1991, com o objetivo de oferecer tratamento terapêutico, educação em saúde e responsabilidade sexual à po-

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pulação carente de São Paulo. Desde 2006, porém, ao constatar o grande número de casos de gravidez na adolescência nas populações que assistia, o instituto passou a dedicar-se exclusivamente à educação sexual de adolescentes. O trabalho realizado por ele permitiu constatar que os jovens estão mais abertos a ouvir informações a respeito de educação sexual e de prevenção depois de imaginarem o impacto de uma gravidez precoce em suas vidas. Essa é a razão de os jovens atendidos por esse instituto realizarem esse exercício de imaginar diferentes hipóteses para o futuro. Se achar conveniente, peça aos alunos que façam um desenho representativo de seus projetos futuros.



p. 20

O texto em construção

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. a) Espera-se que os alunos percebam que é a frase “Quando a gravidez ocorre nesse momento, a adolescente tem de aprender a cuidar de um bebê em um período em que ela mesma ainda precisa de cuidados”. Professor: lembre aos alunos que, assim como no texto de ficção, as falas de uma personagem podem ser introduzidas por aspas ou travessões. Em reportagens, as falas de entrevistados também podem ser introduzidas por meio de aspas.

b) Espera-se que os alunos percebam que o jornalista apresenta a reprodução da fala por meio da expressão “Edith acredita que”, ou seja, empregando um verbo que atribui a Edith o pensamento ali expresso. Professor: lembre aos alunos que, no discurso indireto, podem ser usados os verbos de elocução para introduzir as falas de personagens ou entrevistados. Sugira que imaginem que, nesse caso, outros verbos poderiam ser usados no lugar de acreditar. Proponha ainda que invertam os discursos, apresentando a primeira frase em discurso direto e a segunda em discurso indireto: Segundo Edith, “na adolescência, as jovens não possuem a bagagem necessária para criar uma criança”. Ela acredita que, quando a gravidez ocorre na adolescência, as jovens têm de aprender a cuidar de um bebê em um período em que elas mesmas ainda precisam de cuidados.

2. Espera-se que os alunos percebam que, na reportagem, o discurso do jornalista e o das pessoas por ele entrevistadas se alternam, para que o texto não fique monótono e o jornalista possa apresentar as informações de especialistas ou das pessoas envolvidas nos fatos abordados.

3. Os subtítulos.

p. 20

Converse com a turma

• Resposta pessoal. Professor: caso você se sinta à vontade e os alunos demonstrem interesse, aprofunde o assunto propondo um trabalho interdisciplinar com o professor de Ciências.



p. 22

Primeiras impressões

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. a) Mais da metade das meninas que engravidam param de estudar e apenas 40% delas voltam para a escola.

b) Enfrentam preconceito e sentem-se frustradas, pelo menos por algum tempo, por deixar as festas, baladas e paqueras sem compromisso.

c) Insegurança e incerteza no momento de contar aos pais.

2. Resposta pessoal. Professor: é importante ressaltar aos alunos que retornar à escola é importante, porque aumenta as chances de se garantir um bom emprego, melhora a qualidade de vida, além de dar acesso a informações que permitem o desenvolvimento do senso crítico e a participação social.

3. É preciso procurar um médico que indique um método anticoncepcional que ajude a prevenir a gravidez. Além disso, o texto aconselha o uso da camisinha para evitar tanto a gravidez quanto as DST. Professor: comente que o texto aborda
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questões que envolvem jovens sexualmente ativos e que nem todos os jovens dessa idade se encontram nessa situação. Fale também que essa é uma decisão pessoal e que não está em julgamento. O que se busca enfatizar nesta unidade é a importância de o jovem ter as informações que possam conduzi-lo a uma prática sexual responsável.



4. Contar o que está acontecendo para alguém em quem ela confie e que lhe possa dar bons conselhos. E também para os pais e para o namorado — o pai da criança —, com o qual deve dividir todas as responsabilidades.

p. 22

O texto em construção

RESPOSTAS

1. Na revista Capricho.

2. Espera-se que os alunos percebam que o texto foi escrito para todas as garotas adolescentes. Eles podem mencionar como justificativa o fato de o texto trazer expressões que só cabem a garotas: “Consulte o seu ginecologista”; “Estou grávida! E agora?”; “é essencial que você dê a notícia para o pai da criança”; “o garoto tem o direito de saber, e você, de dividir essa responsabilidade com ele”; etc.

3. Espera-se que os alunos percebam que essas palavras sugerem que o texto é mais informal.

• Espera-se que os alunos percebam que a linguagem informal, com gírias, é empregada para que o texto fique adequado e mais próximo do público da revista.



4. Sim; por exemplo, para os pais de adolescentes ou para pessoas que pensam sobre políticas públicas de saúde. Também poderia ser tema de um texto voltado para os garotos.

a) Não. No caso de a reportagem ser direcionada aos pais que têm filhas grávidas ou filhos que se tornaram pais, o texto poderia ter os depoimentos deles e as opiniões de psicólogos orientando-os como dar apoio aos filhos nessa situação. Se a reportagem fosse voltada para profissionais da saúde pública, poderia tratar de orientações sobre como levar métodos contraceptivos aos adolescentes e apresentar estatísticas e pesquisas. Por outro lado, se o texto fosse dirigido a garotos adolescentes, a reportagem poderia falar sobre a importância de os meninos também tomarem para si a responsabilidade da gravidez e da criação do bebê.

b) No caso de o público ser os pais de adolescentes ou autoridades em políticas públicas de saúde, a linguagem utilizada deveria ser mais formal. No entanto, caso o público fosse os garotos adolescentes, a linguagem poderia ser mais informal, mais próxima do universo dos jovens.

5. a) Sugestão: Ainda há o preconceito que a garota vai enfrentar e a frustração por deixar, ao menos por um tempo, as festas, baladas e viagens com os amigos para assumir diversas novas responsabilidades.

Justificativa: os termos a galera e um monte são expressões populares e gírias; foram substituídas para dar à linguagem um caráter mais formal.



b) Sugestão (com a nominalização do verbo prevenir): E nunca tenha relações sexuais sem preservativo, que ajuda na prevenção da gravidez e também das doenças sexualmente transmissíveis.

Justificativa: as palavras transe e camisinha são expressões populares e gírias; foram substituídas para dar à linguagem um caráter mais formal.



c) Sugestão: A primeira medida é contar o que está acontecendo para alguém em quem você confia.

Justificativa: o termo o que está rolando é uma expressão popular e foi substituída para dar à linguagem um caráter mais formal.



p. 23-24

Atividade 1 — O contexto de produção

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. a) A influência da publicidade no consumo de álcool e alimentos entre adolescentes.

b) Espera-se que os alunos percebam que sim, pois deve haver quem considere que a publicidade é responsável pelo consumo de álcool e alimentos, assim como quem discorde dessa ideia.

c) Espera-se que os alunos percebam que esse é um assunto de interesse geral e não pessoal.

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d) Espera-se que os alunos percebam que o autor acredita que a melhor maneira de evitar o excesso de consumo de alimentos ou de bebidas é educar e conscientizar crianças e jovens nesse sentido, e não proibir a publicidade.

e) A autora do texto é Patricia Blanco, presidente executiva do Instituto Palavra Aberta, que defende a liberdade de expressão.

Se ela é presidente de tal instituição, certamente tem conhecimentos que lhe permitem discutir a liberdade de se veicularem ou não anúncios publicitários de determinados produtos.



f) No jornal Folha de S.Paulo.

g) Quem normalmente lê jornais são adultos interessados em informações sobre o que está acontecendo no país e no mundo.

h) Influenciar a opinião/ação de outras pessoas.

i) Não, em geral quem escreve para os jornais são especialistas no tema abordado no texto.

j) Em revistas e blogs de jornalistas ou de entidades representantes de classe.

2. As questões a e c são as que melhor poderiam render artigos de opinião, por tratarem de temas polêmicos e de interesse social amplo e, portanto, passíveis de publicação em jornais, revistas ou blogs de jornalistas. Professor: lembre os alunos de que os temas d e e também podem gerar discussões com amigos ou familiares, mas, por não serem de interesse social, não seriam publicados em jornais ou revistas nem dariam bons artigos de opinião. Já as questões b e f são fatos incontestes, sobre os quais não cabe discussão.

p. 25

Converse com a turma

1. Resposta pessoal.

2. Resposta pessoal.

3. Resposta pessoal.

p. 25-27

Atividade 2 — Opinião × argumento

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. Espera-se que os alunos percebam que a expressão em destaque significa caminhar em sentido contrário, estar na contramão de algum processo.

2. Espera-se que os alunos percebam que são as adolescentes, porque a taxa de fecundidade nacional diminuiu nos últimos dez anos, enquanto a taxa entre as adolescentes aumentou no mesmo período.

3. No blog de Jairo Bouer.

4. É um médico especialista em sexualidade e comportamento jovem.

5. Adolescentes na faixa etária de 15 a 17 anos e pais.

6. Professor: esta questão tem como objetivo levar os alunos a continuarem a refletir sobre o contexto de produção dos artigos de opinião, percebendo que cada veículo (jornal, revista, blog) publica artigos de opinião adequados à sua característica e ao público-alvo.

7. O aumento dos casos de gravidez na adolescência.

8. O autor acha que a gravidez na adolescência deve ser evitada e que o aumento de mães adolescentes é preocupante.

9. Depois de preenchido, o quadro deverá ficar assim:

Opinião

Argumentos que sustentam a opinião

a) Não é só por causa da questão emocional que a gravidez na adolescência deve ser evitada.

Argumento 1: sob o aspecto da saúde, a gestação precoce é considerada de alto risco.

Argumento 2: há uma tendência maior a nascerem prematuros e bebês abaixo do peso normal, e o baixo peso é um dos fatores de risco para a mortalidade infantil.

Argumento 3: a chance de uma gestante adolescente ter hipertensão (pressão alta na gestação), por exemplo, é cinco vezes maior do que a de uma mulher adulta.

Argumento 4: o risco de desenvolver anemia durante a gravidez também é maior entre as adolescentes.

b) A coisa é bem séria.

A gestação precoce é a terceira causa de morte de garotas entre 15 e 18 anos no Brasil.

c) Outro ponto a ser levado em consideração é a evasão escolar.

Um estudo feito pela ONU, com mais de 10 mil brasileiros na faixa etária de 15 a 17 anos, mostra que 56% dos jovens que abandonam a escola são garotas. Um quarto delas parou de estudar porque engravidou na adolescência. Isso torna a gravidez precoce a maior causa de evasão escolar entre as meninas que deveriam estar no Ensino Médio.

d) O problema não é só durante a gestação ou logo após o parto.

Mesmo depois de terem seus filhos, a taxa de retorno à escola é bem baixa entre as jovens mães. Para agravar ainda mais a situação, cerca de 40% das garotas que têm filho antes dos 18 anos voltam a engravidar dentro de 3 anos.

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p. 28-29

Praticando

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. Resposta pessoal. Professor: esta atividade pode ser feita como lição de casa. Encoraje os alunos a pesquisarem bons argumentos para cada opinião, pois, na atividade seguinte, eles irão compartilhá-los em classe a fim de convencer seus colegas.

2. a) Resposta pessoal.

b) Resposta pessoal.

c) Resposta pessoal.

d) Resposta pessoal.

e) Resposta pessoal.

• Resposta pessoal.



f) Resposta pessoal.

p. 29-30

Atividade 3 — Tipos de argumento

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1.

Argumentos

Tipos de argumentos

a) e d)

Argumentos de autoridade: citação da fala de algum especialista no assunto ou de dados de pesquisa.

c)

Argumentos de princípio: citação de valores e direitos garantidos por lei ou fortemente aceitos por um grupo social.

b) e f)

Argumentos com relação de causa e consequência: os argumentos são apresentados como “efeitos”, isto é, consequências de uma ideia antes apresentada.

e)

Argumentos por exemplificação: são apresentados fatos que exemplificam, ilustram a ideia defendida.

2. Resposta pessoal.

3. Resposta pessoal. Professor: esta atividade pode ser feita como lição de casa.

p. 30-31

Produzindo o texto: artigo de opinião

Não se espera que os alunos já escrevam um bom artigo de opinião logo nesta primeira pro-

dução. Trata-se apenas de um primeiro exercício de escrita de um artigo e de uso, por escrito, de alguns recursos de argumentação já exercitados em outros volumes desta coleção em gêneros orais como o debate, por exemplo. No próximo capítulo, o aluno estudará outros recursos (movimento argumentativo e uso de marcadores de argumentação), bem como a estrutura-modelo desse tipo de gênero. Portanto, sugerimos que você considere esta produção como uma chance de fazer um diagnóstico da turma e levantar aspectos que necessitarão de mais atenção nas aulas seguintes.

p. 32-33

Roda de leitura: poemas

O objetivo desta Roda de leitura é levar o aluno a perceber que a poesia, ao contrário do que dita o senso comum, não é feita apenas de temas grandiloquentes, mas de tudo que há e não há no mundo, das coisas reais e das coisas imaginadas, do raro e do corriqueiro, dos sentimentos elevados e dos mesquinhos, porque poesia é a arte de usar a palavra de forma incomum, surpreendente, para levar às pessoas uma visão de mundo também particular, inusual, e fazê-las entrar em contato com dimensões do ser humano e do mundo dificilmente alcançáveis por caminhos e linguagem habituais. Assim, tudo que pode ser dito com palavras para nos transportar para essas estranhas dimensões pode ser tema de poesia.

Como nenhum texto — particularmente a poesia — tem um único sentido fechado, procure, no decorrer das discussões desta seção, aproveitar e valorizar as percepções dos alunos, reconhecendo outras leituras possíveis, desde que coerentes com o texto. Busque também enriquecer esses momentos com seus acréscimos.

p. 32

Converse com a turma

1. Um carro é feito de aço, borracha, plástico, etc.; um livro, de papel e tinta; um lápis, de madeira e grafite.

2. Resposta pessoal. No Livro 7 desta coleção, na esteira de Ezra Pound (ver ABC da Literatura. 12. ed. São Paulo: Cultrix, 2008), exploramos três níveis de elabora

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ção da palavra em versos: a sugestão de efeitos sonoros (melopeia), a sugestão de imagens (fanopeia) e os “jogos” de ideias e sentidos (logopeia). Assim, podemos esperar que os alunos respondam que a poesia é feita de palavras, sons, ritmos, imagens e ideias.



3. Notícia: acontecimentos recentes de interesse social; novela: acontecimentos fictícios que envolvem sentimentos como amor, amizade, traição, sofrimento, ódio, redenção, etc.; crônica: acontecimentos cotidianos.

4. Resposta pessoal. Professor: permita que os alunos se expressem livremente, deixando a resposta em aberto, pois esta questão será retomada ao final da seção, após a leitura do poema.

p. 34

Provocações

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. a) Não, cada verso e cada estrofe têm um tamanho diferente.

b) Sim. Exemplos: o verbo servir e o adjetivo importante.

c) Sim. Exemplos: “O traste é ótimo / O pobre-diabo é colosso”; “O que é bom para o lixo é bom para a poesia”.

d) Sim. Exemplo: “rejeita, pisa e mija em cima”.

e) Sim. Exemplos: a aliteração do b e da vogal le nos versos “Coleção de besouros abstêmios / O bule de Braque sem boca”, bem como a aliteração do l e a assonância das vogais e e o na estrofe “Tudo que explique / o alicate cremoso / e o lodo das estrelas / serve demais da conta”. Professor: há outros exemplos de aliterações e assonâncias no poema. Aceite-os também como resposta.

f) Sim. Quase todo o poema é feito de enumerações, já que enumera a matéria da poesia. Alguns exemplos mais evidentes: “Um chevrolé gosmento / Coleção de besouros abstêmios / O bule de Braque sem boca / O que se encontra em ninho de joão-ferreira: / caco de vidro, garampos, / retratos de formatura”.

g) Espera-se que os alunos percebam que o tamanho dos versos e estrofes, alternando entre longos e curtos, as aliterações e assonâncias, a repetição de palavras como se fosse um refrão — por exemplo, o verbo servir e o adjetivo importante —, bem como a enumeração de substantivos, conferem ritmo ao poema.

2. Espera-se que os alunos respondam que não, pois os versos citados trazem imagens inexistentes no mundo real, e só os textos de ficção e os poemas tratam de coisas imaginárias.

3. Coisas estranhas, imaginárias, a natureza, coisas simples, sem importância e corriqueiras.

4. Resposta pessoal. É possível que os alunos se dividam nesta resposta, pois se a poesia serve para falar de coisas simples, imaginárias e da natureza, como afirma o poema, serve também para expressar sentimentos, questões filosóficas e até problemas sociais (por exemplo, o “Navio negreiro”, de Castro Alves). Chame a atenção dos alunos para o fato de que essa diversidade de opiniões mostra que a poesia não se define por o que ela diz, mas como diz.

5. Resposta pessoal. Espera-se que alguns alunos se lembrem do que estudaram sobre polissemia e entendam que a “palavra repositório” é a palavra polissêmica, que permite as diversas leituras do poema, ou seja, “tem muitas repercussões”.

6. O poema é feito de palavras, imagens e sons. Trata-se de um poema que fala da própria poesia e de como ela pode ter como tema coisas simples e estranhas.

p. 35-36

Capítulo 2 — Assumindo responsabilidades: o sonho e a realidade

Abertura do capítulo

No capítulo anterior, o aluno pôde ler textos que falavam sobre a problemática da gravidez na adolescência, principalmente em relação aos motivos que podem levar os jovens a não fazerem uso dos métodos anticoncepcionais disponíveis e arriscarem ou optarem mesmo por engravidar e ter um bebê ainda tão novos.



Página 400

A fim de contribuir para que os alunos reflitam sobre as consequências de uma gravidez precoce, neste capítulo traremos dois textos que descrevem como a vida dos adolescentes muda depois que os filhos nascem. Nosso objetivo não é mostrar que ter um filho na adolescência é um desastre completo, pois muitas vezes, ainda que extemporâneo, um filho pode ajudar o adolescente a ficar mais centrado e responsável. No entanto, em geral, esse é um fato que dificulta em vários aspectos a vida do adolescente e de seus familiares e tampouco é positivo para o próprio bebê, que muitas vezes acaba sendo criado pela avó ou por pais imaturos para a tarefa. Portanto, se a gravidez precoce puder ser evitada, melhor.

Não deixe de convidar também os meninos da classe a participar das discussões — afinal, eles também são responsáveis pelo nascimento de mais de 1 milhão de crianças a cada ano no país.

A leitura dos textos também deverá servir de alimentação temática para que os alunos reescrevam seus artigos, trazendo novos argumentos; por isso é muito importante a participação de todos nas discussões.

Como afirma Irandé Antunes (2003), “ter o que dizer é, portanto, uma condição prévia para o êxito da atividade de escrever. Não há conhecimento linguístico (lexical ou gramatical) que supra a deficiência do ‘não ter o que dizer’. [...] Se faltam ideias, se falta informação, vão faltar palavras.”

Depois da seção Leitura, as atividades sobre artigo de opinião visam a trazer novos conhecimentos sobre o gênero, para que possam ser incorporados na revisão do texto do artigo que começou a ser escrito no capítulo anterior. O objetivo da seção Produzindo deste capítulo, portanto, não é fazer outra produção, mas levar o aluno a revisar seu texto, incorporando a ele as novas informações adquiridas a partir da leitura dos textos da seção Leitura, bem como aperfeiçoando a forma composicional e o estilo do artigo cuja produção foi iniciada no capítulo anterior.



p. 35

Converse com a turma

Sugerimos que esta seção seja realizada oralmente, no coletivo, para se caracterizar como uma situação de leitura compartilhada.



1. Resposta pessoal.

2. Resposta pessoal.

3. Embora provavelmente a maioria dos adolescentes do 9º ano não tenha claro quais seriam essas responsabilidades, espera-se que saibam que ambos devem contar a seus responsáveis o que está acontecendo. Ela deve ir ao médico para fazer os exames pré-natal e ele deve apoiá-la em que estiver ao seu alcance para que tenha uma gravidez tranquila e saudável. Depois que o bebê nascer, ambos devem se responsabilizar por criá-lo da melhor forma possível. Ou seja, os dois têm responsabilidades e, juntos, devem procurar resolver a situação e procurar cuidar do bebê, com o apoio de adultos (parentes, amigos, médicos) e de acordo com o contexto de vida deles. Professor: ajude os alunos, caso não cheguem a uma resposta satisfatória.

4. Resposta pessoal.

p. 36

Converse com a turma

Sugerimos que esta seção seja realizada oralmente, no coletivo, para se caracterizar como uma situação de leitura compartilhada.



1. Resposta pessoal.

2. Resposta pessoal.

3. Resposta pessoal.

p. 38-39

Primeiras impressões

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

Sugerimos que esta seção seja realizada oralmente, no coletivo, para se caracterizar como uma situação de leitura compartilhada.



1. Catorze anos.

2. A gravidez não foi planejada. As palavras inesperada e precocemente denotam isso.
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3. Espera-se que os alunos percebam que foram as próprias atitudes de Jana que a levaram a engravidar e ter de mudar sua vida radicalmente.

4. Jana imaginou que seria escolhida para interpretar o papel principal da montagem do balé Romeu e Julieta.

• Jana teria uma filha.



5. O pai é Ivan e eles não moram juntos.

• “O abandono de Ivan, o estupor inicial, a decisão de ter o bebê sozinha.



6. Os amigos se afastaram. O pai ficou muito chateado e envergonhado. Sobrou-lhe apenas uma amiga, Talita.

• Sentiu-se só e discriminada por ser mãe aos 15 anos.



7. Ela contou com a ajuda da mãe, de Lurdes (que havia sido sua babá) e da tia Lígia.

• Ela parou de estudar por muito tempo e só se formou na faculdade graças à ajuda da tia. Enquanto fazia faculdade em São Paulo, viajava quatrocentos quilômetros de ônibus todo fim de semana, para ver a filha. Durante a semana estudava à noite e, de dia, lecionava inglês.



8. A vida de Jana parece estar equilibrada. Ela e a filha estão morando em um apartamento só delas. Ela está trabalhando como secretária de diretoria e pode pagar as prestações do apartamento, cuja entrada fora presente do pai e da tia Lígia. Como o próprio texto diz: “Tudo estava bem, enfim”.

9. Se ela não tivesse feito uma faculdade e não falasse bem inglês, não teria o emprego que lhe garantisse morar sozinha com a filha.

10. O pai e a tia ajudaram não só financeiramente, mas também deram suporte emocional, assim como sua mãe e Lurdes. Estas também ajudaram a cuidar de Gabi enquanto Jana morava em São Paulo para concluir os estudos.

11. O sonho de ser bailarina profissional.

12. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que, apesar de ser um texto ficcional, a narrativa traz acontecimentos perfeitamente cabíveis de acontecer na realidade.

p. 39-40

O texto em construção

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. a) Porque o texto cita, em ordem, o objeto mais próximo da narradora (o banco da praça) até algo bem distante (o céu).

b) Resposta pessoal. Sugestão: essa gradação mostra como a narradora vai se deixando envolver pelo ambiente da praça até ficar tomada pelas memórias vivenciadas nesse lugar.

2. a) Abandono, estupor, decisão, discriminação, gravidez, afastamento, desgosto, vergonha, mutismo, ajuda e solidariedade.

b) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que essa sucessão de acontecimentos penosos, dispostos numa enumeração, ajuda a construir uma ideia de sofrimento intenso passado pela narradora.

c) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que, ao contrário do desprezo representado pelos acontecimentos enumerados anteriormente, essa frase demonstra o apoio e o afeto da mãe, da babá (Lurdes) e da tia da narradora.

d) Substantivos: abandono, estupor, decisão, discriminação, gravidez, afastamento, desgosto, vergonha, mutismo, ajuda, solidariedade.

e) Resposta pessoal. Sugestão: “Como o tempo passa voando!”, pensou Jana, surpreendida, porém sem amargura. Enquanto andava, as cenas desses anos lhe vinham em flashes, como num filme. Ivan a abandonara, ela ficara inicialmente estupefata, decidira ter o bebê sozinha. Sofrera porque havia sido discriminada por ser mãe aos quinze anos, ficara só quando engravidara, os amigos haviam se afastado. O pai ficara desgostoso, envergonhara-se e emudecera. A mãe e Lurdes ajudaram-na, tia Lígia solidarizara-se.

f) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que o texto original, com as nominalizações, é mais conciso e tem um ritmo mais interessante.
Página 402

p. 40

Converse com a turma

Sugerimos que esta seção seja realizada oralmente, no coletivo, para se caracterizar como uma situação de leitura compartilhada.

• Resposta pessoal.

• Resposta pessoal.



p. 41-42

Primeiras impressões

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

Sugerimos que esta seção seja realizada oralmente, no coletivo, para se caracterizar como uma situação de leitura compartilhada.



1. Verificar se as jovens mães, ao voltarem para casa, colocavam em prática os ensinamentos recebidos na maternidade sobre como cuidar do bebê.

2. Não poderem mais sair para ir para às “baladas”, o afastamento dos amigos e a falta de apoio dos namorados.

3. Esperava-se como resultado que as adolescentes fossem agir de forma irresponsável, deixando para suas mães cuidarem de seus filhos e continuando a levar a mesma vida de antes, com baladas e diversão. Professor: é possível também considerar que o outro resultado esperado poderia não ser a conduta irresponsável das mães, mas o fato de elas culparem os bebês por sua situação, ou seja, o fato de os bebês serem considerados o problema.

4. Aparentemente, esse trecho contradiz o que está escrito no texto 2, já que as jovens mães mencionadas nesse texto assumem seus filhos com responsabilidade. No entanto, é possível considerar também que a adolescente só passa a compreender que ter um filho não é o mesmo que brincar de boneca depois que o bebê nasce.

5. Ao contrário das garotas, depois de o bebê nascer, os namorados continuavam saindo para dançar e beber, só ajudavam a cuidar do bebê quando iam visitá-lo ou simplesmente abandonaram as namoradas e os bebês.

6. É importante que os alunos percebam que não é possível generalizar. Ainda que em número muito menor, deve haver garotos que participam mais dos cuidados com os filhos do que outros.

7. “Outro problema é o preconceito social. Elas disseram que não eram bem vistas na sociedade, por serem mães solteiras e muito jovens. E a isso se soma um outro agravante, que é o afastamento dos amigos.” [...] “Como a vida delas e o cotidiano mudam, muitas vezes os amigos não entendem e acabam se afastando. Não há mais uma vida social — lamenta a pesquisadora.”

8. Resposta pessoal. Espera-se que haja respostas divergentes a esta questão. Acolha todas as respostas, mas deixe claro que, de fato, é impossível e desaconselhável generalizar, pois cada pessoa reage de forma diferente em um mesmo contexto.

p. 42

O texto em construção

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. Provavelmente para não repetir a mesma palavra várias vezes, o que deixa o texto deselegante.

Professor: aproveite para conversar com os alunos sobre a importância de se evitar a repetição excessiva de palavras em um texto. No caderno de Estudos de língua e linguagem, há exercícios que podem auxiliar os alunos a praticarem formas de evitar a repetição da conjunção que.



2. Período puerperal.

3. “A pesquisa analisou o comportamento das jovens mães durante os 40 dias depois do parto, chamado período puerperal, que tivessem passado pelo alojamento conjunto do Hospital Universitário (HU) da USP em São Paulo e cujos bebês nasceram saudáveis.“

4. Trecho 1: “Um estudo da Escola de Enfermagem (EE) da Universidade de São Paulo (USP) revelou que mães adolescentes, entre 16 e 17 anos, queixam-se não de ter que cuidar dos filhos, mas sim de perderem o contato com amigos“. Trecho 2: “A autora da dissertação ‘A vivência da puérpera-adolescente com o recém-nascido, no domicílio‘, a enfermeira Suzete de Fátima Ferraz Bergamaschi, conta

Página 403

que o objetivo era saber se as mães adolescentes seguiam, em casa, as orientações dadas no alojamento a respeito de como cuidar dos bebês“.



5. Os apostos estão colocados entre duas vírgulas.

p. 43-44

Atividade 1: vozes em conflito e vozes que concordam

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

Trecho 1: a) Questão polêmica: “A publicidade dirigida às crianças deve ser totalmente proibida?”.b) Vozes: 1. Daqueles que apoiam a proibição de publicidade dirigida a crianças; 2. Dos que não apoiam: Conar, fabricantes, anunciantes, publicitários; 3. Voz do autor, que é contra a proibição. Professor: aceite outras respostas desde que coerentes com o texto. c) O autor parece ser contra a proibição total de publicidade dirigida às crianças, pois afirma ser essa “uma medida demasiado extrema”. d) Resposta pessoal.

Trecho 2: a) Questão polêmica: “Os videogames violentos influenciam o comportamento dos jovens?”. b) Vozes: 1. Pessoas que acreditam que videogames são capazes de determinar comportamentos violentos em jovens; 2. Pessoas que pesquisam e concluem que jogos de tiro não transformam garotos em assassinos; 3. Karen Sterheimer; 4. voz do autor. c) O autor parece ser contra a ideia de que os jogos influenciem o comportamento dos jovens, pois só apresentou argumentos a favor dessa tese. d) Resposta pessoal.

p. 45-47

Atividade 2: o movimento argumentativo (sustentação, refutação, negociação)

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

Caso considere mais adequado, esta atividade também pode ser feita individualmente em casa pelo aluno e apenas discutida em sala de aula.

Artigo de opinião 1. a) As sacolas plásticas devem ser banidas? b) Sustentação. c) Certamente este artigo é uma resposta a quem é a favor do fim do uso de sacolinhas plásticas para transportar compras; porém, desde o início do texto, o autor apenas apresenta as vantagens do uso das sacolinhas como argumento a favor de seu ponto de vista, sem citar posições opostas para depois refutá-las.

Artigo de opinião 2. a) É necessário/adequado criar o Dia do Orgulho Heterossexual? b) Refutação. c) O autor cita um vereador de quem discorda e desenvolve o texto todo com base em refutações em relação às opiniões de deputados e vereadores a favor da instituição do Dia do Orgulho Heterossexual.

Artigo de opinião 3. a) Os coveiros têm direito a greve como qualquer outra categoria de trabalhadores? b) Negociação. c) O autor aceita em parte alguns dos argumentos de quem tem ponto de vista oposto ao dele, mas em seguida os refuta. Por exemplo: “...uma paralisação que pode até ser justa, mas produz um efeito cruel, desumano.” / “O salário é de fato baixo.” / “Os coveiros têm todo o direito de negociarem condições melhores para seu duro trabalho. Mas não é deixando a população paulistana desamparada em um momento de tristeza que eles vão conseguir apoio para sua causa.”

Professor: chame a atenção dos alunos para o uso de conjunções adversativas para marcar as refutações.



p. 48-49

Atividade 3: a estrutura do artigo de opinião

Converse com a turma

1. Pirataria é o ato de piratear, ou seja, de fazer cópias ilegais de CDs ou DVDs, roupas, sapatos, programas de computador, etc. Pode ser também a transmissão por rádio ou televisão sem a devida concessão estatal.

2. Resposta pessoal.

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. No jornal Folha de S.Paulo, seção Tendências e Debates.

Página 404

2. As obras de arte devem circular livremente pela internet, sem pagamento de direitos autorais, ou seja, podem ser livremente pirateadas?

3. O autor é a favor da pirataria. Resposta pessoal.

4. Porque ele é um escritor famoso.

5. Não, em geral os veículos de informação convidam pessoas que sejam especialistas ou tenham notório conhecimento sobre o assunto para escrever os artigos de opinião. Professor: explicar ainda aos alunos que, para essa seção do jornal, são convidadas pessoas que apresentam diferentes pontos de vista a respeito de um mesmo tema polêmico, para que a leitura dos textos com opiniões contrárias possa formar uma espécie de debate escrito. Assim, esse escritor foi convidado justamente por que era necessário apresentar uma opinião como a dele para ser contraposta a opiniões de outras pessoas.

6. Azul: Contextualização e/ou apresentação da questão polêmica. Verde-claro: Explicitação da posição assumida. Verde-escuro: Uso de argumentos que sustentam a posição assumida. Amarelo: Consideração de posição contrária. Laranja: Argumentos que refutam a posição contrária. Rosa: Retomada da posição assumida/conclusão.

7. Resposta pessoal. O objetivo desta questão é abrir uma discussão que leve os alunos a perceberem que é preciso situar o leitor sobre qual é a situação que gerou a polêmica, para que ele possa compreender melhor a posição do autor do artigo e os argumentos que seguirão. Professor: se achar pertinente, seria interessante solicitar aos alunos que observem como foi feita a contextualização nos demais artigos de opinião apresentados nesta unidade.

p. 50-53

Atividade 4: os organizadores textuais

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

1. Texto 1. (1) A primeira. (2) Outro. (3) Por último (Em terceiro lugar). Texto 2. (4) Por outro lado (No entanto). Texto 3. (5) Primeiro. (6) Segundo. (7) Em terceiro lugar (Por último). (8) No entanto (Por outro lado). Professor: apresentamos aqui os organizadores que constam originalmente dos textos. Os termos entre parênteses representam opções cabíveis.

p. 52

Converse com a turma

1. A proibição do uso de certas vestimentas islâmicas (burca e niqab) na França.

2. Porque vai se apresentar um texto que responde NÃO a essa pergunta. A autora do texto acha que a lei francesa não fere o Estado laico.

3. Sim, porque outras pessoas poderiam responder positivamente à pergunta. Ou seja, outras pessoas poderiam pensar de maneira diferente da autora desse texto, até porque o tema é polêmico (e por isso é alvo de debate). Professor: explique aos alunos que nesta seção, “Tendências/Debates”, o jornal Folha de S.Paulo geralmente lança uma pergunta polêmica (como essa) e convida dois especialistas para escrever artigos de opinião, um respondendo SIM à pergunta, e outro respondendo NÃO. Neste caso, o artigo que responde SIM à pergunta é assinado pelo jurista Roberto Livianu e se chama “O véu da intolerância na França”. Se possível, procure-o com os alunos na internet e convide-os a conhecer um ponto de vista oposto ao apresentado aqui.

4. Segundo ela, a lei é justa porque (1) conforme as leis francesas, a humilhação ou a escravização da mulher não é permitida; (2) a cobertura total e completa da mulher não é determinada pelo Alcorão, e sim por imposição cultural; (3) a cobertura da face das pessoas pode provocar riscos à segurança pública. A segunda parte da resposta é pessoal. Professor: esta questão ajudará os alunos a identificar os organizadores do texto.

Página 405

5. Sim, porque, no penúltimo parágrafo do fragmento, ela menciona que algumas mulheres árabes posicionam-se a favor da burca (ou seja, são contrárias à lei) — e isso seria um argumento contrário a seu ponto de vista. No entanto, em seguida, ela apresenta um contra-argumento que visa diminuir a importância desse fato: ela diz que essas mulheres estão alienadas, foram condicionadas a pensar assim.

p. 52

2. Depois de preenchida, a tabela deverá ficar assim:

Palavra ou expressão que apresenta um argumento para provar ou exemplificar uma afirmação anterior

Palavra ou expressão que acrescenta um argumento ao(s) argumento(s) anterior(es)

Palavra ou expressão que contrapõe uma ideia às ideias apresentadas anteriormente

Palavra ou expressão que finaliza a argumentação

A primeira; primeiro.

Outro; segundo.

Por outro lado; no entanto.

Por último; em terceiro lugar.

Professor: alternativamente, a expressão “Em terceiro lugar” pode ser colocada na segunda coluna; as duas classificações são adequadas.

3. Ver resposta na questão 4.

4. Depois de preenchido, o quadro deverá ficar assim:

Palavra ou expressão que apresenta um argumento para provar ou exemplificar uma afirmação anterior

Palavra ou expressão que acrescenta um argumento ao(s) argumento(s) anterior(es)

Palavra ou expressão que contrapõe uma ideia às ideias apresentadas anteriormente

Palavra ou expressão que finaliza a argumentação

A primeira
Primeiro
Em primeiro lugar
Inicialmente

Outro
Segundo
Em segundo lugar
Além disso

Por outro lado
No entanto
Entretanto

Por último
Em terceiro lugar
Finalmente
Para finalizar
Por fim

p. 52-53

Praticando

RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES

Caso ache conveniente, retome com os alunos as atividades com os marcadores de argumentação que estão no Caderno 3 do volume 6 desta coleção. Respostas pessoais. Sugestões:



Texto 1

Não é legal ficar zumbi na volta às aulas

A falta de sono traz uma série de consequências nocivas para os adolescentes. Em primeiro lugar, eles têm dificuldade para fixar novos conteúdos na escola. Em segundo lugar, a longo prazo, o mau hábito pode causar obesidade, pois a pessoa passa a comer mais.

Outro efeito negativo é o mau humor constante: o temperamento dos adolescentes — que já não costuma ser dos mais equilibrados devido ao sobe e desce dos hormônios — fica ainda pior. Um último problema causado pelo sono insuficiente é a dificuldade para operar equipamentos, como carros ou motos.

Para entrar no ritmo e não perder mais noites em claro, é necessário respeitar o horário de sono. Em outras palavras: dormir cedo para acordar cedo. Também é importante fazer atividades físicas regularmente, evitando-as, porém, depois que escurecer. Por fim, vale a pena evitar as sonecas durante o dia.



Texto 2

Por que devemos evitar as sacolas plásticas

Existem vários motivos para diminuir o consumo de sacolas plásticas. Primeiro, é bom saber que a produção dessas sacolas utiliza combustíveis fósseis (petróleo e gás natural) como matéria-prima. Estes são recursos naturais não renováveis, ou seja, uma vez retirados do ambiente, a recomposição daquele estoque pela natureza levará milhões de anos.

Além disso, o processo de produção das sacolas consome água e energia e libera gases tóxicos para o ambiente, muitos dos quais contribuem para o efeito estufa. Para piorar, o plástico é um material de difícil degradação, chegando a durar até 400 anos na natureza.

Também é importante frisar que o acúmulo de sacolas plásticas em áreas urbanas pode agravar enchentes na época de chuvas, trazendo grandes prejuízos aos moradores. Sacolas jogadas em ruas e acumuladas em corpos d’água sujam e enfeiam



Página 406

as cidades (poluição visual), diminuindo a qualidade de vida de seus moradores.

Por último, precisamos lembrar que as sacolas plásticas também causam danos à fauna, sendo a causa da morte de milhares de animais todos os anos.

p. 54-55

Produzindo o texto: artigo de opinião

É preciso lembrar que, tanto dentro como fora da escola, escrever um texto quase sempre pressupõe um processo bastante trabalhoso e várias reescrituras. Portanto, a proposta desta seção é levar os alunos a perceberem que revisões e reescrituras podem ajudar muito para que consigam melhores resultados em seus textos.

A partir do que foi estudado neste capítulo, o foco desta reescritura será na revisão da estratégia de argumentação escolhida e das partes que compõem a estrutura do artigo de opinião — principalmente a contextualização e a retomada para a conclusão — bem como na inclusão de organizadores textuais.

Antes de pedir aos alunos que iniciem essa revisão, sugerimos que as orientações de produção escritas nesta página do livro do aluno e a ficha de avaliação sejam integralmente lidas em voz alta para a sala, a fim de que saibam de antemão quais critérios deverão considerar até chegarem ao resultado final.



p. 56

Converse com a turma

• Resposta pessoal.



p. 56-57

Provocações

RESPOSTAS

1. Repara nesta pulga e aprende bem / Quão pouco é o que me negas com desdém.

• Provavelmente a pessoa amada nega ao eu lírico uma aproximação física mais íntima.



2. a) Refere-se ao fato de a pulga ter sugado e misturado o sangue do eu lírico e da pessoa amada.

b) Ter o sangue de duas pessoas misturado dentro de uma pulga.

c) O encontro íntimo, real, entre o eu lírico e a pessoa a quem o poema se dirige.

3. a) A vida do eu lírico, a vida da pessoa amada e a vida da pulga.

b) Refere-se à pulga.

c) Porque ela mistura o sangue dos dois.

4. a) Refere-se à pulga.

b) Porque a pulga juntou o sangue dos dois como os recém-casados se unem no leito de núpcias.

5. • A forma verbal usada para o pedido é repara, que está no modo imperativo.

6. Na segunda estrofe, o eu lírico pede que a pessoa amada não mate a pulga.

7. Mas tinge de vermelho, indiferente, / A tua unha em sangue de inocente.

8. Resposta pessoal.

9. As pulgas são insetos desprezíveis, dos quais ninguém gosta, ou seja, são rejeitadas, como alude o penúltimo verso citado e, ainda assim, o poeta fez um belo poema tendo-a como tema central.

10. Resposta pessoal.

•Resposta pessoal.



p. 58-59

UNIDADE 2

Diversidade cultural

Abertura da unidade

Consulte os textos complementares deste Manual. Eles poderão lhe fornecer subsídios teóricos, metodológicos ou temáticos para o trabalho com esta Unidade.



Página 407

Como no volume anterior, esta unidade é dedicada a tratar de questões relacionadas à diversidade cultural. Nesta unidade, abordaremos o conceito de pluralidade cultural sob duas perspectivas — a da riqueza de conhecimentos e experiências humanas que essa pluralidade possibilita e a dos conflitos culturais que podem ser gerados pela intolerância às diferenças. O objetivo deste trabalho é possibilitar aos alunos um olhar para o outro que seja menos etnocentrado, destacando a responsabilidade do sujeito subjetivo na constituição dos sujeitos sociais e vice-versa.

Os gêneros oferecidos à leitura serão letra de canção, trechos de textos de divulgação, crônica, notícias e reportagens. Além deles, na Roda de leitura, trataremos da letra de canção em um gênero musical específico: o rap.

Cabe um comentário especial sobre a leitura dos textos de divulgação, que predomina nesta unidade. A nossa opção por eles se deve por dois motivos. O primeiro tem relação com a progressão da abordagem do tema. A discussão sobre diversidade cultural partiu, no livro 6, de uma ideia geral: a da diversidade na formação do povo brasileiro. Ao longo dos volumes da coleção, passamos para uma abordagem do tema que se aproximasse do universo de experiências, interesses e expectativas dos alunos, explorando aspectos do seu mundo subjetivo na relação com os grupos (primeiramente com os pares, e, em seguida, com os mais velhos). Este é o momento de ampliar essa discussão para além das fronteiras dos pequenos grupos e favorecer o contato com textos que abordem a diversidade sob uma perspectiva mais científica, familiarizando os alunos com conceitos da filosofia, da sociologia e da antropologia — áreas de conhecimento que concentram estudos sobre o tema.

O segundo motivo que nos levou à seleção desses textos — e que, de certo modo, é consequência do primeiro — tem relação com os objetivos de ensino de leitura e de produção de textos. Ler para estudar e ler textos difíceis são duas ações importantíssimas na vida de um leitor proficiente e multiletrado. Em situações didáticas propostas ao longo da coleção, houve momentos em que estratégias, capacidades e procedimentos necessários para a leitura de textos com a finalidade de estudar certos assuntos foram objeto de ensino e prática (como na produção da apresentação oral e debate, no 6º ano, ou a produção de reportagem no 7º ano).

Priorizar tal trabalho nesta unidade visa favorecer aos alunos mais situações como essas, aprofundando essa prática de leitura para estudo e exigirá de você uma mediação ainda mais de perto durante as atividades.

Não por acaso, o gênero proposto para a produção de texto será a apresentação oral, que exige muita leitura para estudo do assunto selecionado, e envolverá outros gêneros escritos em sua preparação, tais como os resumos ou paráfrases dos textos consultados sobre o tema e o material de preparação de apoio à apresentação — que poderão ser cartazes ou slides para apresentação com datashow. Além deles, os alunos poderão, ainda, recorrer a outras linguagens, como vídeos, músicas, etc.

Procure consultar os professores das áreas de humanas sobre a possibilidade de articularem um trabalho conjunto sobre este tema (explorando, por exemplo, os conflitos geopolíticos e religiosos). As orientações deles para a busca de fontes confiáveis, no processo de pesquisa de textos, poderão ser valiosas para o aprofundamento do estudo.



Sobre a abertura da unidade

Antes de iniciar a observação da imagem de abertura da unidade, sugerimos a exibição do curta indicado a seguir. Ele estava entre os finalistas da 1a edição do Festival Nacional de Curtíssima Metragem — Claro Curtas, em 2010. O tema desta edição foi “Diversidade e inclusão sob a perspectiva dos direitos humanos”. Será importante informar esse contexto aos alunos, para que possam, desde o primeiro olhar, pensar sobre em que medida esse tema pode ser “visto” nos vídeos e como os autores optaram por abordá-lo em seus trabalhos. Eis o vídeo, seguidos de alguns comentários e sugestões de abordagem com os alunos:

João Torrão, de André Saito e Cesar Nery, na mesma página: https://www.youtube.com/watch?v=BUIEEsQ07Io

Esse curta aparece um pouco antes do curta (Uni)(Di)Ver-So. De modo bem-humorado, ele aborda a diversidade a partir da discussão do espaço e do que cabe nele, mostrando as diferentes formas de “olhar” para esse espaço e para as coisas. A seguir, apresentamos a transcrição do texto que compõe o vídeo:



Página 408

“O que cabe em 1 cm? Em um centímetro, cabe uma formiga-leão. Da família dos Myrmeleontidae, é popularmente conhecida como cachorrinho do mato, piolho de urubu, tatuzinho, mirmeleão, formigão e João Torrão. Tudo isso em 1 cm. Em 1 cm, existem 10 mm. Em 1 mm, existem 1 000 μm (micrômetros). Em 1μm, existem 1 milhão de pm (picômetros). E por aí vai, infinitamente.

Como pode 1 cm, que tem começo, meio e fim, conter este infinito de possibilidades? O que isso nos diz dos limites, se dentro deles não existem limites? O que isso nos diz das barreiras, se tudo que precisamos para quebrá-las está dentro delas mesmas?

Imagine um mundo onde um centímetro não signifique somente 10 milímetros, mas um milhão! Onde um centímetro não se limite a alguns, mas a todos!

Neste mundo de normais e anormais, cores, credos e cortes de cabelos, somos infinitos números convivendo em um mesmo espaço, no nosso centímetro. Um centímetro tem um começo, meio, e fim. No entanto, entre o 0 e o 1, cabemos todos nós. Comece, então, a enxergar, que 1 cm tem infinitas possibilidades! E não simplesmente 10 mm ou um João Torrão.”

Você poderá propor que os alunos pensem no sentido desse texto, chamando a atenção para:

• o infinito de possibilidades de perspectivas que existem para falarmos ou vermos as coisas do mundo;

• a ideia que os autores defendem sobre os limites e as barreiras: o nosso poder de transpor limites está em nós mesmos, no modo como olhamos para as coisas do mundo.

Essa ideia será a que procuraremos defender na abordagem do tema, nos próximos dois capítulos, ao tratarmos da pluralidade cultural e das consequências do etnocentrismo.

Na observação sobre as imagens que compõem o vídeo, chame a atenção para a diversidade de formas, cores e objetos que os autores utilizaram para falar da diversidade num mesmo ”espaço” — que, neste caso, se refere ao nosso planeta, representado no vídeo por uma espécie de bola de gude que cabe em 1 cm!

Para tanto, poderá partir de questões como: Qual a ideia que os autores do curta defendem em relação à diversidade e à inclusão? Como eles exploram a ideia de diversidade? E a de inclusão? O que teríamos que fazer para incluir aqueles que consideramos diferentes?

Depois da exploração desses vídeos, proponha que os alunos observem a imagem de abertura da unidade e pensem sobre a relação entre o que discutiram a respeito dos vídeos e o sentido que conseguem construir sobre essa imagem.

Sobre a imagem:

Como sugestão de leitura de apoio para o seu trabalho de mediação com esta unidade, propomos os textos:

1. “O desafio das diferenças”, de Regina Helena Alves da Silva, professora do departamento de História e diretora do Centro Cultural da UFMG. Disponível em:


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