. Acesso em: 15 mar. 2015.
No esquema acima, podemos ver de maneira geral como ocorre um processo erosivo fluvial, no qual o rio deposita no oceano o que carrega na sua foz.
Os principais tipos de erosão são:
- Fluvial: os rios exercem uma grande influência na modelação dos relevos, carregando em seu percurso diversos sedimentos, muitos deles de origem orgânica, responsáveis pela fertilidade das planícies fluviais. Os rios constroem vales nos caminhos por onde passam.
- Glacial: a erosão ocasionada pelo gelo que se concentra nas áreas de grande altitude e latitude. O movimento ocorre de cima para baixo, levando alta carga de sedimentos em grande velocidade.
- Marinha: o mar deposita seus sedimentos nas áreas litorâneas, os quais são responsáveis pela formação das praias, restingas e pela destruição dos paredões rochosos.
- Eólica: mais comum nas áreas desérticas, semiáridas e litorâneas. Não é um processo que consegue carregar muitos sedimentos, mas o vento, quando leva areia, pode formar dunas e, por abrasão, modificar ligeiramente uma rocha, facilitando a atividade da chuva.
- Antrópica: o ser humano é um grande modelador do relevo, sobretudo em suas ações na construção de casas, estradas, indústrias e represas.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Dando continuidade à análise do esquema do relevo, agora você pode estimular a comparação entre o esquema anterior e o próximo, em que é possível aprender sobre um dos tipos de erosão, a fluvial. Leia com os alunos sobre os diferentes tipos de erosão e peça que exemplifiquem, por meio de desenhos ou de uma descrição, como se dá o processo de cada um deles.
Texto complementar para o(a) professor(a)
Descrição e observação
A observação e a descrição como procedimentos do processo do conhecimento não são exclusivas da Geografia. Outras ciências as utilizam, principalmente as Ciências Naturais. No caso da Geografia, muitos generalizam a descrição como único procedimento de interpretação, definindo-a como sendo a descrição da Terra. Porém, a descrição é somente um dos momentos que caracterizam sua metodologia. A observação e a descrição são os pontos de partida básicos para o início da leitura da paisagem e construção de sua explicação.
A descrição é fundamental, porque a paisagem não é experimental, e sim visual. Assim, as excursões de reconhecimento, o uso das imagens aéreas, das fotografias comuns, das imagens cotidianas da televisão, dos mapas etc. são recursos que podem ajudar o professor. Aulas descritivas de paisagem não atingem o objetivo de dar ao estudante a capacidade de realizar levantamentos das características visíveis na paisagem, fazer sua documentação, sistematizando, assim, a observação.
Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais – Geografia. Terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental. MEC: Brasília, 1998, p. 137.
Página 192
- Pluvial: as chuvas realizam um trabalho de desgaste e transporte de sedimentos para as áreas mais baixas, formando enxurradas e deslizamentos.
Para a Geografia, é muito importante compreender como se formaram as erosões e de que maneira os agentes determinam a modificação do relevo, pois, dessa forma, conseguiremos delimitar até que ponto a ação do ser humano pode ser prejudicial para o equilíbrio desses processos.
Conexões
Ocupação humana e relevo
Nas últimas décadas, as áreas urbanas instaladas em regiões montanhosas têm sido cada vez mais afetadas por movimentos de massa ao longo das encostas. Estes movimentos são um fenômeno natural, que pode ser acelerado pela ação humana. Quando ocorrem em áreas urbanizadas, podem se tornar um problema, causando mortes e enormes prejuízos materiais.
Na tentativa de solucionar ou ao menos amenizar tais problemas, tem sido desenvolvido um número cada vez maior de estudos de susceptibilidade a movimentos de massa em áreas urbanas. Estes estudos têm por objetivo delimitar áreas mais susceptíveis a ocorrência de movimentos, a partir da análise de suas causas e mecanismos, os quais estão relacionados ao volume e frequência das precipitações, à estrutura geológica, aos materiais envolvidos, às formas de relevo e às formas de uso da terra.
A retirada da vegetação contribui para rápida saturação do solo durante chuvas intensas. Escavações e a instalação de casas e prédios em terrenos inclinados podem desestabilizar a cobertura superficial. A abertura de ruas e caminhos seguindo a declividade das encostas contribui para concentração de fluxos d’água superficiais e subsuperficiais, gerando zonas de saturação propícias a ocorrência de movimentos.
DIAS, Fernando Peres; HERRMANN, Maria Lucia de Paula. Susceptibilidade a deslizamentos: estudo de caso no bairro Saco Grande, Florianópolis – SC. Caminhos de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Geografia, 3(6), jun. 2002. Disponível em: . Acesso em: 8 fev. 2015.
Fig. 1 (p. 192)
LUCIANA WITHAKER/PULSAR IMAGENS
Na foto, vemos um deslizamento (que é um tipo de movimento de massa) no Morro do Bumba, em Niterói, RJ, em 2010. As casas foram construídas sobre um antigo lixão.
De acordo com o texto, responda no caderno:
1. Como ocorrem os estudos de susceptibilidade? Para que servem?
2. De que maneira a vegetação ajuda a conter os movimentos de massa?
Uso do solo e ocupação humana
O solo é formado pela decomposição de minerais e rochas, assim como da matéria orgânica (restos de plantas e seres vivos). As plantas retiram do solo tudo de que precisam: água e componentes minerais.
Existem muitos tipos de solo, os quais variam de acordo com o tipo de rocha predominante, o relevo, o tempo em que organismos atuaram em sua formação e também o clima, tanto no passado como no presente.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Sugestões de respostas da atividade
1. Os estudos de susceptibilidade servem para delimitar áreas de risco com o objetivo de prevenir futuros desastres. Ocorrem por meio de estudos técnicos, que levam em consideração a análise e a causa dos movimentos, o volume e a frequência de precipitações, bem como a estrutura geológica e as formas do relevo e de apropriação de uso do solo. Todas essas informações estão no próprio texto.
2. A vegetação ajuda na contenção de água no solo, e as raízes atuam como agregadores do solo.
OED
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O Brasil, por possuir uma variedade climática e uma grande extensão territorial, apresenta muitos tipos de solo, tanto pobres como ricos em nutrientes. Para a agricultura, é necessário que o solo seja rico em nutrientes e tenha grande disponibilidade de água. Essas informações são obtidas por meio de estudos na área, com o auxílio de instrumentos de análise de perfis de solo, além das experiências de moradores que tradicionalmente trabalham com horta ou lavoura.
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