. Acesso em: 6 fev. 2015.
Ao observamos o mapa anterior, podemos notar que há uma influência direta da circulação de massas de ar sobre a configuração dos climas no Brasil.
Por exemplo: vinda da Amazônia, a massa de ar Equatorial Continental é úmida e quente, o que acarreta, em regiões mais secas e frias, chuvas e aumento da temperatura. As massas de ar transformam o comportamento atmosférico por cerca de uma semana, o que logo será modificado novamente pela chegada de outra massa de ar.
Glossário
Massa de ar: corpo de ar que carrega consigo características, como temperatura e umidade, do lugar onde se formou.
Inclinação da Terra
A inclinação do eixo da Terra é de aproximadamente 23,5 graus. Sem a inclinação, os raios solares incidiriam da mesma maneira durante o ano inteiro. Devido à existência dela e do movimento de translação, os raios solares atingem desigualmente a superfície terrestre.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Utilize como exemplo o lugar onde os alunos moram e verifiquem em conjunto quais massas de ar influenciam o clima da região. Se possível, apresente notícias com previsões do tempo local aos alunos, que indiquem as massas de ar que atuarão nos dias posteriores, de modo que possam analisar as possiblidades de tempo atmosférico e realizar previsões, mesmo que hipotéticas.
Texto complementar para o(a) professor(a)
A alta barragem de Assuan e a generalização dos cultivos irrigados em todas as estações do ano
A alta barragem de Assuan, construída entre 1957 e 1970 há alguns quilômetros na montante da primeira represa, retém 169 bilhões de metros cúbicos, dos quais 30 bilhões são destinados a estocar o lodo e 48 bilhões estão previstos para atender às cheias excepcionais. Restam 90 bilhões de metros cúbicos, que correspondem aproximadamente à vazão média anual assegurada pelo rio, dos quais 15 bilhões aproximadamente se perdem por evaporação no reservatório a montante da barragem. Dos 74,5 bilhões de metros cúbicos efetivamente disponíveis em Assuan, o Egito recebe 55,5 bilhões de metros cúbicos (o Sudão recebe o resto), aos quais se somam 3 bilhões de metros cúbicos bombeados do lençol freático e 2,3 bilhões de metros cúbicos de água de drenagem reutilizada, ou seja, um total disponível de 60,8 bilhões de metros cúbicos. Destes, 3,7 bilhões se destinam ao consumo humano, 2,9 bilhões à indústria e 39 bilhões de metros cúbicos à irrigação. O restante da água se perde por evaporação, por drenagem, ou deságua no mar sem ter sido utilizada.
Teoricamente, portanto, pouca água doravante atinge o mar sem ser utilizada. Não há mais cheia do Nilo e o rio se tornou apenas a espinha dorsal de um sistema generalizado de irrigação por canais. Somente algumas zonas muito reduzidas e descontínuas do alto vale permanecem submissas ao regime da cheia. O preenchimento progressivo do reservatório nos anos 1960 e no princípio dos anos 1970 permitiu finalizar a extensão da irrigação em todas as estações do ano sobre os 2,4 milhões de hectares de terras cultivadas anteriormente e permitiu ainda implantar no deserto em torno de 400.000 ha de terras suplementares irrigadas. Mas a superfície cultivável conquistada de um lado, pela extensão das “novas terras” irrigadas, é em grande parte perdida junto às antigas terras férteis do vale e, sobretudo do delta, devido a expansão crescente das cidades, das fábricas, dos depósitos de materiais, pelas olarias e pelas infraestruturas.
Fonte: MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo. Tradução de Cláudia F. F. B. Ferreira. São Paulo: Editora Unesp; Brasília, DF: NEAD, 2010. p. 213. Disponível em: . Acesso em: 8 abr. 2015.
Página 204
Estações do ano
Conforme vimos no Capítulo 10, temos quatro estações ao longo do ano: verão, outono, inverno e primavera. Para que determinemos o início e o fim de cada estação, foram estabelecidas datas com base na duração do dia e da noite em cada hemisfério.
- Equinócio: é a data em que o dia e a noite possuem exatamente a mesma duração. Os raios solares estão perpendiculares à Linha do Equador. Ele demarca o início tanto do outono quanto da primavera. Quando começa o outono no Hemisfério Sul, inicia-se a primavera no Hemisfério Norte. E quando começa o outono no Hemisfério Norte, inicia-se a primavera no Hemisfério Sul.
- Solstício: quando os raios solares estão perpendiculares ao Trópico de Capricórnio ou ao Trópico de Câncer.
• de verão: ocorre na data em que o dia é mais longo do que a noite e é quando se inicia o verão no Hemisfério Sul ou Norte.
• de inverno: ocorre na data em que a noite é mais longa do que o dia e é quando se inicia o inverno no Hemisfério Sul ou Norte.
Leia, na tabela seguinte, as datas de início das estações do ano:
Datas das estações do ano
Data do ano
|
Hemisfério Sul
|
Hemisfério Norte
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20/21 de março
|
Equinócio de outono
|
Equinócio de primavera
|
20/21 de junho
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Solstício de inverno
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Solstício de verão
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22/23 de setembro
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Equinócio de primavera
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Equinócio de outono
|
21/22 de dezembro
|
Solstício de verão
|
Solstício de inverno
|
Agora que compreendemos o comportamento da Terra em relação ao Sol e como este determina as estações, podemos dar início a um olhar mais específico sobre o clima no mundo.
Zonas climáticas
Com base no estudo dos fatores e elementos climáticos, podemos distinguir os climas existentes no planeta Terra. Ao analisarmos o mapa a seguir, podemos verificar que os raios solares, mais uma vez, possuem grande importância para a divisão climática geral do planeta.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Professor(a), para que os alunos tenham mais facilidade de se localizar quanto às estações do ano é possível relacionar, por exemplo, atividades que eles realizam em determinadas épocas, como aproveitar os dias de sol no fim e início de ano, e usar roupas de frio nos meses do meio do ano. É possível também fazer contraposições entre os hemisférios, como as propagandas de natal que apresentam neve no cenário (já que boa parte se remete a propagandas de grupos empresariais de nações desenvolvidas, que se localizam, em sua maioria, no hemisfério norte), sendo que no hemisfério sul é verão.
Em sala de aula
Utilize o planisfério da página 205 para orientar os alunos quanto às zonas climáticas da Terra e solicite que verifiquem a localização do Brasil nesse mapa. Essa leitura dará base para que eles compreendam as diferenças entre o clima do Sul do país e o das demais regiões.
Página 205
Fig. 1 (p. 205)
HUMBERTO PIMENTEL
Planisfério: zonas climáticas
Círculo Polar Ártico
Trópico de Câncer
Equador
Trópico de Capricórnio
Círculo Polar Antártico
Zona Polar Ártica
Zona Polar Antártica
Zona Temperada do Norte
Zona Intertropical
Zona Temperada do Sul
66°33 N
66°33 S
23°27 N
23°27 S
0°
0 2.500 km
Fonte: ATLAS GEOGRÁFICO ESCOLAR. São Paulo: Ibep, 2012.
Considerando que os raios solares incidem perpendicularmente na zona intertropical, tal região caracteriza-se por ser uma zona mais quente. Consequentemente, os polos são zonas mais frias, as denominadas Zonas Polares ou Glaciais. Com temperaturas intermediárias, estão as zonas entre os trópicos, denominadas Temperadas. Dentro dessas zonas, devido à variação de fatores climáticos como latitude e altitude, existem diferentes tipos de clima.
Climas do Brasil
Comecemos a compreender as zonas climáticas ao analisarmos, primeiramente, aquelas relacionadas ao território brasileiro: a Zona Intertropical e a Zona Temperada do Sul.
Localizada entre os trópicos de Câncer (Hemisfério Norte) e de Capricórnio (Hemisfério Sul), a Zona Intertropical apresenta o clima tropical típico e o equatorial. Observamos que nessa região os raios do Sol incidem diretamente e sua superfície absorve mais calor. O resultado disso é a presença das maiores temperaturas médias anuais do globo terrestre, entre 20 °C e 30 °C. No decorrer do ano, podemos observar claramente duas estações: o verão chuvoso e o inverno seco.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Explore o mapa de climas do Brasil, realizando sua leitura em conjunto com os alunos, de modo a notar quais são os tipos de climas que atuam na região onde vivem. Peça que façam uma comparação com o planisfério da página 205 e identifiquem a relação entre a área de ocorrência do clima subtropical e sua localização na zona climática temperada.
Página 206
Observe, no mapa a seguir, a localização dos tipos de climas do Brasil.
Fig. 1 (p. 206)
HUMBERTO PIMENTEL
Brasil: climas
f10°S
50°O
Equador 0°
Trópico de Capricórnio
RORAIMA
AMAZONAS
RONDÔNIA
ACRE
PARÁ
AMAPÁ
PIAUÍ
MARANHÃO CEARÁ
TOCANTINS
GOIÁS
MINAS GERAIS
ESPÍRITO SANTO
RIO DE JANEIRO
RIO GRANDE DO NORTE
PARAÍBA
PERNAMBUCO
SERGIPE
ALAGOAS
SÃO PAULO
PARANÁ
SANTA CATARINA
RIO GRANDE DO SUL
MATO GROSSO DO SUL
MATO GROSSO
DISTRITO FEDERAL
BAHIA
Boa Vista
Manaus
Porto Velho
Rio Branco
Belém
Macapá
São Luís
Fortaleza
Teresina
Cuiabá
Campo Grande
Natal
João Pessoa
Recife
Maceió
Aracaju
Salvador
Vitória
Rio de Janeiro
São Paulo
Curitiba
Florianópolis
Porto Alegre
Belo
Horizonte
Goiânia
BRASÍLIA
Palmas
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
0 338 km
Equatorial úmido
Tropical
Tropical semiárido
Litorâneo úmido
Tropical de altitude
Subtropical úmido
Fonte: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas básico. São Paulo: Ática, 2013. p. 50. Disponível em:
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