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A construção de mapas

Construir mapas é uma tarefa que requer o uso de técnicas especiais, principalmente pela dificuldade que se tem de representar a forma da Terra.

A Terra pode ser definida como um geoide, uma superfície de características muito complexas, bastante irregular e achatada nos polos, que não corresponde a uma esfera perfeita. Devido a essa complexidade, os profissionais que constroem mapas não usam o geoide, mas uma figura geométrica semelhante, denominada elipsoide de revolução, que é obtida pela rotação de uma elipse sobre seu eixo menor. Veja a figura abaixo.

LEGENDA: As protuberâncias ilustram as anomalias gravitacionais provocadas pelas variações de densidade no interior da Terra. A cor azul representa os locais onde a atração gravitacional é mais fraca, enquanto a amarela e a vermelha, respectivamente, representam os locais com gravidade mais forte.

FONTE: German Geodetic Research Institute/Arquivo da editora

O primeiro desafio na construção de um mapa é como representar uma superfície curva (a Terra) no plano. O segundo é como reproduzir áreas muito extensas em tamanho reduzido. A solução encontrada para contornar esses problemas foi o uso das projeções cartográficas, no primeiro caso, e da escala, no segundo.



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Projeções cartográficas

A rede de paralelos e meridianos sobre a qual desenhamos um mapa constitui o que chamamos de projeção cartográfica. Sua aplicação envolve conceitos matemáticos e geométricos.

As projeções cartográficas permitem representar uma superfície curva em uma superfície plana com menor distorção que o simples achatamento do elipsoide. Mas a representação nunca será perfeita. Teremos sempre alguma deformação, seja em relação às distâncias entre os continentes, seja em relação às áreas de países e oceanos. Isso porque não existe um tipo perfeito de projeção, pois nenhum deles consegue manter ao mesmo tempo os três elementos mais importantes para a elaboração de um mapa: distância, forma e ângulos. Cabe ao cartógrafo decidir qual é a projeção mais adequada ao mapa que vai construir. Para isso, ele deve avaliar as propriedades específicas de cada projeção, considerando quais elementos devem ser preservados no mapa. Os tipos de projeção podem ser classificados como:

- Equidistantes: representam as distâncias precisas (utiliza um ponto como referência central e mede as distâncias a partir dele), mas apresentam distorções nas áreas e nas formas terrestres.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 22. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

- Conformes: mantêm os mesmos ângulos das coordenadas geográficas, conservando, assim, as formas terrestres. No entanto, apresentam distorções no tamanho das áreas representadas. A escala utilizada para representar as distâncias varia de lugar para lugar. Apenas nas áreas próximas ao equador é possível utilizar a escala indicada no mapa. À medida que se afasta da região equatorial, a distorção vai aumentando. Um bom exemplo de projeção conforme é a de Mercator, representada na página 51.

- Equivalentes: apresentam formas e ângulos distorcidos, mas as áreas mantêm o mesmo valor da área real. Uma projeção equivalente bastante conhecida é a de Peters (ver página 51).

- Afiláticas: também chamadas de arbitrárias, são projeções em que as áreas, os ângulos e os comprimentos não são conservados: a maior preocupação é não distorcer muito as formas. Um exemplo de projeção afilática é a projeção de Robinson, desenvolvida em 1961 e baseada em coordenadas. Esse tipo de projeção procura diminuir as distorções de ângulos e de área. Veja a figura abaixo.

Quanto ao método utilizado para a construção dos mapas, dependendo da figura geométrica usada para sua elaboração, as projeções podem ser cilíndricas (como a do exemplo abaixo), cônicas e azimutais (planas). Vejamos cada uma dessas técnicas de projeção.

LEGENDA: Exemplo de projeção do tipo afilática cilíndrica.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 24. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora



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Projeções cilíndricas

Nessa projeção, muito usada para representar planisférios, os paralelos e os meridianos são projetados sobre um cilindro, que é planificado posteriormente. Os paralelos, retos e horizontais, e os meridianos, retos e verticais, formam ângulos retos. Com a projeção cilíndrica, podemos representar a Terra inteira.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 21. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

Além da projeção de Robinson, outras projeções cilíndricas bastante conhecidas e utilizadas são a de Mercator e a de Peters.

Projeção de Mercator: idealizada e construída no século XVI, na época da Expansão Marítima, pelo geógrafo flamengo Gerhard Kremer, que ficou conhecido como Mercator. É uma projeção conforme, pois não deforma os ângulos. Nesse tipo de projeção as áreas do hemisfério norte, principalmente a Europa, ficam muito ampliadas, mostrando uma visão de mundo eurocentrista, própria da época.

Projeção de Peters: utilizando o mesmo método da projeção cilíndrica de Mercator, em 1973 o historiador alemão Arno Peters elaborou um mapa que refletia o momento histórico (Guerra Fria e endividamento dos países não desenvolvidos) e que ele denominou "Mapa para um mundo mais solidário".

Glossário:



Eurocentrismo: visão de mundo que valoriza a Europa e seus aspectos políticos e culturais.

Guerra Fria: período histórico que se estendeu de 1945 a 1989, durante o qual o mundo ficou dividido em dois blocos opostos: o bloco capitalista, comandado pelos Estados Unidos; e o socialista, comandado pela ex-União Soviética.

Fim do glossário.

Com uma projeção cilíndrica e equivalente, Peters ressaltava a ideia de igualdade entre os povos, conservando relativamente reais as dimensões continentais. Porém, para conseguir a equivalência, foi necessário sacrificar as formas. Nessa representação, os países não desenvolvidos ganharam mais destaque. Observe, no mapa de Peters (o segundo abaixo), como a África e a América do Sul ficaram mais alongadas nessa projeção.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 23. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 21. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Projeção cônica

Nos mapas com projeção cônica, o globo terrestre (ou parte dele) é projetado em um cone tangente à superfície de referência, que depois é planificado. Esse tipo de projeção apresenta maior deformação na base e no vértice do cone, por isso é usado para representar regiões menores.

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Nessa projeção, os meridianos são radiais porque surgem de um mesmo ponto, e os paralelos são círculos concêntricos, isto é, têm o mesmo centro. A projeção cônica conforme de Lambert é muito utilizada nas cartas que cobrem toda a Europa em escalas iguais ou inferiores a 1:500.000, além de ser a projeção oficial de países como Bélgica e Estônia.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 21. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Projeções azimutais

Também chamadas de projeções planas, são elaboradas a partir de um ponto tangente sobre a superfície da Terra. Meridianos e paralelos são projetados sobre um plano apoiado em um ponto que geralmente está nos polos ou no equador, mas encontramos projeções azimutais centradas em outros pontos da Terra. Por isso, podemos considerar três modalidades de projeções azimutais: oblíqua, polar e equatorial. O ponto de tangência torna-se o centro do mapa construído dessa maneira. Geralmente, esse centro apresenta pequenas deformações que se acentuam à medida que nos afastamos dele.

FONTE: Adaptado de: ATlANTE geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2011. p. 3. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Em geral, usa-se esse tipo de projeção quando se quer colocar um país na posição central ou para calcular a distância entre esse país e qualquer lugar na superfície da Terra. A navegação marítima e a aviação, por exemplo, usam mapas com projeção azimutal.

A mais conhecida dessas projeções está no emblema da Organização das Nações Unidas (ONU), cuja forma polar (polo norte) enfatiza o caráter de neutralidade dessa organização.

LEGENDA: Emblema da ONU, na sede da organização, em Nova York. Foto de 2015.

FONTE: ONU/Arquivo da editora

A escala no mapa

Para estabelecer a relação entre o tamanho real do fenômeno na superfície da Terra e sua representação no mapa, usamos o recurso da escala, que pode vir expressa em um mapa de duas maneiras:



Escala numérica: representada por uma fração, na qual o numerador indica a distância no mapa e o denominador indica a distância na superfície real. Por exemplo, a escala 1:100.000 (lê-se: escala um por cem mil) significa que a superfície representada foi reduzida 100 mil vezes. Nesse caso, então, 1 cm no mapa = 100.000 cm = 1 km na realidade.

Escala gráfica: linha reta graduada, na qual se indica a relação da distância real com as distâncias representadas no mapa. Por exemplo:

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A fórmula para calcular a distância real entre dois pontos em um mapa é:

D = E . d

D: distância real

E: escala

d: distância no mapa

Portanto, em um mapa cuja escala é 1:200.000, a distância em linha reta entre dois pontos é de 20 cm (pode ser medida com a régua). Qual é a distância real entre esses pontos?

D = 200.000 . 20 = 4.000.000 cm ou 40 km

Para saber a distância no mapa, usamos a fórmula a seguir:

d = D : E

d = 4.000.000 : 200.000 = 20 cm

As escalas podem ser pequenas ou grandes. Elas são consideradas pequenas quando os objetos são reduzidos bastante para caber no papel. Nos mapas representados com esse tipo de escala, não é possível apresentar detalhes. As escalas são grandes quando não é necessário reduzir muito os elementos, possibilitando assim um maior grau de detalhamento.

Quanto maior a escala cartográfica, menor a área representada, o que permite a visualização de maior quantidade de detalhes. As escalas grandes (por exemplo, 1:5.000) geralmente são usadas para representar a planta de uma cidade, de uma propriedade rural, de um prédio. Já o mapa-múndi e os mapas murais são elaborados em escala pequena (1:5.000.000). Os mapas com escala média (1:100.000) representam regiões, estados ou países.

O mesmo lugar pode ser representado em escalas diferentes. Conforme a escala utilizada, podemos ler uma maior ou menor quantidade de detalhes em um mapa. Observe as representações abaixo.

LEGENDA: Este mapa foi elaborado em escala cartográfica pequena, por isso mostra poucos detalhes - apenas nome de oceano, algumas cidades maiores e siglas de estados.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 94. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

LEGENDA: Este mapa está em uma escala cartográfica muito maior do que o primeiro. Podemos ver as principais estradas, nomes de muitos bairros, lagoa, ilhas, baía, locais de interesse e um aeroporto.

FONTE: Adaptado de: OXFORD Atlas of the World. 18th ed. New York: Oxford University Press, 2011. p. 135. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

LEGENDA: Esta é uma planta das ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro. A escala cartográfica é suficientemente grande para mostrar pormenores.

FONTE: Adaptado de: OXFORD Atlas of the World. 18th ed. New York: Oxford University Press, 2011. p. 135. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora



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Refletindo sobre o conteúdo

Ícone: Atividade interdisciplinar.



1. Leia o texto a seguir, depois faça o que se pede.

Atualmente, muitos fabricantes de mapas utilizam tecnologias computadorizadas para projetos de mapeamento, os sistemas computacionais são mais rápidos, mais eficazes e mais baratos que as técnicas cartográficas desenhadas à mão... Os mapas digitais podem ser disseminados instantaneamente e divulgados pela internet. Entretanto, ainda é importante entender os princípios cartográficos básicos para elaborar um bom mapa, pois um sistema computadorizado de elaboração de mapas descreverá apenas aquilo que foi instruído pelo operador.

PETERSEN, James; SACK, Dorothy e SABLER, Robert E. Fundamentos de Geografia física. São Paulo: Cengage Learning, 2014. p. 38.

a) Indique duas facilidades que os mapas digitais proporcionam no cotidiano das pessoas.

b) O texto permite afirmar que a tecnologia também foi incorporada à Cartografia? Dê um exemplo que justifique a sua resposta.



2. A seguir, leia um texto sobre imagens de satélite e outro com notícias recentes sobre o desmatamento no Brasil.

Texto 1:


Em 1988, o satélite Landsat, ao mesmo tempo em que consagrava o resultado do acelerado programa de assentamento rural nos estados de Mato Grosso e Rondônia, registrava índices alarmantes na Amazônia ocidental.

ROSS, Jurandyr L. Sanches (Org.). Geografia do Brasil. 6ª ed. São Paulo: Edusp, 2011. p. 69.

Texto 2:

Taxa de desmatamento aumenta 29% em um ano na Amazônia Legal

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgou [...] a taxa de desmatamento na Amazônia Legal no período de agosto de 2012 a julho de 2013. A avaliação consolidada mostra um crescimento de 29% em relação ao período anterior - agosto/2011 a julho/2012. O resultado final do mapeamento de 2013 apresentou uma taxa de 5.891 quilômetros quadrados (km2) desmatados, comparados a 4.571 km2 do período anterior.

VERDÉLIO, Andreia. Agência Brasil: Brasília, 10 set. 2014. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-09/taxa-de-desmatamento-aumenta-29-em-um-ano-na-amazonia-legal-0. Acesso em: 30 set. 2015.

a) Relacione os dois textos dessa questão ao texto da questão 1.

b) Relacione os textos 1 e 2 à questão ambiental brasileira.

c) Comparando as informações dos textos 1 e 2, o que podemos concluir? Considere a importância das imagens de satélite em sua resposta.

3. Leia o texto e reflita sobre as questões propostas.

De uso tão antigo como a própria Geografia, o termo escala encontra-se de tal modo incorporado ao vocabulário e ao imaginário geográfico que qualquer discussão a seu respeito parece desprovida de sentido, ou mesmo de utilidade. Como recurso matemático fundamental da Cartografia, a escala é, e sempre foi, uma fração que indica a relação entre as medidas do real e aquelas da sua representação gráfica.

CASTRO, Iná Elias de. O problema da escala. In: CASTRO, Iná Elias de; COSTA, Paulo Cesar da; CÔRREA, Roberto Lobato (Org.). Geografia, conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012. p. 117.

Sobre escalas cartográficas, responda:

a) De que forma podemos representá-las?

b) Por que não podemos representar um continente na mesma escala que utilizamos para representar uma cidade?

4. Observe os elementos do mapa abaixo. Depois, faça as atividades propostas.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar . 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 94. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

a) Dê um título ao mapa.

b) Classifique o tipo de escala.

c) O que o mapa representa?

d) Cite um estado situado a leste e um situado a sudeste em relação a Minas Gerais.

e) É um mapa geral ou temático? Explique.

5. Atividade interdisciplinar: Geografia e Matemática. Em um mapa cuja escala é de 1:6.300.000, a distância em linha reta entre as cidades do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte é de 7,5 cm. Qual é essa distância na realidade?

6. Atividade interdisciplinar: Geografia e Matemática. Um aluno precisou medir uma sala retangular de 8 metros por 12 metros. Para representá-la em uma folha de caderno, ele construiu um retângulo de 8 centímetros por 12 centímetros. Que escala esse aluno escolheu?

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capítulo 5. Linguagem cartográfica e leitura de mapas

LEGENDA: Na hora de viajar é sempre útil ter um mapa da região que vamos visitar ou das estradas que vamos percorrer. Muitas vezes também precisamos, no dia a dia, consultar um mapa ou um guia da cidade para localizar uma rua ou um bairro. Para ler um mapa ou uma carta, precisamos conhecer a linguagem dos mapas, ou a linguagem cartográfica. Na imagem acima, mapa turístico de João Pessoa (PB), 2016.

FONTE: Robério Eloy/Acervo do artista



Tipos de mapas ou cartas

Os mapas e as cartas são o resultado visível da representação do espaço geográfico pela Cartografia.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mapa "é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma figura planetária, delimitada por elementos físicos ou político-administrativos, destinada aos mais variados usos - temáticos, culturais e ilustrativos".

O IBGE considera carta "a representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais - paralelos e meridianos -, com a finalidade de possibilitar a avaliação de pormenores, em grau compatível com a escala".



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Portanto, a diferença entre as duas representações está na escala utilizada para a sua construção. Os mapas são produzidos em escala menor e contêm representações mais generalizadas. Essas características podem ser observadas, por exemplo, no mapa do Brasil representado abaixo.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar . 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 90. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

Já as cartas são construídas em escalas maiores e, por isso, apresentam alto nível de detalhamento, como as cartas náuticas, as cartas cadastrais urbanas e as de navegação aérea. Veja abaixo um exemplo de carta náutica.

Quanto à finalidade, tanto os mapas como as cartas podem ser classificados em:

- Gerais: são produtos cartográficos elaborados em escala pequena, isto é, com menor nível de detalhamento, pois mostram gran des regiões e contêm informações sobre temas variados (divisão política, cidades, rios, montanhas, etc.), como um planisfério, por exemplo.

- Topográficos: são mapas e cartas que, pelo alto nível de precisão e detalhamento que apresentam, podem representar aspectos naturais, como o relevo terrestre (por meio de curvas de nível), a vegetação e a hidrografia, e também aspectos não naturais, como os meios de comunicação e de transporte. Por servirem de base para estudos e para a elaboração de mapas temáticos, eles são também denominados mapas ou cartas de base.

LEGENDA: Exemplo de carta náutica

FONTE: Anonymous Donor/Alamy/Other Images

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Os mapas topográficos, por utilizarem escala pequena, representam a superfície terrestre com menor precisão do que a carta topográfica, que utiliza escala média ou grande.

- Especiais: geralmente representados em escala grande, esses produtos cartográficos atendem às necessidades de profissionais de diferentes áreas, fornecendo informações técnicas bastante específicas, como as cartas náuticas, aeronáuticas, militares, e os mapas meteorológicos (veja abaixo um exemplo), entre outros.

FONTE: Adaptado de: FORSDYKE, A. G. Previsão do tempo e clima. São Paulo: Melhoramentos/Edusp. (Série Prisma). CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

- Temáticos: fazem referência a um assunto ou tema específico da Geografia e apresentam várias formas de representação qualitativa e quantitativa, de acordo com o assunto analisado. Existem vários exemplos de mapas e cartas temáticos. Entre eles, podemos citar os mapas climáticos, demográficos, geológicos, os que representam impactos ambientais, econômicos e geopolíticos. Veja um exemplo abaixo.

LEGENDA: Mapa temático que aborda um tema polêmico: o uso de produtos transgênicos e os países que assinaram o Protocolo de Cartagena - tratado sobre biossegurança assinado durante a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), em Cartagena, Colômbia. O protocolo regulamenta a pesquisa, a manipulação e o transporte de organismos geneticamente modificados (OGM) entre os países-membros do acordo, entre eles, o Brasil.

FONTE: Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. 34ª ed. São Paulo: Ática, 2013. p. 31. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

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Boxe complementar:



Leitura e reflexão

Ícone: Não escreva no livro.

O que é a cartografia tátil?

Trata-se de uma área específica da Cartografia dedicada ao desenvolvimento metodológico e à produção de material didático para a transmissão de conceitos cartográficos para alunos deficientes visuais e de visão subnormal. O material didático usual corresponde a mapas táteis e maquetes.

O que é o Mapavox?



O Mapavox é um software desenvolvido para ser uma ferramenta complementar nas aulas de Geografia e Cartografia aos alunos com deficiência visual, através da utilização de maquetes táteis que representem cenários do mundo real.

Desenvolvido para ser utilizado em microcomputadores com sistema operacional Windows 95 ou superior, ele possibilita a integração de maquete tátil ao sistema de síntese de voz - Dosvox, permitindo assim, a emissão de sons, textos e imagens pré-programados e a criação e a edição de novos textos.

Bastante versáteis, as maquetes geradas acopladas a um computador munido do programa Mapavox permitem ao usuário programar a inserção e a emissão de informações sonoras sobre a área tocada. As informa ções são acionadas por sensores presentes na maquete, que se conecta a um microcomputador por meio do Mapavox. Desse modo, a transmissão dos dados pode ser iniciada por um toque do usuário ou por comandos no micro.

Atualmente, no Brasil, o sistema Mapavox integra do à maquete tátil representa o que há de mais avançado na área da cartografia tátil e o que mais se aproxima dos produtos com recursos sonoros gerados em pesquisas internacionais para pessoas com defi ciên cia visual. A inovação desse sistema consiste, principalmente, nos métodos de inserção de informa ções sonoras, na facilidade de operação do software Mapavox, nos métodos simples e eficientes de construção e inserção dos circuitos sonoros nas maquetes e no baixo custo da tecnologia empregada.

As informações sonoras podem ser gravadas pelo gravador de som do Windows, com o auxílio de um microfone. Esse recurso permite que o usuário grave as informações no idioma que deseja, bem como realize mixagens de sons diversos disponibilizados em meio digital, como, por exemplo, rugidos de animais, barulho de rios, chuvas, entre outros. O programa Mapavox também possui um editor de texto, em português, no qual o usuário pode digitar as informações que deseja. Essas informações são disponibilizadas através de uma voz sintetizada.

[...]


INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS (IGCE), UNESP. Ceapla: Projeto cartografia tátil. Disponível em: www.rc.unesp.br/igce/ceapla/cartografiatatil/ cartografia.php. Acesso em: 30 set. 2015.

Glossário:



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