ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM EM CRIANÇAS DE UTIN NOS DOIS PRIMEIROS ANOS DE VIDA
Nubia Garcia Vianna (Bolsista FAPESP), Profa. Dra. Maria Cecília Marconi Pinheiro Lima (Orientadora), CEPRE, Faculdade de Ciências Médicas - FCM, UNICAMP
Para que a linguagem humana seja adquirida é necessário maturação do Sistema Nervoso Central, estimulação de linguagem em um meio no qual a criança encontra-se inserida, rotinas significativas e interesse subjetivo pela linguagem. O objetivo desse trabalho é acompanhar o desenvolvimento da linguagem em crianças de 04 a 24 meses, que permaneceram na UTIN, com pelo menos um indicador de risco para perda auditiva progressiva, de aparecimento tardio ou para alteração central (JCIH, 2000). Metodologia: Escala de Aquisições Iniciais da Linguagem (ELM) e Protocolo de Observação Oromiofuncional aplicados dos 04 aos 24 meses e Roteiro de Avaliação da Função Cognitiva utilizado a partir dos 12 meses. Resultados: No período de agosto de 2004 a maio de 2006 foram avaliadas 47 crianças dentre as quais 3 (6,38) apresentaram indícios de atrasos de aquisição de linguagem aos 24 meses. Uma criança apresentou respostas alteradas na avaliação da Escala, uma apresentou comprometimento em todas as avaliações e uma apresentou comprometimentos relativos à motricidade oral e as funções cognitivas. Conclusão: Desvios transitórios que apareceram no decorrer do projeto foram se corrigindo por meio de orientações e devolutivas aos pais. Das três crianças relatadas, duas foram encaminhadas para intervenção fonoaudiológica.
Linguagem - Escala de desenvolvimento - Função cognitiva
B0127
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA DE LOCALIZAÇÃO SONORA EM LACTENTES QUE FIZERAM USO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA PROLONGADA (IMV)
Raquel Leme Casali (Bolsista FUNDAP), Nubia Garcia Vianna (Bolsista FAPESP) e Profa. Dra. Maria Cecília Marconi Pinheiro Lima (Orientadora), CEPRE, Faculdade de Ciências Médicas - FCM, UNICAMP
A audição constitui um pré-requisito para a aquisição e o desenvolvimento da linguagem oral. A criança deve ser capaz de prestar atenção, detectar, discriminar e localizar sons, além de memorizar e integrar experiências auditivas para atingir o reconhecimento e a compreensão da fala. A permanência em IMV constitui-se como um indicador de risco para perda auditiva. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a habilidade de localização sonora para o sino em lactentes que permaneceram na UTI e fizeram uso de IMV. Trata-se de um estudo longitudinal, com avaliações aos 04, 08 e 12 meses de idade.Esperava-se que as crianças localizassem o sino na lateral aos 04 meses, para cima e para baixo de forma indireta aos 08 e de forma direta aos 12 meses. Foram avaliadas 25 crianças aos 04, 20 aos 08 e 12 aos 12 meses. Aos 04 meses 03 (12%) localizaram corretamente o estímulo sonoro, enquanto que 22 (88%) apresentaram atraso na habilidade em questão. Aos 08 meses, 17 (85%) realizaram a tarefa proposta adequadamente e 3 (15%) não. Aos 12, 5 (42%) localizaram e 7 (58%) permaneceram com atraso. Dessa forma, conclui-se que o indicador de risco em questão foi determinante de um grande número de atrasos na habilidade auditiva de localização sonora no primeiro ano de vida dos lactentes estudados.
Perda auditiva - Indicadores de risco - Habilidade de localização sonora
B0128
COMPREENDENDO A PROCURA TARDIA POR INTERVENÇÃO: DEPOIMENTOS DE PAIS DE CRIANÇAS SURDAS
Patrícia Bassan Conrado (Bolsista PIBIC/CNPq), Profa. Dra. Tereza R. de F. Rossi (Co-Orientadora) e Profa. Dra. Maria de Fátima de C. Françozo (Orientadora), CEPRE, Faculdade de Ciências Médicas - FCM, UNICAMP
A intervenção precoce traz benefícios importantes no desenvolvimento da fala e da linguagem expressiva e receptiva, da alfabetização e do desenvolvimento social e emocional das crianças surdas. No entanto, no Brasil, tem-se observado que o diagnóstico da surdez é tardio e que a intervenção não ocorre prontamente. O objetivo do estudo é compreender as razões relatadas por pais de crianças surdas, quanto à procura tardia para a intervenção. Buscamos descrever e analisar as ações efetivadas por pais no período entre o diagnóstico da surdez da criança e o início da intervenção; identificar as dificuldades encontradas, recursos utilizados e apoios recebidos durante este período; identificar a compreensão dos pais sobre a surdez, suas implicações para o desenvolvimento da criança e sobre a reabilitação. A investigação está sendo realizada com 10 pais de crianças surdas que são ou foram usuários do Centro de Pesquisa e Reabilitação Prof. Dr. Gabriel de O. S. Porto, da Faculdade de Ciências Médicas – Unicamp. Os critérios de seleção são: pais de crianças com perda auditiva moderada ou severa e que iniciaram intervenção no prazo de, no mínimo, 6 meses após o diagnóstico da surdez. A coleta de dados é realizada através de entrevistas, caracterizando-se como uma pesquisa qualitativa. Os dados são transcritos pela pesquisadora, categorizados e a seguir, discutidos. Os resultados preliminares apontam como razões para a procura tardia por intervenção: razões de ordem econômica e social (falta de recursos e de compreensão sobre surdez e reabilitação), mas também de aceitação da surdez.
Família - Surdez - Intervenção
B0131
VARIANTES NOVAS, RARAS E MUTAÇÕES DE NOVO EM PACIENTES ATENDIDOS NO HC DA UNICAMP
Cristina F. Abreu (Bolsista apoio à pesquisa/FCM), Elza Kimura, Denise Oliveira, Felipe Fuini, Susan Jorge, Dulcinéia Albuquerque, Marcos Bezerra, Fernando Costa, Maria de Fátima Sonati (Orientadora), Faculdade de Ciências Médicas - FCM, UNICAMP
O Laboratório de Hemoglobinopatias do Depto. de Patologia Clínica da FCM/UNICAMP investiga cerca de 25.000 casos/ano para identificação de hemoglobinopatias. Entre 1980 e 2006, foram realizados aproximadamente 128.000 diagnósticos, sendo as alterações mais freqüentes as hemoglobinas (Hb) S e C e a talassemia beta. A metodologia inclui a determinação hematimétrica, contagem de reticulócitos, morfologia das hemácias, eletroforese, cromatografia líquida de alta performance (HPLC), testes de solubilidade e instabilidade, eletroforese de cadeias globinícas, provas funcionais, seqüenciamento dos genes de globina, investigação de associação com deleções e/ou triplicações, investigação de haplótipos e estudos familiais. Foram até o momento detectadas 12 variantes novas, além de 7 mutações de novo e 47 variantes raras, 36 delas encontradas no Brasil pela primeira vez. Embora a maioria não resulte em sintomatologia clínica, várias estão relacionadas a quadros clínicos importantes, como anemia hemolítica grave, icterícia, eritropoiese ineficaz, enquanto outras podem resultar em anemia discreta, além daquelas que migram/eluem na posição de Hb S (S-like), levando a diagnósticos equivocados. Esse conjunto de dados enfatiza como as hemoglobinopatias refletem a diversidade étnica de nossa população e a importância de metodologias adequadas para sua correta identificação.
Hemoglobinopatias hereditárias - Genes de globina - População brasileira
B0129
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