SUA OPINIÃO
(p. 259)
Esta atividade tem por finalidade propiciar uma reflexão sobre as relações atuais entre o Estado e as manifestações da sociedade civil. Espera-se que o aluno seja capaz de compreender que, em um Estado democrático, é fundamental o respeito à livre expressão individual e coletiva. As repressões violentas dessas manifestações por parte das forças policiais ou militares revelam os obstáculos e limites de um verdadeiro Estado democrático no Brasil. Professor, na roda de conversa, procure estimular os alunos a expressarem suas opiniões, coordenando o debate e permitindo que concepções diversas e contrárias sejam apresentadas. O próprio debate pode servir para demonstrar que num ambiente democrático todas as opiniões devem ser ouvidas e respeitadas.
ESQUEMA-RESUMO
(p. 263)
Na Baixa Idade Média, uma combinação de fatores possibilitou o crescimento das cidades e o desenvolvimento das atividades comerciais na Europa, como as inovações tecnológicas, o aumento da população, a possibilidade de comercializar o excedente da produção agrícola e a abertura de novas rotas comerciais. Essas transformações se intensificaram após a crise do século XIV, resultando no enfraquecimento dos poderes dos senhores feudais e na centralização administrativa dos reis. Além disso, do ponto de vista cultural, essas transformações provocaram um importante movimento de reforma educacional na Europa, com o surgimento de novas escolas e universidades, nas quais o Humanismo começou a se desenvolver. Nesses locais, valorizava-se cada vez mais a razão e as concepções antropocêntricas do conhecimento e do mundo. Tais ideias resultaram naquilo que ficou conhecido como Renascimento artístico, científico e intelectual, um período marcado por importantes inovações científicas, filosóficas, políticas e artísticas. Nesse período, por exemplo, surgiram as técnicas de perspectiva, a concepção heliocêntrica do Universo, houve uma intensa renovação literária, além
379
de surgirem novas teorias políticas, como as presentes na obra de Nicolau Maquiavel. Finalmente, outra mudança importante foi o avanço das críticas à Igreja católica. Ainda que essas tenham sido reprimidas no século XIV, elas provocaram a fragmentação da cristandade europeia no século XVI, dando origem a igrejas reformadas, como a luterana, a calvinista e a anglicana. Além disso, tal movimento resultou numa reação da própria Igreja católica, naquilo que foi chamado de Contrarreforma.
ORGANIZANDO AS IDEIAS
(p. 264)
1. Com o crescimento das cidades, muitos camponeses passaram a se dedicar a atividades artesanais em pequenas oficinas. Com o crescimento desse tipo de produção, especialmente a partir do século XII, surgiram as corporações de ofício. Estas eram organizadas pelos mestres das oficinas com o objetivo de defender os interesses coletivos das várias categorias profissionais (sapateiros, marceneiros, tecelões, etc.). A princípio, elas regulamentavam a atividade, garantindo o preço final dos artigos pelo controle da produção.
2. O racionalismo não aceitava que as ideias da Igreja ou dos livros sagrados fossem fontes suficientes para o conhecimento humano, por isso defendia que era necessário buscar explicações racionais para os fenômenos. Isso contribuiu para que diversas áreas do saber se desenvolvessem, valorizando o estudo das atividades e o uso da inteligência humanas.
3. O enriquecimento e a ampliação do poder material da Igreja haviam transformado radicalmente os valores defendidos e praticados por boa parte do clero católico. A fé e os valores espirituais tornaram-se secundários diante dos prazeres físicos e do acúmulo de bens. Essa deturpação dos valores cristãos colocou em xeque a credibilidade da instituição. A partir do século XIV, a Igreja viveu uma grave crise provocada pelas denúncias de corrupção e de perda de valores morais. Nessas circunstâncias, alguns filósofos cristãos, influenciados pelo pensamento humanista, passaram a responsabilizar a Igreja e seus dogmas pela perpetuação da miséria e da ignorância na sociedade europeia.
4. Martinho Lutero desempenhou papel central no processo que culminou na Reforma protestante. Ele enfrentou a Igreja católica formulando 95 teses, nas quais criticava as indulgências e o comportamento do alto clero e do papado, que ele considerava inadequados e sem respaldo bíblico.
5. A doutrina calvinista se baseia no princípio de que apenas as pessoas predestinadas por Deus teriam direito à salvação na vida eterna. Para garantir sua salvação, as pessoas deveriam levar uma vida simples, sem ostentação nem gastos desnecessários, investindo suas economias em novas oportunidades de trabalho. Esses aspectos também eram valorizados pela burguesia, que, assim, encontrava uma justificativa moral e religiosa para ampliar sua riqueza. Desse modo, as ideias de Calvino se espalharam por toda a Europa, especialmente pelas regiões onde o capitalismo já começava a se desenvolver com maior rapidez, como nos Países Baixos e na Inglaterra.
6. A criação da Igreja anglicana está relacionada à fragmentação do poder da Igreja católica. Ela foi resultado da ruptura de Henrique VIII (1509-1547), que conseguiu a aprovação do Parlamento inglês para separar a Igreja do Estado e fundou a Igreja anglicana, chefiada pelo rei (ou rainha) da Inglaterra, com a autoridade da Igreja católica. A medida representou um duro golpe para a Igreja católica, pois estabelecia um limite muito claro ao seu poder político numa nação poderosa como a Inglaterra. Já a Contrarreforma está situada na reação da Igreja católica contra seu enfraquecimento e os movimentos protestantes, resultando em diferentes medidas que pretendiam revisar os dogmas católicos, reaproximar a Igreja dos fiéis e impedir o crescimento das Igrejas protestantes.
INTERPRETANDO DOCUMENTOS: TEXTO E IMAGEM
(p. 264)
1. a) O manifesto utiliza frequentemente a religião como fonte de autoridade, em especial, as Sagradas Escrituras. Os autores do manifesto afirmam que a escravidão a que foram submetidos, o pagamento de tributos injustos ou a proibição da caça não foram definidos pela "palavra de Deus", isto é, pela Bíblia. No final do manifesto, os camponeses ainda propõem um pacto: se as suas ideias não estivessem de acordo com as Sagradas Escrituras, eles estariam dispostos a abrir mão de suas reivindicações, desde que fosse "provada" essa discrepância. Professor, você pode ressaltar que esse é um argumento inspirado nas teses de Lutero e se tornou, posteriormente, uma característica das correntes protestantes. Enquanto os católicos se baseiam na autoridade do papa como "intérprete" da vontade divina, as igrejas protestantes recorrem com frequência ao texto bíblico e às suas diversas interpretações.
b) Os camponeses denunciam a sua condição de escravidão, a proibição da caça e o pagamento de impostos para retirar madeira ou lenha da floresta. Contra essa situação de injustiça, o manifesto propõe o fim da servidão e a restituição das florestas tomadas ilegalmente das comunidades camponesas.
2. a) A imagem recupera elementos da tradição greco-romana, representando a divindade Vênus, que fazia parte do panteão romano e simbolizava o amor e a beleza. Essa mesma figura era representada, no panteão grego, como a deusa Afrodite. O tema da obra de Botticelli é o nascimento dessa deusa na ilha de Citera. Para isso, ele utiliza outro símbolo muito importante da cultura greco-romana, como a concha e as figuras mitológicas da Ninfa e de Zéfiro.
380
b) É possível observar, entre outros elementos, a presença de técnicas de perspectiva, a valorização da anatomia do corpo humano e as variações de cor, luz e sombra com o objetivo de reforçar o efeito de realidade da imagem. A valorização da temática da Antiguidade clássica também é outra característica importante do Renascimento que pode ser observada na obra de Botticelli.
c) A proposta da atividade é que os alunos explorem mais detalhadamente as inovações estéticas do Renascimento. Nesse caso, essa atividade é um momento importante de diálogo entre História e Arte, na medida em que os alunos poderão observar como os princípios estéticos do Renascimento modificaram profundamente as práticas artísticas ocidentais e revelam as mudanças no pensamento europeu da época. Para a seleção das obras que serão pesquisadas, é importante lembrar que as inovações renascentistas não se limitaram às artes plásticas, mas também na Arquitetura, nas esculturas e mesmo na Literatura. Nesse caso, é possível selecionar obras de variados artistas, como Donatello, Michelangelo, Rafael Sanzio, Leonardo da Vinci, o próprio Botticelli, Brunelleschi, William Shakespeare, entre muitos outros.
TESTE SEU CONHECIMENTO
(p. 265)
1. D
2. D
3. B
4. D
HORA DE REFLETIR
(p. 267)
Espera-se que os alunos reflitam sobre a importância do livre debate a respeito de ideias religiosas, tanto por parte daqueles que praticam e compartilham as mesmas crenças, quanto daqueles que não as compartilham. É por meio do debate que se abre caminho para a aproximação entre diferentes concepções, bem como para o estímulo da diversidade cultural. Nesse caso, é importante ressaltar que um debate só pode ocorrer quando as pessoas aceitam a possibilidade de enxergar as questões a partir de outros pontos de vista e não pode se limitar a afirmações que apenas reafirmem dogmas e verdades inquestionáveis, já que isso inviabilizaria a aproximação de pessoas com diferentes perspectivas religiosas. É apenas a partir desse princípio que se pode falar em uma discussão democrática sobre a religião. Assim, a atividade propõe uma reflexão sobre o tema e a produção de um texto na forma de lei para que os alunos reflitam sobre elementos que podem contribuir para o fortalecimento da tolerância religiosa na comunidade escolar ou na comunidade onde os alunos vivem. Para fornecer subsídios para essa reflexão, sugerimos a leitura da Declaração de princípios sobre a tolerância, da Unesco, aprovada em 1995. O documento, que está disponível em: www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/paz/dec95.htm (acesso em: 13 abr. 2016), apresenta algumas orientações gerais para a criação de uma sociedade tolerante e que respeite a diversidade religiosa. Ao final, os alunos poderão discutir suas propostas com os demais grupos e formalizar um documento final com ideias para o fortalecimento da tolerância religiosa na escola.
FECHANDO A UNIDADE
(p. 268)
1. Não. Em 2014, por exemplo, ocorreram 149 denúncias de discriminação religiosa no Brasil. Nesse caso, as principais vítimas eram aquelas que praticavam religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda. Com esse dado, pode-se dizer que o problema da intolerância religiosa está relacionado a outro aspecto de nossa sociedade: o racismo e o preconceito racial. Isso fica evidente quando se observa que mais de 35% das vítimas eram negras, formando o maior grupo com indicação racial de todos aqueles que sofreram violência religiosa. Por isso, pode-se dizer que a intolerância religiosa está profundamente direcionada aos aspectos culturais afro-brasileiros e que lutar por maior tolerância religiosa significa também lutar contra o racismo que permeia nossa sociedade.
2. Resposta pessoal. A atividade procura conduzir a uma reflexão sobre situações de intolerância vividas cotidianamente pelos alunos ou registradas pelos meios de comunicação. Diversos exemplos podem ser citados, como o uso de estereótipos para representar determinada religião, um vizinho intolerante com o qual somos intolerantes também e questões relacionadas à marginalização e à perseguição das culturas afro-brasileiras em nosso país.
3. O documento 2 apresenta líderes de diversas religiões em um encontro para a promoção da paz e da tolerância. O lugar escolhido para essa reunião tem uma importância simbólica, já que a ONU é a principal instituição voltada para o combate à intolerância e para a valorização da diversidade cultural e religiosa em nosso mundo. Assim, o encontro é uma forma de reafirmar o compromisso internacional da instituição em busca da paz e da valorização da diversidade. Já a obra de Combo (documento 3) retoma um símbolo contemporâneo da tolerância religiosa, a palavra "coexist" (coexistir ou coexistência). Esse termo é uma forma de lembrar que todas as religiões precisam coexistir pacificamente de modo a garantir a diversidade cultural e a harmonia entre povos de diferentes culturas. A novidade proposta pelo artista francês foi substituir a letra C, X e T por símbolos das grandes religiões monoteístas (o C foi substituído por um símbolo do islamismo, o X por um símbolo do judaísmo e o T por um símbolo do cristianismo). Dessa forma, o artista francês reforça a mensagem de que as diferentes religiões precisam se respeitar mutuamente e abandonar práticas intolerantes.
4. Espera-se que os alunos identifiquem que existe uma grande comunidade islâmica na França. A formação dessa comunidade está relacionada aos fluxos migratórios de populações árabes e
381
muçulmanas que passaram a viver no país em busca de melhores condições de vida e de trabalho. Isso, porém, reforçou as práticas intolerantes contra os muçulmanos, bem como as ações extremistas de grupos terroristas islâmicos. Por isso o cenário atual é de grande tensão na França. Com base nisso, é possível comparar a situação brasileira com a francesa, ressaltando alguns paralelos (como a questão racial, aqui direcionada à cultura afro-brasileira, lá às culturas árabes e muçulmanas), mas também ressaltar diferenças, como a presença de ações terroristas com motivações religiosas. É importante, porém, reforçar que, apesar das diferenças, existe um fundo comum nesse fenômeno, já que tanto na França quanto no Brasil a intolerância religiosa resulta em um grande dificultador da pacífica coexistência de culturas e religiões diversas, o que ameaça o funcionamento da própria democracia. Nesse sentido, a arte pode agir como uma importante ferramenta para estimular o diálogo e a reflexão, destacando a importância da coexistência religiosa e lembrando dos perigos que a intolerância oferece à ordem democrática em nosso mundo.
Texto complementar
O trecho a seguir foi retirado do livro O Renascimento, da historiadora Teresa Aline Pereira de Queiroz. Nessa passagem, a autora mostra como o Renascimento, apesar das controvérsias que suscitou, não representou uma ruptura com o pensamento religioso, assim como estava bem adequado ao pensamento das elites, algo que se manifestava no próprio urbanismo das cidades italianas.
Um dos traços inquietantes da cultura do Quattrocento seria a harmonia de visão de mundo existente entre príncipes, artistas e intelectuais. Alguns humanistas, como Coluccio Salutati, Leonardo Bruni e Poggio, pertenciam à categoria dos cem habitantes mais ricos de Florença, e vários outros à grande burguesia ou nobreza; no entanto, artistas de extração humilde, como Uccello, Andrea del Castagno e Arentino, parecem adequar-se à visão de mundo dos poderosos sem fricções. Por outro lado, também a afirmação social através de signos externos será comum a governantes, intelectuais e artistas; Rafael mandou construir um palácio e levava vida principesca. Michelangelo teve direito a funerais oficiais.
Fica mais claro, no entanto, o afastamento entre povo e elite com os novos hábitos suntuários. Quando Sisto V pretendeu remodelar Roma, sua concepção de grandes espaços opõe-se frontalmente à tradição popular de convívio na pequena rua ou praça. No mesmo sentido, os ricos, a partir do Quattrocento, começam a construir palácios cercados por áreas privadas, jardins, e não mais diretamente sobre a rua, como na cidade medieval. [...]
Um elemento no qual em nada diferem [...] Idade Média e Renascimento é o respeito à autoridade, quer seja a dos textos antigos, das ruínas ou das escrituras. O Renascimento é retórico e pleno de citações.
A religiosidade é também incontestável. Formal ou conceptualmente, ela está presente nas práticas políticas e sociais e nas representações, O mimetismo entre macrocosmo e microcosmo parece não se ter rompido no Renascimento. No entanto, a sensação de abandono, de impotência diante do universo parece ser mais consciente, principalmente entre os chamados "gênios", como Leonardo [da Vinci] e Michelangelo.
QUEIROZ, Teresa Aline Pereira de. O Renascimento. São Paulo: Edusp, 1995. p. 136-137 e 141.
Sugestões de livros
BAXANDALL, Michael. O olhar renascentista. São Paulo: Paz e Terra, 1991.
· Neste livro, o historiador galês Michel Baxandall (1933-2008) estuda a arte renascentista, revelando como ela se realizou, para além de questões estéticas, sobre práticas sociais e avanços tecnológicos, como a atuação de mecenas, a profissionalização de artistas e a invenção de novas tintas e técnicas.
BURCKHARDT, Jacob. A cultura do Renascimento na Itália. Tradução de Sérgio Tellaroli. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. (Edição de bolso).
· Neste livro, publicado pela primeira vez em 1860, um verdadeiro clássico da historiografia sobre o Renascimento, Jacob Burckhardt (1818-1897) faz um ensaio sobre as artes e a sociedade renascentista, identificando nelas traços das origens do individualismo moderno.
BURKE, Peter. O Renascimento italiano. São Paulo: Nova Alexandria, 2010.
· O historiador Peter Burke trabalha neste livro com o tema do Renascimento italiano. Porém, o autor não se prende somente às questões artísticas e estéticas, expandindo a visão para os assuntos sociais e econômicos que envolviam esse mundo das artes.
GARIN, Eugenio. Idade Média e Renascimento. Lisboa: Editorial Estampa, 1994.
· Neste livro, o historiador e filósofo italiano Eugenio Garin (1909-2004) traça um panorama geral das mudanças e continuidades que se fizeram sentir entre a Idade Média e o Renascimento.
HUIZINGA, Johan. O outono da Idade Média. Tradução de Francis Petra Janssen. São Paulo: Cosac Naify, 2010.
· Publicado pela primeira vez em 1919, esta obra do historiador e filósofo Johan Huiziga se transformou em um clássico sobre a Idade Média ao tratá-la não como uma época de obscura transição, mas como um período marcado por características próprias e contradições.
PANOFSKY, Erwin. Renascimento e renascimentos na arte ocidental. Tradução de Fernando Neves. Lisboa: Editorial Presença, 1981.
· Nesta obra, Erwin Panofsky trabalha com a ideia de "renascimento" artístico, mostrando que também existiram movimentos que se colocaram como renascentistas durante a Idade Média, mas que ficaram obscurecidos em razão do Renascimento surgido a partir do século XV.
382
QUEIROZ, Teresa Aline Pereira de. O Renascimento. São Paulo: Edusp, 1995.
· Este livro é uma obra introdutória ao tema do Renascimento; assim, a autora estabelece um panorama das condições sociais e políticas que proporcionaram o surgimento da renascença na Itália, mostrando como esses fatores estavam diretamente ligados a aspectos artísticos das obras produzidas no período.
ROSSI, Paolo. A ciência e a filosofia dos modernos. São Paulo: Editora Unesp, 1994.
· O historiador italiano Paolo Rossi (1923-2012) estuda, neste livro, a atuação dos primeiros cientistas e filósofos da modernidade que, a partir do século XV, criaram suas interpretações e teorias inovadoras, indo além do pensamento consolidado da Igreja católica.
SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Atual, 2004.
· Neste livro, o historiador Nicolau Sevcenko (1952- -2014) fala sobre diversos aspectos do Renascimento, ressaltando, além de questões estéticas e artísticas, como esse movimento esteve na base do individualismo e do racionalismo, assim como deu impulso à formação das línguas nacionais.
VEIGA, Luiz Maria. A reforma protestante. São Paulo: Ática, 2004.
· Livro com fins pedagógicos que aborda as críticas à Igreja católica que se fizeram sentir na Europa ocidental, assim como a gênese e estabelecimento do luteranismo e do calvinismo.
WEBER, Max. A ética protestante e o "espírito" do capita-lismo. Tradução de José Marcos Mariani de Macedo e edição de Antônio Flávio Pierucci. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
· Nesta obra clássica da Sociologia, cuja primeira publicação se deu entre 1904 e 1905, Max Weber se debruça sobre as relações existentes entre o pensamento puritano de matriz protestante e o desenvolvimento do capitalismo moderno.
Sugestões de fimes
Agonia e êxtase (Carol Reed, 1965).
· O filme trata da contratação e das disputas surgidas entre o papa Júlio II e Michelangelo, quando da pintura do teto da Capela Sistina.
Romeu e Julieta (Franco Zefirelli, 1968).
· Drama baseado na obra homônima de william Shakespeare, conta a história de amor entre Romeu e Julieta, cada um pertencente a uma das famílias rivais da cidade de Verona.
Ana dos mil dias (Charles Jarrott, 1969).
· O filme trata da separação entre o rei Henrique VIII, da Inglaterra, e Catarina de Aragão e o casamento com a jovem Ana Bolena, que gera a herdeira Elizabeth.
Giordano Bruno (Giuliano Montaldo, 1973).
· O filme trata do processo inquisitorial sofrido pelo filósofo e astrônomo italiano Giordano Bruno, que terminaria com sua morte na fogueira em 1600.
Sugestão de site
Museu de Arte de São Paulo (Masp). Disponível em: masp.art.br/. Acesso em: 5 abr. 2016.
· Site oficial do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, instituição que conta com pinturas de importantes artistas renascentistas, como Sandro Botticelli, Rafael Sanzio e Ticiano.
FONTE: DeAgostini/Getty Images
383
6. Bibliografia
Apresentamos a seguir uma lista de obras utilizadas na elaboração deste Manual.
ABREU, Martha; SOIHET, Rachel. Ensino de História: conceitos, temáticas e metodologias. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
ALMANAQUE Brasil Socioambiental (2008).São Paulo: Instituto Socioambiental, 2007.
BARBOSA, Lucia Maria de Assunção et al. De preto a afro-descendente. Trajetos de pesquisa sobre relações étnico-raciais no Brasil. São Carlos: Edufscar, 2004.
BENTO, Maria Aparecida S. Cidadania em preto e branco. São Paulo: Ática, 2006.
BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1997.
BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.
BLOCH, Marc. Apologia da História ou O ofício de historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
BORGES, Vavy Pacheco. O que é História. São Paulo: Brasiliense, 1980.
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade. São Paulo: T.A. Queiroz/Edusp, 1987.
BURKE, Peter. O que é História cultural? Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
CABRINI, Conceição et al. O ensino de História - Revisão urgente.São Paulo: Brasiliense, 1987.
CARR, Edward Hallet. Que é História? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
CARRETERO, Mario. Construir e ensinar - As ciências sociais e a História. Porto Alegre: Artmed, 1997.
CHESNEAUX, Jean. Devemos fazer tábula rasa do passado? - Sobre a História e os historiadores. São Paulo: Ática, 1995.
DELGADO, Lucilia de Almeida Neves. História oral: memória, tempo, identidades. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
DMITRUK, Hilda Beatriz. A história que fazemos: pesquisa e ensino de História. Florianópolis: Grifos, 1998.
FABREGAT, Clemente Herrero; FABREGAT, Maria Herrerro. Como preparar uma aula de História. Lisboa: Editora Asa, 1991.
FARIA, Maria Alice. Como usar o jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2008.
FENELON, Déa Ribeiro et al. (Org.). Muitas memórias, outras histórias. São Paulo: Olho d´Água, 2004.
FERRO, Marc. A manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação - A história dos dominados em todo o mundo. São Paulo: Ibrasa, 1983.
FREITAS, Marcos Cezar (Org.). Historiografia brasileira em perspectiva. São Paulo: Contexto, 1998.
GAY, Peter. O estilo na História. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
GUAZZELLI, Cesar Augusto Barcellos et al. (Org.). Questões de Teoria e Metodologia da História. Porto Alegre: Editora Universidade/UFRGS, 2000.
HALBwACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1990.
HASENBALG, Carlos. Discriminação e desigualdades raciais no Brasil. Belo Horizonte: UFMG; Rio de Janeiro: Iuperj, 2005.
HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula - Visita à História contemporânea. São Paulo: Selo Negro Edições, 2005.
HOBSBAwM, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
IOKOI, Zilda Marcia Gricoli (Org.). História e linguagens. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 2002.
KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula - Conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003.
LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre (Org.). História: novos problemas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988.
LE GOFF, Jacques. História: novas abordagens. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988.
LE GOFF, Jacques. História: novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988.
LEFEBVRE, Henry. O direito à cidade. São Paulo: Moraes Editora, 1991.
LIMA, Ivan et al. (Org.). Os negros, os conteúdos escolares e a diversidade cultural. Florianópolis: Núcleo de Estudos Negros, 1998. 2 v.
MARCOVITCH, Jacques. Para mudar o futuro: mudanças climáticas, políticas públicas e estratégias empresariais. São Paulo: Edusp/Saraiva, 2006.
MONTENEGRO, Antonio Torres. História oral e memória: a cultura popular revisitada. São Paulo: Contexto, 1992.
MORAN, Emílio F. Nós e a natureza: uma introdução às relações homem-ambiente. São Paulo: Senac, 2008.
384
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
MUNANGA, Kabengele; GOMES, Nilma Lino. O negro no Brasil de hoje. São Paulo: Global, 2006.
NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004.
OLIVEIRA, Margarida Maria Dias de; STAMATTO, Maria Inês Sucupira (Org.). O livro didático de História: políticas educacionais, pesquisas e ensino. Natal: EDUFRN, 2007.
PINSKY, Jaime (Org.). O ensino de História e a criação do fato. São Paulo: Contexto, 1988.
PINSKY, Jaime. Cidadania e educação. São Paulo: Contexto, 1999.
RAGO, Margareth; GIMENEZ, Renato. Narrar o passado, repensar a História. Campinas: IFCH-Unicamp, 2000.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar a história. São Paulo: Scipione, 2004.
SCHWARCZ, Lilia Moritz; REIS, Letícia Vidor de Sousa. Negras imagens. São Paulo: Edusp, 1996.
SILVA, Aracy Lopes da; GRUPIONI, Luis Donisete Benzi. A temática indígena na escola: novos subsídios para professores de 1º e 2º graus. Brasília: MEC/Mari/Unesco, 1995.
SILVA, Aracy Lopes da (Org.). A questão indígena na sala de aula. São Paulo: Brasiliense, 1987.
SILVA, Marcos (Org.). República em Migalhas: História Regional e Local. São Paulo: Marco Zero, 1990.
SILVA, Marcos A. da. História - O prazer em ensino e pesquisa. São Paulo: Brasiliense, 1995.
SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão (Org.). Livros didáticos de História e Geografia: avaliação e pesquisa. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2006.
VIEIRA, Maria do Pilar de Araújo et al. A pesquisa em História. São Paulo: Ática, 1989.
FONTE: AKG/Latinstock
Dostları ilə paylaş: |