Página 189
Texto 2 – reportagem
Intoxicados de informação
O estresse causado pela hiperconectividade e a sensação de estar desatualizado causam a chamada infoxicação. Saiba quais são os sintomas e como se livrar desse mal.
A publicitária L. M., 24 anos, toma café da manhã com os olhos grudados num livro. No caminho para o trabalho, parada no trânsito de São Paulo, aproveita para escutar notícias pelo rádio do carro e ler mais um pouco. Passa o dia conectada, respondendo a e-mails, checando redes sociais e pesquisando sites relacionados ao trabalho. “Chego a ficar tonta com tanta informação, a ponto de ter de sair da frente do computador e esperar passar”, conta a paulistana, que recentemente abriu mão do celular com internet para tentar reduzir o estresse com a hiperconectividade.
Apesar de antenada com tudo, se sente constantemente desatualizada.
[...]
1. Qual é o assunto do texto, de acordo com o trecho que você leu?
2. No “olho” da reportagem aparece uma palavra criada especialmente para definir o problema que serviu de mote para o texto.
a) Que palavra é essa?
b) Como ela foi formada e qual o seu significado?
c) O que você acha dessa criação? Acrescentou algo ao texto?
d) Em sua opinião, o que é necessário para que essa palavra passe a fazer parte do dicionário?
3. Observe este trecho.
“O estresse causado pela hiperconectividade” [...]
• A palavra hiperconectividade não aparece no dicionário. Mas é possível inferir o seu sentido no texto. Por quê?
4. Considerando o que você discutiu na exploração desses dois textos, em sua opinião, o que nos leva a criar novas palavras ou dar novos sentidos a palavras que já existem?
As respostas às questões 2, 3 e 4 também vão ajudá-lo na seção “Então ficamos assim...”. Não se esqueça de anotá-las com cuidado no caderno.
Página 190
Processos de formação de palavras
Ver, no Manual do Professor, orientações a respeito desta sequência de exercícios.
Derivação e composição
A nossa língua dispõe de dois mecanismos principais de formação de palavras: a derivação e a composição.
Observe o poema concreto “Nascemorre”, do poeta Haroldo de Campos, em que esses mecanismos são usados.
1. O poeta faz uso de, basicamente, dois verbos que assumem diferentes formas ao longo do poema.
a) Qual é a forma primitiva de cada um dos verbos?
b) Em que formas derivadas eles aparecem no poema?
c) Copie no caderno a afirmação correta sobre as palavras que você identificou no item anterior.
• São derivadas de uma palavra primitiva e compostas por dois radicais.
• São derivadas de uma palavra primitiva e simples (com um só radical).
• São compostas, formadas por dois radicais.
• São primitivas, formadas por um radical.
d) O que muda em relação à grafia das palavras primitivas?
e) Essa mudança acarretou mudança de significado em relação às palavras primitivas? Explique.
2. Ao ler os versos 8 e 9 temos: “re re / desnasce”. Considere as afirmações a seguir e, depois, copie no caderno as frases corretas em relação a essas afirmações:
I. Ao usar duas vezes o prefixo re-, antes de desnasce, o eu poético está considerando que algo deixa de nascer duas vezes.
II. Algo que desnasce é algo que morre. O que “re re desnasce”
é algo que morre duas vezes.
III. O que “re re desnasce” é o que volta a viver e pode ser comparado à forma nascemorrenasce.
Vamos lembrar
Formação de palavras
Já estudamos que uma das formas de classificar as palavras é levar em conta a sua formação. Nesse caso, as palavras podem ser:
• Primitivas – não se formam de nenhuma outra e servem de ponto de partida para formar outras palavras: carro, laranja.
• Derivadas – são formadas a partir de outra palavra considerada primitiva: carroça, laranjada.
• Simples – palavras (primitivas ou derivadas) que possuem apenas um radical na sua formação: carro, carrinho.
• Compostas – palavras que possuem dois ou mais radicais na sua formação: carro-forte, laranja-pera.
Página 191
a) Apenas a alternativa I apresenta um sentido possível dos versos.
b) Somente as alternativas II e III apresentam sentidos possíveis dos versos.
c) Somente as alternativas I e II apresentam sentidos possíveis dos versos.
d) Todas as alternativas anteriores apresentam sentidos possíveis dos versos.
e) Nenhuma das alternativas anteriores apresenta sentido possível dos versos.
3. Em dois momentos, o poeta cria duas novas palavras por meio da composição de dois verbos.
a) Quais são essas palavras e que significado você daria a elas?
b) Por que podemos dizer que essas palavras são compostas e não derivadas? (Use as informações do boxe "Vamos lembrar", da página anterior, para responder a essa questão.)
4. Considerando a sua análise sobre o modo como o poema foi construído, o poema está falando do quê?
5. Recorrer à formação de palavras por composição e por derivação ajudou o poeta a construir o sentido do poema ou ele poderia produzir o mesmo efeito usando apenas os verbos primitivos? Explique sua resposta.
Quem é
O paulista Haroldo de Campos (1929-2003) foi um dos idealizadores do movimento da poesia concreta no Brasil ao lado de Augusto de Campos e de Décio Pignatari. Esse movimento propunha uma poesia menos subjetiva e que explorasse a tipologia (ou seja, os diferentes formatos das letras), os espaços da folha de papel e a estrutura das palavras.
Tipos de derivação
Veja, no quadro a seguir, os tipos de derivação por meio dos quais podemos criar novas palavras.
Tipo de derivação
|
Quando ocorre
|
Exemplos
|
Prefixal
|
Quando acrescentamos um prefixo à palavra primitiva.
|
Desabrigar, recontar, semicírculo, percorrer.
|
Sufixal
|
Quando acrescentamos um sufixo à palavra primitiva.
|
Caseiro, chuvoso, imundice.
|
Parassintética
|
Quando acrescentamos ao mesmo tempo um prefixo e um sufixo à palavra primitiva, de modo que, sem um deles, a palavra não tem sentido.
|
Aferventar, enlouquecer, amanhecer.
|
Regressiva
|
Quando a palavra derivada tem algum morfema eliminado em relação à palavra primitiva.
|
(O) beijo (< beijar), (o) erro (< errar), (o) choro (< chorar), (a) perda (< perder).
|
Imprópria
|
Quando a palavra muda de classe gramatical pelo uso que se faz dela na frase, sem alterar a sua forma. Um dos modos mais comuns de fazer isso é por meio da substantivação de palavras de outras classes gramaticais com o uso do artigo masculino ou de um pronome adjetivo anteposto a elas.
|
O infeliz vivia se dando mal na escola! (adjetivo passa a substantivo) Comprou um terno cinza chumbo. (substantivo passa a adjetivo) Não fale grosso comigo! (adjetivo passa a advérbio)
|
Página 192
Considerando as informações do quadro, leia os textos a seguir e responda às questões propostas.
Ver, no manual do professor, orientações a respeito desta sequência de exercícios.
Texto 1
As fases da lua
A lua
Aluada
Estuda
Tabuada.
A lua
Luneta
Estuda
Opereta.
A lua
De mel
Estuda
O céu.
A lua
Lunática
Estuda
Gramática.
CAPPARELLI, Sérgio. 111 poemas para crianças. 7. ed. Porto Alegre: L&PM, 2007. p. 135.
1. Na definição das fases da lua, foram usadas várias palavras que fazem parte da mesma família. Quais são?
2. Que processos de derivação foram usados na formação dessas palavras?
3. Destaque os prefixos e sufixos usados na formação dessas palavras.
4. Os mesmos sufixos usados na formação das palavras derivadas foram usados também em outras palavras do poema.
a) Escreva no caderno as palavras que apresentam os mesmos sufixos.
b) A repetição desses sufixos está associada ao uso de um recurso poético específico. Qual?
c) O que o uso desse recurso produz como efeito?
5. O que recebe mais destaque no poema: o trabalho com o som, com a grafia, com o visual ou com a significação das palavras?
Converse com a turma
1. Quais são as fases da lua, de acordo com o eu lírico?
2. O que caracteriza essas fases?
3. Você poderia relacionar essas fases às conhecidas fases da lua: minguante, crescente, nova e cheia?
Página 193
Texto 2
1. Qual é a reclamação de Calvin?
2. O que significa “comida vegetariana”?
3. No terceiro quadrinho, Calvin diz não ser vegetariano. O que ele quis dizer com isso?
4. No último quadrinho, Calvin se define como sobremesariano.
a) O que ele quis dizer com isso?
b) Para criar essa palavra, ele partiu da palavra sobremesa, que já é uma palavra derivada de outra.
I. Qual a palavra primitiva? Consulte a etimologia da palavra se for necessário.
II. Que tipo de partícula foi acrescido a essa palavra?
III. Para concluir, indique por qual processo de derivação foi formada a palavra sobremesa.
c) E para formar a palavra sobremesariano, Calvin seguiu um modelo anterior. Qual?
d) Você concorda que essa nova palavra foi usada com a intenção de produzir o humor da tira? Explique sua resposta.
Etimologia das palavras
Verificar ou estudar a etimologia de uma palavra significa conhecer ou pesquisar a sua origem e evolução ao longo da sua existência como parte do léxico de uma língua.
Um exemplo de etimologia (origem) curiosa é o da palavra tchau. Na Itália, era comum as pessoas se despedirem com o termo schiavo (“escravo”), como sinal de respeito e cortesia. Em alguns dialetos do norte da Itália, schiavo era pronunciado como ciao. No século XX, o ciao italiano chega ao português do Brasil como tchau e, hoje em dia, ninguém mais suspeita de seu antigo significado de “sou seu escravo”, ou seja, “estou ao seu inteiro dispor”.
5. Agora observe o seguinte grupo de palavras.
vegetariano
americano
machadiano (Machado de Assis)
moçambicano
galileano (Galileu)
pernambucano
hugoano (Victor Hugo)
picassiano (Picasso)
a) Todas essas palavras (adjetivos) têm o mesmo sufixo em sua terminação, que significa “relativo a, procedente de”. Qual é o sufixo?
Página 194
b) Leia a definição de vogal e consoante de ligação que aparece no boxe ao lado.
• Agora, identifique o radical de cada palavra e, quando for o caso, indique as vogais e consoantes que foram usadas para “ligar” o radical ao sufixo.
c) Considerando o que você observou nos itens anteriores, Calvin poderia ter criado um adjetivo de sobremesa com que outra terminação no lugar de -iano?
d) Considerando a palavra primitiva da qual se derivou a palavra sobremesariano, podemos dizer que ela foi formada por dois processos de derivação. Quais?
Se liga nessa!
Muitas vezes, para acrescentar um sufixo à palavra, usamos uma vogal ou uma consoante para “ligar” o sufixo a ela. Elas são chamadas de vogal e consoante de ligação. Veja:
raticida — rat+i+cida
gasômetro — gas+ô+metro
cafezal — café+z+al
sonolento — sono+l+ento
Texto 3
Nas águas do tempo
Meu avô, nesses dias, me levava rio abaixo, enfilado em seu pequeno concho. Ele remava, devagaroso, somente raspando o remo na correnteza. O barquito cabecinhava, onda cá, onda lá, parecendo ir mais sozinho que um tronco desabandonado.
— Mas vocês vão aonde?
Era a aflição de minha mãe. O velho sorria. Os dentes, nele, eram um artigo indefinido. Vovô era dos que se calam por saber e conversam mesmo sem nada falarem.
— Voltamos antes de um agorinha, respondia.
Nem eu sabia o que ele perseguia. Peixe não era. Porque a rede ficava amolecendo o assento. Garantido era que, chegada a incerta hora, o dia já crepusculando, ele me segurava a mão e me puxava para a margem. A maneira como me apertava era a de um cego desbengalado. No entanto, era ele quem me conduzia, um passo à frente de mim. Eu me admirava da sua magreza direita, todo ele musculíneo. O avô era um homem em flagrante infância, sempre arrebatado pela novidade de viver.
[...]
COUTO, Mia. Estórias abensonhadas. Lisboa: Editorial Caminho, 1987. p. 9-10. (Fragmento).
Converse com a turma
1. Quem parece ser a personagem de destaque do conto? Comente.
2. Já neste trecho inicial, podemos perceber a construção de um discurso literário com rico uso da linguagem figurada. Converse sobre o que você entendeu destes trechos:
a) “Os dentes, nele, eram um artigo indefinido.”
b) “A maneira como me apertava era a de um cego desbengalado.”
c) “O avô era um homem em flagrante infân cia, sempre arrebatado pela novidade de viver.”
3. O que o narrador personagem parece sentir pelo seu avô? Explique.
1. O trecho inicial desse conto de Mia Couto é exemplar do trabalho que o escritor faz com a linguagem, recorrendo à abundância de novas palavras criadas por diferentes processos de formação.
a) Copie em seu caderno as palavras destacadas no texto e identifique a palavra primitiva da qual cada uma derivou.
b) Analise essas palavras criadas pelo autor e identifique qual dos processos foi usado em cada caso, destacando as partículas que foram acrescidas a cada uma das palavras derivadas.
Página 195
c) O tipo de derivação mais usado pelo escritor nesse trecho é também aquele que mais produz novas palavras na nossa língua. Qual é esse tipo de derivação?
d) No processo de derivação sofrido por essas palavras, a maioria delas, depois de modificada, passou a fazer parte de outra classe gramatical. No caderno, copie do texto:
I. um adjetivo que se formou a partir de um verbo;
II. um substantivo que se formou a partir de um advérbio;
III. um adjetivo que se formou a partir de um substantivo;
IV. um verbo que se formou a partir de um adjetivo que, por sua vez, se formou a partir de um substantivo;
V. um adjetivo que se formou a partir de um advérbio.
2. Releia uma das construções poéticas do escritor em que ele compara o movimento do barquinho do avô com um tronco.
O barquito cabecinhava, onda cá, onda lá, parecendo ir mais sozinho que um tronco desabandonado.
• O adjetivo usado para caracterizar esse tronco é desabandonado. Haveria diferença de sentido se em seu lugar o escritor tivesse usado a palavra abandonado? Explique sua resposta recorrendo aos sentidos possíveis do prefixo des-. Consulte o dicionário se necessário.
3. Se você tivesse que substituir todas as palavras destacadas no trecho do conto por outras já conhecidas na nossa língua e que podem ser encontradas nos dicionários, que palavras você usaria?
4. Você já sabe que o modo como usamos a linguagem para construir os nossos textos é sempre muito importante para tentarmos concretizar as nossas intenções e produzir os efeitos de sentido desejados em nossos interlocutores. Então, reflita e responda:
a) Por que você acha que o escritor recorreu a essa linguagem que usa e abusa da formação de novas palavras?
b) As substituições propostas por você mudariam algo no texto?
Tipos de composição
Há dois modos de formar palavras pelo processo de composição:
• por justaposição de duas ou mais palavras — quando nenhuma delas sofre alteração ao se combinarem. Exemplos:
guarda + roupa guarda-roupa
vai + vem vaivém
• por aglutinação de duas ou mais palavras — quando uma ou todas as palavras sofrem alteração ao se combinarem. Exemplos:
filho + de + algo fidalgo
cabeça + baixo cabisbaixo
Página 196
1. Você já ouviu falar em esminhocar? Observando a sua formação, que significado você acha que tem essa palavra?
2. A seguir, você vai conhecer mais uma tira com as aventuras de Calvin. Com sua genialidade de criança inventiva, Calvin criou a palavra esminhocar.
Veja em que contexto ele a usa.
a) Considerando o sentido de esminhocar, que relação existe entre a chuva ter parado e o fato de Calvin considerar essa ocorrência “a melhor hora pra ir esminhocar”?
b) Copie em seu caderno a frase que classifica corretamente a palavra esminhocar.
• É um substantivo composto pelo substantivo minhoca e pelo verbo esmagar.
• É um verbo composto por duas palavras que foram “misturadas” (esmagar + minhoca).
• É um verbo formado pelo processo de derivação parassintética (es + minhoca + ar).
• É um substantivo simples formado pela palavra minhoca com o prefixo es-.
c) O significado de esminhocar, no contexto da tira, tem relação com o significado que você pensou para a palavra, na questão 1? Explique sua resposta.
3. Explique detalhadamente o processo de formação que Calvin usou e como ele fez para formar essa nova palavra.
4. Em sua opinião, seria possível atribuir à palavra esminhocar o mesmo sentido dado por Calvin se a encontrássemos totalmente fora de contexto? Explique o seu ponto de vista.
5. O que achou da criação de Calvin? Você acredita que a criação e o uso dessa palavra têm alguma relação com o humor da tira?
6. Que outras formas Calvin poderia criar para usar no lugar de esminhocar, mantendo o mesmo sentido que ele intencionou?
7. As novas formas criadas na questão anterior passaram pelo mesmo processo de formação usado na formação de esminhocar? Explique.
Página 197
Outros processos
Onomatopeias
Nos próximos dois textos você irá observar o uso de onomatopeias.
Leia-os e discuta as questões.
Texto 1: Anúncio publicitário
1. Que qualidades do automóvel estão sendo abordadas no anúncio publicitário?
2. Qual dessas qualidades recebe maior destaque? Por quê?
3. O anunciante usou uma onomatopeia para chamar a atenção do público consumidor para a qualidade de maior destaque do produto anunciado.
a) Que palavra é essa?
b) Como ela aparece no anúncio e como ajuda na construção do sentido pretendido?
c) A ausência dessa palavra mudaria algo na propaganda?
d) Haveria outras onomatopeias que poderiam ser usadas no lugar desta? Explique.
e) Levando em conta o que foi discutido nos itens anteriores, como você definiria, neste momento, esse processo de formação de palavras denominado onomatopeia?
4. Considerando o produto e as informações sobre suas características em destaque, no anúncio, qual seria o perfil de público a que se destina?
A representação imitativa de qualquer repetição
Assim como o exemplo que você observou no anúncio, há outras onomatopeias que imitam um som repetitivo. Por exemplo: o reco-reco (instrumento musical), o tique-taque do relógio, o tim-tim das taças, o zum-zum-zum da turma.
Note que, embora se refiram a um som que se repete diversas vezes, essas formas apresentam esse som apenas uma vez (como em tique-taque), duas (tim-tim) ou no máximo três (como em zum-zum-zum): isso é o bastante para dar a ideia de repetição.
Alguns gramáticos, como Bechara (2004, p. 371), chamam esse processo de reduplicação ou duplicação silábica: ele consistiria na “repetição de vogal ou consoante, acompanhada quase sempre de alternância vocálica, para formar uma palavra imitativa”. Ainda de acordo com Bechara, trata-se do processo mais usado para formar as onomatopeias.
Página 198
Texto 2: Tira
1. O que você acha que Garfield tem na boca, no último quadrinho?
2. Que informações da tira você teve de considerar para chegar à resposta da questão 1?
3. Observe a expressão de Jon, no segundo quadrinho: a) O que ela exprime?
b) A expressão é uma reação a quê?
4. As onomatopeias foram importantes para a construção do sentido da tira? Por quê?
5. Você acha que encontraria essas onomatopeias nos dicionários de língua portuguesa? Explique sua resposta.
6. Como você explicaria a expressão de Jon, no último quadrinho?
7. Considerando o que você observou e discutiu, nos dois textos, e o que os boxes laterais trazem como informações adicionais, como você concluiria a definição desse processo de formação conhecido como onomatopeia?
Redução
Quando apresentamos as palavras de forma resumida, estamos usando o processo de redução.
Na tira a seguir, Calvin está bravo com sua colega de escola, Susie (a quem considera “o inimigo”), que, enquanto aguarda a mãe ir buscá-la na casa de Calvin, fica comportadamente adiantando a lição de casa.
Página 199
1. Observe o que está escrito na caixa de papelão e transcreva para o caderno.
2. É possível saber o que significa essa “palavra”, no contexto da tira?
3. Ao criar esse clube, qual o sentimento de Calvin em relação às meninas?
4. Você considera esse sentimento de Calvin justificável? Explique sua posição.
5. Agora observe estas outras palavras reduzidas.
ONU – Organização das Nações Unidas
OAB – Ordem dos Advogados do Brasil
EUA – Estados Unidos da América
ONG – Organização Não Governamental
a) Ao formar G.R.O.S.S.O., Calvin usou o mesmo princípio de redução dos exemplos apresentados acima?
b) Eliminando os pontos entre as letras que compõem a redução criada por Calvin, ela lembra outra palavra da nossa língua, grafada com as mesmas letras, mas com outros significados. Qual é a palavra e quais são os seus significados?
c) É possível estabelecer alguma relação entre a opção do cartunista pela criação da sigla G.R.O.S.S.O. usada pela personagem, a atitude de Calvin em relação às meninas e os significados da palavra que você indicou na resposta à questão anterior?
A redução pode ser feita de três modos:
1) pela criação de siglas: quando é usada a letra inicial de uma palavra ou o conjunto de letras iniciais de diversas palavras dispostas lado a lado:
Petrobras – Petróleo Brasileiro
Embratur – Empresa Brasileira de Turismo
Aids – Acquired Immune Deficiency Syndrome = síndrome da imunodeficiência adquirida
CD – Compact Disc = disco compacto
DVD – Digital Versatile Disc = disco digital versátil
2) pelas abreviações: grafamos apenas algumas das sílabas da palavra: microcomputador – micro
videocassete – vídeo
fotografia – foto
3) pelas abreviaturas: quando reduzimos uma palavra ou locução, na língua escrita, que se torna fixa e de uso geral.
Nos documentos formais temos, por exemplo:
V.S. – no lugar de Vossa Senhoria
Dr. – no lugar de Doutor
Com os novos canais de comunicação, como as redes sociais e os aplicativos de mensagem instantânea, muitas novas abreviaturas surgem a cada dia.
Página 200
A redução e as gírias
Muitas gírias e expressões coloquiais nascem da redução de outras palavras. Veja alguns exemplos:
menina → mina
professora → fessora
estrangeiro → estranja
flamengo → Mengo
Então ficamos assim...
Pronto para sistematizar o que foi discutido?
Você poderá optar por fazer um esquema (como o que retomamos no início do capítulo) ou produzir um texto no qual aborde as questões propostas.
• De onde vêm as palavras da nossa língua?
• Como elas são formadas?
• Como podemos formar novas palavras, com novos significados?
• Qualquer um de nós pode formar novas palavras?
• Para que precisamos de novas palavras?
Atividades
1. Leia este poema.
O apanhador de desperdícios
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios. In: PINTO, Manuel da Costa. Antologia comentada da poesia brasileira do século 21. São Paulo: Publifolha, 2006. p. 73-74.
a) Transcreva, no caderno, as alternativas corretas sobre o poema.
• Ao afirmar “uso a palavra para compor meus silêncios”, o eu lírico diz que não tem nada a dizer em seus poemas.
• O eu lírico valoriza o contato com a natureza em oposição às invenções da modernidade.
Glossário
Prezo: gostar de; ter em alta consideração.
Página 201
• A linguagem do poema é simples, mas faz um uso expressivo da linguagem figurada em trechos como “Não gosto de palavras fatigadas de informar” e “Sou um apanhador de desperdícios”.
• Segundo o eu lírico, é preciso renovar o sentido das palavras por meio de inovações tecnológicas como a informática.
b) Releia os últimos versos do poema.
“Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.”
I. Qual neologismo (palavra nova) aparece no trecho? Qual foi o processo de formação usado para criá-la?
II. Sem o neologismo, o efeito do poema seria o mesmo? Por quê?
c) Considere o verbete abaixo.
des-
prefixo
de form. vern., extremamente prolífico, sobre o qual comenta J.P. Machado: “De indubitável origem latina, não se esclareceu ainda definitivamente de que palavra ou locução; há duas sugestões: dis-, para uns; de ex para outros (...)”; exprime sobretudo: 1) oposição, negação ou falta: desabrigo, desamor, desarmonia, desconfiança, descortês, desleal, desproporção, dessaboroso; 2) separação, afastamento: descascar, desembolsar, desenterrar, desmascarar; 3) aumento, reforço, intensidade: desafastar, desaliviar, desapartar, desferir, desinfeliz, desinquieto; ver o que é dito in fine de de-, sem conexão com este des-.
Releia:
“Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.”
I. O prefixo des- agregou que sentido à palavra “importantes”? Considere o que o eu lírico valoriza e os sentidos possíveis de se atribuir a esse prefixo.
II. Esse prefixo pode ter sido usado com a intencionalidade de produzir um efeito de ambiguidade ao que o poeta diz? Por quê?
INSTITUTO ANTÔNIO HOUAISS. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
2. Forme duas palavras a partir de cada radical dado, seguindo os processos indicados.
a) derivação sufixal nerv derivação parassintética
b) derivação prefixal e sufixal lanç composição
c) derivação prefixal moral parassintética derivação
Página 202
3. A seguir, você lerá o trecho inicial de uma reportagem sobre um modelo de carro que acabava de ser lançado.
Glossário
Sedã: tipo de automóvel com três partes bem delimitadas — a frente, a cabine e o bagageiro.
Bluetooth: tecnologia que permite a troca de informações sem fio entre dispositivos como celulares, computadores, etc.
Palio: modelo de carro da montadora fiat.
a) Com o auxílio de um dicionário de inglês-português ou de um tradutor automático, determine o significado aproximado destas expressões em inglês citadas no texto.
(Se necessário, peça ajuda ao professor da disciplina.)
size impression
family feeling
my car
high safety drive
b) Esses estrangeirismos são comuns na linguagem dos brasileiros?
c) Releia: “Parece até que a Fiat, italianíssima, precisa usar estrangeirismos para dar sofisticação ao sedã [...]”.
Copie no caderno a frase que melhor explica o que esse trecho sugere.
• Sugere que é comum os anunciantes usarem palavras em inglês para dar uma aparência de sofisticação a seus produtos.
• Sugere que não é comum os anunciantes usarem palavras em inglês, por isso a ação da Fiat foi surpreendente.
• Sugere que a Fiat deveria ter usado palavras em italiano, e não em inglês, para valorizar seu novo carro.
d) Embora tenha origem italiana, a marca Fiat possui fábrica no Brasil há décadas e seus carros são considerados “nacionais” pelos brasileiros. Levando isso em conta (além do boxe "Clipe" e do resto do fragmento), explique o que se afirma no primeiro parágrafo do texto:
Clipe
Nelson Rodrigues
Além de ter deixado uma importante obra, composta de peças de teatro, romances, contos e crônicas, Nelson Rodrigues (1912-1980) também foi um dos principais “frasistas” de seu tempo. De fato, ele criou frases impactantes — e muitas vezes polêmicas — sobre diversos temas. O escritor Ruy Castro reuniu as mais interessantes no livro Flor de obsessão: as 1000 melhores frases de Nelson Rodrigues. Em uma delas, Rodrigues dizia que o brasileiro tinha “complexo de vira-lata”, ou seja, colocava-se em uma posição de inferioridade em relação ao resto do mundo.
Página 203
O escritor Nelson Rodrigues dizia que o brasileiro sofre de “complexo de vira-lata”. E ele nem conheceu o Fiat Siena.
e) Releia o final do fragmento. O jornalista concorda que era necessário usar estrangeirismos durante o lançamento do carro? Explique sua resposta.
4. Leia esta tira da Turma do Penadinho.
a) Escreva, no caderno, onomatopeias que poderiam ser colocadas no primeiro e no último balão da tira.
b) Esses dois balões têm o contorno irregular, pontiagudo. Considerando as onomatopeias que você usou, que significado esse tipo de balão acrescenta ao que acontece nesses quadrinhos?
c) Levando isso em conta, como as onomatopeias que você escreveu deveriam ser grafadas, na tira?
d) E no segundo quadro? Quais onomatopeias poderiam ser colocadas?
e) Ainda no caderno, escreva uma fala para o último balão da tira, mas sem usar onomatopeias.
f) Como a tira fica mais impactante: com a frase que você escreveu agora ou com a onomatopeia que criou no item a?
g) Levando sua última resposta em conta, explique a importância das onomatopeias para a construção dos quadrinhos em geral.
5. Como você estudou neste capítulo, as onomatopeias imitam os sons produzidos por coisas, pessoas e animais. Será que em qualquer parte do mundo as pessoas gritam do mesmo jeito quando sentem dor, os animais emitem os mesmos sons e as portas rangem da mesma maneira? Será que as palavras onomatopaicas são iguais em qualquer língua?
• Para descobrir, junte-se a um colega e faça uma pesquisa na internet. Dica: busquem por estas palavras-chave: onomatopeias + outras línguas; ou uma onomatopeia (por exemplo, atchim) + inglês, + espanhol, etc. Depois, contem à classe o que descobriram. Não se esqueçam de dar exemplos e anotar as fontes de consulta.
Página 204
Capítulo 2 - Usos expressivos da língua: figuras fônicas
Ver, no manual do professor, orientações a respeito do capítulo.
Sugerimos que você dedique um tempo para uma conversa coletiva sobre as questões propostas, de modo que os alunos possam compartilhar impressões ou levantar hipóteses a partir delas.
Como é que é?
Neste capítulo, veremos mais três recursos expressivos que temos à nossa disposição para produzir diferentes efeitos de sentido em nossos textos. Eles são conhecidos como figuras de linguagem fônicas: a assonância, a aliteração e a paronomásia. Mas...
• Em que consistem as figuras de linguagem fônicas? Que recursos da língua elas utilizam como material?
• Como podemos construí-las?
• Que efeitos elas podem criar nos textos?
• Em que situações as usamos?
Sugerimos que esta sequência inicial de apresentação dos conceitos e reflexão sobre os trava-línguas seja realizada coletivamente.
Aliteração, assonância, paronomásia
Observe o que se diz sobre estes três recursos expressivos.
Aliteração: ocorre quando há a repetição constante de um mesmo fonema consonantal, ou de fonemas consonantais muito parecidos, na sequência de um enunciado.
Assonância: ocorre quando há a repetição constante de uma determinada vogal tônica (fonema vocálico) na sequência de um enunciado.
Paronomásia: ocorre quando usamos palavras que se aproximam pela semelhança de sons (fonemas), mas diferem quanto ao significado.
Mas em que situações usamos esses recursos e para quê?
Ver, no manual do professor, orientações a respeito desta questão.
1. Com os colegas, tente ler os trava-línguas sem “engasgar” e, depois, analise-os em relação à sonoridade das palavras que os compõem.
1º – A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.
2º – O sabiá não sabia que o sábio sabia que o sabiá não sabia assobiar.
3º – O rato roeu a roupa do rei de Roma. A rainha raivosa rasgou o resto.
Vamos lembrar
Os fonemas e as figuras fônicas
No capítulo anterior você recordou que as palavras da língua são formadas por sons (na fala) representados por letras (na escrita). Esses sons são chamados de fonemas e podem ser:
• Vocálicos – são produzidos pela livre passagem do ar pela boca.
• Consonantais – são produzidos quando o ar “esbarra” ou vibra em alguma parte de nosso aparelho fonador (língua, dente, garganta, etc.).
• Semivocálicos – são os sons i e u quando pronunciados com menos intensidade na sílaba.
Você verá, neste capítulo, como eles participam da construção das figuras fônicas.
Página 205
4º – Três tigres tristes para três pratos de trigo. Três pratos de trigo para três tigres tristes.
a) Em qual (ou quais) dos trava-línguas ocorre:
I. a repetição de uma mesma vogal tônica (assonância)?
II. o uso de palavras que se aproximam pela semelhança de sons, mas diferem quanto ao significado (paronomásia)?
III. a repetição de consoantes iguais ou muito parecidas (aliteração)?
b) O que são os trava-línguas e para que servem?
c) Seria possível criar trava-línguas sem o uso das figuras fônicas? Explique sua resposta.
Lembre que vogal tônica é aquela sobre a qual recai o acento tônico da palavra:
casado
sa → Só esta vogal é a tônica.
2. A discussão sobre os trava-línguas ajudou você a pensar um pouco em que situações usamos as figuras fônicas? Explique.
A aliteração e seus efeitos de sentido
Observe este anúncio publicitário.
Propomos que as questões seguintes sejam realizadas em pequenos grupos para posterior socialização.
1. Quais são as qualidades do carro, destacadas no anúncio?
2. Essas qualidades são destacadas no título da propaganda. Observe-o e responda.
a) Que consoante está sendo repetida para produzir aliteração?
b) Essa consoante aparece em quais palavras do título?
A resposta da questão 2 vai ajudá-lo na seção “Então, ficamos assim...”. Portanto, anote-a com cuidado no caderno!
3. Essa mesma consoante aparece em alguma outra palavra usada na composição do anúncio?
Converse com a turma
1. Nas frases que aparecem na parte inferior esquerda do anúncio, as palavras compacto e gigante estabelecem entre si uma relação de antonímia, sinonímia ou polissemia? Explique sua resposta. (Recorra aos esquemas de retomada, no fim do volume.)
2. De que ângulo vemos o carro no anúncio?
3. A posição ocupada pelo carro no anúncio tem alguma relação com o sentido das frases “Compacto para quem vê. Gigante para quem anda”? Explique sua resposta.
Página 206
4. Há alguma relação entre essas palavras e as qualidades destacadas do carro? Explique sua resposta.
5. Copie em seu caderno a alternativa que melhor explica o efeito da sonoridade produzida pela aliteração.
• A aliteração não acrescenta nada ao sentido da propaganda.
• A aliteração chama a atenção do leitor para as qualidades do produto.
• A aliteração é indesejável porque a repetição pode incomodar o leitor.
• A aliteração atrapalha a compreensão do sentido porque desvia a atenção para o som.
6. Considerando as qualidades destacadas, qual seria o perfil de público a quem interessaria este carro?
A assonância e seus efeitos de sentido
Leia este poema.
A voz da igrejinha
E o sino da Igrejinha com voz fina de menina
tem dlins-dlins
para o batismo dos pimpolhos.
Para os mortos: devagar – DLIM-DLIM...
é como um choro de menino, compassado
sem
fim.
Dlin-dlins para as manhãs loucas de luz,
para as tardinhas que são como as velhinhas
passo tardo, xale preto, corcundinhas...
As andorinhas conhecem esses dlins-dlins
e vêm
ouvi-los no verão.
As ave-marias vêm
ouvi-los ao sol-pôr...
E a estrela Vésper
atrás da torre,
e entre a neblina
ouve quieta: dlim, dlim, dlim...
E há dlins-dlins de esperança,
de ventura, de saudades e de fé...
[...]
LIMA, de Jorge. Poesia completa. BUENO, Alexei (Org.). Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 232.
Glossário
Tardo: lento, vagaroso, sem pressa.
Estrela Vésper: um dos nomes dados ao planeta Vênus, porque ele atinge seu brilho máximo logo depois do ocaso (Vésper tem a mesma origem de vespertino, que significa “relativo à tarde”). Vênus também é chamada de estrela-d’alva porque brilha antes da aurora.
Página 207
1. Do que o eu lírico está falando no poema?
2. Para a construção do poema, foi usada a assonância.
a) Que som de vogal mais se repete e é responsável pela maior assonância no poema? (Observe se essa vogal se repete em todos os versos.)
b) No poema há a repetição de um sufixo diminutivo em que essa vogal aparece.
I. Que sufixo é esse? E em que palavras aparece?
II. Qual é o efeito de sentido do uso desse sufixo nessas palavras, no contexto do poema?
c) Também aparece no poema uma onomatopeia.
I. Indique qual é ela e qual é o seu sentido.
II. Ela contribui para a construção da assonância no poema? Explique.
III. Essa onomatopeia representa a personificação de um objeto sobre o qual o eu poético fala. Indique o objeto personificado e explique essa personificação.
A resposta que você deu à questão 2 (letra b, item II) também vai ajudá-lo na seção “Então, ficamos assim...”.
3. Você acha que essa assonância trouxe ao poema um efeito triste, alegre ou melancólico? Por quê?
4. Como você explica a relação entre a escolha da repetição dessa vogal e o conteúdo do poema?
Vamos lembrar
Personificação ou prosopopeia é a figura de linguagem pela qual se atribuem ações e sentimentos humanos a animais, a plantas ou a seres inanimados.
A paronomásia e seus efeitos de sentido
Lembrando que a paronomásia é a figura que consiste no emprego de palavras semelhantes sonoramente, porém distintas quanto ao significado, leia o anúncio a seguir.
1. Que produto está sendo anunciado?
2. A frase de maior destaque no anúncio lembra que frase do cotidiano de grandes cidades com alto índice de violência?
3. Considerando a intenção de quem diz uma frase como essa, podemos afirmar que sua redação, no anúncio, está correta? Explique sua resposta.
4. Considerando o produto anunciado, o que o anunciante quer destacar do seu produto em relação aos outros?
Paronomásia e trocadilhos
Os trocadilhos geralmente se apoiam na figura fônica da paronomásia para produzir humor. Assim, usando palavras ou expressões que fazem referência a outras, às quais são sonoramente semelhantes, porém com significado distinto, podemos construir frases engraçadas, como:
Vou ali cozinhar minhas mágoas na panela depressão. (de pressão)
Draco Malfoy e já voltou! (mal foi)
Eu não vi, mas o Clodovil (Clodo viu)
Página 208
5. Há semelhança de sentido entre a palavra usada no anúncio e a palavra que seria a correta? Explique sua resposta.
6. Por que podemos dizer que o principal recurso usado para a construção de sentido da propaganda foi a paronomásia?
7. A discussão sobre aliteração, assonância e paronomásia ajudou você a pensar um pouco mais sobre as situações em que usamos as figuras fônicas? Explique.
A resposta da questão 7 também vai ajudá-lo no fim do capítulo.
Há diferença entre as figuras fônicas e as rimas?
A rima também é um tipo de figura fônica. Ela consiste na coincidência de sons, em geral no final das palavras, feita de modo mais ou menos regular, na poesia. Pode ter a função de agradar aos ouvidos ou de facilitar a memorização, por repetir os sons em determinados intervalos. Ou pode, ainda, ter a função expressiva de realçar as ideias contidas nas palavras em que ocorre, inclusive relacionando as palavras que a apresentam e ajudando a construir a unidade do texto.
8. Veja:
Essa imagem do fotógrafo Per-Anders Petterson mostra duas crianças cegas durante um almoço em um colégio na África do Sul. Uma com cor, outra sem. Elas não conseguem ver quem está ao lado. Mas ensinam como enxergar além.
a) Que ideia esse anúncio veicula?
b) Em “Elas não conseguem ver quem está ao lado. Mas ensinam como enxergar além” existe uma oposição de sentidos na construção da ideia veiculada. Explique que oposição é essa.
Página 209
c) Agora observe o poema que compõe o anúncio.
I. Há um trabalho com a sonoridade das palavras. Explique.
II. Esse trabalho sonoro pode ser considerado rima. Por quê?
III. Que função essas rimas têm no poema?
Olha o que quer e o que pode essa língua!
Ver, no Manual do Professor, orientações a respeito deste boxe.
Tudo junto e misturado...
Quando você estudou os diferentes recursos expressivos da língua, em geral, os viu sendo usados em textos diferentes.
Agora você vai observar com detalhe o uso de diferentes recursos expressivos no mesmo texto: uma letra de canção. Note como a soma dos recursos torna a composição altamente poética e rica em efeitos de sentido.
Segue o seco
A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca
Segue o seco sem sacar que o caminho é seco
sem sacar que o espinho é seco
sem sacar que seco é o Ser Sol
Sem sacar que algum espinho seco secará
E a água que sacar será um tiro seco
E secará o seu destino seca
Ô chuva vem me dizer
Se posso ir lá em cima pra derramar você
Ó chuva preste atenção
Se o povo lá de cima vive na solidão
Se acabar não acostumando
Se acabar parado calado
Se acabar baixinho chorando
Se acabar meio abandonado
Pode ser lágrimas de São Pedro
Ou talvez um grande amor chorando
Pode ser o desabotoar do céu
Pode ser coco derramando
BROWN, Carlinhos. Segue o seco. Intérprete: Marisa Monte. In: Verde, anil, amarelo, cor-de-rosa e carvão. Emi-Odeon Brasil, 1994. 1 CD. Faixa 4.
1. Sobre o que o eu lírico está falando nesta letra de canção?
2. A certa altura da letra, ele se dirige a um interlocutor que foi personificado e lhe faz um pedido. Quem é esse interlocutor?
3. Que palavra da letra de canção pode sintetizar o assunto tratado?
Para explorar as questões, consulte também os esquemas no fim do volume que retomam as figuras de linguagem (especificamente a personificação ou prosopopeia, a antítese e a metáfora).
Página 210
4. Identifique quantas vezes essa palavra aparece no texto.
5. Há, no texto, outras palavras da mesma família. Copie-as em seu caderno e indique quantas vezes elas aparecem no texto.
6. Por serem palavras da mesma família, todas possuem o mesmo radical.
a) Qual é esse radical?
b) Quantas vezes ele aparece?
7. Preste atenção nos fonemas do radical que você identificou. Agora, releia a letra de canção e indique, no caderno, em quais versos aparecem palavras que apresentam um ou mais desses fonemas.
8. Nos versos a seguir há a ocorrência repetitiva de palavras que se assemelham sonoramente à palavra-chave do texto, porém se distinguem quanto ao significado — ou seja, essas palavras repetidas têm uma relação paronomástica com uma palavra importante da letra de canção.
“Se acabar não acostumando
Se acabar baixinho chorando
Se acabar parado calado
Se acabar meio abandonado”
a) Copie em seu caderno as palavras que se repetem.
b) Leia-as rapidamente (ou considere a interpretação da canção) e responda: a que palavra-chave do texto elas se assemelham sonoramente?
9. Na letra de canção, dentre os vários recursos expressivos usados, destacam-se a aliteração, a assonância e a paronomásia, que produziram as sonoridades recorrentes.
• Que relação você acha que existe entre a repetição desses sons e o conteúdo da letra de canção? Por que razão você acha que o compositor recorreu a essa repetição?
10. Agora observe, novamente, os versos iniciais da letra de canção.
“A boiada seca
A trovoada seca
Na enxurrada seca
Na enxada seca”
a) Qual é o sentido da palavra seca em cada um dos versos?
b) Em qual dos versos foram colocadas em relação ideias contraditórias, produzindo um paradoxo? Explique sua resposta.
c) Além da sonoridade produzida pela presença do sufixo -ada, em boiada, enxurrada (derivada de enxurro) e da repetição da palavra seca, que outras repetições sonoras há nesses versos?
d) Há outras três palavras no texto que apresentam um dos fonemas que você indicou na resposta anterior, que contribuem para a construção de mais aliterações. Copie-as no caderno.
Muitas vezes, para produzir a sonoridade desejada em um enunciado, podemos recorrer ao uso de palavras de uma mesma família (que possuam um mesmo radical).
Outra possibilidade é acrescentarmos prefixos ou sufixos iguais a palavras diferentes, como ocorreu no poema concreto “Nascemorre” (no qual o poeta jogou com o prefixo reem renasce e remorre), estudado no Capítulo 1.
Vamos lembrar
O paradoxo é um tipo de enunciado que parece ir contra a lógica. Por exemplo: “Está de volta aquele que nunca partiu”.
Página 211
e) Pensando no conteúdo do texto e na relação entre esse som e os sentidos das palavras em que ele aparece, que ideia essa repetição sonora (aliteração) quer reforçar?
f) Essa ideia é retomada nos três últimos versos, quando se faz uso de metáforas. Releia-os e responda:
• O que podem simbolizar as expressões “lágrimas de São Pedro”, “um grande amor chorando”, “o desabotoar do céu” e “coco derramando”?
11. Copie, em seu caderno, a alternativa que melhor explica os efeitos do uso dos recursos expressivos sonoros (figuras fônicas) nessa letra de canção.
• Os recursos expressivos são apenas um adorno para a canção, de modo a tornar sua musicalização mais fácil.
• Os recursos expressivos mudam o sentido da canção, confundindo quem a ouve.
• Os recursos expressivos sonoros reforçam o conteúdo verbal da canção, contribuindo para a construção de seu significado.
É provável que os alunos desconheçam algumas palavras como catarse (purificação; purgação), cataplasma (massa medicamentosa que se aplica na pele), catapultar-se (arremessar-se), catatonia (forma de esquizofrenia em que o paciente altera estados de passividade e excitação) e catacumba (sepultura). Professor: é importante que os alunos não apenas busquem as palavras, mas também que pensem em seu sentido no contexto do poema.
Então ficamos assim...
Para finalizar as reflexões sobre as figuras de linguagem fônicas estudadas, retome as questões iniciais do capítulo e, em seu caderno, com um colega, organizem um esquema semelhante aos que vocês encontram nos anexos deste livro, baseado nas questões iniciais.
• Em que consistem as figuras de linguagem fônicas? Que recursos da língua elas utilizam como material?
• Como podemos construí-las?
• Que efeitos elas podem criar nos textos?
• Em que situações as usamos?
Você poderá encontrar uma sugestão de esquema baseada nessas questões, no Anexo do manual do professor.
Atividades
1. Leia este poema de Luis Fernando Verissimo.
À cata
Um homem cata a si mesmo.
Cataloga-se. Como catarse.
Lembra cata-ventos.
Cata-piolhos.
Catapora.
Cataplasmas.
E cataratas.
Ah, as cataratas.
Catapulta-se.
Catarina!
Catástrofes: catatonia, catarro, catarata.
Ah, a catarata.
E um dia, bumba: a catacumba.
VERISSIMO, Luis Fernando. Poesia numa hora dessas?! Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. p. 83.
Ver, no manual do professor, orientações a respeito desta questão.
Página 212
a) Copie no caderno a opção que completa a frase da maneira mais adequada.
A julgar pelos três primeiros versos do poema, podemos dizer que o homem de quem fala o eu lírico está...
• indeciso.
• em busca de sua identidade.
• sentindo-se culpado.
b) Transcreva no caderno as palavras do poema relacionadas ao campo da saúde.
c) Entre os termos que você copiou, há um que se refere a uma doença típica da infância e outro que nomeia uma doença típica da velhice. Identifique-os. (Se necessário, pesquise.)
d) Copie no caderno a opção mais adequada. Considerando as partes do texto em que esses dois termos aparecem, podemos dizer que...
• o poema parece referir-se à vida de um homem em ordem cronológica, da infância até o fim de sua vida.
• o poema segue uma linha cronológica fantasiosa, em que o homem começa a vida idoso e vai rejuvenescendo até tornar-se uma criança.
• os dois termos contradizem-se, criando um paradoxo.
e) Os dois últimos versos do poema confirmam a resposta que você deu à pergunta anterior? Por quê?
f) O que significa a expressão que compõe o título do poema: à cata?
g) Que relação pode haver entre esse título e o conteúdo do poema?
h) Quais fonemas consonantais são utilizados de maneira recorrente ao longo de todo o poema, criando uma aliteração?
i) Também há uma assonância no poema, ou seja, o uso recorrente de certa vogal tônica. Identifique essa vogal tônica, copie no caderno as palavras em que ela aparece e sublinhe-a.
j) Copie no caderno a afirmação que melhor explica a relação entre essas figuras de linguagem fônicas e os sentidos construídos no poema.
• As figuras fônicas reforçam a ideia contida no título do poema: a busca constante de um homem, até o fim de sua vida.
• As figuras fônicas variam ao longo do poema: quanto mais o homem se aproxima do fim da vida, mais aparecem os sons melancólicos, que lembram um lamento.
• As figuras fônicas foram distribuídas aleatoriamente ao longo do texto, com a intenção de criar um ritmo próprio no poema.
k) O que significa a palavra bumba, no contexto em que aparece (no penúltimo verso)?
l) Há relação entre o que essa palavra significa e sua sonoridade, ou seja, você acha que se trata de uma onomatopeia? Explique sua resposta.
m) Explique como a sonoridade das palavras foi explorada para conferir mais expressividade aos dois últimos versos do poema.
Página 213
2. Agora é sua vez de criar um poema ou um trava-línguas explorando as figuras fônicas. Você pode se inspirar no trabalho de Verissimo e escrever um poema que conte uma pequena história por meio de palavras com sonoridade semelhante. Ou, então, pode rever os trava-línguas do início do capítulo e inventar o seu!
Veja exemplos de sons que você pode explorar:
foto
mata
-ouco- (que aparece em pouco, louco, rouco...)
-ente- (que aparece em gente, mente, lente...)
encontros consonantais, como prato, trato, frito, placa, plácido...
• Quando terminar, troque sua produção com um colega. Dê sugestões para explorar melhor os recursos fônicos ou deixar o texto mais criativo, ou, ainda, para deixar o trava-línguas mais desafiador.
• Depois, passem a limpo as produções e reúnam-se em grupos para trocá-las e lê-las. Vocês também podem promover um desafio de trava-línguas, sob a supervisão do professor.
3. Observe estas palavras.
cromossomos
cálice
edifício
vidente
a) Elas são foneticamente semelhantes (ou idênticas) a que outras palavras e expressões?
b) Crie um trocadilho com cada uma dessas palavras. Pode ser uma piada curta ou um cartum (desenho) humorístico.
c) Pode-se dizer que seus trocadilhos usaram a paronomásia como recurso expressivo? Por quê?
4. Observe o nome de uma revista que se dedica a ensinar as pessoas a fazer diferentes objetos: Faça fácil.
a) Por que podemos dizer que ele foi construído com base em uma aliteração (recorrência de fonemas consonantais) e em uma assonância (recorrência de vogal tônica)?
b) Também se pode dizer que há uma paronomásia no nome da revista? Por quê?
c) Os recursos fônicos são bastante utilizados pelas empresas na hora de batizar seus produtos ou criar suas marcas. Por que você acha que elas recorrem a essas figuras de linguagem?
d) Agora, você e um colega vão fazer a mesma coisa. Proponham nomes criativos para os produtos ou marcas descritos a seguir. Cada nome deve usar pelo menos um dos recursos fônicos estudados neste capítulo.
I. Uma marca de laticínios com a palavra nata.
II. O nome de uma livraria com as palavras prosa ou verso.
III. O nome de um pet shop com a palavra cão.
IV. Uma marca de roupas com a palavra pano.
Página 214
Estudos de língua e linguagem
UNIDADE 2 - Língua e gramática normativa
O que é isso?
Em dupla, resolvam o quebra-cabeça abaixo. Façam essa atividade no caderno.
O objetivo do jogo é agrupar todas as peças em períodos completos sintaticamente, de modo que se produza um texto cujo título é “Honestos são mais felizes”.
Página 215
Discuta com a turma
Agora, respondam coletivamente às questões.
1. É possível agrupar as orações de qualquer jeito e em qualquer ordem?
2. O que observaram nas orações para organizá-las em períodos completos?
3. A presença das peças azuis contribui para que duas orações expressem um sentido específico? Qual?
4. Qual é o papel desempenhado pela peça vermelha? Escolha uma das alternativas.
a) Ajuda a expressar uma contradição.
b) Ajuda a ligar uma oração a outra.
c) Ajuda a ligar duas palavras.
Será que é mesmo?
Nesta unidade, você irá refletir mais sobre a organização das orações nos períodos compostos. Observará também que as orações podem desempenhar o papel de algumas classes gramaticais.
Página 216
Capítulo 1 - Período composto por subordinação
Como é que é?
Você se lembra o que é um período composto? E a diferença entre o período composto por coordenação e o período composto por subordinação? Vamos relembrar?
Leia a tirinha a seguir.
Converse com a turma
1. Nos dois primeiros quadrinhos, o que os pensamentos de Snoopy sugerem a respeito de seu estado de espírito?
2. A fala no terceiro quadrinho confirma as afirmações feitas por ele?
3. Qual é o significado da fala de Snoopy no último quadrinho?
4. De que forma essa última fala de Snoopy contribui para o humor da tira?
1. Releia.
I. Nada é mais triste.
II. Entre aqui e saia da chuva!
• As orações são frases que possuem verbos. Considerando que cada verbo (ou locução verbal) corresponde a uma oração, quantas orações há em cada uma dessas frases?
2. Observe.
I. Entre aqui e saia da chuva!
II. Acho que eu estava indo bem...
Vamos lembrar
A frase que possui apenas um verbo e, portanto, apenas uma oração, é chamada de período simples.
A frase que é formada por mais de um verbo ou locução verbal e, portanto, mais de uma oração, é chamada de período composto.
As orações compõem-se de termos essenciais, integrantes e acessórios.
Os termos essenciais são: sujeito e predicado.
Os termos integrantes são: complementos verbais (objeto direto, objeto indireto) e complemento nominal.
Os termos acessórios são: adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo.
Página 217
a) Quantos verbos ou locuções verbais há em cada período acima?
b) Esses períodos são compostos ou simples?
c) Em seu caderno, copie separadamente as orações que compõem cada período, destacando o verbo (ou locução verbal) de cada uma delas.
d) Nesses períodos, as orações têm todos os termos (essenciais, integrantes e acessórios) para que seu sentido seja completo ou dependem uma da outra para completar-lhes o sentido? Explique.
Vamos lembrar
Quando temos dois ou mais verbos usados lado a lado para indicar um único acontecimento, damos o nome de locução verbal.
Há dois tipos de período composto: período composto por coordenação e período composto por subordinação.
No período composto por coordenação, cada oração tem os termos (essenciais, integrantes ou acessórios) necessários para que seu sentido esteja completo e, assim, não há dependência entre uma e outra. Exemplo: Ele chegou, jantou e foi dormir.
No período composto por subordinação, há uma relação de dependência entre as orações, pois a oração subordinada funciona como um dos termos da oração principal. Por exemplo, se na oração principal há o verbo transitivo direto “quero”, espera-se que haja um objeto direto que lhe complete o sentido. Se esse objeto direto estiver em outra oração, essa será uma oração subordinada. Ou seja, a oração subordinada cumpre o papel de um dos termos da oração principal.
Veja:
Quero que você chegue mais cedo.
Quero: verbo transitivo direto → Oração principal
que você chegue mais cedo: objeto direto → Oração subordinada
Se liga nessa!
Nem sempre a oração principal é aquela que aparece no início de um período. Ela também pode aparecer no meio ou no final de um período composto. Veja:
Antes de voltar para casa, passou no mercado.
Antes de voltar para casa: Oração subordinada
passou no mercado: Oração principal
O homem que acabou de sair é o meu professor.
Que acabou de sair: Oração subordinada
(Oração principal: O homem é o meu professor.)
Página 218
Então ficamos assim...
Qual é a diferença entre o período composto por coordenação e o período composto por subordinação? Junte-se a um amigo e escrevam no caderno o que vocês acabaram de recordar.
Atividades
1. As orações abaixo estão em ordem aleatória. Em seu caderno, organize as orações em uma ordem que faça sentido.
as levaria à Estação.
recontava as duas malas tentando
que ambas estavam no carro.
convencer-se de
A mãe contava e
A mulher e a mãe acomodaram-se finalmente no táxi que
LISPECTOR, Clarice. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 94. (Fragmento).
a) Quais elementos levaram você a estabelecer uma ordem lógica às orações?
b) No texto reescrito, há quantos períodos? Há períodos simples?
c) O primeiro período é composto por coordenação ou por subordinação?
Leia a tira a seguir.
2. Na fala de Calvin no primeiro quadrinho, há quantos períodos? Eles são simples ou compostos?
3. Quantas orações há na frase dita por Calvin no último quadrinho? Explique sua resposta.
Converse com a turma
1. No primeiro quadrinho, Calvin pede ajuda ao pai para fazer um jornal. Que tipo de ajuda você imagina que ele esperava que o filho pedisse?
2. O pai de Calvin se espanta com a proposta feita pelo menino no segundo e no terceiro quadrinhos. Por quê?
3. O pai aceita a proposta de Calvin? Justifique sua resposta.
Página 219
4. Leia as frases a seguir, identifique os períodos simples, compostos por coordenação ou por subordinação e justifique sua resposta.
Dica: para dar suas respostas, verifique:
• Quantos verbos há no período.
• Nos períodos compostos, qual é a relação entre as orações: uma é termo (sujeito, predicado, objeto direto, etc.) da outra ou elas são independentes?
a) Cadeiras são nossas companheiras inseparáveis, mas também detonam a saúde.
Disponível em:
Dostları ilə paylaş: |