Sam bourne o código dos justos



Yüklə 2,48 Mb.
səhifə69/148
tarix02.01.2022
ölçüsü2,48 Mb.
#26064
1   ...   65   66   67   68   69   70   71   72   ...   148
Exatamente.

  • Graças a Deus.

  • Will, é você?

  • Sim. Por quê?

  • Não, nada. Só que...

  • O quê?

  • Rapaz, se eu acreditasse em cada boato maldoso que ouço.

  • Que boato maldoso?

  • O que circula é que você tomou esporro do homem ontem. Que ele te encontrou vasculhando a mesa de outra pessoa. Eu disse ao pes­soal: "Escute, jornalismo investigativo é um negócio duro."

  • Obrigado, Andy.

  • É verdade?

  • Digamos que não é inteiramente verdade.

  • Huumm. Bem, é um novo método de desenvolvimento de car­reira, se quer minha opinião.

  • Ouça, Andy. Preciso de um favor. Preciso que me dê o número do correspondente do Times em Bancoc.

  • John Bishop? Todo mundo está no caso dele hoje, rapaz. O cara está esgotado.

  • Como assim?

  • Você não assistiu aos noticiários? A polícia está em todo o Brooklyn. Parece que os chapéus pretos tentaram matar um cara na Tailândia. É uma matéria de "Cidade". Walton está nela.

  • Walton?

    Era só o que lhe faltava: mais alfinetadas do ladrão de matérias. Teria de falar com Bishop sem ele saber.

    É. Sei que Walton tentou se livrar dessa matéria, sendo fim de semana e tudo mais. Parece que ele te indicou para a matéria: até o edi­tor lhe dizer que você estava, você sabe...



    • Estava o quê?

    • Você sabe, não estava disponível para trabalhar no momento.

    • É isso que andam dizendo?

    • Mais ou menos. Escute, WilL o que houve? Você está doente ou coisa assim? Fumou alguma erva braba?

    Ele sabia que Andy tentava minimizar com gozação o peso de tudo aquilo, ressaltando, em particular, a suspeita de que o casado e batalhador Will Monroe fosse viciado em drogas. Mas isso não fez Will rir. Ao contrário, a brincadeira do amigo apenas confirmava seus piores temores: de que na verdade estava efetivamente suspenso do New York Times e se tornara o que temia: o assunto da redação, o tópico preferido nas conversas junto ao bebedouro. O fato de se tratar de uma questão trivial, que não era digna de ser considerada junto com suas outras preocupações, apenas enfatizava o desespero da situação em que Will se encontrava.

    • Não, Andy. Nada de erva, nenhuma droga, na verdade. Mas vejo agora como deve ser. Excelente. O máximo. Maravilhoso.

    • Lamento, cara. Posso fazer alguma coisa por você?

    • Sim, aquele número será uma imensa ajuda. Também o celular, se ele tiver um.

    • Pode deixar. E lembre-se, eles estão 12 horas na frente. São qua­se dez da noite agora.

    Will não se deu nem um momento para digerir a conversa com Andy. Enquanto teclava os múltiplos dígitos para falar com Bancoc, imaginou como os estagiários e jovens repórteres do Times estariam ocu­pando o sistema de telefonia móvel nova-iorquino, informando uns aos outros sobre a ascensão e queda de Will Monroe naquele momento, mas só isso. Tentou esquecer o assunto — e concentrar-se no toque da cha­mada telefônica que estava fazendo agora.

    • Alô.

    • Alô, John? Aqui é Will Monroe, da editoria "Cidade". É uma hora imprópria?

    • Já estou de pé há 36 horas e prestes a enviar a matéria. Por que seria uma hora imprópria? Como posso ajudar?

    • Desculpe, vou tentar ser o mais breve possível. Sei que está tra­balhando em parceria com Terry Walton; portanto, não quero interfe­rir em nada que ele tenha feito...

    • Ahã.

    • Mas venho trabalhando numa outra matéria... Mais uma mentira, que Bishop poderia facilmente descobrir, mas como já esta­va enterrado até o pescoço, uns centímetros a mais não fariam gran­de diferença. — Estou tentando descobrir mais sobre a vítima. O Sr. Sangsuk.

    • Sr. Samak. O nome dele era Samak Sangsuk. Na Tailândia, o sobrenome vem primeiro; você sabe, como Mao Tse-Tung. De qualquer modo, já enviei isso tudo. A "Internacional" vai ter.

    Merda. Devia ter pedido a Andy para enviar tudo primeiro.

    • Eu sei e é tudo muito bom. São apenas algumas informações que recebi dos hassídicos aqui.

    • Ah, é? Isso é ótimo, Will. Que informações?

    O tom mudara. A perspectiva de informação útil sempre melhora­va os modos dos jornalistas.

    • Sei que parece estranho, mas me pediram para examinar com atenção a biografia da vítima.

    • Apenas um sujeito rico. Empresário.

    • Bem, eu sei. Mas meu informante — um ponto acima de "fon­te" e, portanto, muito mais atormentador — sugere que se investigar­mos um pouco mais fundo, poderemos encontrar alguma coisa útil. E relevante.

    • Como, ele era trapaceiro? Corrupção é comum nesta cidade. Isso não seria algo inédito.

    Agora Will teria de aproveitar a oportunidade.

    • Não, o que sei é o contrário. Me disseram que se examinásse­mos a fundo, encontraríamos algo muito singular sobre esse homem... e não me refiro a "extraordinariamente corrupto".

    • Bem, o que quer dizer? Que coisa "muito singular" vamos encontrar?

    • Não sei, John. Só estou transmitindo o que o hassídico me disse. "Procure alguma coisa singular, e ela explicará tudo." Foi o que o cara disse. Só queria lhe passar a dica.

    • São dez horas.

    • Eu sei. Mas talvez algum parente da vítima, do Sr. Samak... será que não estaria acordado? Talvez os amigos?

    • Tenho alguns números que posso tentar. Mandarei tudo que con­seguir para a "Internacional".

    Despediram-se e Will respirou aliviado. Agora ocupava o tempo de correspondentes estrangeiros. Em uma semana estaria de volta ao Bergen Record. Se o aceitassem.

    Telefonou para Andy, instruindo-o a enviar quaisquer arquivos de Bishop assim que chegassem. Não tinha a mínima idéia do que o ho­mem em Bancoc poderia descobrir.

    • Bem, obrigada pelo café-da-manhã.

    • Droga, desculpe. Fiquei ao telefone. — TC segurava um pedaço de papel. — Conseguiu?

    Ela lhe mostrou. Dizia apenas qUarEnta.

    • Sim?

    • A princípio achei que era apenas um erro de digitação. Mas esse cara é muito cuidadoso e preciso. Tudo é calculado.

    • E?

    • E ele enfatizou duas letras: a segunda e a quinta. Comecei a falar em voz alta. Achei que talvez fosse "quarenta U-E", mas não faz sentido.

    • TC...

    • De qualquer modo, é muito mais simples. É quarenta, segunda e quinta. Ou, em outras palavras, a rua 42 com a Quinta Avenida.

    • É a biblioteca pública.

    • Exatamente, o que significa...

    De repente, TC ficou tensa. Will olhou em volta. O pai tinha entra­do no quarto, usando calça e blusão de domingo.

    • Alguma novidade?

    • Sim, acabamos de receber outra mensagem de texto. Mandando-nos à biblioteca pública.

    • Esse homem está sugerindo que o encontre lá? Tome cuidado, William, por favor.


    • Yüklə 2,48 Mb.

      Dostları ilə paylaş:
  • 1   ...   65   66   67   68   69   70   71   72   ...   148




    Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©muhaz.org 2024
    rəhbərliyinə müraciət

    gir | qeydiyyatdan keç
        Ana səhifə


    yükləyin