Fronteiras da Globalização 3


Classificação climática



Yüklə 2,36 Mb.
səhifə7/45
tarix26.07.2018
ölçüsü2,36 Mb.
#59188
1   2   3   4   5   6   7   8   9   10   ...   45

52

Classificação climática

Para estudar o clima brasileiro, optamos pela classificação climática do cientista estadunidense Arthur Strähler por estar baseada na circulação e na atuação das massas de ar que determinam o clima mais detalhadamente no nosso país. Veja o mapa a seguir.

FONTE: Adaptado de: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2009. p. 13. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

Climas controlados por massas de ar equatoriais e tropicais

Clima equatorial úmido

Determinado pela massa equatorial continental, sua principal área de ocorrência é a Amazônia. Características: elevada taxa de umidade (o índice pluviométrico ultrapassa 2.500 mm anuais), altas temperaturas e baixa amplitude térmica anual.

Clima litorâneo úmido

Abrange a faixa da costa do Nordeste e do Sudeste e sofre influência da massa Tropical atlântica. Apresenta como características chuvas concentradas no inverno e médias térmicas elevadas. O índice pluviométrico varia de 1.500 mm a 2.000 mm durante o ano. As chuvas são decorrentes do encontro da mTa com a mPa, e também do encontro da mTa com áreas mais elevadas do relevo, como o planalto da Borborema, no nordeste, e a serra da Mantiqueira, no Sudeste.

Clima tropical continental

É o clima mais representativo do Brasil, por isso, é chamado tropical típico. Abrange áreas das regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste. Apresenta amplitudes térmicas anuais elevadas, decorrentes da continentalidade, e duas estações bem definidas: verão chuvoso, influenciado pelas massas de ar Equatorial continental e Tropical atlântica, e inverno seco, devido à ação das massas de ar Polar atlântica e Tropical continental.

Clima tropical semiárido

Característico do Sertão nordestino e do norte de Minas Gerais. É controlado pelas massas de ar Tropical atlântica e Equatorial continental. Em geral, quando essas massas chegam ao interior do Nordeste já estão secas, pois perderam a umidade ao encontrar barreiras montanhosas que impedem a passagem das chuvas, fazendo com que elas caiam no litoral.

É o clima brasileiro com o menor índice pluviométrico anual, que chega, às vezes, a ser inferior a 500 mm. As temperaturas médias são elevadas.

FONTE: Climogramas adaptados de: INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA (Inmet). Disponível em: www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/graficosClimaticos. Acesso em: 21 mar. 2016.



53

Climas controlados por massas de ar tropicais e polares

Clima tropical de altitude

É encontrado nas áreas de maior altitude da região Sudeste. Sofre grande influência anual da massa Tropical atlântica, que é úmida. No inverno, a massa Polar atlântica provoca baixas temperaturas e geadas.

Diferencia-se do clima tropical típico, ou continental, por apresentar maior índice pluviométrico anual (acima de 1.700 mm), verões menos quentes e invernos mais frios.

Clima subtropical úmido

Representativo do sul do Brasil, é dominado pela massa Tropical atlântica, mas sofre grande influência da Polar atlântica no inverno. Apresenta o segundo maior índice pluviométrico anual (em torno de 2.500 mm), só perdendo para o equatorial úmido. Tem as estações definidas e chuvas bem distribuídas durante o ano. No inverno, são constantes as ondas de frio e a formação de geada. Pode ocorrer neve nas áreas de maior altitude.

FONTE: Climogramas adaptados de: INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA (Inmet). Disponível em: 1www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/graficosClimaticos. Acesso em: 21 mar. 2016.



Refletindo sobre o conteúdo

1. As cidades de Macaé (RJ) e Teresópolis (RJ) estão situadas em latitudes muito próximas, mas suas temperaturas são muito diferentes. Veja no mapa a seguir.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 173; INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA (Inmet). Disponível em: www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=tempo2/verProximos Dias&code=3302403; www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=tempo2/verProximosDias&code=3305802. Acesso em: 10 fev. 2016. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

- O que explica essa diferença?

2. Leia o trecho a seguir. Depois, faça o que se pede.

O Brasil é um país tropical. Essa afirmação, aceita de maneira geral pela sociedade, está diretamente relacionada às características naturais da imensa extensão do território brasileiro...

MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007. p. 16. (Adaptado.)

- Você concorda com a afirmação de que o Brasil é um país tropical? Justifique sua resposta.

3. Observe os climogramas a seguir e responda:

FONTE: Climogramas adaptados de: INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA (Inmet). Disponível em: www.inmet.gov.br/portal/index. php?r=clima/graficosClimaticos. Acesso em: 21 mar. 2016. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

a) Identifique o clima de cada climograma representado.

b) Qual massa de ar predomina no verão no climograma 1?

c) Qual massa de ar predomina no inverno no climograma 2?

d) Qual climograma aponta maior quantidade de chuva durante o ano? E a menor temperatura média?



54

capítulo 6. A hidrografia do Brasil

LEGENDA: Os rios são uma das formas sob as quais a água pode ser encontrada nos continentes. A rede hidrográfica brasileira conta com a maior bacia fluvial do mundo, tanto em extensão como em volume de água, e apresenta um elevado potencial hidráulico: a bacia Amazônica. Na imagem, rio Amazonas, próximo ao município de Manaus (AM), em 2015, durante o período de cheia.

FONTE: Ernesto Reghran/Pulsar Imagens



Os rios

No Brasil, devido ao clima tropical e à ausência de grandes altitudes do relevo, não encontramos geleiras. Também não há lagos de extensão significativa. Suas riquezas hídricas são as grandes redes fluviais e os reservatórios de águas subterrâneas.

Podemos definir rio como uma corrente de água, que se desloca da nascente (ponto mais alto) até a foz (ponto mais baixo), que pode ser em outros rios, oceanos, mares ou lagos.

As águas que afloram das nascentes dão origem aos rios. Os rios podem aumentar de volume e de tamanho ao longo do seu percurso, recebendo águas de outros rios (afluentes) e águas que não se infiltram no solo, provenientes das precipitações. Os cursos de água podem ser:



- Permanentes ou perenes - têm água o ano todo, como o rio Amazonas.

- Temporários - possuem água em determinados períodos do ano e podem ser divididos em:

- intermitentes - possuem água em determinadas épocas do ano graças ao lençol freático, como o rio Jaguaribe, no Ceará.

- efêmeros - possuem água em determinadas épocas do ano graças às precipitações, como o rio Chafariz, na Paraíba.

Os rios estão organizados hierarquicamente, formando uma rede hidrográfica: rio principal, afluentes e subafluentes.



55

LEGENDA: Rios efêmeros se formam durante as chuvas. São alimentados pelas águas de escoamento superficial. Na imagem, leito seco de rio no vale dos Dinossauros, no município de Sousa (PB), em 2014.

FONTE: Andre Dib/Pulsar Imagens

As partes mais elevadas do relevo, como planaltos e montanhas, separam os rios da rede hidrográfica, delimitando suas bacias. São os chamados divisores de água ou interflúvios.

FONTE: Adaptado de: PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. 4ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 356. CRÉDITOS: Cassiano Röda/Arquivo da editora

Os principais divisores ou centros dispersores de água das bacias hidrográficas brasileiras são a cordilheira dos Andes, onde nascem os formadores do Amazonas; o antigo planalto das Guianas, onde nascem os afluentes da margem esquerda do Amazonas, e diferentes partes do antigo planalto Brasileiro, onde se originam os rios das bacias do Tocantins-Araguaia, do São Francisco e Platina.

O caminho percorrido por um rio desde sua nascente até a foz é chamado curso. Por causa de sua inclinação (um rio corre das partes altas para as baixas), podemos distinguir em um rio o curso superior (junto à nascente), o curso médio (no meio) e o curso inferior (próximo à foz).

Veja a seguir os perfis longitudinal e transversal de um rio.

FONTE: Adaptado de: RODRIGUEZ, Patricia; PALMA, Marcela. Geografia general. Santiago: Santillana, 2010. p. 79. CRÉDITOS: Ingeborg Asbach/Arquivo da editora

Glossário:



Margem: lado do leito fluvial.

Talvegue: ponto mais fundo do vale de um rio.

Vertente: parte do vale que se estende desde as margens até os divisores de água.

Leito: superfície por onde correm as águas do rio.

Fim do glossário.

O lugar onde o rio lança suas águas, tanto no oceano quanto em um lago ou em outro rio, chama-se foz. Tipos de terreno, profundidade do leito, volume de água são características que tornam possível a existência de mais de um tipo de foz.

- Estuário: desembocadura larga e profunda onde o rio lança águas no oceano, sem obstáculos. Sob a influência da maré ocorre a mistura da água salgada com a doce resultando em água salobra.

- Barra: os rios carregam grande quantidade de sedimentos e lançam suas águas em mares pouco profundos. Com o tempo, o material acumula-se como um obstáculo, na saída das águas.

- Delta: pequenas ilhas formadas pelos sedimentos carregados pelos rios dividem as águas fluviais em vários canais.

56

A maioria dos rios brasileiros possui foz em estuário. O nosso delta mais conhecido é o do rio Parnaíba, na divisa entre os estados do Maranhão e do Piauí.

O rio Amazonas tem sua foz considerada mista, porque possui características tanto de estuário como de delta.

LEGENDA: Imagem de satélite da foz do rio Amazonas, em 2016.

FONTE: © Landsat/2016, Engesat

No Brasil, a drenagem dos rios é exorreica, ou seja, os rios se voltam para o mar e são todos tributários do Atlântico; de maneira direta, são exemplos o São Francisco e o Amazonas, e indireta, o Tietê e Iguaçu.

Alimentação e regime fluvial

Alimentação é a maneira pela qual um rio recebe suas águas. Existem três tipos de alimentação fluvial:

- Pluvial - recebe água das chuvas.

- Nival ou glacial - recebe água do derretimento das geleiras.

- Plúvio-nival - recebe água do derretimento de geleiras e das chuvas.

A maioria dos rios brasileiros têm alimentação pluvial. Contudo, o Amazonas e alguns de seus afluentes também recebem águas provenientes do derretimento da neve da cordilheira dos Andes.

No curso de um rio, o volume de água não é o mesmo durante todo o ano. Em alguns meses, o volume diminui muito ou chega a secar completamente. É o período de estiagem ou vazante. Quando as águas atingem o volume máximo, é o período das cheias e podem ocorrer grandes enchentes. Geralmente, essas situações se repetem, todos os anos, na mesma época. A esse ritmo de estiagens e cheias dos rios chamamos regime fluvial.

Os regimes fluviais dependem do clima da região onde estão localizados os rios. Os principais são:

- Equatorial - apresenta pouca variação no volume de águas.

- Tropical - apresenta estações seca e chuvosa bem definidas.

- Nival ou alpino - apresenta cheias provocadas pelo derretimento de neve.

- Polar - os rios permanecem congelados de quatro a seis meses por ano.

A maioria dos rios brasileiros tem regime do tipo tropical, em virtude da posição geográfica de nosso país. O rio Amazonas tem um regime complexo, pois, além da alimentação plúvio-nival, possui afluentes localizados nos dois hemisférios terrestres, o que resulta em diferentes períodos de cheia na bacia.

Os rios do Sertão nordestino são, em sua maioria, temporários, como o Paraíba do Norte (PB), devido ao clima semiárido da região. Alguns rios da região Sul têm regime subtropical, com cheias no inverno e na primavera, como o rio Iguaçu.

Os rios e o relevo

Já vimos que clima e rios estão intimamente relacionados, pela forma de alimentação e do regime. Também sabemos que os rios cortam vários tipos de relevo, realizando importante trabalho de erosão.

Quanto à interação entre o relevo e os rios, podemos considerar que existem: os rios de planalto e os rios de planície. Os rios de planalto apresentam cursos acidentados, com corredeiras, quedas-d'água e podem ser aproveitados para a geração de energia elétrica. Os rios de planície têm pouca declividade, sendo propícios à navegação.

Como a maioria da nossa rede hidrográfica é constituída de extensos rios de planalto, 65% da energia elétrica do Brasil é de origem hidrelétrica. Além de não ser totalmente aproveitado, esse grande potencial hidrelétrico não está distribuído de maneira uniforme entre as bacias hidrográficas existentes em nosso país.

Os rios Amazonas e Paraguai percorrem extensas regiões de terras baixas (Amazonas) e planícies (Paraguai). Permitem a navegação fluvial integrando diferentes bacias hidrográficas brasileiras.

57

As regiões hidrográficas brasileiras

Em 2003, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) reuniu as principais bacias brasileiras em doze regiões hidrográficas. Sete delas recebem o nome de seus rios principais. Os rios Paraná, Paraguai e Uruguai, que formam a bacia Platina, foram considerados separadamente, pois esses rios se juntam, formando o rio da Prata, fora do território brasileiro. As outras cinco agrupam diversos rios de acordo com sua localização; são as chamadas bacias secundárias, como podemos ver no mapa abaixo.

Região hidrográfica Amazônica

É a mais extensa região hidrográfica brasileira. Drena 56% do território brasileiro, nos estados do Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Amapá, Mato Grosso e Roraima. Seu principal rio, o Amazonas, nasce na cordilheira dos Andes, no Peru, e recebe denominações diferentes até atingir o oceano Atlântico. Ao entrar em território brasileiro, recebe o nome de Solimões e, apenas depois de receber as águas do rio Negro, não muito distante da cidade de Manaus, passa a se chamar Amazonas.

O Amazonas atravessa uma grande área de planícies e depressões, porém seus afluentes correm em áreas planálticas, dotando essa bacia de grande potencial hidrelétrico disponível, na verdade o maior do Brasil. Entretanto, por estar localizado em uma região pouco habitada e com poucas indústrias, ainda é pouco aproveitado para a geração de energia elétrica.

Suas principais hidrelétricas são: Samuel (rio Jamari, RO), Balbina (rio Uatamã, AM), Curuá-Uma (rio Curuá-Uma, PA) e Coaracy Nunes (rio Araguari, AP). Dois projetos polêmicos por seu potencial de agressão ao meio ambiente estão em andamento na região: as usinas de Santo Antônio e de Jirau, no rio Madeira, e a usina de Belo Monte, no rio Xingu.



Regiões hidrográficas*

* Compreendem as bacias existentes em território nacional, tanto as que se localizam exclusivamente em nosso território como as que fazem parte de uma bacia maior, que ultrapassa o limite nacional, como a bacia Amazônica.

FONTE: Adaptado de: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Agência Nacional de Águas (ANA). Disponível em: www.ana.gov.br/bibliotecavirtual/arquivos/20061107162314_Brasil_RegioesHidrograficas_nivel01_imagem.pdf. Acesso em: 11 fev. 2016. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

58

Os principais atingidos por esses projetos em desenvolvimento são indígenas e comunidades ribeirinhas, como veremos no boxe Relacionando os assuntos, a seguir.

Os rios da bacia Amazônica são, em quase toda sua extensão, a única via de transporte das populações ribeirinhas, tornando-se seu principal meio de contato com as cidades maiores da região. É por meio deles que as pessoas recebem alimento e assistência médica, em barcos que funcionam como "lojas" ou "prontos-socorros".

LEGENDA: As últimas verificações do comprimento do rio Amazonas indicam que o rio possui 6 992 km de extensão, tamanho que o coloca em primeiro lugar entre os maiores do mundo, ultrapassando o rio Nilo, no Egito, que tem 6.670 km. Na imagem, o encontro das águas entre o rio Negro e o rio Solimões, próximo a Manaus (AM). Foto de 2015.

FONTE: Ismar Ingber/Pulsar Imagens

Boxe complementar:



Relacionando os assuntos

Atividade interdisciplinar: Geografia, História e Sociologia.

Ícone: Não escreva no livro.

Índios se reúnem com Ibama, Funai, MPF e Norte Energia, em Altamira

Objetivo da reunião é discutir cumprimento de compensações para aldeias. Construção de hidrelétrica é contestada pelos indígenas da região.

Lideranças indígenas de nove etnias se reúnem com representantes do Ibama, Funai, Ministério Público Federal (MPF) e Norte Energia (NE) neste sábado [25/04/2015]. As tribos questionam o cumprimento das compensações prometidas no início da construção da Usina de Belo Monte, localizada em Vitória do Xingu. Segundo a NE, responsável pelo empreendimento, a empresa possui 28 projetos voltados para comunidades indígenas, e investiu mais de R$ 200 milhões nas aldeias.

Cerca de 100 índios de 9 aldeias da região do Xingu ocuparam a sede do Ibama de Altamira durante a manhã da última quinta-feira [23/04/2015]. Durante a tarde, eles se deslocaram para o prédio da Funai protestando contra o descumprimento do componente indígena que faz parte do Plano Básico Ambiental para a instalação da usina.

As lideranças indígenas reafirmaram que as aldeias são prejudicadas pelos impactos das obras da usina de Belo Monte e reclamaram da demora na execução do projeto elaborado para beneficiar as aldeias. "Nós não temos estrada boa, nós não temos nenhum projeto bom para a gente sobreviver dentro da nossa área. Quando terminar a barragem eles vão embora, e nós, vamos ficar em que?", disse Nambú Kayapó.

Os manifestantes também cobram que o Ibama seja rigoroso na concessão da licença de operação da hidrelétrica, exigindo que a operação não seja liberada em 2015.

Segundo a Norte, todas as obras do Projeto Básico Ambiental do Componente Indígena (PBA-CI) da Usina Hidrelétrica Belo Monte já estão contratadas ou em fase final de contratação. Não há nenhum risco de as ações deixarem de ser executadas. Os prazos de conclusão estão sendo acordados com a Fundação Nacional do Índio de acordo com o suporte de cada uma das aldeias, das nove etnias beneficiadas pelo empreendimento.

G1. Disponível em: http://g1.globo.com/pa/para/ noticia/2015/04/indios-reunem-ibama-funai-mpf-e-norte-energia-em-altamira.html. Acesso em: 11 fev. 2016.

- Com a alegação de garantir o crescimento econômico brasileiro, o governo federal busca construir hidrelétrica na região Norte.

1. Reúna-se com três colegas, pesquisem e discutam o tema: Quais os possíveis danos e benefícios que a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, pode trazer para a Amazônia, para as populações ribeirinhas e para as comunidades indígenas que vivem no local?

2. Em sua opinião, é importante a ação de movimentos sociais de resistência que protestam contra a construção da usina? Por quê?

Fim do complemento.



59

Regiões hidrográficas do Paraná, Paraguai e Uruguai

Essas regiões abrangem o trecho brasileiro da bacia Platina. Os rios Paraná, Paraguai e Uruguai nascem em território brasileiro e drenam terras do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Depois de receber águas do rio Paraguai em território argentino, o rio Paraná se junta ao rio Uruguai no estuário do rio da Prata. Veja a seguir as principais características de cada uma dessas regiões hidrográficas.

Região hidrográfica do Paraná

Seu rio principal, o Paraná, é formado pela junção dos rios Grande e Paranaíba, e deságua fora do território nacional. Por apresentar rios de planalto, é a região hidrográfica de maior aproveitamento hidrelétrico nacional. Compreende as áreas mais urbanizadas, de maior população e de desenvolvimento econômico do país nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal.

No rio Paraná, encontram-se várias hidrelétricas, como as de Itaipu, Urubupungá (Jupiá-Ilha Solteira) e Sérgio Mota (antiga Porto Primavera).

Apesar de estar em uma área de relevo de planalto, a Região hidrográfica do Paraná possui uma hidrovia - a Tietê-Paraná - que terá um importante papel para a economia regional quando estiver totalmente integrada.

Glossário:



Hidrovia: via de transporte marítima, fluvial ou lacustre.

Fim do glossário.

Região hidrográfica do Paraguai

É a maior bacia brasileira genuinamente de planície. Seu rio principal, o Paraguai, nasce no Brasil e atravessa terras paraguaias e argentinas. Suas cheias são responsáveis pela paisagem do Pantanal mato-grossense. Favorável à navegação, faz a ligação do Paraguai (país) com o oceano Atlântico.

LEGENDA: Por estar em uma região planáltica, a região hidrográfica do Paraná apresenta muitas usinas hidrelétricas. A maior é a binacional de Itaipu, no rio Paraná. Essa usina está na fronteira entre o Brasil e o Paraguai e pertence aos dois países. Foto de 2015.

FONTE: Ernesto Reghran/Pulsar Imagens

LEGENDA: O vertedouro é uma estrutura de segurança que escoa água quando o nível está muito alto, evitando que a água passe por cima da barragem e cause danos às estruturas. Foto do vertedouro de Itaipu, em 2015.

FONTE: Christian Rizzi/Agência France-Presse

LEGENDA: Pelos tubos brancos passam as águas que movimentam o sistema de turbinas e geram energia. Ao todo, Itaipu possui 18 turbinas, que fazem dessa usina uma das de maior capacidade de produção do mundo. Foto de 2015.

FONTE: Ernesto Reghran/Pulsar Imagens



60

No Brasil, a tentativa de construir uma hidrovia em seu curso tem encontrado resistência de ambientalistas, pelo fato de atravessar o Pantanal, Patrimônio da Humanidade e Reserva Mundial da Biosfera. A hidrovia Paraguai-Paraná deveria unir cinco países: Brasil, Bolívia, Argentina, Paraguai e Uruguai; estendendo-se de Cáceres, no Mato Grosso, até a cidade de Nueva Palmira, no Uruguai, onde se localiza a foz em estuário do rio da Prata.

FONTE: Adaptado de: MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES. Disponível em: www.transportes.gov.br/images/aquaviario/2014/11/mapas_hirdoviarios.pdf. Acesso em: 24 mar. 2016. Mapa sem data na fonte original. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

LEGENDA: Em seu trecho concluído, a hidrovia Paraguai-Paraná liga o porto de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, ao porto de Nueva Palmira, no Uruguai. A soja é o principal produto transportado por ela. Em dezembro de 2000, a ligação Corumbá-Cáceres teve sua construção embargada pela Justiça Federal. Na imagem, transporte de grãos na hidrovia Paraguai-Paraná, no trecho de Barbosa (SP). Foto de 2013.

FONTE: Thomaz Vita Neto/Pulsar Imagens

Região hidrográfica do Uruguai

O rio Uruguai é o menor dos três principais que formam a bacia hidrográfica Platina. Originado pela junção dos rios Canoas e Pelotas, nasce no Brasil, drena terras brasileiras, uruguaias e argentinas, e desemboca no estuário do Prata. Seu curso superior é predominantemente planáltico, com grande potencial hidrelétrico, cuja utilização tem grande importância devido à existência de agroindústrias na área que atravessa.

Região hidrográfica do Tocantins-Araguaia

É a maior bacia hidrográfica inteiramente brasileira. Seus dois rios formadores nascem no estado de Goiás. O rio Tocantins recebe águas do seu principal afluente, o rio Araguaia (nas proximidades da cidade de Marabá, no Pará), e segue rumo à sua foz, no estado do Pará. Essa bacia possui grande potencial hidrelétrico. Em seu rio principal, o Tocantins, foi construída a hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, que abastece grande parte da região Norte e o Projeto Carajás. A maior ilha fluvial do mundo (a ilha do Bananal) encontra-se no curso médio do rio Araguaia, entre o Araguaia e o Javaés, no estado de Tocantins.

Glossário:



Yüklə 2,36 Mb.

Dostları ilə paylaş:
1   2   3   4   5   6   7   8   9   10   ...   45




Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©muhaz.org 2024
rəhbərliyinə müraciət

gir | qeydiyyatdan keç
    Ana səhifə


yükləyin