Fronteiras da Globalização 3


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1. Leia o trecho abaixo, depois faça o que se pede.

Os estoques de manganês no subsolo parecem ter sido exauridos. Mas o município pode ter outras jazidas ainda não exploradas, de ouro e ferro, por exemplo. Esses minérios já são extraídos em Pedra Branca do Amapari, cidade vizinha.

NATIONAL Geographic. São Paulo: Abril, fev. 2011. p. 25. (Adaptado.)

a) Indique um produto que utiliza o manganês em sua composição.

b) Identifique dois estados brasileiros onde esse minério é extraído e suas respectivas regiões geográficas.



2. Leia a estrofe abaixo, depois faça o que se pede.

IV / ITABIRA



Cada um de nós tem seu pedaço no pico do Cauê.

Na cidade toda de ferro

As ferraduras batem como sinos.

Os meninos seguem para a escola.

Os homens olham para o chão.

Os ingleses compram a mina.

Parte IV do poema Lanterna mágica. In: ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. p. 68.

- Elabore um texto dissertativo sobre o impacto socioambiental causado pela mineração, tendo como inspiração o trecho do poema de Carlos Drummond de Andrade.

3. Minas Gerais sempre desempenhou um importante papel na história econômica brasileira: o ouro e o minério de ferro, explorados em diferentes fases, testemunham essa grande importância.

a) Relacione o minério de ferro mineiro à instalação da indústria de base no Brasil.

b) Qual é a principal área de extração do minério de ferro?

c) Caracterize o peso que esse minério tem nas exportações brasileiras.



4. Observe a imagem a seguir.

LEGENDA: Apollo 15 vista de módulo lunar, 1971.

FONTE: JSC PAO Web Team/NASA

- Relacione o nióbio ao Brasil e à imagem anterior.



5. Atividade interdisciplinar: Geografia, História e Química. Observe atentamente o mapa, depois faça o que se pede.

Ícone: Não escreva no livro.

FONTE: Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. 34ª ed. São Paulo: Ática, 2013. p. 117. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

a) Identifique três estados brasileiros e suas respectivas regiões geográficas que apresentem reservas de ouro em seu território.

b) Cite dois objetos que contenham ouro em sua composição.

c) Identifique três estados e suas respectivas regiões geográficas que apresentem minério de ferro em seu território.

d) Cite dois objetos que contenham minério de ferro em sua composição.

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capítulo 19. Oferta interna de energia: combustíveis fósseis

LEGENDA: A fonte de energia mais utilizada no Brasil ainda é o petróleo, mas o país vem investindo na busca de energias alternativas que provoquem menos impactos ao meio ambiente. Na imagem, navio-plataforma flutuante de produção ancorado em Angra dos Reis (RJ). Foto de 2014.

FONTE: Renata Mello/Pulsar Imagens



Oferta interna de energia no Brasil

De uma maneira simples podemos entender a Oferta Interna de Energia (OIE) como toda a energia necessária para movimentar a economia do país.

Essa oferta reúne fontes de energia primária, secundária, renovável e não renovável.

Denominamos fontes de energia primária aquelas obtidas diretamente da natureza, como petróleo, carvão mineral, gás natural, lenha e energia hidráulica. Essas fontes são utilizadas principalmente nos chamados centros de transformação, como refinarias de petróleo, usinas hidrelétricas, nucleares e termelétricas. Nesses centros são produzidas as fontes de energia secundá ria: nafta, óleo diesel, gasolina, coque de carvão mineral, eletricidade e outras. As fontes secundárias também podem passar por centros de transformação e ser convertidas em outras formas de energia secundária, como a nafta, obtida do petróleo e convertida em gás canalizado.

A oferta de energia primária no Brasil conta com fontes renováveis e não renováveis.

Glossário:



Nafta: matéria-prima básica para toda a cadeia de produção das resinas plásticas. É um subproduto do petróleo.

Coque: combustível obtido da queima do carvão em recipiente hermeticamente fechado.

Fim do glossário.



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As fontes renováveis são aquelas que podem ser aproveitadas indefinidamente, como a biomassa de cana-de-açúcar, a hidráulica, a eletricidade, a lenha e o carvão vegetal, a energia solar, a energia eólica, etc.

As fontes de energia não renováveis são as constituídas pelos recursos que existem em quantidade limitada no planeta e que vão um dia esgotar-se. É o caso do petróleo e seus derivados, do gás natural, do carvão mineral, do urânio e do xisto betuminoso.

Conforme a Resenha energética brasileira, em 2014, da oferta de energia interna no país 39,4% eram obtidos das fontes renováveis. Essa proporção é uma das mais elevadas do mundo, fazendo a matriz energética brasileira muito superior à média global, que era de 14% no mesmo ano. Observe o gráfico abaixo.

Glossário:

Matriz energética: termo empregado para indicar as principais fontes de energia de um determinado lugar.

Fim do glossário.

FONTE: Adaptado de: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Empresa de Pesquisa Energética. Balanço energético nacional 2015. Disponível em: https://ben.epe.gov.br/downloads/S%C3%ADntese%20do%20Relat%C3%B3rio%20Final_2015_Web.pdf; MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Resenha energética brasileira 2015. Disponível em: www.mme.gov.br.documents/1138787/1732840/Resenha+Energ%C3%A9tica+-+Brasil+2015.pdf/4e6b9a34-6b2e-48fa-9ef8-dc7008470bf2. Acesso em: 18 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

Glossário:



OCDE: sigla de identificação dos países que compõem a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Mtep: unidade de medida de energia que significa 'Milhões de toneladas equivalentes de petróleo'.

Fim do glossário.

A participação marcante da energia hidráulica e de biomassa na matriz energética brasileira proporciona indicadores de emissões de CO2 bem menores do que a média mundial e dos países desenvolvidos. Veja o gráfico a seguir.

FONTE: Adaptado de: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Resenha energética brasileira 2015. Disponível em: www.mme.gov.br/documents/1138787/1732840/Resenha+Energ%C3%A9tica+-+Brasil+2015.pdf/4e6b9a34-6b2e-48fa -9ef8-dc7008470bf2. Acesso em: 18 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

Consumo final de energia no Brasil

Denominamos consumo final a energia utilizada pelas pessoas, pelas empresas e pelos diversos setores da economia.

Conforme divulgado no Balanço energético nacional, em 2014 o consumo final energético de to das as fontes de energia representou 94% do consumo final total. Esse valor era referente ao con sumo da energia que faz as indústrias e as casas funcionarem, por exemplo. Os outros 6% das fontes de energia foram consumidos em outras atividades que não o fornecimento de energia para os diversos setores da sociedade. É o caso de fontes de energia utilizadas como matéria-prima, por exemplo derivados de petróleo que são usados para produzir asfalto, plástico, borracha sintética, etc.

Em 2014, o setor industrial foi o que mais utilizou energia (32,9%), seguido pelo de transportes (32%). E a fonte energética mais consumida, no mesmo ano, foram as derivadas do petróleo, como podemos ver no gráfico da próxima página.



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FONTE: Adaptado de: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Empresa de Pesquisa Energética. Balanço energético nacional 2015. Disponível em: https://ben.epe.gov.br/downloads/S%C3%ADntese%20do%20Relat%C3%B3rio%20Final_2015_Web.pdf. Acesso em: 18 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

Glossário:

Lixívia: resíduo industrial.

Fim do glossário.

O Brasil não é autossuficiente e precisa importar fontes de energia para atender às suas necessidades. Entretanto, com o aumento da produção interna, principalmente do petróleo, o montante dessas importações tem diminuído.

Essa diferença entre a demanda interna de energia (inclusive perdas de transformação, distribuição e armazenagem) e a produção interna é denominada dependência externa.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, de 2013 para 2014, o Brasil reduziu a sua dependência externa de energia. Esse resultado foi decorrente, sobretudo, do forte aumento da produção de petróleo. Assim, a dependência externa de energia correspondeu a 12,7% da demanda total de energia do país.

Combustíveis fósseis

Neste capítulo, estudaremos os três principais combustíveis fósseis utilizados no Brasil: petróleo, gás natural e carvão mineral.

Petróleo

O petróleo forma-se em estruturas sedimentares. Apesar de 64% da superfície brasileira ser formada por terrenos sedimentares, o Brasil não possui reservas de grandes jazidas de petróleo em sua parte continental. A maioria das reservas nacionais localiza-se na plataforma continental.

Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), em 2014 as reservas totais brasileiras de petróleo alcançaram 31,1 bilhões de barris e ocuparam a 15ª posição mundial. As três maiores reservas encontravam-se na Venezuela, na Arábia Saudita e no Canadá, respectivamente.

Entre os maiores produtores mundiais de petróleo, o Brasil ocupou a 13ª posição, ultrapassando a marca de 2.346 milhões de barris diários em 2014. Nesse ano, os três maiores produtores mundiais de petróleo foram, respectivamente, Estados Unidos, Arábia Saudita e Rússia.

No Brasil, o estado do Rio de Janeiro sozinho concentrava quase 82,4% das reservas provadas offshore e 81,9% das reservas provadas totais nacionais.

Glossário:



Plataforma continental: porção do relevo submarino que se inicia na linha da costa como uma continuação do litoral, com até 200 metros de profundidade.

Reserva offshore: reserva localizada no oceano; fora do continente.

Fim do glossário.

Boxe complementar:

Classificação das reservas de petróleo, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP)

Reservas Desenvolvidas: quantidade de petróleo ou gás natural que se espera produzir a partir dos poços já perfurados e com os equipamentos necessários em funcionamento.

Reservas Possíveis: são reservas de petróleo e gás natural cuja análise dos dados geológicos e de engenharia indica uma maior incerteza na sua recuperação quando comparada com a estimativa de reservas prováveis.

Reservas Provadas: são reservas de petróleo e gás natural que, com base na análise de dados geológicos e de engenharia, se estima recuperar comercialmente, com condições econômicas, métodos operacionais e regulamentação governamental definidos.

Reservas Prováveis: são reservas de petróleo e gás natural cuja recuperação é menos provável que a das reservas provadas, mas de maior certeza em relação à das reservas possíveis.

Reserva Total: é a soma das reservas provadas, prováveis e possíveis.

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA (MMA). Anuário estatístico brasileiro do petróleo, gás natural e biocombustíveis 2015. Disponível em: www.anp.gov.br/?dw=78135. Acesso em: 12 abr. 2016. (Adaptado.)

Fim do complemento.

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Veja no gráfico a seguir a localização das principais reservas de petróleo brasileiras.

FONTE: Adaptado de: AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP). Anuário estatístico brasileiro do petróleo, gás natural e biocombustíveis 2015. Disponível em: www.anp.gov.br/?pg=76798. Acesso em: 18 abr. 2016. CRÉDITOS: Banco de Imagens/Arquivo da editora

Em 2014, cerca de 96,2% da produção brasileira de petróleo era offshore; ou seja, a extração era feita em alto-mar, no oceano Atlântico.

O pré-sal

As últimas prospecções e descobertas no mar territorial brasileiro abrem perspectivas para o futuro da produção brasileira de petróleo. Trata-se da camada de sal que pode dobrar as atuais reservas do Brasil. É chamada de pré-sal porque está localizada entre 5 mil e 7 mil metros abaixo do nível do mar, sob uma camada de 2 mil metros de sal.

A origem desse depósito está ligada à deriva dos continentes e à formação do Atlântico sul, na separação entre América do Sul e África. Observe o esquema da página 231 e entenda como se formou o pré-sal.

FONTE: Adaptado de: FOLHA DE S.PAULO. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u440468.shtml. Acesso em: 1º mar. 2013. CRÉDITOS: Kazuhiko Yoshikawa/Arquivo da editora

Esse reservatório de petróleo e gás natural estende-se pelo litoral brasileiro, numa extensão de 800 km, do Espírito Santo até Santa Catarina.

A primeira extração de petróleo do pré-sal foi realizada em 2 de setembro de 2008, no campo Jubarte, na bacia de Campos.



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O grande desafio, porém, são o capital e a tecnologia necessários para a exploração em grande escala. Outro problema crucial é ultrapassar a camada de sal para chegar até o depósito de petróleo. Essa camada se movimenta continuamente e pode fechar o poço recém-aberto e, assim, prender a coluna de perfuração. Além disso, há a intensa pressão da água sobre os equipamentos.

FONTE: Adaptado de: FOLHA DE S.PAULO. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u440468.shtml; PETROBRAS. Disponível em: www.petrobras.com.br/pt. Acesso em: 1º mar. 2013. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

FONTE: Adaptado de: FOLHA DE S.PAULO. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/utl91u440468.shtml; PETROBRAS. Disponível em: www.petrobras.com.br/pt. Acesso em: 1º mar. 2013 CRÉDITOS: Alex Argozino/Arquivo da editora



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Boxe complementar:



Outra visão

Ícone: Não escreva no livro.

O pré-sal e os vilões do clima

Quem são os vilões mundiais do clima? Aqueles projetos que, apesar do alerta da comunidade científica global, pretendem levar adiante a exploração de combustíveis fósseis como petróleo, carvão e gás - maiores responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa?

Relatório lançado hoje pelo Greenpeace Internacional dá nome aos suspeitos. Chamado "Caminho sem volta" (tradução livre do inglês "Point of no Return"), o documento identifica os 14 maiores projetos de energias sujas planejados para as próximas décadas.

O Brasil aparece na nona colocação com a exploração do pré-sal, óleo descoberto nas camadas profundas do oceano e que vai contribuir com a emissão de 330 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2020.

"Com um potencial abundante de geração renovável, como eólica, solar e de biomassa, o Brasil perde a chance de inovar e se posicionar como uma das economias mais sustentáveis e limpas do planeta", disse Ricardo Baitelo, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. "Infelizmente, o governo investe uma enormidade de recursos em uma exploração arriscada do ponto de vista técnico e altamente danosa para o clima."

Entre os maiores projetos de energias sujas listados no relatório estão a enorme expansão da exploração de carvão na China, a grande expansão das exportações de carvão da Austrália, Estados Unidos e Indonésia, e a exploração não convencional de petróleo nas areias betuminosas do Canadá, no Ártico, no Iraque, no Golfo do México e no Casaquistão. Além disso, também consta na lista a produção de gás natural na África e no Mar Cáspio.

De acordo com o estudo, esses novos projetos vão acrescentar um total de 300 bilhões de toneladas de novas emissões de CO2 para a atmosfera até 2050, a partir da extração, produção e queima de 49 bilhões de toneladas de carvão, 29 trilhões de metros cúbicos de gás natural e 260 bilhões de barris de petróleo.

No Brasil, o setor de transportes é o maior emissor de CO2 fóssil. Mesmo assim, o país ainda não possui padrões de eficiência energética, ao contrário de Estados Unidos, China e União Europeia. "Se os regulamentos sobre a eficiência de combustível fossem melhorados e fontes alternativas de energia limpa fossem desenvolvidas no Brasil e no mundo, a demanda por petróleo poderia ser drasticamente reduzida, eliminando a necessidade de embarcar no caminho perigoso da exploração do pré-sal", afirma Baitelo. [...]

GREENPEACE. Disponível em: www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/O-pre-sal-e-os-viloes-do-clima/. Acesso em: 12 abr. 2016. (Adaptado.)

- Agora faça as atividades propostas.

1. Por que a exploração da camada do pré-sal é considerada um vilão do clima?

2. Identifique dois projetos considerados geradores de energias sujas - um em uma nação populosa e outro em um local desabitado.

Fim do complemento.

Refino e transporte

A maior parte do refino do petróleo no Brasil é feita nas refinarias da Petrobras. Segundo o Anuário estatístico 2014, dessas refinarias, treze pertenciam à Petrobras e responderam por 98,2% da capacidade to tal, com destaque para a Refinaria de Paulínia - Replan (SP) e para a Refinaria Landulpho Alves, no município de São Francisco do Conde (BA), que representaram 34,5% da capacidade de refino do país.

Em 2014, o país possuía dezessete unidades de capacidade de refino, das quais treze pertenciam à Petrobras e quatro, à iniciativa privada. Veja no mapa da página 233 a localização de cada uma delas.

O fracionamento do petróleo nas refinarias dá origem a diversos produtos, com variadas utilidades: os derivados do petróleo. Podemos considerar os derivados energéticos e os derivados não energéticos. Entre os primeiros destacam-se a gasolina, o óleo diesel, o óleo combustível e o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Entre os derivados não energéticos estão a nafta, o coque, o asfalto e os solventes.

As unidades industriais da Petrobras se completam com duas fábricas de fertilizantes nitrogenados (Fafen), localizadas em Laranjeiras, Sergipe, e em Camaçari, Bahia.

Quanto à capacidade de refino, em 2014, o Brasil alcançou o 8º lugar no ranking mundial, com 2,2 milhões de barris de petróleo.

Para realizar o transporte do petróleo e do gás natural, por meio de navios, oleodutos e gasodutos, a Petrobras conta com a Transpetro, sua subsidiária integral. Os 54 terminais aquaviários, 33 terrestres e 9 centros coletores de etanol funcionam como entreposto para os modais de transporte (local com combinação de vários tipos de transporte).

Em 2014, segundo a ANP, o Brasil contava com 601 dutos destinados à movimentação de petróleo, derivados, gás natural e outros produtos, perfazendo 19,7 mil km de extensão.



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FONTE: Adaptado de: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Anuário estatístico brasileiro do petróleo, gás natural e biocombustíveis 2015. Disponível em: www.anp.gov.br/?pg=76798. Acesso em: 18 abr. 2016. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Dependência externa

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a chamada Conta Petróleo registrou um forte deficit em 2014: as importações brasileiras de petróleo e derivados superaram em US$ 16,6 bilhões as nossas exportações, o que contribui para o resultado ruim da balança comercial. Entretanto, houve melhora em relação a 2013, quando o deficit foi de 20,3 bilhões de dólares. Essa melhora foi reflexo do aumento da produção brasileira de petróleo em 2014, com a exploração do pré-sal. Contudo, a importação de petróleo ainda representa um peso na balança comercial do país. Veja o gráfico abaixo.

FONTE: Adaptado de: AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP). Anuário estatístico brasileiro do petróleo, gás natural e biocombustíveis 2015. Disponível em: www.anp.gov.br/?pg=76798. Acesso em: 18 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

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Entre os derivados energéticos do petróleo importados pelo Brasil, em 2014, destacam-se o óleo diesel, o GLP e a gasolina. Já entre os não energéticos, o principal produto de importação é a nafta.

Veja no gráfico abaixo a evolução da dependência externa brasileira desses derivados.

FONTE: Adaptado de: AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP). Anuário estatístico brasileiro do petróleo, gás natural e biocombustíveis 2015. Disponível em: www.anp.gov.br/?pg=76798. Acesso em: 18 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

Gás natural

O gás natural, mistura de hidrocarbonetos na qual o metano tem grande participação, também é encontrado em estruturas sedimentares e pode ou não estar associado ao petróleo. Pela Lei do Petróleo (Lei n. 9.478/97), o gás natural "é a porção do petróleo que existe na fase gasosa ou em solução no óleo, nas condições originais de reservatório, e que permanece no estado gasoso em condições normais de temperatura e pressão".

É mais barato do que o petróleo e bem menos poluente, utilizado em fogões industriais e residenciais, altos-fornos, automóveis (gás veicular), entre outros. As reservas provadas nacionais, localizadas principalmente no mar territorial, ocupavam a 31ª colocação mundial em 2014. Dentro do país, o Rio de Janeiro era o estado onde se localizavam as maiores reservas provadas de gás natural, seguido do Espírito Santo e de São Paulo.

Quanto à produção de gás natural, o Brasil registrou aumento e, em 2014, produziu 31,8 bilhões de m3 de gás. Grande parte dessa produção foi offshore (no mar) e os principais produtores, Rio de Janeiro e Espírito Santo, ambos com produção onshore e offshore, e Amazonas e Maranhão, com produção onshore.

O transporte do gás natural

O transporte do gás natural é feito através de gasodutos operados pela Transpetro. Em 2014, com extensão de 11,6 mil km, 110 dutos destinavam-se à movimentação de gás natural. O principal gasoduto é o Brasil-Bolívia, uma vez que quase a totalidade do gás natural consumido no país vem desse país vizinho.

O gasoduto Brasil-Bolívia possui 3.150 km de extensão, sendo 557 km na Bolívia e 2.593 km no Brasil. Com capacidade para fornecer 200 mil barris/dia, o gasoduto percorre, no Brasil, 135 municípios de cinco estados (Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Abastece o território brasileiro com gás natural, produto que é 12% mais barato do que o óleo combustível. Veja, no mapa da página 235, a infraestrutura de produção e movimentação do gás natural.

Em 2014, as importações brasileiras de gás natural totalizaram 17,3 bilhões de m3, com 68,8% provenientes da Bolívia.

Em 2006, o presidente da Bolívia, Evo Morales, decretou a nacionalização da exploração de gás e petróleo no país, o que deu origem à ocupação militar das refinarias, incluindo as refinarias da Petrobras. Depois de uma longa crise, a Bolívia recuou sobre o confisco da renda das empresas estrangeiras e o Brasil aceitou pagar mais pelo gás boliviano.

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FONTE: Adaptado de: AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP). Anuário estatístico brasileiro do petróleo, gás natural e biocombustíveis 2015. Disponível em: www.anp.gov.br/?pg=76798. Acesso em: 18 abr. 2016. CRÉDITOS: Banco de Imagens/Arquivo da editora

Boxe complementar:

Xisto betuminoso

O xisto é uma rocha sedimentar rica em matéria orgânica (querogênio). Quando submetido a temperaturas elevadas, decompõe-se em óleo, água, gás e um resíduo sólido contendo carbono. Assim, com a sua transformação, é possível obter uma série de subprodutos que podem ser aproveitados pelos mais diversos segmentos industriais. Entre esses subprodutos, podemos citar:

Xisto retortado - utilizado na indústria de cerâmica vermelha e de cimento.

Calxisto - utilizado na indústria de fertilizantes como corretor da acidez dos solos.

Pretrosix - aproveitado na reciclagem de borracha, partindo de uma mistura de xisto com pneus usados picados.

As atividades de transformação e exploração do xisto estão relacionadas à indústria de petróleo. A maior reserva mundial do xisto está nos Estados Unidos, seguido pelo Brasil, cujo principal depósito fica no Paraná, na formação Irati.

A Petrobras, única empresa a utilizar o xisto para fins energéticos no Brasil, concentra suas operações na jazida localizada em São Mateus do Sul, no estado do Paraná, onde está instalada sua Unidade de Negócio da Industrialização do Xisto (SIX). Da trans formação do xisto realizado na SIX são obtidos gás de xisto, GLP e óleo combustível.

Ademais, na SIX são produzidos nafta e outros derivados não energéticos do xisto. A nafta é enviada à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), onde é incorporada à produção de derivados. O óleo de xisto refinado é idêntico ao petróleo de poço e é um combustível muito valorizado.

A estimativa da ANP é de que as reservas brasileiras sejam de 14,6 trilhões de m3.

Fim do complemento.

Carvão mineral

Assim como o petróleo e o gás natural, o carvão mineral origina-se em bacias sedimentares e faz parte das fontes energéticas não renováveis.

No Brasil, as reservas carboníferas são modestas, sendo necessário importar carvão dos Estados Unidos, da Ucrânia, da África do Sul, da Austrália, da China e da Polônia, uma vez que as usinas termelétricas brasileiras, as indústrias e os altos-fornos siderúrgicos consomem carvão mineral.

Dentro do território nacional, as jazidas de carvão são encontradas nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. As maiores reservas estão no Rio Grande do Sul (Gravataí, Bagé, Rio Pardo, Triunfo, Cachoeira do Sul, Hulha Negra, São Jerônimo, Candiota), mas a maior produção é a do estado de San ta Catarina (Criciúma, Lauro Müller, Içara, Siderópolis, Urussanga, Orleans). O estado de São Paulo tem reservas modestas (Itapetininga, Buri, Itapeva), que não são economicamente exploráveis em razão da dificuldade de extração e da má qualidade do carvão.


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