. Acesso em: 16 mar. 2015.
Com base nesse trecho, podemos perceber que o conceito de desenvolvimento sustentável é baseado na ideia de que é possível conservar o meio ambiente e desenvolver o comércio e o consumo ao mesmo tempo. Além disso, o trecho anterior alerta para as diferenças nos parâmetros ambientais entre os países desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento. O que você acha disso? Será que isso é realmente possível?
Fig. 1 (p. 226)
Homem parado em loja cheia de televisores expostos. EUA, anos 2000.
PETER CADE/GETTY IMAGES
Em sala de aula
Pesquise informações e reportagens sobre os créditos de carbono comercializados pelo Brasil e forneça essas informações aos alunos. Se possível, apresente o vídeo a seguir: (acesso em: 16 abr. 2015), que explicita detalhes sobre os créditos de carbono, demonstrando como o projeto apenas visa proteger os negócios e gerar lucro em vez de reduzir as emissões. O vídeo certamente ajudará os alunos a ampliar a visão acerca do tema e contribuirá para um debate mais profundo.
Página 227
Atividade
Não escreva no livro. Faça as atividades no caderno.
Pesquisa, produção de texto e debate
Leia com atenção o trecho da reportagem a seguir:
A terra é dos índios. E o carbono, é de quem?
Por US$ 120 milhões, empresa irlandesa compra direitos sobre créditos de carbono dos índios Munduruku, no Pará; contrato valeria por 30 anos. A Funai foi deixada de fora
A Celestial Green atua em um novo setor que se fortalece nos recônditos da Amazônia brasileira: a venda de créditos de carbono com base em desmatamento evitado, focado nas florestas. Por estes créditos, a empresa tem procurado indígenas de diversas etnias e teria assinado contratos com os Parintintin, do Amazonas, e Karipuna, do Amapá, segundo as suas páginas no Twitter e Facebook. [...] Totalmente desconhecida no Brasil, a Celestial Green, sediada em Dublin, se declara proprietária dos direitos aos créditos de carbono de 20 milhões de hectares na Amazônia brasileira – o que equivale aos territórios da Suíça e da Áustria somados. Juntos, os 17 projetos da empresa na região teriam potencial para gerar mais de 6 bilhões de toneladas de créditos de carbono, segundo a própria empresa.
Os créditos por desmatamento evitado, ou REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), não são “oficiais”, ou seja, não podem ser vendidos nos mercados regulamentados pelo protocolo de Kyoto. Este protocolo só aceita, por exemplo, a venda de créditos por uma empresa de um país pobre que troque sua tecnologia por uma menos poluente; os créditos que ela deixará de emitir podem ser vendidos.
No caso das florestas, não há um mecanismo oficial que permita isso.
Por isso, os créditos de carbono referentes a florestas são negociados em um mercado voluntário, que não é regulado; empresas como a Landrover, o HSBC, a Google e a DuPont compram esses créditos para sinalizar que estão fazendo algo de bom pelo meio ambiente. O mercado é muito menor do que aquele resultante de projetos previstos por Kyoto: em 2010, o valor negociado foi de cerca de 400 milhões de dólares contra 140 bilhões de dólares do mercado “oficial”.
Na esteira da corrida pelo invisível – créditos de carbono que deixariam de ser emitidos por desmatamento – a irlandesa Celestial Green se adiantou: realizou diversas negociações rápidas e à margem de qualquer órgão federal. A empresa promete avaliar o potencial de créditos de carbono depois; mas já garante sua posse sobre eles, por contrato, e o acesso às terras para avaliação.
ARANHA, Ana et al. Agência Pública, 9 mar. 2012. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2015.
Você já ouviu falar sobre os créditos de carbono?
Realize uma pesquisa sobre o mercado de créditos de carbono. Com base no que você descobrir, produza um texto argumentativo, cujo tema deve conter a seguinte afirmação: A influência dos países desenvolvidos sobre os chamados “países em desenvolvimento” na corrida pelas responsabilidades ambientais
Seu texto deve conter argumentos sobre os protocolos ambientais, as diferenças socioeconômicas entre os países ricos e pobres, os níveis de desenvolvimento industrial e tecnológico desses países e as consequências para o planeta da disputa política ao redor das responsabilidades ambientais.
Após escrever o texto, com a ajuda do(a) professor(a), promova um debate em que todos os colegas apresentem informações sobre o que pesquisaram, de forma a complementar a pesquisa feita individualmente. Se acharem interessante, um painel expositivo sobre as descobertas da classe pode ser confeccionado para ser exibido na escola.
Página 228
14. Formações vegetais do Brasil e sua diversidade
Fig. 1 (p. 228)
Caranguejo-uçá no manguezal em Camocim, CE, 2014.
MARCOS AMEND/PULSAR IMAGENS
Ao longo dos capítulos anteriores, compreendemos a formação da Terra, o ciclo da água, o relevo e os climas presentes no Brasil e no mundo Isso nos fornece a base para entendermos a importância da vegetação para a vida nos diversos biomas do mundo como resultado da interação entre todos esses componentes Observe atentamente as imagens a seguir
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Objetivos de aprendizagem
• Reconhecer as características dos biomas brasileiros.
Conteúdos do capítulo
• Biomas brasileiros.
Eixo norteador
• Meio ambiente.
Em sala de aula
A leitura da paisagem é fundamental para que os alunos possam compreender e reconhecer as formações vegetais. Realize conjuntamente a leitura detalhada das duas paisagens retratadas nas fotografias desta página e repita o processo nas seguintes, auxiliando-os no processo de identificação das formações vegetais.
Página 229
Fig. 1 (p. 229)
Barqueiro no manguezal na Ilha do Marajó, PA, 2006.
RICARDO AZOURY/OLHAR IMAGEM
1 O que você vê nesses recortes da paisagem? Como é a vegetação? E os animais? Há presença de água? Registre as respostas em seu cadernol.
2 Os mangues desenvolvem-se em áreas litorâneas, no encontro de água salgada com água doce De acordo com o que estudamos no Capítulo 12 sobre clima, responda em seu caderno: em qual zona climática você imagina que se encontram os manguezais? Por quê? Há indícios desse clima na foto?
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Sugestões de respostas das atividades
1. A paisagem é marcada pela presença de rios, onde há caranguejos e a vegetação é composta por árvores de galhos finos e de raízes expostas na superfície (aéreas).
2. Zona climática tropical e subtropical. Há indícios do clima na foto, pois a paisagem retratada apresenta um local úmido e de mata relativamente densa, com raízes aéreas.
Em sala de aula
As questões iniciais deste capítulo remetem a conteúdos anteriores, como elementos hídricos e climáticos. Se julgar necessário, retome esses conhecimentos com os alunos antes da realização da atividade.
Página 230
Os biomas
O que surge na sua mente quando lê a palavra bioma? Biologia? Biodiversidade? O termo “bio”, comum a essas palavras, significa “vida” em grego; “oma” significa grupo, agrupamento. Então, ao unir ambos os termos, temos a palavra bioma, que significa agrupamento de vidas, de espécies, de ecossistemas. Em um bioma, desenvolvem-se vegetações que variam de acordo com suas características próprias.
Para compreender uma formação vegetal, é necessário conhecer os vários fatores naturais que interagem com ela e as espécies que estão agrupadas nos biomas e ecossistemas onde ocorre seu desenvolvimento.
Quando olhamos para uma paisagem e, mais especificamente, para a vegetação de um bioma, precisamos nos questionar sobre o que já ocorreu ali para que chegasse àquela configuração atual. Além de atentar para a hidrografia, o relevo e o clima atual, também é preciso observar os efeitos desses fatores ao longo do tempo e que resultaram em determinada formação vegetal, gerando paisagens específicas em cada lugar, em cada bioma. Assim, cada paisagem será constituída de acordo com suas particularidades. Observe o mapa a seguir sobre os biomas do Brasil.
Glossário
Ecossistema: o conjunto de seres vivos de um lugar específico e as relações que estabelecem entre si e o meio ambiente.
Fig. 1 (p. 230)
MARIO YOSHIDA
Brasil: biomas
Equador 0°
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
50°O
BIOMA AMAZÔNIA
BIOMA
CERRADO
BIOMA
PAMPA
BIOMA
PANTANAL
BIOMA
CAATINGA
B I OM A M A T A A T L ÂN TICA
Trópico de Capricórnio
0 405 km
Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas nacional do Brasil Milton Santos. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. p. 89.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Ao iniciar o trabalho com as diferentes formações vegetais, é importante que os alunos compreendam que os biomas são um conjunto de elementos naturais inter-relacionados que também dependem de outros fatores, como clima, altitude, qualidade do solo e até mesmo atividades humanas.
Com base no planisfério de vegetação, é possível demonstrar aos alunos as formações vegetais, relacionando-as com todos esses elementos, como zona climática, altitude da região, efeitos de continentalidade e de maritimidade ou existência de determinadas massas de ar.
Apresente aos alunos o mapa dos biomas brasileiros e, ao longo do capítulo, retome-o, de modo que possam identificar os elementos descritos com as áreas de ocorrência e as paisagens retratadas nas fotografias.
Referência para o(a) professor(a)
Informações sobre as formações vegetais brasileiras podem ser complementadas com a leitura do Capítulo 2 (“Geoecologia: o clima, os solos e a biota”) do livro indicado a seguir.
• ROSS, Jurandyr Luciano Sanches et al. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2008.
Página 231
Florestas Equatoriais e Tropicais
Localizadas ao longo da Linha do Equador e nos Trópicos (observe o mapa “Brasil: biomas”), essas florestas são bastante úmidas e quentes, características consequentes da irradiação solar intensa e de chuvas constantes. Isso possibilita a presença de uma enorme biodiversidade, o maior agrupamento mundial de espécies de seres vivos.
Fig. 1 (p. 231)
Vista aérea da Reserva Indígena Ingarikó, com destaque para Cachoeira Arongarem, Uiramutã, RR, 2014.
RICARDO AZOURY/PULSAR IMAGENS
Tal biodiversidade é muitas vezes sinônimo de riqueza natural e, por proporcionar solos muito férteis, é alvo frequente da indústria agropecuária e mineradora e das madeireiras. Grandes áreas de tais florestas também são desmatadas com a abertura de novas estradas.
Vegetação da Floresta Amazônica
Trata-se da maior Floresta Tropical do planeta. Ela abrange partes dos territórios do Brasil, Peru, Bolívia, Venezuela, Equador, Colômbia, Suriname, Guiana e Guiana Francesa, e nela encontra-se 20% da reserva de água doce de toda a Terra.
Sua extensão no Brasil abarca os estados do Amazonas, Pará, Acre, Roraima, Amapá, Rondônia, Tocantins e partes do Maranhão e Mato Grosso. Assim, compreende-se que essa área ultrapassa 60% do território nacional. Ao longo da Floresta Amazônica corre o maior rio do mundo, o Amazonas, com cerca de 6,8 mil quilômetros de comprimento. Será que conseguimos imaginar tanta água correndo?
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Ao tratar dos biomas brasileiros, é possível retomar também o planisfério de zonas climáticas e o mapa de climas do Brasil da aula anterior, de maneira que os alunos tenham condições de associar os elementos clima e vegetação de modo conjunto, compreendendo sua correlação.
Página 232
Além da quantidade de água, tampouco podemos imaginar que essa floresta concentra 1,5 milhão de espécies vegetais. Porém, ainda que você não seja proveniente dessa região, deve conhecer os seguintes frutos:
Fig. 1 (p. 232)
Frutos do açaí, típicos da região amazônica, 2013.
IARA VENANZI/PULSAR IMAGENS
Fig. 2 (p. 232)
Castanhas-do-pará com e sem casca. Manaus, AM, 2013.
EDSON GRANDIZOLI/PULSAR IMAGENS.
Ainda que a Floresta Amazônica seja considerada Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), ela continua a ser vítima de desmatamento, mesmo que às vezes em ritmo menor, e ainda presenciamos intensa derrubada de vegetação para a expansão de fazendas e o comércio de madeiras das árvores derrubadas.
Vegetação da Mata Atlântica
Esta floresta tropical estendia-se ao longo do litoral brasileiro desde o Rio Grande do Sul, adentrava São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Maranhão, e ia até a Paraíba pela costa litorânea. Com o passar do tempo, no entanto, a Mata Atlântica sofreu intenso desmatamento. Além da costa litorânea, ela ocupava áreas que sofreram grandes transformações, primeiro com a instalação de grandes fazendas, depois com o surgimento e crescimento de muitas cidades onde reside hoje a maioria da população brasileira.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Pesquise e apresente aos alunos um mapa do Brasil em que conste a vegetação original da Mata Atlântica, e outro atual, que exiba as áreas com influência antrópica. É possível encontrá-los no Atlas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponível on-line para download gratuito no site da instituição. Peça aos alunos que comparem ambos e indiquem as modificações sobre essa formação vegetal. Será possível notar que a Mata Atlântica praticamente deixa de existir, sendo preservada somente em alguns pontos de poucos estados. Explique que esse fato é resultado dos processos de ocupação do território e de exploração dos recursos ao longo dos séculos.
OED
Página 233
Conexões
A expansão da ocupação humana
O crescimento das grandes cidades brasileiras não se deu de maneira adequadamente planejada, em especial no âmbito da ocupação do solo. O caso do Rio de Janeiro ilustra bem como se comportou o crescimento populacional em relação ao espaço disponível. Serras foram loteadas para moradia e morros passaram a se transformar em bairros, sejam eles regulares ou não. Isso tudo ocorreu sem que houvesse um único estudo prévio do que poderia acontecer se o bioma original fosse completamente modificado.
Fig. 1 (p. 233)
RENATA MELLO/OLHAR IMAGEM
Ocupação humana em morros do Rio de Janeiro, RJ, 2009.
Com a derrubada da vegetação para a abertura de áreas destinadas à ocupação humana, o solo da Mata Atlântica começou a sofrer diferentes ações que o tornaram mais vulnerável à instabilidade e a erosões. Ou seja, sem as raízes das árvores e a matéria orgânica em sua superfície, as chuvas fortes podem desbarrancar terrenos.
São chamadas “áreas de risco” aquelas que oferecem perigo de desabamento e erosão, e que, preferencialmente, não devem ser ocupadas pelo ser humano. É preciso ressaltar, porém, que nem sempre essas áreas são ocupadas por pessoas que não têm condições financeiras de arcar com outros terrenos. A região das serras do Rio de Janeiro é destino turístico para milhares de brasileiros. Condomínios de luxo e hotéis no topo dos morros também correm risco de desabamento caso o solo não consiga drenar toda a água das chuvas de verão.
Mesmo quando os desabamentos são causados por fenômenos naturais, a presença do ser humano, alterando a natureza, pode acelerar o processo. Assim, as recomendações quanto a essas áreas de risco é que não haja ocupação para que, caso ocorra algum desastre natural, pessoas não se acidentem.
Com base no que aprendemos até agora, responda em seu caderno:
1. Na cidade onde você mora, há moradias construídas em morros ou montanhas? Você descreveria essas áreas como pouco, relativamente ou muito ocupadas pelo ser humano?
2. Na sua cidade já houve casos de desabamento ou deslizamento de terra? Em que época ocorreu? Como era o relevo do lugar? Caso não se recorde de nenhum fenômeno, pesquise em jornais ou na internet se houve algum desastre natural nos últimos cinco anos.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Sugestões de respostas da atividade
1. Resposta pessoal. Se possível, apresente mapas e imagens do lugar onde os alunos residem, indicando a situação do terreno e as condições de moradia e cobertura vegetal, de modo que possam analisar as conjunturas locais e concluir se há áreas de risco ocupadas por moradias.
2. Resposta pessoal. Junto às imagens e aos mapas do item anterior, apresente reportagens, caso existam, do lugar onde vivem, indicando acidentes, como desabamentos ou deslizamentos de terra.
Referência para o(a) professor(a)
O problema da moradia não é só nosso; o déficit mundial de habitações é de um bilhão, chegando o pátrio a uma carência de 15 milhões, computadas nesta cifra aquelas moradias inadequadas por falta de água, luz, banheiro, coleta de lixo e demais equipamentos urbanos.
Em São Paulo estima-se que 600 mil famílias vivem em cortiços, 2 milhões em loteamentos clandestinos e 2 milhões em favelas, em precárias condições de habitabilidade.
As ocupações de áreas de risco não são coibidas eficientemente, de modo que as 473 mapeadas passaram, em curto período, a 953 com riscos de deslizamentos e inundações, o que vemos ocorrer diariamente, notadamente com as volumosas, porém previsíveis, precipitações pluviométricas que têm castigado o nosso país.
Os desassistidos pelo Poder Público, sem condição de acesso à moradia, que se converteu em uma mercadoria escassa e cara, revelam-se protagonistas da verdadeira guerrilha urbana que, em decorrência dessas frustrações, se instalou no seio da nossa sociedade.
Articulam-se os desvalidos “sem-tetos”, criando, já em 1993, a Central de Movimentos Populares – CMP –, estimulando qualquer tipo de atuação tendente a reduzir o déficit habitacional, apoiando a invasão de terrenos, com prioridade às áreas públicas, porque, segundo sua óptica, o Poder Público é o responsável pela questão e a invasão de áreas particulares na cidade tem a forte opugnação da civilística, animada no direito de propriedade, garantido pela Constituição. Impressiona a organização desses grupos politizados, merecendo registro a invasão de mil “sem-tetos” ligados ao movimento “Fórum dos Cortiços” que, em exatos 22 minutos, ocuparam o desativado Hospital Umberto Primo, em área nobre de São Paulo. [...]
Página 234
A Mata Atlântica não possui uma fisionomia única, uma vez que se encontra em diferentes latitudes e, consequentemente, climas, o que lhe confere uma grande diversidade de paisagens. Exemplo disso são as restingas e os mangues, que possuem enorme relevância para a sobrevivência de populações tradicionais. Observe a imagem a seguir.
Fig. 1 (p. 234)
Encontro de água doce com água salgada na foz do Rio Ribeira de Iguape e Mar Pequeno. Na margem do rio, vegetação de mangue. Iguape, SP, 2014.
DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS
A ocorrência dos manguezais ocorre em áreas de transição do ambiente terrestre para o marinho em regiões tropicais e subtropicais. São influenciados pelo regime de marés e apresentam elevada umidade. No encontro do rio com o mar, a mistura de água doce e salgada resulta na chamada água salobra. Essa água propicia a reprodução de caranguejos, ostras, camarões e diversas espécies de peixes.
As restingas, por sua vez, podem ser consideradas como a vegetação entre áreas alagadas e a mata, sendo basicamente arbustiva. Formam-se em praias, dunas e estuários de rios. No Brasil, estão concentradas ao longo da Mata Atlântica, sofrendo forte influência do mar.
Fig. 2 (p. 234)
Restinga em Canoa Quebrada, Ceará, anos 2000.
JUCA MARTINS/OLHAR IMAGEM
É preciso que o Estado brasileiro, unindo esforços de seus três níveis de atuação política federal, estadual e municipal – desencadeie um vigoroso plano de erradicação desse cancro social, preenchendo a gravosa lacuna: a falta e a subcondição da moradia.
Recursos econômicos expressivos e atuações enérgicas, quer as preconizadas no Relatório Brasileiro sobre Assentamentos Humanos (cap. III, setembro de 1995), quer as da Agenda 21, da Conferência Habitat II, traduzem estratégia adequada ao pronto enfrentamento do problema que requer maciça aplicação de dinheiro que, doutra banda, incrementará a economia nacional, dando um salto de qualidade em nossa vacilante condição de vida.
A concentração de esforços e a canalização de recursos para edificação dos 15 milhões de moradias faltantes desencadeará enorme processo de revitalização econômica. [...]
Fonte: VIANA, Rui Geraldo Camargo. O direito à moradia. Aula inaugural do ano de 2000, em Arcadas. Disponível em:
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