Língua Portuguesa volume 1



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Recurso

Exemplo

Uso linguístico

explicação

Paladar no intestino? Ninguém merece! Esta talvez seja sua reação ao saber que a mucosa intestinal apresenta sofisticados mecanismos de detecção de sabores e até mesmo de cheiros.

Tudo começou há várias décadas, quando se descobriu que as paredes do estômago e do intestino hospedam uma rede de neurônios com uma complexidade de causar inveja a qualquer medula espinhal. [...]

A complexidade sensorial da parede gastrointestinal levou os pesquisadores a prever que deveriam existir, nesse local, células receptoras especializadas na detecção química de todas essas substâncias. [...]3

Para explicar uma ideia aparentemente absurda ao leitor comum, como a de o intestino ter paladar, o autor precisa, antes, explicar como alguns estudiosos chegaram a essa conclusão.

Uma das formas é desenvolver o assunto contando uma história ou fazendo uma descrição dos passos que levaram à ideia inicial. Veja que, no exemplo, volta-se no tempo para apresentar uma descoberta que permitiu que se chegasse à ideia apresentada.

Todo o artigo é uma explicação dessa ideia. Observe mais um dos parágrafos, em que se estabelece uma relação de causa e consequência: a complexidade apresentada anteriormente causou, provocou a previsão dos cientistas. Veja o uso da forma verbal levou.

comparação

A matéria vibra incessantemente, feito gelatina sacudida.4

Na comparação, o autor fala de um assunto e, com a intenção de aproximar o leitor desse assunto, relaciona-o a algo mais popular, mais comum e de fácil compreensão. Palavras e expressões como feito, igual a, do mesmo jeito, da mesma forma, etc. são comuns nesse tipo de construção.

expressão
explicativa

Foi o físico inglês Isaac Newton (1642-1727) que propôs tanto as leis do movimento quanto a lei da gravidade, que explica a atração entre os corpos com massa. A primeira lei de Newton está associada à inércia do corpo, ou seja, à capacidade destes manterem o seu estado de movimento quando não há aplicação de nenhuma força.5

Expressões como ou seja e isto é devem ser usadas sempre entre vírgulas e servem para explicar uma ideia já expressa. No exemplo, a expressão ou seja introduz a explicação da ideia de inércia do corpo.

expressão
problemati-
zadora

Mas se coçar é só começar, o que acontece depois que a pele acusa o estímulo disparador? Essa questão foi analisada por uma equipe japonesa liderada por Hideki Mochizuki.6

Para estabelecer ligações entre as partes do artigo, é comum o uso de perguntas como problematização do assunto. Assim, afirma-se algo e, logo em seguida, é feita uma pergunta que precisa ser respondida para que se dê continuidade à explicação.

Como já vimos neste capítulo, o título do texto da neurocientista Suzana Herculano-Houzel também é uma questão problematizadora: “Por que é difícil terminar uma relação?”.

diálogo
com o leitor

Paladar no intestino? Ninguém merece! Esta talvez seja sua reação ao saber que a mucosa intestinal apresenta sofisticados mecanismos de detecção de sabores e até mesmo de cheiros.7

Veja que essa pergunta não tem nada de problematizadora. Na verdade, ela é usada para estabelecer uma relação entre escritor e leitor: como se trata de um assunto aparentemente absurdo, faz-se uma pergunta, dá-se uma resposta comum, própria do uso coloquial do cotidiano, e conversa-se com o leitor, como prova o uso do pronome sua — 3a pessoa do singular: você.

argumentação e citação

No mês passado, dois astrônomos publicaram um estudo no prestigioso jornal acadêmico americano PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences) em que argumentam que o famoso poema épico de Homero, a Odisseia, faz referência a um eclipse que ocorreu de fato no mar Egeu dia 16 de abril de 1178 a.C.8

No exemplo, a citação serve de argumento de autoridade. O uso de adjetivos (prestigioso, famoso) que valorizam a fonte e do verbo dicendi argumentar (e outros que introduzem as diferentes vozes no texto) participam da construção linguística desse recurso.

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