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Boxe complementar:
Ampliando o conhecimento
Superavit comercial até junho de 2015 reverte deficit do primeiro semestre do ano passado
Mas Comércio Externo do País continua murchando nos dois lados da balança
Nos seis meses decorridos de 2015 as exportações e as importações brasileiras tiveram quedas de 14,7% e 18,5%, respectivamente, em comparação com o primeiro semestre de 2014, mas produzindo saldo positivo de US$ 2,222 bilhões, resultado que inverteu o deficit de US$ 2,5 bilhões registrado no mesmo período de 2014. O resultado também reverteu o deficit que a balança tinha acumulado até maio deste ano, da ordem de US$ 2,3 bilhões.
Embora com saldo positivo até junho - com expectativas de que possa subir a próximo de US$ 5 bilhões até dezembro -, a tendência é de que se mantenham as quedas, em menor proporção nas exportações, em razão do estímulo do câmbio depreciado a compensar perdas de receitas do grupo commodities, que, mesmo assim, segue como principal fonte de divisas de exportação.
As importações devem cair mais aceleradamente, seja pelo efeito câmbio, no caso, de desestímulo, por encarecer os preços de importação, seja pela retração do consumo doméstico, endividamento das pessoas, desemprego e baixo crescimento da economia, seja pela diminuição nas compras de óleo bruto de petróleo, nafta e óleos combustíveis, conjunto de produtos cujas importações caíram, no período, à metade do que foram em igual período de 2014, passando de US$ 11,246 bilhões para US$ 5,741 bilhões.
O comparativo entre períodos de 12 meses mostra o sucessivo murchar, até o presente, das exportações, das importações e dos saldos comerciais. Nos doze meses retroativos a maio de 2015 (período junho/2014 a maio/2015), vendas e compras ao exterior se reduziram de 12% e 10,5% com relação ao período anterior; entre junho/2013 e maio/2014, as exportações ficaram praticamente estagnadas com relação às exportações de junho/2012 a maio/2013, neste último, aliás, quando as exportações já tinham murchado em 8,3%, relativamente aos 12 meses anteriores, enquanto as importações ainda cresciam 2,45%.
Quanto aos saldos comerciais, o último período de 12 meses, retroativos a maio/2015, registrou o primeiro deficit da balança de comércio externo do país (quase US$ 1,5 bilhão) para 12 meses anteriores, desde o deficit apurado entre junho/2000 e maio/2001 de US$ 1,6 bilhão. Ou seja, depois de obter superavits crescentes em períodos de 12 meses (referenciados a maio) durante 13 anos, passando de US$ 5 bilhões (junho/2001 a maio/2002) a quase US$ 48 bilhões (junho/2006 e maio/2007), a partir de então os saldos positivos começaram a cair, chegando a quase US$ 3 bilhões entre junho/2013 e maio/2014 e retornando ao vermelho no último intervalo, entre maio/2015 e junho/2014. Se comparados os períodos de 12 meses entre junho 2015/ julho 2014 e junho 2014/julho 2013, então, o saldo volta a ser positivo, em US$ 695 milhões. Ainda que pequeno, o valor pode indicar a retomada de superavits para o ano, embora a expectativa seja de continuarem quedas gêmeas, na exportação e na importação, significando que a corrente de comércio, ao final de 2015, poderá retroceder ao montante próximo ao de 5 anos atrás.
ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL (AEB). Informativo de Comércio Exterior - AEB. Disponível em: www.aeb.org.br/noticias/downloads/1498_AEB%20134.pdf. Acesso em: 18 abr. 2016.
FONTE: Adaptado de: ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL (AEB). Informativo de Comércio Exterior - AEB. Disponível em: www.aeb.org.br/noticias/downloas/1498_AEB%20134.pdf. Acesso em: 18 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora
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