Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte.
A percepção e apropriação das obras artísticas se dão inicialmente pelos sentidos. De fato, a fruição e a percepção serão superficiais ou mais aprofundadas conforme as experiências e conhecimentos em arte que o aluno tiver em sua vida.
Ao analisar uma obra, espera-se que o aluno através da mediação do professor, transcenda as aparências e sentidos e perceba que, no processo de composição, o artista imprime sua visão de mundo, a ideologia com a qual se identifica, o seu momento histórico e outras determinações sociais. Além de o artista ser um sujeito histórico e social, é também singular, e na sua obra apresenta uma nova realidade social.
E ainda, para o trabalho com os produtos da indústria cultural, é importante perceber os mecanismos de padronização excessiva dos bens culturais, da homogeneização do gosto e da ampliação do consumo.
Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte.
A prática artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para desenvolver essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza seus sentidos.
Na prática cotidiana não existe uma ordem correta para aplicação da metodologia, portanto, o trabalho pode ter início em qualquer um desses três momentos, desde que ao final do processo o aluno tenha vivenciado cada um deles.
4) Avaliação
A avaliação para a disciplina de Arte proposta é diagnóstica e processual. Pois, serve de referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.
Conforme Regimento e Projeto Político Pedagógico da nossa escola, avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que o aprendizado ocorra.
Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um todo.
Esse processo dar-se-á de forma intrínseca ao processo de ensino aprendizagem, preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, sendo uma avaliação contínua e cumulativa, utilizando vários instrumentos de avaliação para se alcançar determinado fim conduzindo o aluno, não a uma aquisição pura e simples de conhecimentos, mas sim a um processo de elaboração e ações que conduzam a uma prática social transformadora.
Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de Arte serão:
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trabalhos artísticos individuais e em grupo;
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pesquisas bibliográfica e de campo;
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debates em forma de seminários e simpósios;
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apresentação oral de trabalhos;
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atividades de leitura e interpretação de textos, oral e escrita;
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provas teóricas e práticas;
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registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.
As atividades serão realizadas em grupo ou individual, sendo sempre uma avaliação somatória e diagnóstica.
Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios, que são compreendidos com um referencial que gera parâmetros que devem ser previamente estabelecidos. Os critérios serão apresentados para os alunos, favorecendo a transparência, orientando o trabalho discente e o co-responsabilidade do aluno no processo de responsabilidade. Os critérios seguidos por esta área de conhecimento serão:
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A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea;
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A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social;
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A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
Ao elaborar o Plano de Trabalho Docente, o professor considera a avaliação como parte inerente ao processo de ensino aprendizagem, realizando-a em função dos conteúdos trabalhados, e o sistema de recuperação está sendo considerado também como integrante de todos os momentos de aprendizagem, sendo desenvolvido à luz das condições daquele educando que não aprendeu.
De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de Estudos consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias diversificadas e participativas.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394196, no Art. 13, os docentes incumbir-se-ão de:
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estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.
Nesta perspectiva esta disciplina propõe que o processo de avaliação seja realizado concomitantemente de duas formas: através da retomada de conteúdo a partir de diagnósticos oferecidos pelas atividades realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos instrumentos de avaliação; e através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala.
Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e recuperação desta disciplina de Arte estará comprometido com a clareza nos critérios utilizados, com a intencionalidade do ato educativo, com a reflexão crítica sobre a prática, enfim, o comprometimento com a aprendizagem do aluno.
5) Referências
BUORO, Anamélia Bueno. O olhar em construção: uma experiência de ensino e aprendizagem da arte na escola. 5ª Ed. São Paulo: Cortez, 2001.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
BACARIN, Ligia Maria Bueno Pereira. O movimento de arte-educação
E o ensino de arte no brasil: história e política. Orientadora:
NOMA, Amélia Kimiko. 2005.
COLÉGIO ESTADUAL PADRE GUALTER FARIAS NEGRÃO, Projeto Político Pedagógico. Cruzmaltina. 2011.
COLÉGIO ESTADUAL PADRE GUALTER FARIAS NEGRÃO, Regimento Escolar. Cruzmaltina. 2011.
Colégio Estadual Pe. Gualter Farias Negrão (Ensino Fundamental e Médio)
Avenida Pe. Gualter Farias Negrão, 320 – Centro
Telefone/Fax: (43) 3454 – 1121 – CEP: 86855-000
Cruzmaltina – Paraná
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL
Cruzmaltina – 2012
Colégio Estadual Pe. Gualter Farias Negrão (Ensino Fundamental e Médio)
Avenida Pe. Gualter Farias Negrão, 320 – Centro
Telefone/Fax: (43) 3454 – 1121 – CEP: 86855-000
Cruzmaltina – Paraná
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Educação Física no Brasil optou por esse documento Diretriz Curricular, como componente curricular, por retratar o conhecimento sobre as práticas corporais, a partir de teorias da Europa . Sob conhecimentos médicos e da instrução física militar surgindo então, a ginástica . Com a preocupação do desenvolvimento da saúde e da formação moral dos cidadãos, visando ao aprimoramento de capacidades e habilidades físicas, como a força, a destreza, a agilidade, a resistência e a formação do caráter, autodisciplina, hábitos higiênicos e patriotismo.
O conhecimento da medicina foi considerado modelo para a sociedade brasileira, construindo para ordem econômica, política e social.
A Educação Física ganha espaço na escola, uma vez que a educação do físico se confunde com a ginástica. Percebendo a importância da ginástica para formação de cidadãos mais preparados fisicamente para a defesa da Pátria.
A disciplina se tornou obrigatória no início do século XX, com o forte componente militar nos métodos de ensino tendo alguns marcos históricos, como:
*1921 - Regulamento da Instrução Física Militar;
*1929 – Obrigatoriedade da prática da ginástica nas instituições de ensino;
*1931 – Método francês, no ensino secundário;
*1939 – Criação da Escola Nacional de Educação Física e Desportos a Universidade do Brasil.
O método ginástico francês contribuiu para construir e legitimar a Educação Física através de conhecimentos científico e técnico, priorizando o desenvolvimento da mecânica corporal, melhorando o funcionamento do corpo e a eficiência do gasto energético. Atribuindo a Educação Física a tarefa de formar corpos saudáveis e disciplinados, aptos para a industrialização que se iniciava no Brasil.
Na década de 1930, o esporte começou a se popularizar sendo um dos principais
conteúdos a ser trabalhados nas aulas de Educação Física, com intuito de promover
políticas nacionalistas.
No final da década de 1930, teve inicio a um intenso processo de difusão do esporte na sociedade e nas escolas brasileiras.
Em 1940, estabeleceu as bases da organização desportiva brasileira instituindo o Conselho Nacional de Desportos, para orientar, fiscalizar e incentivar a prática desportiva.
As aulas de Educação Física assumiram os códigos esportivos do rendimento, competição, tornando-se a base da pirâmide esportiva, a prática de exercícios em todos os estabelecimentos tornou-se obrigatória.
A Educação Física em 1942, com o contexto das reformas educacionais tornou-se uma prática educativa obrigatória, com carga horária de três sessões semanais para meninos e duas para meninas, tanto no ensino secundário como no industrial a duração de 30 e 45 minutos por sessão.
Em 1964, com o golpe militar, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase nas escolas. Ocorre outras reformas educacionais no Brasil, em particular o chamado acordo Ministério da Educação e Cultura- MEC, onde muitos professores começaram frequentassem, nos Estados Unidos, cursos de pós- graduação. O esporte consolidou sua hegemonia onde os currículos seu objetivo era competição e na performance dos alunos. Os esportes olímpicos- vôlei, basquete, handebol e atletismo, entre outros- foram priorizados para formar atletas que representassem o país em competições internacionais.
Na década de 70, com a Lei n. 5692/71, passou a ser integrada como atividade escolar regulara e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis do sistema de ensino. Ainda nesse período, o Regime Militar visando o desenvolvimento da aptidão física dos alunos, seria possível obter melhores resultados nas competições, para consolidar o país como uma potência olímpica elevando status político e econômico.
A Educação Física recebeu forte crítica da corrente da psicomotricidade, que os fundamentos contrapunham às perspectivas teórico-metodológicas, valorização a formação integral da criança, acreditando que o desenvolvimento através de aspectos, cognitivos, afetivos e motores.
No fim da Ditadura Militar, nos anos de 1980, o sistema passou por um processo de reformulação, a comunidade científica da Educação Física se fortaleceu com abertura de cursos na área de humanas, trazendo várias proposições e interrogações acerca da legitimidade dessa disciplina. Tais propostas criticando os paradigmas da aptidão física e da esportivação.
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Desenvolvimentista: constitui o ensino de habilidades motoras de acordo com uma seqüência de desenvolvimento, sendo a base teórica a psicologia do desenvolvimento e aprendizagem;
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Construtivista: embora preocupada com a cultura infantil, se fundamenta também na psicologia do desenvolvimento, vinculada ás discussões da pedagogia crítica brasileira e ás análises das ciências humanas.
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Crítico-superadora: conceito de Cultura Corporal tem como suporte a idéia de seleção, organização e sistematização do conhecimento acumulado historicamente. Garantindo o acesso ás variadas formas de conhecimentos produzidos pela humanidade, levando os alunos a estabelecerem nexos com a realidade, elevando-os a um grau de conhecimento sintético. A critico-superadora foi criada na década de 90 por um grupo de pesquisadores tradicionalmente denominados por Coletivos de Autores.
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Crítico-emancipatória: o movimento humano em sua expressão é considerado significativo no processo ensino/aprendizagem , “ser no mundo”. A expressividade corporal é uma forma de linguagem pela a qual o ser humano se relaciona com o meio, tornando- se sujeito a partir do reconhecimento de si no outro. Crítico-emancipatória foi criada, na década de 90, pelo pesquisador Elenor Kunz.
O Currículo Básico, para a Educação Física, fundamenta-se na pedagogia histórico-crítica, preocupado com a formação de seres humanos capazes de questionar e transformar a realidade social em que vivem.
Esse documento caracterizou-se por ser uma proposta avançada em que mero exercício físico deveria dar lugar de formação humana do aluno em amplas dimensões. O Currículo Básico apresentava uma rígida listagem de conteúdos, condutas motoras de base ou formas básicas de movimento; condutas neuro-motoras; esquema corporal; ritmo; aprendizagem objeto motora, permaneceu privilegiando abordagens como a desenvolvimentista, construtivista e psicomotora. No mesmo período, foi elaborado o documento Reestruturação da Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau, foi fundamentada na concepção histórico-crítica de educação para resgatar o compromisso social, uma sociedade com menor desigualdade social.
Essa proposta representou um marco para disciplina, destacou a dimensão social da Educação Física e possibilitou a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano, como expressão da identidade corporal. A proposta valorizou a produção histórica e cultural dos povos, relativa á ginástica, á dança, aos esportes, aos jogos e ás atividades que correspondem ás características regionais.
Na década de 90 com a aprovação da Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional (LDB n. 9394/96), o Ministério da Educação (MEC), apresentou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), deveria ser um referencial curricular tornou-se um currículo mínimo, para além da idéia de parâmetros, e propôs objetivos, conteúdos, métodos, avaliação e temas transversais.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física para o Ensino Fundamental abandonaram as perspectivas da aptidão física fundamentadas em aspectos técnicos e fisiológicos, e destacaram outras questões relacionadas ás dimensões técnicas e fisiológicas, destacaram outras questões relacionadas ás dimensões culturais, sociais, políticas, afetivas, baseadas em concepções teóricas relativas ao corpo e ao movimento.
As concepções pedagógicas apresentadas valorizaram o individualismo e a adaptação do sujeito á sociedade, ao invés de construir e oportunizar o acesso a conhecimentos que possibilitem aos educandos a formação crítica..
As Diretrizes Curriculares, seu objetivo de estudo e de ensino é a Cultura Corporal, garantir o acesso ao conhecimento e objetivo á reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, conhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.
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ESTRUTURANTES
Os conteúdos Estruturantes foram definidos como os conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar. Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica devem ser abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que devem ser consideradas no processo de ensino/aprendizagem, a Cultura Corporal, ampliando a dimensão motriz e enriquecer os conteúdos com experiências corporais das mais diferentes culturas, priorizando as particularidades de cada comunidade. O conteúdo faz uma abordagem de aspectos políticos, históricos, sociais, econômicos, culturais e elementos da subjetividade representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência com as diferenças, na formação social crítica e autônoma.
Os Conteúdos Estruturantes propostos para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes:
-Esporte;
-Jogos e brincadeiras;
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-Ginástica;
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-Lutas;
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-Dança.
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ENSINO FUNDAMENTAL: 6º Ano
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CONTÉUDO ESTRUTURANTES
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CONTEÚDOS BÁSICOS
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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
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ESPORTE
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Coletivos
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Individuais
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Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.
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Atletismo
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JOGOS E BRINCADEIRAS
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Jogos e brincadeiras populares
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Jogos e cantigas de roda
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Jogos de tabuleiro
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Jogos cooperativos
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Amarelinha; elástico; bets; peteca, corrida do saco; jogo do pião; queimada; polícia e ladrão.
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Adoletá; caranguejo; escravos de Jô; lenço atrás; dança da cadeira.
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Dama; trilha; xadrez.
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Futpar; volençol; salve com um abraço.
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DANÇA
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Danças folclóricas
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Danças de rua
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Danças criativas
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Quadrilha; dança de fitas; dança do café.
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Break; funk; ragga.
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Elementos de movimento; qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
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GINÁSTICA
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Ginástica rítmica
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Ginástica circense
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Ginástica geral
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Arco; corda; bola; fita.
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Malabares; acrobacias.
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Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (vela, rolamentos, ponte, estrela, paradas,etc.)
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LUTAS
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Lutas de aproximação
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Capoeira
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Judô; sumo.
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Angola; regional.
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