Fronteiras da Globalização 3



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TEXTO 3

Árvores da Amazônia geram novas folhas mesmo durante a seca

Estocagem de água no solo no período de chuvas é crucial nesse processo, segundo estudo publicado na revista Science



A produção contínua de folhas novas, e não a quantidade delas em cada árvore, é a responsável pela absorção de gás carbônico (CO2) nas florestas tropicais. A conclusão é de um grupo internacional de pesquisadores, entre eles brasileiros de diversas instituições.

Em um estudo publicado na [...] revista Science, eles sugerem que a produção de novas folhas pelas árvores aumenta durante a estação seca, contribuindo para maior absorção de CO2. A constatação é surpreendente porque no ápice da estação seca as condições climáticas são mais adversas, e a disponibilidade de água é baixa. Isso significa que as plantas, até onde se sabe, teriam menos nutrientes para gerar novas folhas, enquanto as folhas mais velhas progressivamente perderiam a capacidade da floresta de realizar fotossíntese - processo por meio do qual as plantas convertem a energia solar em açúcar, retirando CO2 da atmosfera.

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Parece que não é bem assim. Por meio de torres instaladas no meio da selva, os pesquisadores monitoraram a capacidade de diferentes espécies de plantas de realizarem fotossíntese em quatro parcelas de florestas, distribuídas em regiões da Amazônia separadas por centenas de quilômetros e com padrões de chuvas distintas. Ao analisar os dados, eles verificaram que as árvores continuavam produzindo novas folhas, mesmo nos períodos de pouca chuva, e que estavam absorvendo CO2 da atmosfera. Em épocas mais secas, as árvores, mesmo as mais altas e imponentes, perdem folhas. Assim, os modelos computacionais usados para explicar as interações sazonais entre a floresta e as condições atmosfé ricas em regiões tropicais, em geral, sugeriam que pouca chuva resultaria em menos água para as plantas, que, em consequência, produziriam menos folhas. E à medida que as folhas remanescentes envelheciam, a planta perdia sua capacidade de fazer fotossíntese e absorver mais CO2 da atmosfera.

"Parece que a perda de folhas durante os períodos de seca é compensada pela produção de folhas novas, o que resulta em uma queda na faixa etária das folhas que compõem a copa das árvores", diz o engenheiro florestal Paulo Brando, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e um dos autores do estudo. Para isso, as plantas usam o estoque de água no solo profundo para trocar as folhas mais velhas progressivamente por folhas mais novas. Esse processo explica a variação sazonal na capacidade da floresta de realizar fotossíntese [...].

Essas folhas, então, fariam mais fotossíntese que as mais velhas. "Isso quer dizer que durante o ano a sazonalidade da floresta, em termos de fotossíntese, está mais associada à produção de folhas novas e menos à variação do clima", diz. Os pesquisadores agora pretendem incluir este mecanismo nos modelos que pretendem estimar o efeito das mudanças climáticas sobre as florestas tropicais, uma vez que parece haver outras variáveis, além da climática, a influenciar a regulação do fluxo de CO2 nessas selvas. O estudo foi financiado do projeto GoAmazon, mantido pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos em parceria com a Fapesp e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas.

ANDRADE, Rodrigo de Oliveira. Árvores da Amazônia geram novas folhas mesmo durante a seca. Pesquisa Fapesp, edição on-line, 25 fev. 2016. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2016/02/25/arvores-da-amazonia-geram-novas-folhas-mesmo-durante-a-seca/. Acesso em: 26 abr. 2016.



TEXTO 4

Pacto do Pacífico ameaça US$ 31 bi em vendas industriais do Brasil

Acordo entre 12 países reúne 40% do PIB global

O Acordo de Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês), assinado nesta segunda-feira [5/10/2015] por Estados Unidos, Japão e mais dez países, deve mudar os rumos do comércio internacional. O pacto é o maior da História, reunindo economias que somam US$ 28 trilhões, ou 40% do PIB mundial. Juntas, as nações participantes movimentaram, no ano passado, US$ 9,5 trilhões em exportações e importações. Devido à expectativa de que os países do novo bloco comprem e vendam mais dentro do próprio bloco, o Brasil pode perder acesso a esses mercados, colocando em risco US$ 31 bilhões em exportações de manufaturados.

Estão no TPP EUA, Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã. Em 2014, um quarto do que o Brasil vendeu para o exterior foi para países do bloco recém-formado. Se for levada em conta apenas a exportação de manufaturados, a conta sobe para 35% no caso das vendas externas brasileiras, o que significa US$ 31 bilhões. É justamente com relação aos industrializados que o Brasil mais tem a perder com o TPP. Com o novo acordo, a expectativa é que EUA, México, Chile, Colômbia e Peru passem a comprar mais industrializados de Vietnã, Austrália e Nova Zelândia, entre outros.

- Não há outro caminho senão buscar acordos bilaterais - afirmou Diego Bonomo, diretor de Comércio Exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Entre os produtos brasileiros mais afetados estão automóveis, açúcar refinado e bens de capital. Commodities agrícolas e pecuárias, não: o maior comprador de nossas matérias-primas é a China, que não faz parte do TPP.

A assinatura do acordo foi vista como um incentivo para buscar acelerar as negociações para uma zona de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia, disse ao Globo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. Ele ressaltou que, também pensando no TPP, o governo brasileiro vem negociando acordos de facilitação de comércio com Peru, Chile, EUA, México, Vietnã e Cingapura - todos do novo bloco.

- O TPP torna mais relevante e oportuno, tanto do nosso lado quanto na visão dos europeus, que aceleremos as negociações - disse o ministro.

Regras trabalhistas e para meio ambiente

Para Flávio Lyrio Carneiro, pesquisador de políticas internacionais do Ipea, o Brasil corre o risco de ficar isolado. Segundo o especialista, o país tem dado mais atenção a acordos multilaterais, conduzidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC), deixando de lado as parcerias bilaterais, que tendem a ganhar mais espaço no cenário global.

- Aumenta nosso isolamento. O país tem buscado timidamente participar de algumas iniciativas de integração bilateral ou regional. A nossa opção, nos últimos muitos anos, tem sido pelo lado multilateral. Existe a possibilidade de não só o TPP, mas o T-TIP (entre EUA e União Europeia, também chamado de acordo transatlântico) diminuir a importância do plano multilateral como principal meio de formular regras do comércio internacional - avalia Carneiro.

Lia Valls, pesquisadora da Fundação Getulio Vargas (FGV), lembra que a OMC continua tendo papel importante, porém mais voltado para a resolução de disputas internacionais:

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- É importante ter uma OMC ativa, porque ela ajuda a compatibilizar as diferentes regras que saem desses acordos. Tem de haver uma agenda mínima, que está dentro da OMC.

Nem todas as regras acertadas no TPP estão previstas na OMC.

- Se não existirem normas já estabelecidas, eles criarão novas regras. Um exemplo é a regra de origem. Digamos que o Peru vai produzir calça jeans e vender para os EUA. O tecido do Vietnã pode ser usado preferencialmente e até considerado um insumo que pertence ao bloco como um todo. Isso vai estimular o comércio de bens intermediários no TPP - explicou Bonomo.

O consenso entre os ministros de Comércio Exterior das 12 nações envolvidas foi alcançado após cinco dias de conversas intensas em Atlanta, nos EUA. O acordo só foi fechado às 5 h (horário local) de ontem. O texto é amplo: abrange não só redução ou eliminação de tarifas, mas compromissos com padrões de leis trabalhistas, proteção ao meio ambiente e propriedade intelectual. Um dos pontos polêmicos é em relação ao tempo de proteção das patentes da indústria farmacêutica, que só foi solucionado no domingo, entre EUA e Austrália. O período de exclusividade deve ser de pelo menos cinco anos, menos que os 12 atualmente permitidos na legislação americana.

Para entrar em vigor, o TPP ainda precisa ser aprovado por legisladores de todos os países envolvidos, incluindo o resistente Congresso americano. O processo deve ficar para 2016, segundo o representante de Comércio dos EUA, Michael Froman.

O texto enfrenta resistência no Partido Democrata (do próprio presidente Barack Obama) e em setores da indústria americana. O setor automotivo, por exemplo, teme a concorrência do Japão com o iene industrializado. Os ministros das Finanças do bloco discutirão regras sobre moedas.

CORRÊA, Marcello; OLIVEIRA, Eliane. Pacto do Pacífico ameaça US$ 31 bi em vendas industriais do Brasil. O Globo, 6 out. 2015. Disponível em: http://oglobo.globo.com/economia/pacto-do-pacifico-ameaca-us-31-bi-em-vendas-industriais-do-brasil-17697205. Acesso em: 26 abr. 2016.

3. Sugestões de temas complementares e atividades para trabalhar em sala de aula

Tema 1 - Impactos ambientais no Brasil

TEXTO 1

Estudo alerta para emissões de novas hidrelétricas na Amazônia

Seis das 18 hidrelétricas que o governo ergueu recentemente, está erguendo ou pretende erguer na Amazônia poderão emitir níveis de gases causadores do efeito estufa equivalentes aos de usinas alimentadas por combustíveis fósseis, segundo um estudo publicado na revista científica americana Environmental Research Letters



Divulgada em dezembro, a pesquisa empregou um método inédito para calcular as emissões de gás carbônico e metano, geradas na formação dos reservatórios e construção das usinas.

A análise apontou uma alta probabilidade de que as hidrelétricas de Cachoeira do Caí (PA), Cachoeira dos Patos (PA), Sinop (MT), Bem Querer (RR), Colíder (MT) e Marabá (PA) gerem emissões comparáveis às de usinas de gás natural, fonte normalmente mais poluente que a hidráulica, mas menos poluente que os demais combustíveis fósseis.

Em alguns casos - como os de Sinop e Cachoeira do Caí -, as emissões poderiam até superar as de usinas de carvão, o mais poluente dos combustíveis fósseis.

As emissões em hidrelétricas geralmente ocorrem quando a matéria orgânica presente no solo ou na vegetação submerge durante a formação de reservatórios, produzindo gás metano. Por isso, usinas cujos reservatórios inundam grandes áreas tendem a gerar mais emissões que hidrelétricas a fio d'água (com reservatórios menores e que aproveitam a velocidade natural do rio para gerar energia).

A legislação brasileira atual exige a retirada da vegetação de áreas a serem alagadas. Ainda assim, segundo o estudo, quantidades significativas de matéria orgânica permanecem no solo.

Segundo o governo, hidrelétricas na Amazônia responderão por 85% da potência hidráulica a ser agregada ao sistema elétrico brasileiro até 2022. A região concentra a maioria dos rios brasileiros com potencial hidrelétrico subexplorado.

Níveis de emissões variam

Coautor da pesquisa e doutorando na Universidade Carnegie Mellon (EUA), o engenheiro brasileiro Felipe Faria disse à BBC Brasil que os resultados do estudo ajudam a derrubar a crença de que hidrelétricas necessariamente geram energia limpa, mostrando que os níveis de emissões variam bastante conforme o projeto.

Ele defende que, diante das mudanças climáticas, o governo passe a considerar o cálculo de emissões antes de decidir construir uma hidrelétrica.

Na véspera da última conferência climática da ONU, o Brasil se comprometeu a reduzir em 43% as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2030, com base nos padrões de 2005.

Faria diz que o governo também deveria levar em conta no planejamento do setor mudanças nos padrões climáticos e de uso do solo na Amazônia. Ele cita um estudo de 2013 conduzido por pesquisadores brasileiros e americanos, segundo o qual o desmatamento pode reduzir bastante as vazões da bacia do Xingu, afetando a usina de Belo Monte (PA).

Para Faria, hidrelétricas são atrativas no Brasil por, entre outros motivos, terem baixo custo em relação a outras fontes e porque o país tem experiência em construí-las. Por outro lado, diz ele, "boa parte dos tomadores de decisão do setor elétrico foram formados dentro da indústria hidrelétrica, e há por isso um apelo e um lobby muito forte por essa fonte".

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Segundo Faria, o governo poderia ser mais agressivo em criar políticas que favoreçam o avanço das fontes eólica e solar (menos poluentes) e, assim, reduzir a necessidade de grandes hidrelétricas.

Também assinam a pesquisa Paulina Jaramillo, Henrique Sawakuchi, Jeffrey Richey e Nathan Barros.

Fórmula inédita

Hoje as estimativas de emissões de hidrelétricas não são consideradas pelo Ministério de Minas e Energia (MME), que questiona a precisão das medições disponíveis.

Estimar emissões de hidrelétricas antes de elas serem construídas é um desafio porque cada usina e rio tem características singulares, e os modelos já desenvolvidos produziram resultados insatisfatórios.

Para aumentar a confiabilidade das medições, os autores do estudo empregaram uma nova fórmula, que combina dois modelos. Em um deles, que tende a superestimar os resultados, eles usaram dados de emissões de usinas já construídas e os aplicaram aos 18 projetos, levando em conta suas especificidades.

O outro modelo, que subestima os resultados, simulou as emissões com base em fórmulas de degradação de matéria orgânica submersa, cuja quantia foi medida em cada usina a partir de imagens de satélite.

Mesmo ao se levar em conta o modelo que subestima as medições, apenas uma das 18 hidrelétricas - Ferreira Gomes (AP) - apresentou níveis de emissões praticamente nulos, comparáveis aos de usinas eólicas e solares.

Outras dez hidrelétricas - entre as quais Belo Monte (PA), Jirau (RO) e Santo Antonio (RO) - apresentaram padrões de emissões superiores aos de eólicas e solares, mas abaixo dos de usinas de combustíveis fósseis.

'Desmistificação'

Em nota à BBC Brasil, o Ministério de Minas e Energia diz que estudos iniciados em 2011 a pedido do órgão "desmistificaram que usinas hidrelétricas em regiões tropicais são usualmente fontes relevantes de emissão de gases causadores do efeito estufa".

Segundo o ministério, as análises de hidrelétricas brasileiras revelaram emissões entre dez e 500 vezes menores que usinas térmicas a carvão, exceto no caso de Balbina (AM). "A energia hidrelétrica existente no Brasil é energia limpa e renovável", diz o órgão.

O MME afirma ainda que as tecnologias solar e eólica estão em expansão no Brasil, mas são incapazes de substituir "usinas com armazenamento", como as hidrelétricas. Segundo o órgão, a maioria das novas hidrelétricas na Amazônia opera a fio d'água, gerando menos impactos ambientais que usinas das décadas anteriores.

FELLET, João. Estudo alerta para emissões de novas hidrelétricas na Amazônia. BBC Brasil, 12 jan. 2016. Disponível em: www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160104_emissoes_amazonia_jf. Acesso em: 27 abr. 2016.



Atividades

1. O que é apontado pelo estudo da revista científica americana Environmental Research Letters sobre as emissões de gases causadores do efeito estufa a partir das novas hidrelétricas na Amazônia?

Resposta: Segundo essa publicação, as hidrelétricas erguidas recentemente na Amazônia poderão emitir níveis de gases causadores do efeito estufa equivalentes aos de usinas alimentadas por combustíveis fósseis.

2. Normalmente, qual fonte é mais poluidora: a hidráulica ou a das usinas que utilizam petróleo ou carvão mineral? Justifique sua resposta.

Resposta: As de petróleo e carvão mineral são consideradas mais poluidoras porque produzem muito calor, cinzas e outros resíduos voláteis da combustão, que são fontes potenciais de poluição do ar através da dispersão de fuligem.

3. Explique como essas novas usinas hidrelétricas produzirão emissões de gases causadores do efeito estufa.

Resposta: Isso ocorre quando a matéria orgânica presente no solo ou na vegetação submerge durante a formação de reservatórios, produzindo gás metano.

4. O que é defendido pelo engenheiro brasileiro Felipe Faria em relação à construção das hidrelétricas?

Resposta: Ele defende que o governo passe a considerar o cálculo de emissões antes de decidir construir uma hidrelétrica.

TEXTO 2

Mato Grosso, Amazonas e RO puxam aumento no desmatamento da Amazônia

São Paulo: O Ministério do Meio Ambiente divulgou na tarde de quinta-feira (26) os dados oficiais do desmatamento da Amazônia do sistema Prodes, medidos entre agosto de 2014 e julho de 2015 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Houve aumento de 16% em comparação ao ano anterior (crescimento de 5.012 km2 para 5.831 km2), e os estados de Amazonas (54%), Rondônia (41%) e Mato Grosso (40% de aumento) foram os que mais puxaram para cima esse aumento.

Segundo a ministra Izabella Teixeira, há ilegalidades acontecendo em determinadas regiões do Amazonas e a pasta estuda a criação de novas unidades de conservação para conter as derrubadas.

O Pará, que é o estado que mais desmata a Amazônia em números absolutos, manteve seu índice estável em relação ao ano anterior, ainda que em um patamar alto (1.881 km2). A ministra disse que notificará os governos de MT, AM e RO para darem explicações sobre o que está acontecendo.

O anúncio do aumento do desmatamento acontece às vésperas da Conferência do Clima da ONU, a COP-21, em Paris, onde o Brasil participará das negociações por um acordo global de redução das emissões dos gases de efeito estufa.

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O desmatamento, historicamente, é o maior fator causador de emissões no Brasil. Somente este ano anunciou-se que a geração de energia pode ter chegado ao mesmo patamar da devastação.

Diferenças entre sistemas

Existem diferentes sistemas de monitoramento do desmatamento da Amazônia. Todos eles são feitos por técnicos que observam imagens de satélite seguindo diferentes metodologias. O Prodes, divulgado nesta quinta, é o dado oficial anual, mais preciso. O Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real) é produzido mensalmente pelo Inpe e, como é mais rápido, não se destina a medir áreas, mas detectar focos de derrubadas de floresta para que as autoridades sejam acionadas a tempo.

Cerrado desmatado

Na quarta-feira, foram divulgados pelo governo os dados do Terraclass Cerrado 2013, projeto destinado ao mapeamento do uso da terra e da cobertura vegetal desse outro bioma, também com dados coletados pelo Inpe. Os resultados revelam que 54,5% do Cerrado mantém sua vegetação natural. As áreas de pastagens ocupam 29,5% do bioma, enquanto a agricultura anual representa 8,5% e as culturas perenes, 3,1%, totalizando 41,1% do uso da terra.

MATO Grosso, Amazonas e RO puxam aumento no desmatamento da Amazônia. Rondonoticias, 28 nov. 2015. Disponível em: www.rondonoticias.com.br/noticia/geral/15725/mato-grosso-amazonas-e-ro-puxam-aumento-no-desmatamento-da-amazonia. Acesso em: 27 abr. 2016.

Atividades

1. Que informação foi divulgada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entre 2014 e 2015 sobre o desmatamento da Amazônia?

Resposta: Que ocorreu um aumento de 16% do desmatamento em comparação com o ano anterior.

2. Que estados e suas respectivas regiões geográficas aparecem como os maiores desmatadores no período analisado?

Resposta: Foram os estados do Amazonas (região Norte), de Rondônia (região Norte) e de Mato Grosso (região Centro-Oeste).

3. "O desmatamento, historicamente, é o maior fator causador de emissões no Brasil". Explique essa frase retirada da notícia.

Resposta: O aluno poderá responder que o desmatamento é a principal causa das emissões de CO2 (dióxido de carbono) na nossa atmosfera, entre todos os outros agentes poluidores.

4. Além do bioma da Amazônia, que outro bioma é citado na notícia como local de desmatamento? Quanto de sua área original ainda está preservada?

Resposta: O Cerrado, que ainda conta com cerca de 54% de sua área original preservada.

TEXTO 3

Brasil teve papel mediador decisivo para Acordo Mundial do Clima na COP-21

O Brasil foi o responsável pela articulação das negociações para a elaboração da proposta de texto final da COP-21, em Paris, e que resultou no primeiro acordo global, envolvendo 195 países, com o propósito de frear as emissões de gases do efeito estufa e enfrentar os impactos da mudança climática



A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que liderou a delegação brasileira durante a Conferência do Clima, afirmou sua satisfação com o resultado final da COP-21. Segundo a ministra, o Brasil foi protagonista nas negociações, pois o texto final do compromisso reflete todas as posições defendidas pelo país.

Ainda em Paris, Izabella Teixeira destacou o esforço do Brasil nas políticas adotadas de forma voluntária para conter a emissão de gases poluentes, como o Código Florestal, e afirmou que o esforço mostrado pelo Brasil para o pacto mundial só aumentou a credibilidade do país perante o mundo.

"Todos os países em desenvolvimento cumprimentaram o Brasil pelo esforço, pela cooperação e por ser um país que sempre se colocou para construir soluções", conta a ministra. "Nós viemos aqui para construir soluções, começando, no início, com a apresentação de uma NDC (Contribuições Nacionalmente Determinadas) ambiciosa, e mudando o nosso foco. Isso dá uma credibilidade política ao país, além do que nós já estamos fazendo."

Entre as metas estabelecidas, o acordo da COP-21 prevê um aumento de mais de US$ 100 bilhões por ano para financiar ações a partir de 2020, além do objetivo de manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2 °C e de garantir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C. A cada cinco anos, as nações deverão prestar con tas a respeito das iniciativas levadas adiante para impedir que a temperatura aumente mais do que 2 °C.

Apesar de comemorar que o acordo "tem o sotaque do Brasil" e de ser um momento histórico para o país, a ministra Izabella Teixeira deixa claro, no entanto, que o momento será de muito trabalho daqui para a frente, com necessidade de o país avançar no que diz respeito às energias renováveis, avançar na agricultura de baixo carbono, na restauração florestal e principalmente no compromisso que a sociedade brasileira define em relação ao enfrentamento de mudanças do clima.

"O Brasil tem dois desafios, fechar esse primeiro momento que é se preparar até 2020 para essa nova política de clima, que na verdade é uma política de longo prazo e uma política de desenvolvimento. A NDC do Brasil é certamente um dos instrumentos essenciais para uma nova visão de desenvolvimento, para transição de baixo carbono, para mais inclusão social, para redução de desigualdades, para desafios nas relações nacional-subnacional, União e Estados. Você tem que mexer nisso, porque a ação de clima determinará isso.

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