As orações subordinadas substantivas subjetivas funcionam como sujeito da oração principal.
Os períodos em que essas subordinadas aparecem costumam se apresentar de três formas:
1. Era importante que ele voltasse logo para casa.
Era: Verbo de ligação + importante: predicativo + que ele voltasse logo para casa: or. subord. subst. subjetiva
2. Convém que você chegue mais cedo.
Convém: Verbo unipessoal + que você chegue mais cedo: or. subord. subst. subjetiva
3. Foi anunciado que não haverá mais espetáculo.
Foi anunciado: Verbo na voz passiva + que não haverá mais espetáculo: or. subord. subst. subjetiva
Se liga nessa!
Assim como não se separa com vírgula o sujeito de seu predicado, também não podemos separar a oração principal da oração substantiva subjetiva usando vírgulas.
Leia a tira a seguir.
I. Eu pensava bobagem.
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas funcionam como complemento de um verbo transitivo direto, presente na oração principal.
Leia este trecho de uma reportagem.
Ninguém gosta de que riam da sua cara. Exceto... os contadores de piadas! Eles alegram a hora do recreio, os passeios de ônibus, os acampamentos.
A. F., 10, adora contar piadas. Muitas ele mesmo inventa, outras vêm de livros que coleciona. “Gosto de ler piadas porque são um texto curto e engraçado”, diz o menino. “Algumas são inapropriadas, mas eu adapto na hora de contar.”
Ele descobriu que piadas podem ser grandes aliadas. “Quando acontece um problema, é bom contar uma piada para ficar menos tenso”, diz. “Ela também ajuda a ‘quebrar o gelo’ com quem você não conhece”, completa.
G.C., 12, acha emocionante quando os outros riem de sua piada. “Não precisa colocar uma melancia na cabeça nem magoar as pessoas para fazer rir. E você ainda se diverte rindo da gargalhada do outro”, conta.
. Acesso em: 19 mar. 2015. © Folhapress.
Página 224
Converse com a turma
1. Por que no texto afirma-se que os contadores de piadas gostam de que riam na cara deles?
2. Que conteúdo de uma piada pode ser considerado inapropriado?
3. Você concorda que contar piadas é uma boa forma de quebrar o gelo quando se está com pessoas que não se conhece bem? Por quê?
4. No último parágrafo, G. C. afirma: “Não precisa colocar uma melancia na cabeça nem magoar as pessoas para fazer rir”.
a) Qual o significado da expressão “colocar uma melancia na cabeça”?
b) Como é possível fazer rir magoando uma pessoa? O que você pensa sobre isso?
1. Releia este período composto.
“Ninguém gosta de que riam da sua cara”.
• Qual é a oração principal e qual é a subordinada?
2. Observe.
I. Ninguém gosta de injustiças.
II. “Ninguém gosta de que riam da sua cara.”
a) Qual é a transitividade do verbo gostar em ambas as frases? Justifique.
b) Qual é o complemento desse verbo em cada frase?
c) Que nome se dá a esse tipo de complemento?
d) O núcleo do complemento da frase I é um substantivo. Você diria que o complemento da frase II equivale a um substantivo? Justifique.
Orações subordinadas substantivas objetivas indiretas
As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas são introduzidas por preposição. Elas funcionam como complemento de um verbo transitivo indireto, presente na oração principal.
3. Que outras orações subordinadas substantivas objetivas indiretas você consegue encontrar no texto?
Orações subordinadas substantivas predicativas
Como fazíamos sem água limpa
Hoje a coisa é simples. Você abre o filtro – ou a garrafinha de água mineral – e mata a sede à vontade. Mas, para nossos antepassados, água costumava ser um problemão: um pequeno gole poderia levar à morte. Isso porque, no começo dos tempos, os únicos instrumentos que os homens tinham para determinar se a água estava boa ou não para o consumo eram o
Página 225
olho e o paladar. E parecia óbvio que a água clara e sem sabores estranhos era sinônimo de água limpa. O problema é que muitos organismos nocivos ao ser humano não mudam nem a cor nem o gosto da água. E lá se iam alguns de nossos antepassados morrendo por causa de sede, ou melhor, da falta de sede. [...]
SOALHEIRO, Bárbara. Como fazíamos sem... São Paulo: Panda Books, 2006. p. 14. (Fragmento).
Releia o período composto destacado.
a) Qual é a oração principal? Qual é a subordinada?
b) Qual é o sujeito da oração principal?
c) Classifique o verbo da oração principal.
d) Considerando a classificação do verbo da oração principal, escreva no caderno a alternativa que melhor se aplica ao período.
I. A oração subordinada exerce função de sujeito da oração principal.
II. A oração subordinada exerce função de predicativo do sujeito da oração principal.
III. A oração subordinada exerce função de predicativo do objeto da oração principal.
Para lembrar o que é predicativo do sujeito e predicativo do objeto, consulte os esquemas de retomada dos conteúdos de 7º ano que estão no final deste livro.
Se liga nessa!
Mas, afinal, qual é a diferença entre as subordinadas subjetivas e as subordinadas predicativas? Realmente, é bem fácil confundir esses dois tipos de orações substantivas, mas vejamos a diferença:
Adjetivo É obrigatório que todos façam a prova final.
É: Verbo de ligação + obrigatório: predicativo + que todos façam a prova final: or. sub. subst. subjetiva
Substantivo A ideia é que todos saiam daqui felizes.
A ideia: Sujeito + é: verbo de ligação + que todos saiam daqui felizes: or. sub. subst. predicativa
Orações subordinadas substantivas apositivas
1. Observe.
“Mas, para nossos antepassados, água costumava ser um problemão: um pequeno gole poderia levar à morte.”
O morcego, aquela figura temida, tornara-se símbolo de um herói.
Guardara tudo: pratos, panelas, copos e talheres.
Página 226
• Os termos destacados nas frases que você leu são chamados de aposto. Qual a função dos termos destacados? Copie no caderno a frase mais adequada.
I. Os termos destacados têm a função de explicar ou especificar os termos a que se referem.
II. Os termos destacados têm a função de indicar oposição aos termos a que se referem.
III. Os termos destacados têm a função de estabelecer uma conclusão em relação aos termos a que se referem.
2. Leia este texto sobre as primeiras naves espaciais enviadas para a Lua.
Cadela a bordo
Um fato muito interessante sobre o Sputnik 2 é que ele transportava uma passageira: a cadela Laika. Com um mamífero a bordo, a União Soviética iniciava as pesquisas visando ao lançamento de naves espaciais tripuladas por seres humanos, o que a deixava muito à frente na chamada “corrida espacial”. Laika ficava presa por correias e podia se alimentar e hidratar por meio de uma comida gelatinosa, que lhe era disponibilizada constantemente. Uma câmera de TV e vários eletrodos presos nela permitiam monitorar suas sensações e a resposta do seu corpo durante o lançamento e toda a viagem espacial. Como não havia jeito de o Sputnik 2 voltar à Terra, a cadela Laika não teria um final feliz. Na verdade, sua morte ocorreu horas após o lançamento, por causa de um problema no controlador de temperatura do satélite.
Mas o fato de a cadela ter sobrevivido às duras condições de lançamento mostrou que era possível enviar seres vivos ao espaço com sucesso e abriu a fronteira para a realização de um sonho antigo: um dia, o ser humano poderia ir ao espaço!
Ciência Hoje das Crianças, Rio de Janeiro, n. 221, p. 10, mar. 2011.
3. Observe.
O fato abriu a fronteira para a realização de um sonho antigo.
• Na oração acima, falta especificar o sonho ao qual ela se refere.
a) Qual parte do texto especifica esse sonho?
b) Observe.
I. O fato abriu a fronteira para a realização de um sonho antigo: isso!
isso: Pronome substantivo
Clipe
Corrida espacial
Na segunda metade do século XX, a União Soviética e os Estados Unidos disputavam o domínio e exploração da tecnologia aeroespacial. Dominar tal tecnologia era uma forma de essas duas potências provarem sua superioridade econômica e ideológica. A competição começou com o lançamento do satélite artificial soviético Sputnik 1, em 4 de outubro de 1957, e concluiu-se com o projeto cooperativo Apollo-Soyuz, em julho de 1975.
Página 227
II. O fato abriu a fronteira para a realização de um sonho antigo: grande!
grande: Adjetivo
Para lembrar quais são os termos essenciais e acessórios das orações, leia os esquemas de retomada que estão no final deste livro.
• Na sua opinião, qual dessas orações faz mais sentido, considerando o texto original?
c) Que sinal de pontuação introduz a parte analisada nas atividades anteriores?
d) Em análise sintática, como se chama o termo acessório da oração que ajuda a explicar ou resumir um termo anterior?
Oração subordinada substantiva apositiva
Normalmente, a oração subordinada substantiva apositiva vem precedida de dois-pontos, mas ela pode também vir entre vírgulas: O meu sonho, que você se formasse em uma boa universidade, foi concretizado.
Orações subordinadas substantivas completivas nominais
Leia abaixo um trecho do depoimento de um morador do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, escrito em um blog, à época em que a polícia expulsou os traficantes que dominavam aquele lugar.
“Temos esperança de que tudo pode mudar”
O comércio no Complexo do Alemão fechou as portas para não ficar no meio do fogo cruzado. A tensão começou ontem quando circulou a informação de que a polícia faria uma operação nesta área. [...]
Ninguém quer impedir o trabalho da polícia, mas em um momento de cerco, os inocentes também acabam acuados. Até o PSF (Programa da Saúde da Família) do Complexo do Alemão, que fica dentro da UPA 24h, está fechado. Passei por lá agora e o local está servindo de refúgio para os moradores que estavam passando em frente. O motivo: neste exato momento, um intenso tiroteio está acontecendo em várias áreas do complexo. Também ficaram fechados hoje o Canteiro Social do PAC e a CUFA (Central Única das Favelas).
[...]
Meu conselho para os motoristas é evitar a Estrada do Itararé, Rua Uranos, Avenida Itaóca e Brás de Pina. Está muito perigoso.
Estamos todos assustados com o que está acontecendo, mas não perdemos a confiança de que isso evolua para uma melhora. A entrada da polícia no Alemão deixa os moradores animados. Temos esperança de que tudo pode mudar!
(Por M., morador do Complexo do Alemão)
Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/veja-acompanha/violencia-no-rio/%E2%80%9Ctemos-esperanca-de-que-tudo-pode-mudar%E2%80%9D/>. Publicado em 26 nov. 2010. Acesso em: 17 abr. 2012.
Página 228
Converse com a turma
1. Que palavras do texto indicam que a expulsão dos traficantes pela polícia foi feita não de forma pacífica, e sim sob um clima de guerra?
2. Quais palavras mostram que, apesar do perigo, os moradores apoiaram a ação da polícia?
3. O texto lido foi publicado em um blog. Durante a operação da polícia, a imprensa não podia entrar no morro para ver e divulgar o que estava acontecendo.
• Qual você acha que foi a importância dos blogs nesse momento?
1. Observe.
Temos esperança de que tudo pode mudar.
Temos esperança: Oração principal
de que tudo pode mudar: Oração subordinada
a) Qual é o verbo e o substantivo abstrato da oração principal?
b) A oração subordinada completa o sentido do verbo ou do substantivo da oração principal?
c) Reescreva o período, transformando a oração subordinada em um substantivo.
d) Foi preciso o uso de preposição para ligar o substantivo abstrato ao outro que o qualifica? Qual?
2. Leia o boxe a seguir e responda: por que podemos dizer que a oração subordinada “de que tudo pode mudar” é substantiva e completiva nominal?
Complemento nominal
Assim como os verbos transitivos precisam de complemento para ter um sentido completo, há alguns substantivos abstratos, adjetivos e advérbios que também pedem um complemento.
Veja estes exemplos:
Ele fez acusações contra o prefeito.
acusações: Substantivo abstrato
contra o prefeito: complemento nominal
Ouvimos um barulho semelhante a um trovão.
semelhante: Adjetivo
a um trovão: complemento nominal
Ela mora perto da escola.
perto: Advérbio
da escola: complemento nominal
Se liga nessa!
Às vezes, a preposição de uma oração subordinada completiva nominal pode estar subentendida em um texto. Veja:
Nora tinha certeza que a aula era na quinta.
Nora tinha certeza de que a aula era na quinta.
Página 229
Repare que, sem os complementos nominais, essas frases ficariam com o sentido incompleto.
Os complementos nominais são geralmente iniciados por preposição (de, a, ao, para, contra, etc.).
3. No texto, há outras orações subordinadas substantivas completivas nominais. Copie-as em seu caderno.
Orações subordinadas substantivas reduzidas
1. Leia a piada a seguir.
Enquanto isso, numa fazenda…
— Pedrinho, está chovendo. Por favor, vá fechar a porta do celeiro.
— Ah, mãe! Tudo eu, tudo eu — resmunga Pedrinho. — Além do mais, fechar a porta do celeiro não vai adiantar nada.
— Não discuta com sua mãe. Está chovendo e é preciso fechar a porta do celeiro.
Pedrinho corre até o celeiro, fecha a porta e volta para casa.
— Viu só, mãe? Não falei? Não adiantou nada fechar a porta do celeiro. Continua chovendo.
BARAZAL, G. Piadas para rachar o bico – o retorno. São Paulo: Fundamento Educacional, 2010. p. 26.
a) Qual é a oração principal e qual é a subordinada do período destacado?
b) A oração subordinada é substantiva? De que tipo?
c) O verbo da oração subordinada está numa forma nominal. Qual?
Consulte os esquemas de retomada dos conteúdos de 7º ano que estão no final deste volume para se lembrar de quais são as formas nominais dos verbos.
d) Há conjunção subordinativa ligando as orações? Se sim, qual?
2. Analise o período destacado na piada a seguir.
— Por que o ladrão comprou uma prancha de surfe?
— Porque ele queria começar uma onda de crimes.
BARAZAL, G. Piadas para rachar o bico – o começo. São Paulo: Fundamento Educacional, 2011. p. 47.
a) Qual é a oração principal e qual é a subordinada?
b) A oração subordinada é substantiva? De que tipo?
c) O verbo da oração subordinada está numa forma nominal. Qual?
d) Há conjunção subordinativa (que, se, como, etc.) ligando as orações? Se sim, qual?
Página 230
3. Leia a manchete de jornal a seguir.
Surfista atacado por tubarão não corre risco de perder a perna
Disponível em:
Dostları ilə paylaş: