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1. (UFBA, adaptada)

Durante a guerra fria, os laboratórios do Pentágono chegaram a cogitar na produção de um engenho, a bomba de nêutrons, capaz de aniquilar a vida humana em uma dada área, mas preservando todas as construções. O presidente Kennedy afinal renunciou a levar a cabo esse projeto.

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Senão, o que na véspera seria ainda o espaço, após a temida explosão seria apenas paisagem. Não temos melhor imagem para mostrar a diferença entre esses dois conceitos.

SANTOS, 1996.

Com base na leitura do texto, conceitue:

a) paisagem;

b) espaço geográfico;

c) tempo histórico;

d) tempo geológico.

2. (Unicamp-SP, adaptada)

O meio geográfico em via de constituição (ou de reconstituição) tem uma substância científico-tecnológico-informacional. Não é um meio natural, nem meio técnico. A ciência, a tecnologia e a informação estão na base de todas as formas de utilização e funcionamento do espaço, do mesmo modo que participam da criação de novos processos vitais e da produção de novas espécies (animais e vegetais). [...] Atualmente, apesar de uma difusão mais rápida e mais extensa do que nas épocas precedentes, as novas variáveis não se distribuem de maneira uniforme na escala do planeta. A geografia assim recriada é, ainda, desigualitária.

SANTOS, Milton. Técnica, espaço e tempo. São Paulo: Hucitec. p. 51.

Considerando que ciência, tecnologia e informação estão na base do funcionamento do espaço, cite dois países que podem ser considerados centros hegemônicos da economia mundial. Justifique suas escolhas.

3. (Unicamp-SP)

Nos primeiros dias do outono subitamente entrado, quando o escurecer toma uma evidência de qualquer coisa prematura, e parece que tardamos muito no que fazemos de dia, gozo, mesmo entre o trabalho cotidiano, essa antecipação de não trabalhar...

PESSOA, Fernando. Livro do desassossego. Campinas: Editora da Unicamp, 1994, v. II. p. 55.

a) Compare as características do outono em Portugal (terra natal de Fernando Pessoa) com o outono da região Nordeste do Brasil.

b) Diferencie solstício de equinócio.



4. (UFJF-MG) Há muito tempo, a Geografia deixou de ser uma ciência que apenas descreve paisagens. Para que estas possam ser consideradas um dado geográfico, é preciso explicar as relações passadas e atuais, entre a humanidade e a natureza, responsáveis pelo aspecto desses verdadeiros retratos do espaço geográfico. Saber interpretar os processos naturais, sociais e econômicos da paisagem é o verdadeiro objetivo do estudo da Geografia.

Observe a foto da cidade mineira de Juiz de Fora:

FONTE: Disponível em: www.cesama.com.br.

a) Cite duas ações da sociedade que modificaram a natureza.

b) Os elementos do quadro físico influenciam a ação do homem na transformação da paisagem. Cite um desses elementos e explique como ele interfere no desenho urbano.

Outras fontes de reflexão e pesquisa

Filmes

Sempre que você for assistir a um filme na sala de aula ou em casa, por recomendação do professor, lembre-se de alguns passos importantes:



- Leia o texto do capítulo ou suas anotações sobre o assunto em questão antes de assistir ao filme.

- Concentre-se e preste muita atenção. Se possível, anote os principais acontecimentos.

- Caso o professor tenha sugerido um roteiro para você acompanhar a projeção do filme, procure segui-lo e identificar os pontos principais.

- Anote os trechos que você não entendeu para esclarecer com o professor.

- Tire suas próprias conclusões e forme sua opinião sobre o que assistiu.

- Astronomia: O Sistema Solar (v. 2) / O planeta Terra (v. 4)

Produção: SBJ Produções; direção: Sérgio Baldassarini. Volume 2: Números e características da Terra; movimentos da Terra; estações do ano; definições de afélio e periélio. (24 minutos)

Volume 4: Primeiras teorias do geocentrismo; heliocentrismo; componentes do Sistema Solar. (25 minutos)



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- Interestelar

Direção: Christopher Nolan. Estados Unidos, 2014, 2h49min.

Após ver a Terra consumindo boa parte de suas reservas naturais, um grupo de astronautas recebe a missão de investigar possíveis planetas que possam abrigar a população mundial. Cooper é chamado para liderar o grupo e aceita a missão, sabendo que pode nunca mais voltar para a Terra e ver os filhos. Ao lado de Brand, Jenkins e Doyle, ele segue em busca de uma nova casa. Com o passar dos anos, sua filha Murph também vai investir numa jornada para tentar salvar a população do planeta.

- Navigator, uma odisseia no tempo

Direção: Vincent Waerd. Austrália/Nova Zelândia, 1988, 90 minutos.

Na Idade Média, durante a peste negra, uma criança de uma aldeia da atual Inglaterra tem sonhos premonitórios. Na tentativa de evitar a doença, ela parte com seu irmão e outros companheiros em uma viagem através do tempo e vai parar na Nova Zelândia, em 1988.

- Viagem à lua de Júpiter

Direção: Sebástian Cordero. Estados Unidos, 2013, 90 minutos.

Um grupo de astronautas viaja em uma missão espacial até Europa, uma das luas de Júpiter, com o objetivo de investigar a existência de vida alienígena dentro do nosso Sistema Solar. Chegando ao destino, uma série de incidentes faz com que a nave fique sem comunicação com a Terra, deixando os astronautas isolados e sem esperança de retorno. Agora, eles precisarão superar os danos e sobreviver a uma descoberta muito mais profunda do que poderiam ter imaginado.

Livros

Estes livros poderão ampliar o assunto estudado.



- A vida de Galileu

Bertolt Brecht. São Paulo: Paz e Terra, 2001. Teatro completo, v. 6.

Considerado por grande parte da crítica o melhor texto da obra do dramaturgo Bertolt Brecht, A vida de Galileu procura demonstrar o problema do intelectual em conflito com a sociedade em que vive. Para além da experiência do cientista incompreendido, Brecht põe no palco a própria transformação da História por intermédio das ações dos homens.

- Bússola: a invenção do mundo

Amir Aczel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002. O autor narra a chegada da bússola no contexto europeu do final do século XIII e as transformações decorrentes de seu aparecimento.

- Cartografia de paisagens: fundamentos

Lucas Costa de Souza Cavalcanti. São Paulo: Oficina de Textos, 2014.

O livro trata, de forma clara, concisa e didática, do conceito de paisagem e dos princípios metodológicos para sua classificação, assim como das técnicas de representação e de observação em campo. Também aborda questões específicas sobre a identificação das paisagens.

- O prêmio da longitude

John Dash. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

Como medir com precisão a longitude no mar? Esse interessante livro conta que essa foi a grande descoberta de um desconhecido e humilde relojoeiro inglês. Com a invenção do primeiro relógio marítimo de alta precisão que passou a determinar a longitude, o inglês John Harrison (1693-1776) tornou-se imortal.

- Os desbravadores: uma história mundial da exploração da Terra

Felipe Fernández-Armesto. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

Professor em universidades inglesas, Fernández-Armesto relata nessa obra viagens de exploração, reconstituindo os feitos dos pioneiros que, ao longo dos séculos, estabeleceram contato com povos até então desconhecidos, percorrendo as mais diferentes regiões do planeta.

Sites

Os sites indicados a seguir constituem uma boa fonte de pesquisa.



- www.iag.usp.br.

Site do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo, que apresenta informações e material didático sobre Astronomia.

- http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/resolvendo-exercicios-fusos-horarios.htm.



Site em que você encontra orientações para realizar exercícios sobre fusos horários.

- www.miltonsantos.com.br.



Site em que é possível ler textos do geógrafo brasileiro sobre espaço geográfico e Geografia.

- http://momentocurioso.com.br/um-ano-em-40-segundos/.



Site em que é possível encontrar o vídeo Um ano em 40 segundos, que mostra as diferenças de tempo entre as estações do ano [em inglês].

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unidade 2. Representando o espaço geográfico

LEGENDA: Pessoas consultando mapa em Gibraltar, território britânico na península Ibérica, em 2015.

FONTE: Geography Photos/UIG/Getty Images

Os mapas nos auxiliam a localizar qualquer ponto na superfície da Terra, facilitando nossa orientação no espaço geográfico. Para elaborar ou interpretar um mapa, utilizamos a Cartografia: ciência e arte que se ocupa da composição e da leitura de formas de representação do espaço geográfico, como mapas, plantas e cartas. Nesta Unidade, veremos como são construídos e como devem ser interpretados os diferentes produtos cartográficos que representam o espaço geográfico.

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capítulo 4. Representação do espaço geográfico: a construção de mapas

LEGENDA: Os mapas são representações de elementos que se encontram sobre a superfície da Terra. Na foto, alunos com cerca de 13 a 15 anos realizam um trabalho cartográfico, em Sorocaba (SP), em 2016.

FONTE: Paulo Ochandio/Arquivo da editora



Cartografia e tecnologia

Assim como a Geografia, a Cartografia é um conhecimento antigo e há muito tempo faz parte da ciência geográfica.

A elaboração de mapas começou na Antiguidade. O mapa mais antigo do qual se tem registro foi encontrado na Mesopotâmia, atual Iraque.

Anaximandro (610 a.C.-547 a.C.), discípulo de Tales de Mileto, é considerado o primeiro cartógrafo. Em seu mapa, a Terra flutuava no espaço e não havia referência à sua forma.

A partir do século XVI, época das Grandes Navegações, mapas traçados com maior precisão passaram a abrir caminho para os exploradores europeus, pois representavam o mundo de uma maneira bem próxima do real.

Houve uma revolução na ciência cartográfica a partir da segunda metade do século XX, com o surgimento de técnicas modernas, como fotografias aéreas colhidas por aviões especialmente preparados para isso, imagens captadas por satélites artificiais (sensoriamento remoto), o uso do GPS para a elaboração de mapas e a informatização de dados geográficos ou geoprocessamento.

Com o desenvolvimento dessas técnicas, tornou-se possível processar e analisar as imagens obtidas e, com base nas informações, elaborar diferentes tipos de mapa. Hoje, já podemos obter imagens tridimensionais da Terra.

Os mapas temáticos ou especializados, surgidos no século XIX, assumem importância fundamental nas representações atuais do espaço geográfico. A necessidade de levantar dados geográficos para diversos fins, como a construção de estradas, de usinas, a avaliação de solos para a agricultura e até mesmo a abertura de pequenas empresas, provocou o aparecimento de firmas especializadas na prestação desses serviços.



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Os mapas deixaram de ser apenas instrumentos para turistas, estrategistas de exércitos e recurso em aulas de Geografia; tornaram-se ferramenta básica para inúmeros outros profissionais, contribuindo para a análise das relações políticas, sociais e econômicas entre os povos.

Atualmente, podemos distinguir dois tipos de cartografia:

- Analógica ou convencional, que apresenta mapas em papel, elaborados com aparelhos manuais.

- Numérica ou computadorizada, que aplica a informática na confecção de mapas e cartas.

Geomática: a cartografia computadorizada

De maneira simples, podemos definir geomática como a ciência e a tecnologia de coletar, interpretar e utilizar informações geográficas. Utiliza dados coletados por satélites e por trabalho de campo, reunidos e processados em computadores. Seus principais produtos são mapas digitais e bases de dados.

O resultado mais completo obtido através das técnicas da geomática é o que chamamos de geoprocessamento ou sistema SIG (Sistema de Informações Geográficas), que permite a superposição e o cruzamento de informações. Sua principal característica é integrar em uma única base informações diversas (imagens, dados cartográficos, de população, etc.), de forma que seja possível consultar, comparar e analisar essas informações, além de produzir mapas.

De fato, a geomática não é um campo novo, mas uma evolução das técnicas cartográficas, cujos principais setores são o sensoriamento remoto, que reúne a aerofotogrametria e as imagens de satélite, a tecnologia de mapeamento digital e/ou cartografia digital e o sistema de posicionamento global (GPS). Leia mais sobre isso na seção Ampliando o conhecimento, na página 48.

Boxe complementar:

Um bom exemplo em que o SIG pode ser utilizado, muito comentado em notícias de televisão, revistas e jornais, é na área de saúde pública. Quando uma epidemia é causada por um microrganismo que se reproduz em água parada, como a dengue, em determinada região, é possível, cartografando os casos de ocorrência da doença e com o auxílio das ima gens produzidas pelo SIG, identificar com precisão quais são as fontes de água conta minada causadoras da epidemia.

Fim do complemento.

LEGENDA: Neste exemplo vemos a montagem das camadas do MUB. Cada número está relacionado a sua respectiva função. Todas as camadas são feitas a partir da camada 1, que é uma imagem aérea e que pode ter sido feita tanto de um satélite como de um avião.

FONTE: Mapa elaborado com base em: INPE/Banco de imagens/Arquivo da editora



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Sensoriamento remoto

Nem sempre os objetos podem ser medidos e observados no local onde estão. No caso da superfície terrestre, por exemplo, o afastamento é um fator que possibilita uma visão mais ampla e mais completa.

O conjunto de técnicas que permitem obter informações sobre a superfície do planeta Terra por meio de câmeras e sensores acoplados em aviões e também instalados em satélites artificiais é chamado sensoriamento remoto.

As técnicas de sensoriamento remoto caracterizam-se pela separação física entre o sensor (câmara fotográfica ou satélite artificial) e o objeto de estudo que está na superfície da Terra. Utilizando essas técnicas, obtêm-se informações por meio de radiação eletromagnética, que pode ser originada de fontes naturais ou artificiais.

As fotografias aéreas, resultantes da aerofotogrametria (veja tópico a seguir), e as imagens obtidas através de satélites artificiais, colocados em órbita em volta da Terra, são os principais tipos de produto do sensoriamento remoto. Com eles, obtemos preciosas informações sobre os elementos naturais e humanizados da superfície da Terra, na forma de imagens que podem também ser convertidas em mapas.

Aerofotogrametria

Aerofotogrametria é a técnica de elaborar cartas, com base em fotografias aéreas, utilizando aparelhos e métodos estereoscópicos, que permitem a representação de objetos em um plano e sua visão em três dimensões.

Glossário:

Estereoscópico: relativo ao estereoscópio - instrumento que permite a observação simultânea, através de uma objetiva binocular, de duas imagens de um objeto, obtidas com ângulos ligeiramente diferentes, produzindo a sensação de relevo, de terceira dimensão.

Fim do glossário.

Os primeiros registros de fotografias aéreas foram feitos por meio de balões, em meados do século XIX, para serem utilizados em mapeamentos. Porém, o uso das fotografias aéreas, desta vez utilizando aviões, tornou-se mais frequente depois das duas Guerras Mundiais, por se tornarem importantes aliadas da estratégia militar, revelando as posições inimigas e permitindo o reconhecimento dos campos de batalha.

De modo geral, para um bom trabalho de levantamento por fotografias aéreas, é preciso levar em conta a posição do Sol, pois um excesso de sombras pode prejudicar a qualidade dos detalhes exigidos, e deve utilizar um avião com velocidade e estabilidade previstas para o projeto. A câmera fotogramétrica é aclopada ao avião e deve cobrir toda a área a ser mapeada.

As fotografias são tiradas na vertical, em velocidade constante, e sobrepostas em intervalos regulares de tempo. Depois as fotos passam por um instrumento denominado restituidor fotogramétrico, que as processa, eliminando as imperfeições. Atualmente, todo esse processo é feito com câmeras digitais e os restituidores, e as imagens resultantes são computadorizadas.

Alguns detalhes são essenciais para a interpretação de uma fotografia aérea: o tamanho e a forma da área estudada, a tonalidade e as sombras existentes nas fotos, entre outros.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 27. CRÉDITOS: Luis Moura/Arquivo da editora

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LEGENDA: Detalhe da Ortofotocarta Digital nos Estudos do AHE Simplício-Queda Única (Furnas), novembro de 2006. Os atuais sensores não mais realizam a tomada de "fotos", e sim de uma faixa contínua de pixels que pode gerar imagens de qualquer tamanho em extensão por uma largura definida pela altura de voo. O conceito de escala de voo não existe mais para as câmeras aéreas digitais, sendo substituído pelo tamanho do pixel no terreno.

FONTE: © Direitos da imagem reservados para ESTEIO S.A./Arquivo da editora

Os tipos mais usados de fotografias aéreas são os mosaicos cartográficos (montagens de fotografias aéreas) e as ortofotocartas (imagens com escala precisa, em que podem estar representadas curvas de nível, ruas, limites, etc., como podemos ver na imagem acima).

Imagens de satélite

Assim como a aerofotogrametria, as imagens de satélite ajudam a obter melhor representação da superfície terrestre. As informações captadas pelos satélites podem ser processadas digitalmente por modernos equipamentos e resultam em imagens bastante precisas, embora com escala limitada pela capacidade do sensor utilizado.

Os primeiros satélites utilizados com esse fim - como o Landsat 1, lançado em 1972 pela Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) -, surgiram na década de 1970. Depois disso, outros satélites foram colocados em órbita, incluindo o Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS, sigla em inglês), um projeto conjunto da China e do Brasil. Outros programas de satélites são o francês Système Probatoire d'Observation de la Terre (Spot) e o European Remote-Sensing Satellite (ERS), da Agência Espacial Europeia.

As imagens obtidas de satélites podem ser utilizadas para monitorar e avaliar as alterações no meio ambiente e mapear recursos hídricos, tendo aplicação na agricultura, na Cartografia, na Geologia, na geomorfologia, entre outras áreas, como podemos ver na imagem e no mapa da página seguinte. Outro exemplo de utilização dessas imagens são os mapas de previsão do tempo, nos quais podemos ver os movimentos das massas de ar que influenciam o clima de determinada região.

Glossário:

Geomorfologia: ciência que estuda as formas do relevo terrestre.

Fim do glossário.

Mapeamento ou cartografia digital

A adoção do uso de computadores e da informática na Cartografia tornou a construção de mapas bem mais dinâmica e interativa. O mapeamento ou cartografia digital utiliza a computação e o processamento gráfico para realizar representações digitais da realidade geográfica mais precisas do que mapas, que logo ficam desatualizados.

Para que representações digitais sejam feitas, é necessário usar técnicas modernas de cartografia. Os dados são colhidos através de sensoriamento remoto e armazenados em Sistemas de Informações Geográficas (SIGs). Desse modo, a área cartografada pode ser sempre atualizada, para acompanhar a velocidade das transformações ocorridas no espaço geográfico. Essa é a principal vantagem da cartografia digital sobre a convencional ou analógica: ela evita a obsolescência dos mapas.

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Na cartografia digital, o uso de dados topográficos digitais (Digital Topographic Data - DTD) tem sido cada vez mais comum na análise de solos de uma área, na análise da biodiversidade, na administração de parques nacionais e áreas de conservação ecológica e na avaliação de consequências de desastres naturais, como enchentes, tempestades e terremotos.

LEGENDA: Imagem de satélite da cidade do Rio de Janeiro, em 2014.

FONTE: ESA-Agência Espacial Europeia/Arquivo da editora

LEGENDA: Esta é uma representação cartográfica da mesma área que se observa na fotografia acima. Grande parte dos pormenores foi simplificada. As localidades estão identificadas e assinaladas; as curvas de nível indicam a altitude do terreno.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas nacional do Brasil. Rio de Janeiro, 2010. p. 127. CRÉDITOS: Juliana Albuquerque/Arquivo da editora

Boxe complementar:

Ampliando o conhecimento

Sistema de posicionamento global (GPS)

Além de fornecer a latitude, a longitude e a altitude de um lugar, o Global Positioning System (GPS) é um importante recurso cartográfico, pois possibilita o mapeamento de rotas marítimas e terrestres, de redes de transmissão de energia elétrica, correntes marítimas, ecossistemas, bem como o monitoramento de desastres ambientais e da fauna de certas regiões.

Esse sistema consiste em três partes:

- Satélites distribuídos em órbita para cobrir toda a superfície da Terra.

- Uma rede de estações de rastreamento espalhadas por todo o planeta, que fazem o controle dos satélites em terra.

- O aparelho do usuário - o receptor GPS.

Desenvolvido a princípio com fins militares pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, esse sistema foi usado durante muito tempo como instrumento de navegação marítima.

Atualmente, o uso do GPS está fortemente disseminado, e o dispositivo já se tornou bastante acessível à população civil. É comum ver circulando por ruas e avenidas veículos equipados com o aparelho receptor GPS, bem como seu uso em aparelhos de telefone celular e nos tablets com acesso à internet. Profissionais especializados, como engenheiros florestais, geólogos, geógrafos, biólogos, cartógrafos e agrônomos, também utilizam o sistema nos mapas que orientam seu trabalho.

Além do GPS, outros sistemas de posicionamento global estão sendo desenvolvidos, funcionando parcial ou integralmente.

A União Europeia desenvolveu o Galileo, sistema concebido para ser operado por civis, diferente do que ocorreu com os outros sistemas existentes, que tiveram sua origem associada ao uso militar.

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A previsão era de que em 2013 fossem lançados trinta satélites (27 operacionais e sobressalentes), posicionados em três órbitas circulares médias a 23.222 km de altitude em relação à Terra e inclinação de 56° em relação ao equador.

Outros dois sistemas são o Global Navigation Satellite System (Glonass), de origem russa, composto de 24 satélites, espalhados equidistantemente em três níveis orbitais, com oito satélites em cada; e o Compass (Beidou, em chinês, oficialmente chamado Sistema Experimental de Navegação por Satélite Beidou), o sistema chinês que pretende entrar em pleno funcionamento em 2020.

Desde 2006, a Índia vem desenvolvendo seu sistema de posicionamento global, o Indian Regional Navigational Satellite System (IRNSS), que consiste em uma constelação de sete satélites e um segmento de apoio em terra. Até outubro de 2015, quatro satélites já haviam sido lançados, e a previsão era de que o sistema estivesse pronto para operar em meados de 2016.

LEGENDA: Sistema Galileo de localização por satélite, desenvolvido pela União Europeia. Imagem de 2015.

FONTE: Pierre Carril/ESA-Agência Espacial Europeia

LEGENDA: Aparelho de GPS muito utilizado em carros. Foto de 2015.

FONTE: Sérgio Pedreira/Pulsar Imagens

Fim do complemento.


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