1 fronteiras da Globalização 1



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Contexto e aplicação

Ícone: Não escreva no livro.

Mudança climática fará com que países inteiros desapareçam

[...]


A mudança climática já está provocando efeitos em todos os continentes e em todos os oceanos, segundo relatório apresentado em 31 de março [de 2014] por cientistas reunidos em Yokohama, no Japão. Eles alertaram que o problema tende a piorar substancialmente, a menos que as emissões de gases de efeito estufa sejam controladas.

O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, grupo das Nações Unidas, concluiu que as calotas polares estão derretendo, o gelo marinho no Ártico está em colapso, o abastecimento de água está sobrecarregado, ondas de calor e chuvas fortes estão se intensificando, os recifes de corais estão morrendo e os peixes e muitas outras criaturas estão migrando para os polos ou sendo extintos.

[...]


No topo da pauta está a previsão de que o nível global do mar pode subir até um metro neste século. Tal aumento será desigual por causa dos efeitos gravitacionais e da intervenção humana, de modo que prever o seu resultado em qualquer lugar é difícil. Mas nações insulares, como Maldivas, Kiribati e Fiji, podem perder grande parte do seu território, e milhões de bengaleses terão que ser deslocados. "Há muitos lugares no mundo sob risco de elevação do nível do mar, mas Bangladesh está no topo da lista", disse Rafael Reuveny, professor na Universidade de Indiana, em Bloomington.

[...]


HARRIS, Gardiner. Ambiente. The New York Times. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/ambiente/2014/04/1436488-mudanca-climatica-fara-com-que-paises-inteiros-desaparecam.shtml. Acesso em: 30 out. 2015.

- Que alerta a situação de Bangladesh dá à humanidade?

Fim do complemento.

A destruição da camada de ozônio

O ozônio pode ser altamente tóxico. Próximo do solo, torna-se um perigoso poluente, contribuindo para a formação da chuva ácida e do smog. Mas a cerca de 20 km a 60 km de distância do solo, na estratosfera, a camada de ozônio forma uma barreira que impede a passagem dos raios ultravioleta do Sol, contribuindo para proteger a vida na Terra.

LEGENDA: A imagem mostra o buraco na camada de ozônio sobre o continente antártico, em imagem obtida em 16 de setembro de 2013. As baixíssimas temperaturas da Antártida aceleram a mudança dos clorofluorocarbonetos em cloro, diminuindo a camada de ozônio. Por esse motivo, o "buraco" da camada de ozônio é maior sobre o polo sul.

FONTE: Nasa/SPL/Latinstock

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A pequena radiação que consegue atravessar essa camada é a principal causa do câncer de pele, que atinge grande número de pessoas em todo o mundo. Os raios ultravioleta do Sol afetam também as plantas e os plânctons que flutuam nos oceanos e absorvem cerca de 50% das emissões de dióxido de carbono do planeta.

Os grandes inimigos da camada de ozônio são os CFCs (clorofluorocarbonetos), muito utilizados em gases para refrigeração, em aerossóis, em material para estofamento de móveis, em carpetes e várias outras formas. Os CFCs demoram cerca de 8 anos para chegar à estratosfera; aí se rompem, sob a radiação ultravioleta, e liberam cloro. Este rea ge com o ozônio, transformando-o em oxigênio comum. Desse modo, causam a destruição da camada de ozônio, abrindo verdadeiros "buracos" nesse escudo protetor.

Para impedir que a situação se agravasse, em 1987, 24 países assinaram o Protocolo de Montreal, pelo qual se comprometiam a reduzir pela metade a produção de CFCs até 1999. Nesse ano, a ONU marcou para 2010 o fim da fabricação desses gases.

LEGENDA: Outras substâncias que agridem a camada de ozônio e têm seu uso controlado são o halon (bromofluorocarboneto), utilizado em extintores de incêndio, e o brometo de metila, empregado na agricultura como pesticida.

FONTE: Paulo Ochandio/Acervo do fotógrafo

O tratado entrou em vigor em janeiro de 1989 e foi revisto nos anos de 1990, 1992, 1997 e 1999, com a adesão de vários países; em 1992, na reunião em Copenhague, Dinamarca, ficou acordado o banimento total da produção e utilização dos HCFCs (hidroclorofluorocarbonos), que estavam sendo usados como substitutos dos CFCs, até 2030. Em setembro de 2009, todos os membros da ONU haviam ratificado o tratado. Em 2010, foram proibidas a produção e a importação dos CFCs.

Considera-se que o Protocolo de Montreal é um dos acordos internacionais mais bem-sucedidos, pois foi assinado por quase todos os países.

O Brasil aderiu ao Protocolo de Montreal em 1990, ratificando também todas as alterações determinadas nas reuniões realizadas em Londres (1990), Copenhague (1992), Montreal (1997) e Pequim (1999).

Em 16 de setembro (Dia Internacional da Proteção à Camada de Ozônio) de 2012, o Ministério do Meio Ambiente anunciou que o país havia avançado muito nas metas estabelecidas pelo Protocolo de Montreal.

Desde 1999 já não se produzem mais veículos e condicionadores de ar com CFC; não se fabricam mais refrigeradores domésticos e comerciais com esses gases desde o ano de 2001.

Em 2000, passou a ser proibido o uso de CFC em novos produtos, sendo mantida a exceção para usos considerados essenciais, como na fabricação de medicamentos. Além disso, a eliminação dos CFCs foi concluída em janeiro de 2007, três anos antes do prazo previsto.



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A inversão térmica

A inversão térmica é um fenômeno que ocorre naturalmente em vários lugares da superfície terrestre. Porém, quando ocorre nas grandes cidades, contribui para agravar o problema da poluição atmosférica.

As massas de ar movimentam-se verticalmente porque a atmosfera se resfria nas camadas mais elevadas. Quando entra em contato com a superfície da Terra - naturalmente mais quente - o ar se aquece, fica mais leve e sobe. À medida que ganha altitude, ele se resfria, fica mais pesado e desce novamente. Esse movimento constante do ar ajuda a dispersar os poluentes das camadas próximas do solo.

No outono e no inverno, quando a temperatura do solo diminui, é muito comum essa situação se inverter. Próximo do solo mais frio, o ar se resfria; nas camadas superiores, é mais quente. Essa "inversão" da temperatura do ar atmosférico é a chamada inversão térmica. Por algumas horas, até que o solo se aqueça, não há movimentação vertical do vento. Os poluentes ficam retidos bem perto do solo, agravando a poluição atmosférica. Quanto mais baixa for a camada em que ocorre a mudança de temperatura, mais aumentará a concentração de poluentes perto do solo. Em cidades muito poluídas, a "camada quente" funciona como um "tampão" que "prende" os poluentes na camada de ar frio. Observe esse efeito na imagem de abertura do capítulo. Depois, veja a segunda ilustração abaixo.

FONTE: FRÉMY, Dominique; FRÉMY, Michèle. Quid 2007. Paris: Robert Laffont, 2006.

FONTE: FRÉMY, Dominique; FRÉMY, Michèle. Quid 2007. Paris: Robert Laffont, 2006. CRÉDITOS DAS ILUSTRAÇÕES: Alex Argozino/Arquivo da editora

A chuva ácida

A água da chuva é naturalmente ácida pela dissolução de dióxido de carbono da atmosfera. Mas a mistura de poluentes existentes no ar atmosférico, como o ácido sulfúrico, o ácido clorídrico, o dióxido de enxofre, o dióxido de nitrogênio, pode torná-la ainda mais ácida.

A chuva ácida foi descrita pela primeira vez em 1872, por Robert Angus Smith, químico e climatologista inglês, ao analisar os efeitos da precipitação ácida em Man chester, na Inglaterra, que provocou a oxidação de peças de metal dos prédios e monumentos da cidade.

Centrais termelétricas, caldeiras industriais e veículos automotivos são os principais responsáveis pela chuva ácida. Por isso, os países desenvolvidos do hemisfério norte são os mais atingidos. As chuvas ácidas que caem em algumas regiões da América do Norte, da Europa e do Japão apresentam valores médios de pH iguais ou menores que 4,3.

Glossário:



pH: escala usada para medir o grau de acidez de uma solução. Varia de 1 (muito ácida) a 14 (pouco ácida). O pH 7 corresponde à neutralidade (água destilada). Uma solução é ácida quando seu pH é menor que 7; quando o pH é maior que 7, ela é básica. A chuva ácida tem pH igual ou menor que 5.

Fim do glossário.



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Os efeitos da chuva ácida muitas vezes são sentidos em regiões afastadas de onde elas se formam. Rios, lagos e solos atingidos por esse tipo de chuva têm sua acidez aumentada. Os solos podem perder nutrientes como potássio, cálcio e magnésio, causando sérios danos à vegetação.

LEGENDA: O Grande Buda de Leshan, escultura de pedra corroída pela chuva ácida e pelas intempéries, na cidade de Leshan, província de Sichuan, na China, em foto de 2015.

FONTE: Zhang Peng/LightRocket/Getty Images

FONTE: Adaptado de: ALLEN, J. L. Student Atlas of World Geography. New York: McGraw-Hill/Duskin, 2009. p. 91. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Ilhas de calor

Nos grandes centros urbanos, a temperatura nos bairros pode ser diferente da temperatura no centro da cidade. As médias térmicas costumam ser bem mais altas nas regiões centrais do que na periferia ou na zona rural. Isso acontece em razão da grande concentração de prédios, que impedem a circulação do ar. O asfalto, a falta de áreas verdes e a concentração de veículos também contribuem para o aumento da temperatura. Essas áreas são chamadas ilhas de calor.

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Com o aumento da temperatura, as ilhas de calor passam a atuar como uma zona de baixa pressão, atraindo ventos que podem levar maior quantidade de poluentes para essa área. Por isso, a poluição aí também é maior (veja a ilustração).

Embora predominem nas áreas centrais das grandes cidades, outros pontos com muitas edificações e indústrias podem se tornar ilhas de calor.

FONTE: Adaptado de: Revista Pesquisa Fapesp. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/10/11/ilha-de-calor-na-amazonia/. Acesso em: 19 fev. 2016. CRÉDITOS: Luis Moura/Arquivo da editora




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