Português: contexto, interlocução e sentido



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. Acesso em: 17 fev. 2016.

1. Observe atentamente a imagem apresentada no anúncio e descreva-a no caderno.

2. Esse anúncio procura produzir um efeito de estranhamento no leitor. Explique como se dá esse efeito.

> Com que objetivo se busca criar esse efeito?

3. O texto no canto inferior direito do anúncio é fundamental para que o leitor reconheça o objetivo do texto publicitário. Como se estabelece a relação entre esse objetivo e diferentes componentes do anúncio?

4. O anúncio constrói um diálogo com um determinado interlocutor.

a) Quais são os elementos do texto que marcam esse diálogo?

b) Explique sua função.

c) Que pressupostos o anúncio faz sobre o interlocutor?

Lembre-se

Pressuposto é algo que se supõe antecipadamente. No caso, a imagem de leitor com que os redatores do texto publicitário trabalharam.


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Variação e norma

Leia atentamente a tira abaixo para responder às questões de 1 a 3.



Paquera...

Cibele Santos

0130_001.jpg

© CIBELE SANTOS

SANTOS, Cibele. Mulher de 30. Disponível em: . Acesso em: 17 fev. 2016.

1. No caderno, descreva brevemente a sequência de acontecimentos da tira.

2. No segundo quadrinho da tira, a moça tem uma reação inesperada. Qual é essa reação?

> Por que essa moça fica tão chocada?

3. O que a atitude da mulher sugere a respeito do modo como as pessoas costumam avaliar diferentes maneiras de falar?

Como falante do português, certamente você já deve ter percebido situações em que a língua é usada de forma bastante diferente daquela que você se habituou a ouvir nos meios de comunicação ou em outros espaços de convivência. Essa diferença pode manifestar-se no vocabulário que é utilizado, na pronúncia, na estrutura de palavras e de frases.

A variação linguística é natural e decorre do fato de que as línguas são sistemas dinâmicos e também de que elas são extremamente sensíveis a fatores como a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de formalidade do contexto.

Tome nota

Variedade linguística é cada um dos sistemas em que uma língua se diversifica, em função das possibilidades de variação de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe).

Normas urbanas de prestígio são as variedades que, em um país com a diversidade linguística do Brasil, gozam de maior prestígio político, social e cultural. São utilizadas em contextos formais de fala e escrita.

Embora essa variação seja natural, os falantes de uma comunidade linguística têm, em geral, a expectativa de que todas as pessoas falem de uma mesma maneira.

Essa expectativa, socialmente definida e difundida, pressupõe uma forma “correta” de uso da língua, o que implica a existência de formas “erradas”. Essa é a base do preconceito linguístico.

Tome nota

Preconceito linguístico é o julgamento negativo que é feito dos falantes em função da variedade linguística que utilizam.

Todas as variedades constituem sistemas linguísticos adequados para a expressão das necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes. Nenhuma variedade linguística sobreviveria se não fosse adequada a um determinado contexto e a uma determinada cultura.

Considerar as variedades urbanas de prestígio como únicas “corretas” e estigmatizar as demais é, antes de tudo, emitir um juízo de valor sobre os falantes dessas outras variedades. Esse juízo é, por vezes, usado como um pretexto para discriminar socialmente as pessoas.



Cuidado com o preconceito

A caracterização de uma variedade regional por meio de clichês e exageros costuma vir associada a um tipo de preconceito linguístico que custamos a reconhecer.

Quando alguém se refere à fala dos cariocas como semelhante a um “rádio fora de sintonia” ou representa a fala de um mineiro pela supressão de sílabas, reforça uma imagem que, embora sirva de base para piadas aparentemente inocentes, revela uma visão preconceituosa (consciente ou não) da diferença entre as variedades regionais.
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Variedades regionais e sociais

Um dos aspectos mais conhecidos da variação linguística é a diferenciação que caracteriza as chamadas variedades regionais. As variedades faladas nos estados do Nordeste são diferentes daquelas faladas nos estados do Sul; no interior dessas regiões geográficas, podem também ser observadas diferenças entre os estados e mesmo entre regiões e cidades dos estados.

Os falantes percebem algumas diferenças de vocabulário e pronúncia e muitas vezes usam seu conhecimento dessas distinções para produzir efeitos de humor em diferentes situações. Observe o texto a seguir.

(a) Sapassado taveu [...] cuzinhando um kidicarne com mastumate pra fazê uma macarronada com galinhassada. Quascaí de susto, quando ouvi um barui de dendoforno, pareceno um tidiguerra.

A receita mandopô midipipoca dentro da galinha prassá. U forno isquentô, u mistorô e o fiofó da galinha ispludiu!! Nossinhora! Fiquei branco quinein um lidileite. Foi um trem doidimais! Quascaí dendapia! Fiquei sensabê doncovinha, proncoía, oncotava. Óiprocevê quelucura! Grazadeus ninguém simaxucô!



(a) “Tradução” da história escrita em mineirês: “Sábado passado estava eu [...] cozinhando um quilo de carne com massa de tomate para fazer uma macarronada com galinha assada. Quase caí de susto, quando ouvi um barulho que vinha de dentro do forno, parecendo um tiro de guerra.

A receita mandou pôr milho de pipoca dentro da galinha para assar. O forno esquentou, o milho estourou e o fiofó da galinha explodiu!! Nossa Senhora! Fiquei branco que nem um litro de leite. Foi um trem doido demais! Quase caí dentro da pia! Fiquei sem saber de onde que eu vinha, para onde que eu ia, onde que eu estava. Ó, pra você ver que loucura! Graças a Deus ninguém se machucou!”

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