Silvia Maria de Araújo · Maria Aparecida Bridi · Benilde Lenzi Motim



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1. Na mesma obra, os autores formulam uma hipótese de que o conhecimento e a prática da engenharia genética, somados à indústria química e aos padrões da profissão médica, poderão estabelecer um padrão conformador do que seja um ser humano "normal". Duas indagações no limiar entre a cultura e as leis da natureza são apresentadas:

a) Se o controle genético é aplicado à regulação da altura de uma pessoa, poderão os pais decidir quão alta sua prole será?

b) Ou uma lei aprovada e endossada pela autoridade estatal determinará a altura normal e, portanto, aceitável dos cidadãos?

2. Componentes culturais, como a técnica e a ciência e seu emprego variado, multiplicam exemplos de controle da natureza, desde o controle genético sobre as safras agrícolas até o uso de embriões humanos para pesquisa científica, como no uso de células-tronco para a cura de inúmeras doenças. Você conhece outros exemplos de como os interesses sociais e políticos determinam o uso da natureza e a sua finalidade em sociedade?

Fim do complemento.



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Boxe complementar:



Solidariedade social

Originalmente, o conceito de solidariedade foi pensado pelo sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917) para designar os laços de coesão social, conforme o tipo de sociedade, que garantem sua integração. Assim, nas sociedades ditas simples, nas quais os indivíduos e grupos seriam mais semelhantes e intercambiáveis, prevaleceria uma solidariedade mecânica, enquanto na sociedade industrial moderna, com a divisão do trabalho social, a solidariedade orgânica responderia pela diferenciação e interdependência entre indivíduos e grupos.

Organizados institucionalmente, indivíduos e grupos cumpririam diferentes funções ou necessidades sociais, mantendo a vida social estável e em harmonia. Em razão da maior densidade das relações nas sociedades complexas, surgiram outros sentidos para solidariedade, entre eles, o sentimento de comunhão de interesses, por instalar a reciprocidade nas relações sociais.

Fim do complemento.

Diante da problemática que envolve a relação entre natureza e cultura e suas consequências, o filósofo e sociólogo francês Edgar Morin (1921-) propõe a adoção de uma "política de civilização". O que vem a ser essa política? Uma política de civilização procura tomar consciência das ameaças à vida física e psíquica do ser humano em sociedade, vencer o pensamento compartimentado, individualista, construir resistências e deter o ritmo desenfreado do progresso a qualquer custo, ou seja, a necessidade da modernização contínua. Morin nos convida a utilizar os avanços da ciência, da tecnologia e do Estado em políticas públicas que tragam benefícios e direitos à população e estimulem a solidariedade e a ética entre os grupos sociais.

Voltamos ao ponto de partida deste capítulo e reconhecemos que, diante das intensas e aceleradas mudanças sociais, políticas e econômicas no último século, as raízes culturais do ser humano estão sendo continuamente revolvidas, o que reforça o caráter dinâmico da vida em sociedade.

LEGENDA: Grafiteiros fazem intervenção em beco em Natal (RN), durante o evento Teia Brasil 2014. Eventos como esse valorizam a diversidade e a solidariedade nas manifestações culturais.

FONTE: Rodrigo Bico/Teia Nacional



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Diálogos interdisciplinares

Considerando o exposto neste capítulo, formem equipes e escolham uma das seguintes propostas de pesquisa sobre diversidade cultural e etnocentrismo. Para enriquecer a pesquisa e ampliar o conhecimento da cultura brasileira e de outras culturas, vocês devem pesquisar na internet e consultar os livros de Sociologia, História e Geografia. Peçam orientação aos professores dessas disciplinas sobre os sites e livros a serem consultados e reúnam ilustrações.

Pesquisa 1

O Brasil é conhecido por abrigar grande diversidade cultural, em razão de seu processo de colonização, dos movimentos migratórios, internos e externos, do tamanho de seu território e das diferenças regionais, entre outros fatores. Pesquisem e elaborem uma síntese sobre os costumes, as tradições, as influências e contribuições das etnias que povoaram o país, especificamente a sua região (cidade ou estado), procurando identificar traços dessas culturas e o contexto histórico e geográfico em que se inserem.



Pesquisa 2

No passado e na atualidade, registram-se alguns conflitos sociais (interculturais), de caráter etnocêntrico, que envolvem questões étnicas e/ou religiosas. Para conhecer mais, escolham um destes fenômenos/eventos históricos e pesquisem sobre: o tipo de conflito, denominação e grupos envolvidos; o contexto histórico e geográfico em que se insere; sua origem e principais motivações; implicações sociais e econômicas.



Conceitos-chave:

Tecnologias da informação e comunicação (TICs), cultura, funcionalismo, estruturalismo, estrutural-funcionalismo, civilização, imperialismo, etnocentrismo, relativismo cultural, diversidade cultural, interação cultural, identidade cultural, ideologias, comunidade, minorias sociais, hegemonia cultural, consumo, distinção social, massa, indústria cultural, desenraizamento cultural, transculturação, solidariedade.

FONTE: Filipe Rocha/ Arquivo da editora

Revisar e sistematizar

1. Estabeleça as diferenças entre cultura e civilização.

2. Destaque as bases das ideologias racistas e explique suas distinções.

3. Que processos levam à formação de uma identidade cultural?

4. Em que consiste o etnocentrismo?

5. Quais concepções sobre cultura aprofundam as desigualdades sociais? Justifique.

6. O que você entende por diversidade cultural? Cite alguns exemplos deste fenômeno e como ele se apresenta no Brasil.

7. Estabeleça uma relação entre hábitos culturais, meios de comunicação de massa e indústria cultural.

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Teste seus conhecimentos e habilidades

1. O Brasil, colonizado por europeus desde o século XVI, configurou-se como uma terra de contrastes culturais. Sobre a formação sociocultural brasileira, podemos afirmar:

a) O Brasil é uma nação pluriétnica e pluricultural, composta de diversas formas de organização social, desenvolvidas por diferentes comunidades étnicas e grupos sociais.

b) Uma das bases da cultura brasileira está nas relações harmônicas e cordiais entre a casa-grande, do senhor de engenho, e a senzala, dos negros escravizados.

c) A pouca distância social entre senhores e escravos contribuiu para explicar a atenção que a classe dominante confere aos pobres.

d) A população africana trazida ao Brasil foi integrada cultural e economicamente à classe trabalhadora industrial, no início do século XX.

e) O Brasil conseguiu logo após a formação da República, no século XIX, uma cultura homogênea em toda a sua dimensão territorial.



2. Leia.

Ninguém ouviu

Um soluçar de dor

No canto do Brasil

Um lamento triste

Sempre ecoou

Desde que o índio guerreiro

Foi pro cativeiro

E de lá cantou

Negro entoou

Um canto de revolta pelos ares

No Quilombo dos Palmares

Onde se refugiou

Fora a luta dos Inconfidentes

Pela quebra das correntes

Nada adiantou [...]

E ecoa noite e dia

É ensurdecedor

Ai, mas que agonia

O canto do trabalhador.

DUARTE, Mauro; PINHEIRO, Paulo César. Canto das três raças. In: NUNES, Clara. Canto das três raças, 1976. EMI-Odeon.

Esse canto interpretado originalmente pela sambista brasileira Clara Nunes se relaciona:

a) Aos povos que imigraram para o Brasil no século XX e à transição da escravidão para a mão de obra assalariada.

b) À formação do povo brasileiro, composta de três grandes grupos de origens diferentes, e à expressão de suas lutas sociais.

c) Ao neocolonialismo, que atingiu a África e Ásia no século XIX.

d) À alegria que representou o fim da escravidão no Brasil.

e) Ao fim dos conflitos no fim do Império brasileiro e à proclamação dos princípios republicanos no Brasil.



3. Estudos sociológicos, históricos e econômicos demonstram a existência de diversos tipos de discriminação social no Brasil. Observando os dados do gráfico abaixo e o conhecimento sobre a estrutura social brasileira, está correto afirmar que:

Taxa de homicídio branco e negro e vitimização negra

FONTE: WAISELFISZ, Julio Jacobo. Os jovens do Brasil. Mapa da Violência 2014. Secretaria-Geral da Presidência da República, Secretaria Nacional de Juventude, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial: Brasília, 2014. p. 151. Disponível em: www.mapadaviolencia.org.br/pdf2014/Mapa2014_JovensBrasil.pdf. Acesso em: 25 nov. 2015.

a) A persistente desigualdade social, no Brasil, tende a atingir os grupos sociais menos favorecidos, mas de modo ainda mais significativo, a população negra.

b) A redução das taxas de homicídio da população branca não tem relação com situações de desigualdade social.

c) A redução das taxas de homicídio da população negra se deve ao avanço das políticas sociais desde fins dos anos 1990.

d) A redução das taxas de homicídio da população branca ocorreu porque as políticas econômicas beneficiaram, sobretudo, a população negra no país.

e) A persistente desigualdade social, no Brasil, contribuiu para o crescimento das taxas de homicídios da população negra e branca.

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Descubra mais

As Ciências Sociais na biblioteca

ORWELL, George. Dias na Birmânia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

Um madeireiro inglês reflete sobre demonstrações de racismo na ex-colônia britânica.

LEGENDA: Capa do livro Dias na Birmânia, de George Orwell (Companhia das Letras).

FONTE: Máquina Edtúdio/Ed. Companhia das Letras

SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 1984.

O autor analisa de modo abrangente o conceito e as visões de cultura.

SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2012.

Textos críticos trazem a questão da identidade e da diferença culturais, temas centrais na sociedade contemporânea.

As Ciências Sociais no cinema

A partida, 2008, Japão, direção de Yojiro Takita.

Um violinista perde o emprego; ao trabalhar como "nokanshi" (preparador de defuntos), encontra um sentido para a vida.



Matrix, 1999, Estados Unidos, direção de Andy e Larry Wachowski.

Um hacker descobre que máquinas dotadas de inteligência artificial dominam a humanidade.



Preenchendo o vazio, 2012, Israel, direção de Rama Burshtein.

Uma jovem de família hassídica ortodoxa deverá casar e segue os costumes de sua cultura.



Quilombo, 1984, Brasil, direção de Cacá Diegues.

Escravos fugidos das plantações canavieiras do Nordeste, no século XVII, organizam uma república livre, o Quilombo dos Palmares, que sobreviveu por mais de setenta anos.



Serras da desordem, 2008, Brasil, direção de Andrea Tonacci.

O indígena Carapiru, expulso de sua aldeia natal, no Maranhão, segue um périplo pelo país.

LEGENDA: Cartaz do filme Serras da desordem, de Andrea Tonacci.

FONTE: Andrea Tonacci/Usina Digital

As Ciências Sociais na rede

Memorial do Imigrante. Disponível em: www.memorialdoimigrante.org.br/. Acesso em: 24 jul. 2015.

Site com várias informações sobre os imigrantes vindos para nosso país.

Portal Geledés. Disponível em: www.geledes.org.br. Acesso em: 30 nov. 2015.

Site com informações e notícias diversas sobre a cultura, arte e personagens afro-brasileiros.

Povos Indígenas no Brasil. Disponível em: http://pib.socioambiental.org/pt Acesso em: 24 jul. 2015.

Site aborda questões atuais das culturas indígenas Bororo, Kayapó, Yanomami, Guarani-Kaiowá e outras.

Bibliografia

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LEGENDA: Capa do livro Dialética do esclarecimento, de Theodor Adorno e Max Horkheimer (ed. Zahar).

FONTE: Reprodução/Jorge Zahar Editor

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ARANTES, Antonio Augusto. O que é cultura popular. 5ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1983.

ARCE, José Valenzuela. Vida de barro duro: cultura popular juvenil e grafite. Rio de Janeiro: Ed. da UFRJ, 1999.

A REVOLUÇÃO silenciosa. Folha de S.Paulo, São Paulo, 12 abr. 1998. Caderno Mais!

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BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

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ZUGUEIB NETO, Jamil (Org.). Identidades e crises sociais na contemporaneidade. Curitiba: Ed. da UFPR, 2005.



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CAPÍTULO 7 - Sociedade e religião

LEGENDA: Ritual de oferendas para o orixá Iemanjá, realizado durante a madrugada do primeiro dia do ano em Santos (SP), 2009.

FONTE: Daniela Souza/Agência Estado



ESTUDAREMOS NESTE CAPÍTULO:

A religião como instituição social. Veremos que no mundo contemporâneo a religião passou por transformações, mas não se descaracterizou como fenômeno social. Debateremos o significado do crescimento das religiões e o sentido da religiosidade na atualidade. Analisaremos se existe alguma relação entre o fundamentalismo religioso e a globalização, além de discutir a natureza de alguns conflitos em diferentes partes do mundo, noticiados cotidianamente como sendo de origem religiosa. Compreenderemos algumas das razões e a dimensão de tais conflitos sob a óptica das Ciências Sociais.

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A religião como instituição social

Em dezembro de 2007 foi oficializada, no Brasil, a Lei n. 11 635, que criou o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A comemoração na data de 21 de janeiro lembra o enfrentamento do preconceito e visa estimular, na sociedade, a valorização da diversidade religiosa. Você imagina qual foi a razão que levou à criação dessa data? Pensando na realidade mundial, considera necessário esse tipo de ação?



DIA NACIONAL DE COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Com apoio da Fundação Cultural Palmares, Comissão de Combate à Intolerância Religiosa lança livro e DVD sobre o tema

Cerca de 300 participantes - religiosos das mais diversas vertentes, além de autoridades governamentais - prestigiaram o lançamento do livro e do DVD Caminhando a gente se entende, realizado na última segunda-feira, 23/1 [de 2012], no auditório Gilberto Freyre, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro. [... ]

O lançamento do livro integrou as comemorações pelo 21 de janeiro - Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. [... ]

O babalaô Ivanir dos Santos, interlocutor da CCIR e mediador da solenidade, anunciou que, com esse evento, o objetivo da Comissão era "compartilhar momentos de refl exão sobre o sentido da liberdade religiosa".

LEGENDA: Logotipo do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.

FONTE: Reprodução/http://www.ileorixa.com.br

Disponível em: www.palmares.gov.br/?p=17449. Acesso em: 7 dez. 2015.

Você deve ter aprendido nas aulas de História sobre o papel determinante da religião em diferentes períodos tanto na vida privada quanto nas relações políticas e econômicas e das instituições religiosas. Isso mudou? O avanço da Ciência e seus desdobramentos na vida social proporcionam o declínio das religiões? Em sua opinião, as pessoas acreditam mais ou menos nessas instituições? Podemos atribuir à religião a responsabilidade de incitar atos violentos? Existe alguma relação entre globalização e atos religiosos fundamentalistas? Como as Ciências Sociais analisam o papel da religião nas relações sociais contemporâneas? Quais são as limitações nas atuações sociais e políticas das instituições religiosas em um Estado laico, isto é, não orientado por uma religião? Essas são algumas das indagações apresentadas e esclarecidas neste capítulo.

As Ciências Sociais desmitificam ideias, concepções e preconceitos acerca das relações sociais e dos acontecimentos políticos, culturais, econômicos e religiosos. Por meio do processo de desnaturalização, elas demonstram que fenômenos aparentemente naturais têm caráter social e histórico, isto é, são produtos de relações sociais contextualizadas no tempo e no espaço. Seguindo tal linha de pensamento, vamos analisar a religião como instituição social.

Valendo-se das teorias para explicar a dimensão social, as Ciências Sociais procuram compreender quais elementos da realidade empírica e histórica e quais do pensamento lógico justificam ("tornam natural") um modo de ser de uma sociedade, de um grupo e mesmo de uma classe social.

Glossário:



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