Fronteiras da Globalização 3


Unidade 1 - Aspectos gerais do território brasileiro, p. 330 Unidade 2



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Unidade 1 - Aspectos gerais do território brasileiro, p. 330

Unidade 2 - Brasil: espaço geográfico e impactos ambientais, p. 332

Unidade 3 - Ocupação do território brasileiro: população e urbanização, p. 335

Unidade 4 - Organização do espaço econômico e industrialização, p. 337

Unidade 5 - Atividades primárias no Brasil, p. 340

Unidade 6 - Comércio, transportes e telecomunicações, p. 343

LEGENDA: Usina hidrelétrica de xingó, no município de Piranhas (AL), em 2016.

FONTE: Andre Dib/Pulsar Imagens

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primeira parte. A Geografia no Ensino Médio: considerações gerais

1. O currículo do Ensino Médio: as áreas de conhecimento

O Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica e é regido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), que passou por três alterações, a última realizada em 1996.

A elaboração dos currículos do Ensino Médio, por sua vez, deve obedecer às Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, Resolução nº 2, de 30 de janeiro de 2012. Segundo esse documento, "a organização curricular do Ensino Médio tem uma base nacional comum e uma parte diversificada que não devem constituir blocos distintos, mas um todo integrado, de modo a garantir tanto conhecimentos e saberes comuns necessários a todos os estudantes, quanto uma formação que considere a diversidade e as características locais e especificidades regionais".

Assim sendo, o currículo deverá ser constituído por quatro áreas de conhecimento, compostas por componentes curriculares:



I - Linguagens

a) Língua Portuguesa;

b) Língua Materna, para populações indígenas;

c) Língua Estrangeira Moderna;

d) Arte, em suas diferentes linguagens: cênicas, plásticas e, obrigatoriamente, a linguagem musical;

e) Educação Física.



II - Matemática

III - Ciências da Natureza

a) Biologia;

b) Física;

c) Química.



IV - Ciências Humanas

a) História;

b) Geografia;

c) Filosofia;

d) Sociologia.

2. Matriz do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - 2015

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma importante ferramenta de avaliação do En sino Básico, além de ser uma forma de seleção unificada para o ingresso em universidades federais.

A prova do Enem, estruturada em competências e habilidades, tem como característica estimular o raciocínio, com a utilização de questões contextualizadas e interdisciplinares, evitando, assim, a memorização de informações. A intenção é avaliar se o aluno está construindo o conhecimento, unindo os conceitos aprendidos à vivência dos fenômenos e à aplicação daqueles conceitos no dia a dia.

Pode-se entender, então, que o objetivo da avaliação é incentivar o aluno a tomar decisões diante de problemas práticos, exercendo sua autonomia, e não simplesmente memorizando conceitos. Essa proposta é favorável ao novo modo de ensinar Geografia, destacando seu caráter interdisciplinar e aproximando o aluno do seu cotidiano. No Enem, as disciplinas são avaliadas de forma integrada e organizadas em quatro áreas:

- Linguagem, Código e suas Tecnologias;

- Matemática e suas Tecnologias;

- Ciências da Natureza e suas Tecnologias;

- Ciências Humanas e suas Tecnologias.

O documento Matriz de Referência para o Enem 2015, elaborado pelo Ministério da Educação, inclui os conteúdos curriculares próprios do Ensino Médio e um conjunto de trinta habilidades para cada uma das áreas que fazem parte da prova. De acordo com esse documento, temos cinco eixos cognitivos comuns a todas as áreas de conhecimento:



I. Dominar linguagens (DL). Dominar a norma culta [variedade-padrão] da língua portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das línguas espanhola e inglesa.

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II. Compreender fenômenos (CF). Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas.

III. Enfrentar situações-problema (SP). Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.

IV. Construir argumentação (CA). Relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente.

V. Elaborar propostas (EP). Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para a elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Transcrevemos a seguir as competências e habilidades relativas à Matriz de Referência de Ciências Humanas e suas Tecnologias, divulgadas no mesmo documento.

Competências e habilidades

Competência de área 1

Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.

Habilidades necessárias

H1. Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

H2. Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.

H3. Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.

H4. Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.

H5. Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.

Competência de área 2

Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.

Habilidades necessárias

H6. Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.

H7. Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.

H8. Analisar a ação dos Estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.

H9. Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.

H10. Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.

Competência de área 3

Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.

Habilidades necessárias

H11. Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.

H12. Analisar o papel da Justiça como instituição na organização das sociedades.

H13. Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.

H14. Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situações ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.

H15. Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da História.

Competência de área 4

Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.



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Habilidades necessárias



H16. Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.

H17. Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.

H18. Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais.

H19. Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.

H20. Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.

Competência de área 5

Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.

Habilidades necessárias

H21. Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.

H22. Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.

H23. Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.

H24. Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.

H25. Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.

Competência de área 6

Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos.

Habilidades necessárias

H26. Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.

H27. Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e/ou geográficos.

H28. Relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.

H29. Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.

H30. Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.

3. Objetos de conhecimento associados às Matrizes de Referência

Ciências Humanas e suas Tecnologias

- Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade - Cultura material e imaterial; patrimônio e diversidade cultural no Brasil. A conquista da América. Conflitos entre europeus e indígenas na América colonial. A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América. História cultural dos povos africanos. A luta dos negros no Brasil e o negro na formação da sociedade brasileira. História dos povos indígenas e a formação sociocultural brasileira. Movimentos culturais no mundo ocidental e seus impactos na vida política e social.

- Formas de organização social, movimentos sociais, pensamento político e ação do Estado - Cidadania e democracia na Antiguidade; Estado e direitos do cidadão a partir da Idade Moderna; democracia direta, indireta e representativa. Revoluções sociais e políticas na Europa moderna. Formação territorial brasileira; as regiões brasileiras; políticas de reordenamento territorial. As lutas pela conquista da independência política das colônias da América. Grupos sociais em conflito no Brasil imperial e a construção da nação. O desenvolvimento do pensamento liberal na sociedade capitalista e seus críticos nos séculos XIX e XX. Políticas de colonização, migração, imigração e emigração no Brasil nos séculos XIX e XX.

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A atuação dos grupos sociais e os grandes processos revolucionários do século XX: Revolução Bolchevique, Revolução Chinesa, Revolução Cubana. Geopolítica e conflitos entre os séculos XIX e XX: Imperialismo, a ocupação da Ásia e da África, as Guerras Mundiais e a Guerra Fria. Os sistemas totalitários na Europa do século XX: nazifascismo, franquismo, salazarismo e stalinismo. Dita duras políticas na América Latina: Estado Novo no Brasil e ditaduras na América. Conflitos político-culturais pós-Guerra Fria, reorganização política internacional e os organismos multilaterais nos séculos XX e XXI. A luta pela conquista de direitos pelos cidadãos: direitos civis, humanos, políticos e sociais. Direitos sociais nas constituições brasileiras. Políticas afirmativas. Vida urbana: redes e hierarquia nas cidades, pobreza e segregação espacial.

- Características e transformações das estruturas produtivas - Diferentes formas de organização da produção: escravismo antigo, feudalismo, capitalismo, socialismo e suas diferentes experiências. Economia agroexportadora brasileira: o complexo açucareiro; a mineração no período colonial; a economia cafeeira; a borracha na Amazônia. Revolução Industrial: criação do sistema de fábrica na Europa e transformações no processo de produção. Formação do espaço urbano-industrial. Transformações na estrutura produtiva no século XX: o fordismo, o toyotismo, as novas técnicas de produção e seus impactos. A industrialização brasileira, a urbanização e as transformações sociais e trabalhistas. A globalização e as novas tecnologias de telecomunicação e suas consequências econômicas, políticas e sociais. Produção e transformação dos espaços agrários. Modernização da agricultura e estruturas agrárias tradicionais. O agronegócio, a agricultura familiar, os assalariados do campo e as lutas sociais no campo. A relação campo-cidade.

- Os domínios naturais e a relação do ser humano com o ambiente - Relação homem-natureza, a apropriação dos recursos naturais pelas sociedades ao longo do tempo. Impacto ambiental das atividades econômicas no Brasil. Recursos minerais e energéticos: exploração e impactos. Recursos hídricos; bacias hidrográficas e seus aproveitamentos. As questões ambientais contemporâneas: mudança climática, ilhas de calor, efeito estufa, chuva ácida, destruição da camada de ozônio. A nova ordem ambiental internacional; políticas territoriais ambientais; uso e conservação dos recursos naturais, unidades de conservação, corredores ecológicos, zoneamento ecológico e econômico. Origem e evolução do conceito de sustentabilidade. Estrutura interna da Terra. Estruturas do solo e do relevo; agentes internos e externos modeladores do relevo. Situação geral da atmosfera e classificação climática. As características climáticas do território brasileiro. Os grandes domínios da vegetação no Brasil e no mundo.

- Representação espacial - Projeções cartográficas; leitura de mapas temáticos, físicos e políticos; tecnologias modernas aplicadas à Cartografia.

4. Competências específicas da Geografia

A principal preocupação na escolha e aplicação dos conteúdos programáticos é desenvolver competências que se apliquem aos eixos cognitivos comuns às áreas gerais do conhecimento que compõem o currículo do novo Ensino Médio.

Segundo a Secretaria de Educação Média e Tecnológica do MEC, competências "são operações mentais estruturadas em rede, que, mobilizadas, permitem a incorporação de novos conhecimentos e sua integração significada a essa rede. As habilidades decorrem das competências adquiridas e referem-se ao plano do saber fazer".

Para trabalhar com competência questões que envolvem os eixos cognitivos, é preciso que o aluno utilize alguns recursos, como o domínio da linguagem, os conteúdos conceituais de cada disciplina e habilidades específicas.

Além das competências e habilidades gerais, a Geografia tem outras que são específicas do seu ramo de conhecimento. Daí a extrema importância dos conteúdos escolhidos para desenvolver essas competências e habilidades e da maneira como serão trabalhados em sala de aula. Veja alguns cuidados que podem ser adotados nessa escolha:

- Delimitar precisamente o objeto da Geografia, que deve funcionar como "ponte" com outras áreas.

- Formar alunos capazes de construir conhecimentos críticos sobre o mundo em que vivem.



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- Não selecionar conteúdos muito específicos, pois não é objetivo do Ensino Médio formar geó grafos.

- Escolher conteúdos atualizados e que valorizem a vivência do aluno.

- Deixar claro que é impossível compreender a nova problemática do mundo sem estudar Geografia.

Se a meta do nosso trabalho é formar um cidadão crítico, com uma visão de mundo que lhe permita participar ativamente da sociedade em que vive, o primeiro passo é definir com clareza o que entendemos por cidadão crítico e participante. Podemos dizer que é o indivíduo capaz de entender os fatos que acontecem no mundo, de interpretá-los e de estabelecer relações não só entre esses fatos, mas também entre eles e a realidade do local onde vive.

Estamos falando exatamente do principal conceito da Geografia - o espaço geográfico. Ao trabalhar esse conceito, o professor inicia sua tarefa, que é ajudar o aluno a entender as diversidades e as mudanças que acontecem no espaço geográfico, tornando-o capaz de "pensar" esse espaço e perceber-se como parte integrante dele.

Para o aluno ter essa percepção, algumas habilidades e competências específicas são essenciais:

- Adquirir o pleno domínio da linguagem cartográfica, como mapas, gráficos, imagens de satélites, que constituem a maneira de representar os fatos e os fenômenos no espaço geográfico.

- Dominar as noções de escala no conhecimento geográfico, que vão ajudá-lo a reconhecer os fenômenos geográficos:

- a escala cartográfica, que permite organizar a localização e a distribuição espacial dos fenômenos;

- a escala geográfica, que permite organizar e classificar os fenômenos em escala local, regional, nacional e global.

- Comparar os fenômenos geográficos e reconhecer as semelhanças e diferenças existentes entre eles, explicando suas reações.

- Identificar as particularidades de uma paisagem, um lugar ou território no espaço geográfico, reconhecendo os fenômenos aí encontrados, determinando o processo de sua formação e o papel da tecnologia dos grupos humanos que habitam ou já habitaram esse lugar, paisagem ou território.

5. Geografia: interdisciplinaridade e contextualização

São condições fundamentais para a formação do cidadão crítico, na busca da construção do conhecimento, aprender como aplicar e reconhecer em sua vida os conceitos da Geografia integrados a outras disciplinas, e garantir uma visão interdisciplinar dos fatos e fenômenos do espaço geográfico.

A interdisciplinaridade e a contextualização dos conteúdos, porém, não devem ser vistas separadamente. De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM), torna-se fundamental a integração e a aproximação das disciplinas, pois o conhecimento é único e deve ser aplicado no cotidiano das pessoas. Quando ensinamos Geografia, podemos trabalhar, com conhecimentos geográficos, conteúdos de História, Física, Biologia, Literatura e tantos outros que fazem parte do espaço geográfico, objeto de estudo da nossa disciplina.

A interdisciplinaridade integra as diferentes disciplinas, demostrando como determinado assunto pode ser abordado por vários campos do saber, mantendo, porém, sua individualidade. Nessa integração, há um diálogo que procura conciliar os conceitos pertencentes às diversas áreas, buscando um conhecimento único.

Dessa forma, o trabalho interdisciplinar deve ser visto como uma preciosa contribuição das várias áreas do estudo na construção dos conhecimentos e ser aplicado ao ensino da Geografia. Esse tipo de abordagem facilita o trabalho do professor e ajuda a melhorar o desempenho do aluno.

Os conteúdos geográficos, em uma visão interdisciplinar, devem ser apresentados como fatos próximos da realidade do aluno. A sucessão dos dias e das noites, as mudanças do tempo, os problemas das cidades são apenas alguns dos muitos exemplos da interferência dos fenômenos geográficos no cotidiano das pessoas.

Além de criar uma relação entre o conhecimento e o cotidiano, valorizando experiências, vivência e a realidade do aluno, a contextualização pode avançar ainda mais e ampliar esse conhecimento inicial, desenvolvendo competências para que o aluno possa se integrar na sociedade, interferindo, com sua participação, no funcionamento dessa sociedade.



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segunda parte. Sobre esta coleção

1. A escolha e a organização dos conteúdos

Elaborada em três volumes, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio de 1996, as Diretrizes Curriculares Nacio nais para o Ensino Médio, Resolução nº 2, de 30 de janeiro de 2012, e a Matriz de Referência para o Enem 2015, esta coleção procura ampliar os conhecimentos geográficos do aluno, cuja aprendizagem se iniciou no Ensino Fundamental.

Dentro de uma visão socioconstrutivista, entendemos que o aluno é uma pessoa criativa, capaz de relacionar fatos e ideias e, com o professor, ser responsável pela aquisição de conhecimentos. Dessa forma, o processo de aprendizagem é uma consequência da interação professor-aluno.

Os conteúdos selecionados visam facilitar a tarefa do professor em seu papel de condutor para a aquisição de conhecimentos, incentivando o aluno a questionar e a estabelecer correlações entre os assuntos estudados. Nesse trabalho, assumem importância as atividades em grupo, os debates e as pesquisas.

Competências, habilidades e conteúdo completam a formação do cidadão crítico e "pensante". Por isso, a seleção dos temas geográficos deve ser criteriosa. Não é possível desenvolver competências e habilidades sem trabalhar conteúdos atualizados e que valorizem a vivência do aluno.

A escolha dos conteúdos nesta coleção obedece a uma abordagem da Geografia que considera o espaço geográfico como o resultado da interferência humana no espaço natural, através do tempo histórico. Essa interferência acontece por meio das atividades econômicas (rurais e urbanas), favorecidas pelas inovações tecnológicas. Procura mos mostrar também que, muitas vezes, a interferência humana na natureza apresenta como resultado impactos ambientais que são cada vez mais motivo de preocupação para a humanidade.

Cada volume desta coleção foi estruturado segundo a nossa experiência de muitos anos de sala de aula. O critério utilizado foram as grandes contradições do capitalismo globalizado que fazem surgir contrastes naturais, humanos, políticos, econômicos, tecnológicos e organizações supranacionais. Dentro de cada uma delas, analisamos as desigualdades dos fenômenos geográficos no estudo do espaço.

No volume 1 estudamos os contrastes naturais, políticos e humanos.



Contrastes naturais. Conhecer as características do espaço natural, sua formação e as intervenções humanas que resultaram em graves impactos ambientais ao longo dos séculos torna-se essencial em uma época em que os problemas referentes ao meio ambiente e à sua preservação estão entre as principais preocupações da humanidade.

Como é no espaço geográfico que as manifestações da natureza e as atividades humanas acontecem, iniciamos nosso estudo com a caracterização de conceitos fundamentais para a Geografia, como lugar, paisagem e espaço geográfico, sua representação por meio da Cartografia e a localiza ção dos fenômenos geográficos com o uso das coordenadas geográficas e dos pontos cardeais.

As fronteiras naturais do espaço estão definidas pelos grandes biomas do mundo, embora existam outros elementos, como os continentes e oceanos, as formas de relevo e as bacias hidrográficas, que poderiam ser considerados como tal. Nossa escolha é justificada pelo fato de o aspecto visual dos biomas, ou seja, a sua vegetação característica, ser resultado da estreita correlação existente entre os elementos naturais (clima, relevo, hidrografia) que o compõem.

Temas polêmicos como poluição do ar e suas consequências, escassez e poluição dos recursos hídricos, desmatamentos, mau uso das terras agrícolas e poluição urbana foram amplamente abordados, dada a sua relevância na formação do cidadão consciente e atuante em sua comunidade.



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